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Roberto Micheletti

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Roberto Micheletti Bain
Roberto Micheletti
Presidente de Honduras
Per�odo 28 de junho de 2009
a 27 de janeiro de 2010
Antecessor(a) Jos� Manuel Zelaya
Sucessor(a) Porfirio "Pepe" Lobo Sosa
Dados pessoais
Nascimento 13 de agosto de 1943 (81 anos)
El Progreso, Yoro
Partido Partido Liberal de Honduras
Profiss�o Pol�tico e empres�rio de transporte p�blico

Roberto Micheletti Bain (El Progreso, Yoro, 13 de agosto de 1943) � um pol�tico hondurenho. Empres�rio do transporte, � deputado desde 1980 e assumiu a presid�ncia do Congresso Nacional do Honduras em 27 de janeiro de 2006, ap�s uma crise pol�tica iniciada pelo ent�o presidente Jos� Manuel Zelaya, que descumprindo a Constitui��o do Pa�s, articulou manobras para tentar concorrer � reelei��o. Por conta disso, Zelaya foi removido do cargo. Michelletti governou seu pa�s de 28 de junho de 2009 at� 27 de janeiro de 2010, quando transferiu o cargo a Porfirio Lobo Sosa.

Biografia familiar

Nascido em 1943 na cidade de El Progreso, Roberto Micheletti foi o pen�ltimo de nove filhos de uma fam�lia do casal Umberto Micheletti (imigrante italiano de B�rgamo, Lombardia) e de Donatella Bain. Em 1993, Micheletti casou-se com Siomara Gir�n. O casal teria tr�s filhos.[1][2]

Carreira pol�tica

Em 1963, Roberto Micheletti era membro da guarda do presidente hondurenho Ram�n Villeda Morales, que foi derrubado do poder por meio de um golpe de Estado militar.[3] Na �poca, Micheletti chegou a ficar preso durante 27 dias.[2]. Ele se viu obrigado a deixar Honduras e mudou-se na d�cada de 1970 para os Estados Unidos, onde passou a viver em Tampa, no Estado da Florida, e depois em Nova Orleans, no estado da Luisiana, dois anos antes de retornar a Honduras. Enquanto morou nos Estados Unidos, terminou seus estudos empresariais e iniciou seus neg�cios.[4][5] De volta � Honduras, tornou-se um importante empres�rio em seu pa�s. Michelletti presidiu a empresa de transporte p�blico TUTSA, em El Progreso - sua cidade natal.[1][3]

Suas atividades pol�ticas come�aram na d�cada de 1980, quando ocupava o cargo de presidente do Conselho Local em Yoro e posteriormente o de Secret�rio do Conselho Central Executivo do Partido Liberal. Em 1980 era deputado na Assembleia Constituinte que convocou elei��es para o ano seguinte e trabalhou na elabora��o da nova Constitui��o que seria aprovada em 1982. Neste mesmo ano, Micheletti assumiu um assento no parlamento hondurenho, pelo Departamento de Yoro, embora tivesse assumido a ger�ncia da Hondutel (a empresa estatal de telecomunica��es).[2] Desde ent�o, Michelletti j� participou de oito mandatos consecutivos dentro do Poder Legislativo do pa�s.[3]

No fim da d�cada de 1990, passou a apoiar a privatiza��o da empresa de telefonia estatal Hondutel. O pa�s sofria ainda mais com a pobreza desde a passagem do fura��o Mitch, em 1998. Micheletti chegou a negociar a privatiza��o em 2000, mas ela n�o foi adiante. Em 2002, ele deixou a ger�ncia desta empresa estatal.[1]

Por duas vezes, Michelletti concorreu como pr�-candidato � nomea��o do seu partido para concorrer ao cargo de presidente da Rep�blica, ainda quando por lei nenhum presidente do Congresso Nacional poderia postular o m�ximo posto do Poder Executivo, mas em ambas as tentativas, Michelletti perdeu a nomea��o pelo Partido Liberal. Na primeira vez que tentou ser indicado por seu partido, em 2005, Michelletti concorreu � nomea��o contra Manuel Zelaya, que foi seu aliado pol�tico at� essa disputa.[3] No final de 2008, perdeu a indica��o nas prim�rias de seu partido para o ent�o vice-presidente da Rep�blica Elvin Ernesto Santos. Como se tornou o candidato do Partido Liberal para as elei��es presidenciais de novembro de 2009, Santos teve de abdicar do cargo de vice-presidente no governo de Manuel Zelaya. E com isso, Michelletti, por ser o presidente do Congresso, assumiria a presid�ncia de Honduras caso Zelaya n�o cumprisse o seu mandato.[2][3][6]

Em janeiro de 2006, Michelletti assumiu a presid�ncia do Congresso Nacional de Honduras. Durante o governo de Manuel Zelaya, Micheletti se afastou mais do seu ex-aliado pol�tico. A ruptura se aprofundaria durante o governo de Zelaya, com sua guinada � esquerda e aproxima��o com o presidente venezuelano Hugo Ch�vez.[3] Zelaya aumentou o salário mínimo, aceitou ajuda internacional - na forma de petróleo a baixo custo - da Venezuela, fez movimentos para reduzir a presença do exército dos Estados Unidos em solo hondurenho e se recusou a privatizar a Hondutel, negociação que Micheletti pressionava para que se realizasse.[7][8]

Presidência interina

Após a deposição ser autorizada pela Justiça e também pelo Congresso hondurenho, através dos militares que expulsaram o presidente eleito Manuel Zelaya do país, Roberto Micheletti foi nomeado presidente interino de Honduras. Sua nomeação foi rejeitada por algumas nações da América latina, como a Venezuela de Hugo Chávez, Bolívia e outros aliados ideológicos de Zelaya, inclusive o Brasil, mas respaldado pelo Congresso Nacional e a Suprema Corte. Houve manifestações populares contrárias e favoráveis ao golpe de estado. Organismos internacionais (como a Organização das Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos) não reconheceram de imediato o governo chefiado por Micheletti. Entretanto, seguiram confirmadas as eleições diretas de 29 de novembro, para eleição do novo presidente da República.[9][10]

No dia 27 de Janeiro de 2010, o então presidente, empossou o eleito nas eleições realizadas em dezembro de 2009.

Referências

  1. a b c Biografía de Roberto Micheletti Bain - Infolatam: Información y análises de América Latina
  2. a b c d Honduras' Micheletti is both admired and reviled - Miami Herald, 10 de julho de 2009
  3. a b c d e f Empresário dos transportes, Micheletti sonhava com a Presidência havia 30 anos - Gazeta do Povo, 08 de julho de 2009
  4. La fuga negli Usa e poi il "Partido Liberal" Bergamo News, 29 de junho de 2009
  5. Interim Honduras leader Micheletti has Tampa ties Tampa Bay Online, 30 de junho de 2009
  6. Protegido na Casa Presidencial, Micheletti comanda um governo de idas e vindas - O Globo, 29 de setembro de 2009
  7. Battle for Honduras--and the Region - The Nation, 12 de agosto de 2009
  8. A Batalha de Honduras e a América Latina - Jupiter (tradução de The Nation), 12 de agosto de 2009
  9. 12/07/2009 Golpe em Honduras revela as divisões profundas da América Latina - Der Spiegel, 12 de julho de 2009.
  10. Quem violou a lei não pode voltar ao poder, afirma Micheletti - Estadao.com.br, 20 de junho de 2009

Veja também

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