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Cera

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 Nota: Para outros significados, veja Cera (desambigua��o).
Cera de abelha no favo

As ceras s�o uma classe diversa de compostos org�nicos s�lidos hidr�fobos e male�veis quando em temperatura ambiente. Eles incluem alcanos elevados e l�pidos, tipicamente com pontos de fus�o superiores a cerca de 40 �C, que funde ao dar origem a l�quidos de baixa viscosidade. As ceras s�o insol�veis em �gua, mas sol�veis em solventes n�o polares, org�nicos. As ceras naturais de diferentes tipos s�o produzidos por plantas e animais e ocorrem em petr�leo.

Cera da marca Ceroline para pisos e m�veis, da primeira metade do s�culo XX

As ceras s�o compostos org�nicos que consistem caracteristicamente de cadeias alquilas longas. Ceras sint�ticas s�o os hidrocarbonetos de cadeia longa (alcanos ou parafinas) que n�o possuem grupos funcionais substitu�dos. As ceras naturais podem conter hidrocarbonetos n�o substitu�dos, tais como alcanos superiores, mas tamb�m podem incluir v�rios tipos de compostos de cadeia longa, tais como �cidos gordos, �lcool graxo prim�rio e secund�rio, cetonas e alde�dos. Elas tamb�m podem conter �steres de �cidos graxos e de �lcoois graxos.

Ceras vegetais e animais

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As ceras s�o sintetizadas por muitas plantas e animais. As de origem animal normalmente consistem de �steres de cera derivados a partir de uma variedade de �cidos carbox�licos e �lcoois gordos. Em ceras de origem vegetal, misturas de hidrocarbonetos n�o esterificados caracter�sticos podem predominar sobre os �steres.[1] A composi��o depende n�o s� das esp�cies, mas tamb�m a localiza��o geogr�fica do organismo.

Ceras animais

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A cera animal mais comumente conhecido � a cera de abelhas, mas outros insetos tamb�m secretam ceras. Um importante componente da cera usado na constru��o de favos de mel � o �ster palmitato myricyl, que � um �ster de triacontanol e um �cido palm�tico. Seu ponto de fus�o � 62-65 �C. Espermacete ocorre em grandes quantidades no �leo de cabe�a da cachalote. Um dos seus principais constituintes � palmitato de cetilo, outro �ster de um �cido gordo. A lanolina � uma cera obtida a partir da l�, que consiste em �steres de ester�is.[2]

Ceras vegetais

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Plantas secretam ceras para dentro e na superf�cie das suas cut�culas como uma forma de controlar a evapora��o, a molhabilidade e a hidrata��o.[3] As ceras de plantas s�o misturas a hidrocarbonetos substitu�dos de cadeia longa alif�ticos contendo alcanos, �steres de alquilo, �cidos gordos, �lcoois prim�rios e secund�rios, di�is, alde�dos e cetonas.[1] Do ponto de vista comercial, a cera vegetal mais importante � a cera de carna�ba, uma cera dura obtida a partir da palma brasileira Copernicia prunifera e tem muitas aplica��es, tais como produtos de confeitaria e outros revestimentos de alimentos, autom�veis e mobili�rio, revestimento do fio dental, cera de prancha de surf, al�m de outros usos.

Ceras derivadas do petróleo

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Ver artigo principal: Parafina
Vela de cera

Embora muitas ceras naturais contenham ésteres, as ceras de parafina são hidrocarbonetos e misturas de alcanos geralmente em uma série homóloga de comprimentos de cadeia. Estes materiais representam uma fração significativa de petróleo. Elas são refinados por destilação a vácuo. As ceras de parafina são misturas de alcanos, naftenos e compostos aromáticos e substituídos com alquil-nafteno. O grau de ramificação tem uma influência importante sobre as suas propriedades. Milhões de toneladas de ceras de parafina são produzidas anualmente. Eles são usados ​​em alimentos (tais como goma de mascar e embalagem de queijo), em velas e cosméticos, como revestimentos antiaderentes e impermeabilizadores e pomadas.

Cera de lenhite

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A cera de lenhite é uma cera fossilizado extraída do carvão e da lenhite. É muito densa, refletindo a elevada concentração de ácidos gordos saturados e álcoois. Embora seja castanho escura e com mau cheiro, ela pode ser purificada e branqueada para uso em produtos comercialmente úteis.

Ceras derivadas de polietileno

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Algumas ceras são sintetizados por craqueamento do polietileno a 400 °C. Os produtos têm a fórmula (CH2) NH2, em que "N" varia entre cerca de 50 e 100. Em 1995, cerca de 200 milhões kg/y foram consumidos.[3]

Referências

  1. a b EA Baker (1982) Chemistry and morphology of plant epicuticular waxes. In The Plant Cuticle. Ed. DF Cutler, KL Alvin, CE Price. Academic Press. ISBN 0-12-199920-3
  2. Wilhelm Riemenschneider1 and Hermann M. Bolt "Esters, Organic" Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry, 2005, Wiley-VCH, Weinheim. doi:10.1002/14356007.a09_565.pub2
  3. a b Uwe Wolfmeier, Hans Schmidt, Franz-Leo Heinrichs, Georg Michalczyk, Wolfgang Payer, Wolfram Dietsche, Klaus Boehlke, Gerd Hohner, Josef Wildgruber "Waxes" in Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry, Wiley-VCH, Weinheim, 2002. doi:10.1002/14356007.a28_103.
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