Cera
As ceras s�o uma classe diversa de compostos org�nicos s�lidos hidr�fobos e male�veis quando em temperatura ambiente. Eles incluem alcanos elevados e l�pidos, tipicamente com pontos de fus�o superiores a cerca de 40 �C, que funde ao dar origem a l�quidos de baixa viscosidade. As ceras s�o insol�veis em �gua, mas sol�veis em solventes n�o polares, org�nicos. As ceras naturais de diferentes tipos s�o produzidos por plantas e animais e ocorrem em petr�leo.
Qu�mica
[editar | editar c�digo-fonte]As ceras s�o compostos org�nicos que consistem caracteristicamente de cadeias alquilas longas. Ceras sint�ticas s�o os hidrocarbonetos de cadeia longa (alcanos ou parafinas) que n�o possuem grupos funcionais substitu�dos. As ceras naturais podem conter hidrocarbonetos n�o substitu�dos, tais como alcanos superiores, mas tamb�m podem incluir v�rios tipos de compostos de cadeia longa, tais como �cidos gordos, �lcool graxo prim�rio e secund�rio, cetonas e alde�dos. Elas tamb�m podem conter �steres de �cidos graxos e de �lcoois graxos.
Ceras vegetais e animais
[editar | editar c�digo-fonte]As ceras s�o sintetizadas por muitas plantas e animais. As de origem animal normalmente consistem de �steres de cera derivados a partir de uma variedade de �cidos carbox�licos e �lcoois gordos. Em ceras de origem vegetal, misturas de hidrocarbonetos n�o esterificados caracter�sticos podem predominar sobre os �steres.[1] A composi��o depende n�o s� das esp�cies, mas tamb�m a localiza��o geogr�fica do organismo.
Ceras animais
[editar | editar c�digo-fonte]A cera animal mais comumente conhecido � a cera de abelhas, mas outros insetos tamb�m secretam ceras. Um importante componente da cera usado na constru��o de favos de mel � o �ster palmitato myricyl, que � um �ster de triacontanol e um �cido palm�tico. Seu ponto de fus�o � 62-65 �C. Espermacete ocorre em grandes quantidades no �leo de cabe�a da cachalote. Um dos seus principais constituintes � palmitato de cetilo, outro �ster de um �cido gordo. A lanolina � uma cera obtida a partir da l�, que consiste em �steres de ester�is.[2]
Ceras vegetais
[editar | editar c�digo-fonte]Plantas secretam ceras para dentro e na superf�cie das suas cut�culas como uma forma de controlar a evapora��o, a molhabilidade e a hidrata��o.[3] As ceras de plantas s�o misturas a hidrocarbonetos substitu�dos de cadeia longa alif�ticos contendo alcanos, �steres de alquilo, �cidos gordos, �lcoois prim�rios e secund�rios, di�is, alde�dos e cetonas.[1] Do ponto de vista comercial, a cera vegetal mais importante � a cera de carna�ba, uma cera dura obtida a partir da palma brasileira Copernicia prunifera e tem muitas aplica��es, tais como produtos de confeitaria e outros revestimentos de alimentos, autom�veis e mobili�rio, revestimento do fio dental, cera de prancha de surf, al�m de outros usos.
Ceras derivadas do petróleo
[editar | editar código-fonte]Embora muitas ceras naturais contenham ésteres, as ceras de parafina são hidrocarbonetos e misturas de alcanos geralmente em uma série homóloga de comprimentos de cadeia. Estes materiais representam uma fração significativa de petróleo. Elas são refinados por destilação a vácuo. As ceras de parafina são misturas de alcanos, naftenos e compostos aromáticos e substituídos com alquil-nafteno. O grau de ramificação tem uma influência importante sobre as suas propriedades. Milhões de toneladas de ceras de parafina são produzidas anualmente. Eles são usados em alimentos (tais como goma de mascar e embalagem de queijo), em velas e cosméticos, como revestimentos antiaderentes e impermeabilizadores e pomadas.
Cera de lenhite
[editar | editar código-fonte]A cera de lenhite é uma cera fossilizado extraída do carvão e da lenhite. É muito densa, refletindo a elevada concentração de ácidos gordos saturados e álcoois. Embora seja castanho escura e com mau cheiro, ela pode ser purificada e branqueada para uso em produtos comercialmente úteis.
Ceras derivadas de polietileno
[editar | editar código-fonte]Algumas ceras são sintetizados por craqueamento do polietileno a 400 °C. Os produtos têm a fórmula (CH2) NH2, em que "N" varia entre cerca de 50 e 100. Em 1995, cerca de 200 milhões kg/y foram consumidos.[3]
Referências
- ↑ a b EA Baker (1982) Chemistry and morphology of plant epicuticular waxes. In The Plant Cuticle. Ed. DF Cutler, KL Alvin, CE Price. Academic Press. ISBN 0-12-199920-3
- ↑ Wilhelm Riemenschneider1 and Hermann M. Bolt "Esters, Organic" Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry, 2005, Wiley-VCH, Weinheim. doi:10.1002/14356007.a09_565.pub2
- ↑ a b Uwe Wolfmeier, Hans Schmidt, Franz-Leo Heinrichs, Georg Michalczyk, Wolfgang Payer, Wolfram Dietsche, Klaus Boehlke, Gerd Hohner, Josef Wildgruber "Waxes" in Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry, Wiley-VCH, Weinheim, 2002. doi:10.1002/14356007.a28_103.