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HTML5

Origem: Wikip�dia, a enciclop�dia livre.
HyperText Markup Language
Logo HTML5
Extens�o do arquivo .htm, .html
MIME text/html
Desenvolvido por World Wide Web Consortium
P�gina oficial html.spec.whatwg.org

HTML5 (Hypertext Markup Language, vers�o 5) � uma linguagem de marca��o para a World Wide Web e � uma tecnologia chave da Internet, originalmente proposto por Opera Software.[1] � a quinta vers�o da linguagem HTML. Esta nova vers�o traz consigo importantes mudan�as quanto ao papel do HTML no mundo da Web, atrav�s de novas funcionalidades como sem�ntica e acessibilidade. Possibilita o uso de novos recursos antes poss�veis apenas com a aplica��o de outras tecnologias. Sua ess�ncia tem sido melhorar a linguagem com o suporte para as mais recentes multim�dias, enquanto a mant�m facilmente leg�vel por seres humanos e consistentemente compreendida por computadores e outros dispositivos (navegadores, parsers etc). O HTML5 ser� o novo padr�o para HTML, XHTML, e HTML DOM. Atualmente,[quando?] est� em fase de esbo�o, por�m diversos navegadores j� implementam algumas de suas funcionalidades.

Ap�s seus predecessores imediatos HTML 4.01 e XHTML 1.1, HTML5 � uma resposta � observa��o de que o HTML e o XHTML, de uso comum na World Wide Web, � uma mistura de caracter�sticas introduzidas por v�rias especifica��es, juntamente com aquelas introduzidas por software, tais como os navegadores, aqueles estabelecidos pela pr�tica comum, e os muitos erros de sintaxe em documentos existentes na web. �, tamb�m, uma tentativa de definir uma �nica linguagem simples de marca��o que possa ser escrita em HTML ou em sintaxe XHTML. Isso inclui modelos de processamento detalhados para incentivar implementações mais interoperáveis; isso estende, melhora e racionaliza a marcação disponível para documentos, e introduz marcações e interfaces de programação de aplicações (APIs) para aplicações web complexas. Pelas mesmas razões, HTML5 também é um candidato em potencial aplicações multi-plataforma móveis. Muitos recursos do HTML5 tem sido construídos com a consideração de ser capaz de executar em dispositivos de baixa potência como smartphones e tablets.[2]

Em particular, HTML5 adiciona várias novas funções sintáticas. Elas incluem as tags de <video>, <audio>, <header> e elementos <canvas>, assim como a integração de conteúdos SVG que substituem o uso de tags <object> genéricas. Estas funções são projetadas para tornar mais fácil a inclusão e a manipulação de conteúdo gráfico e multimídia na web sem ter de recorrer a plugins proprietários e APIs. Outros novos elementos, como <section>, <article>, <header> e <nav>, são projetados para enriquecer o conteúdo semântico dos documentos. Novos atributos têm sido introduzidos com o mesmo propósito, enquanto alguns elementos e atributos têm sido removidos. Alguns elementos, como <a>, <cite> e <menu> têm sido mudados, redefinidos ou padronizados. As APIs e os modelos de objetos de documentos (DOM) não são mais pensamentos retrógrados, mas são partes fundamentais da especificação do HTML5.[2] HTML5 também define com algum detalhe o processamento necessário para que erros de sintaxe de documentos inválidos sejam tratados uniformemente por todos os browsers e outros agentes de usuários em conformidade com o HTML5.[3]

O Web Hypertext Application Technology Working Group (WHATWG) iniciou o trabalho do novo padrão HTML em 2004, quando o World Wide Web Consortium (W3C) estava se concentrando no futuro desenvolvimento do XHTML 2.0, e o HTML 4.01 não tinha sido atualizado desde 2001. [4] Em 2009, o W3C decidiu que o Grupo de Trabalho do XHTML 2.0 deveria parar seus trabalhos, e assim, descontinuar o padrão. Desta forma o W3C e o WHATWG passaram a trabalhar juntas no desenvolvimento do HTML5. [5]

O projeto do HTML5 foi bem recebido pelos desenvolvedores Web até então, e tornou-se tema na mídia em abril de 2010 [6] [7] depois que o CEO da Apple Inc., Steve Jobs emitiu uma carta pública intitulada "Reflexões sobre o Adobe Flash", onde ele conclui que o desenvolvimento do HTML5 tornaria o Adobe Flash desnecessário, tanto para assistir vídeo ou mesmo exibir qualquer conteúdo web. Isso provocou um debate entre os desenvolvedores Web, onde muitos sugeriram que, enquanto o HTML5 proporcionasse uma melhor funcionalidade, a variedade de browsers existentes exibiria páginas diferentes, tendo um resultado diferente em cada navegador e não se conseguiria de fato chegar a um padrão.[8] No início de novembro de 2011 a Adobe anunciou que iria interromper o desenvolvimento de Flash para dispositivos móveis e redirecionar seus esforços para o desenvolvimento de ferramentas utilizando HTML5.

No início de 2008 o W3C – consórcio de empresas de tecnologia que coordena os padrões da internet quanto a linguagem – anunciou a primeira especificação do HTML5. O HTML, responsável por organizar e formatar as páginas que visitamos na Internet, está em sua versão 4.0.1 e continua evoluindo. Após cinco anos de trabalho, desde 2008 está em fase de esboço, enquanto a versão final está prevista para 2014. Foram feitas grandes alterações, que incluem:

  • Novas API’s, entre elas uma para desenvolvimento de gráficos bidimensionais
  • Controle embutido de conteúdo multimídia
  • Aprimoramento do uso offline
  • Melhoria na depuração de erros

Esta evolução da linguagem padrão para web pode eliminar a necessidade de plug-ins para aplicações multimídia em navegadores. Diversos críticos consideram a tecnologia como um forte concorrente ao Flash, da Adobe, ao Silverlight, da Microsoft, e ao recente JavaFX, da Sun (Oracle). Recentemente, Shantanu Narayen, diretor executivo da Adobe, disse que o Flash n�o iria perder mercado, por�m a vers�o 5 do HTML j� est� sendo chamada de "Flash-killer" (Assassino do Flash). Estas tecnologias precisar�o se adaptar rapidamente para conseguir manter-se no mercado, t�o populares quanto hoje. Na avalia��o do co-diretor de ferramentas da Mozilla, Ben Galbraith, as tecnologias viabilizadas pelo HTML5 como o Canvas para desenhos 2D e o armazenamento de conte�dos no desktop, permitir�o que "usemos mais o browser do que nunca".

Ap�s dez anos sem atualiza��es, como se escreve p�ginas na internet passa por uma boa transforma��o. O HTML5 oferece uma experi�ncia web totalmente diferente para usu�rios e embora exista um longo caminho para ser finalizado, muitos navegadores importantes, como Internet Explorer 9, Opera, Safari 4, Firefox 3.6 e Chrome j� implementaram grandes partes da linguagem, incluindo tags de v�deo e suporte � tecnologia Canvas. Com a evolu��o da linguagem, os navegadores passam da categoria "mostradores" de p�ginas para um renderizador de "web software".

Assim como surgiram as app stores para aplica��es nativas, existem appstores especificas para aplica��es HTML5, os desenvolvedores podem utilizar a audi�ncia das appstores para distribuir seu aplicativo e tamb�m fazer cobran�a (as appstores oferecem integra��es para permitir a cobran�a). Como, por exemplo, a Zeewe, loja de apps HTML5 focada em smartphones.

Exemplos de c�digo HTML5

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C�digos para testes de HTML5:

<!DOCTYPE html>
<html lang="pt-BR">
  <head>
    <meta charset="UTF-8">
    <title>Teste de P�gina</title>
  </head>
  <body>
    <h5>Teste de p�gina</h5>
    <p>Um teste de p�gina</p>
    <p><i>Este texto est� em it�lico</i></p>
  </body>
</html>

C�digo HTML5 para reproduzir �udio sem a necessidade de plug-ins:

<!DOCTYPE html>
<html lang="pt-BR">
  <head>
    <meta charset="UTF-8">
    <title>�udio em HTML5</title>
  </head>
  <body>
    <audio controls autoplay>
      <source src="audio.ogg">
      <!-- Mensagem explicando que o navegador n�o suporta �udio ou o formato usado. -->
      <p>Seu navegador n�o suporta �udio HTML5 ou o formato Opus.</p>
    </audio>
  </body>
</html>

De acordo com um relatório divulgado em 30 de setembro de 2011, 34% dos 100 melhores Web sites do mundo estavam usando HTML5– a adaptação foi liderada por mecanismos de busca e redes sociais.[9] Em 20 de outubro de 2011, o Facebook anunciou o lançamento do Centro de Recursos HTML, dando aos desenvolvedores ferramentas para construir, testar e implementar aplicações para o Facebook.[10]

Logo do HTML5

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Logotipo do HTML5.

Em 18 de janeiro de 2011, a W3C introduziu uma logo para representar o uso de ou o interesse em HTML5. Diferente de outros emblemas anteriormente disponibilizadas pela W3C, esta não implica uma validação ou em uma conformidade com um certo padrão. Desde de o dia 1º de abril de 2011, este logotipo é oficial.[11]

Quando foi inicialmente apresentado ao público, a W3C anunciou o logotipo HTML5 como uma "Identidade visual de propósito geral para um vasto conjunto de tecnologias web de código aberto, incluindo HTML5, CSS, SVG, Formato de Fonte Aberto (Open - de Código aberto) para Web (em inglês WOFF), e outros".[12] Alguns defensores de padrões web, incluindo o The Web Standards Project (O Projeto de Padrões Web), criticaram a definição de "HTML5" relatando este como um termo guarda-chuva, apontando para a falta de nitidez da terminologia e o potencial para o desentendimento.[12] Três dias depois, a W3C respondeu à comunidade e alterou a definição do logotipo, retirando certas definições de tecnologias associadas a linguagem.[13] A W3C então disse que o logotipo "Representa o HTML5, a pedra angular para aplicações web modernas".[11]

Novos elementos do HTML5

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O HTML5 introduziu novos elementos:

Elemento Definição
<article> Define um artigo em um documento
<aside> Define um conteúdo, a parte, do conteúdo da página
<bdi> Define um texto que pode ser formatado em diferentes direções
<details> Define detalhes adicionais que o usuário pode ver ou ocultar
<dialog> Define uma caixa de diálogo ou janela
<figcaption> Define uma legenda para um elemento <figure>
<figure> Define um conteúdo como ilustrações, diagramas, fotos, códigos, listagens, etc.
<footer> Define o rodapé do documento ou seção
<header> Define um cabeçalho para o documento ou uma seção
<main> Define o conteúdo principal de um documento
<mark> Define um texto marcado ou realçado
<menuitem> Define um commando/menu que pode ser usado para invocar um menu popup
<meter> Define uma medida escalar dentro de uma faixa conhecida
<nav> Define links de navegação no documento
<progress> Define o progresso de uma tarefa
<rp> Define o que exibir em navegadores que não exibem anotações ruby (anotações ruby são para mostrar a pronúncia de caracteres do Leste Asiático.)
<rt> Define a pronúncia de um caractere (para tipografias do Leste Asiático)
<ruby> Define uma anotação ruby (para tipografia do Leste Asiático)
<section> Define uma seção no documento
<summary> Define um título visível para um elemento <details>
<time> Define uma data/hora
<wbr> Define uma possível quebra de linha
<datalist> Lista opções predefinidas para controles inputs
<keygen> Define um campo de gerador de par de chaves (para formulários)
<output> Define o resultado de um cálculo
<canvas> Define um desenho gráfico usando JavaScript
<svg> Define um desenho gráfico usando SVG
<audio> Define um conteúdo de som ou música
<embed> Define um contêiner para aplicações externas (como plug-ins)
<source> Define fonte para <video> e <audio>
<track> Define faixas para <video> e <audio>
<video> Define conteúdo de vídeo ou filme
  • Rob Crowther, Joe Lennon, Ash Blue, Greg Wanish, HTML 5 Em Ação, ano 2014, Editora Novatec, ISBN 978-85-7522-399-4
  • Eric Freeman, Elisabeth Robson, Use a Cabveça! Prograamção em HTML5, ano 2014, Editora Alta Books, ISBN 978-85-7608-845-5

Referências

  1. «História» (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  2. a b Anne van Kesteren; Simon Pieters (25 de maio de 2010). «HTML5 differences from HTML4» (em inglês). W3C. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  3. «Erros de sintaxe» (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  4. «HTML 4 Errata». W3C. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  5. «Frequently Asked Questions (FAQ) about the future of XHTML». W3C. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  6. Aamoth, Doug (29 de abril de 2010). «Steve Jobs: 'Flash is No Longer Necessary' and Other Musings». Time (em inglês). ISSN 0040-781X. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  7. Eaton, Kit (29 de abril de 2010). «Steve Jobs: Adobe's Flash Is Old PC History, Open Web Is the Future». Fast Company (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  8. «Is HTML5 Replacing Flash?». www.lyquix.com (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  9. «Porcentagem dos Web sites Usando HTML5» (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  10. «Introduzindo o Centro de Recursos HTML5» (em inglês). Facebook. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  11. a b World Wide Web Consortium. «Logo HTML5 pela W3C FAQ» (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  12. a b The Web Standards Project - O Projeto Padrões Web. «Logotipo HTML5 - Tenha orgulho, e não envergonhe as origens!» (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  13. World Wide Web Consortium. «Conversação sobre o logotipo HTML5». Consultado em 8 de setembro de 2020 

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre HTML5