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Contracepção

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Anticoncepcional)
Contraceção
Contracepção
Embalagem de pílula contraceptiva
Sinónimos Controlo de natalidade (português europeu) ou controle de natalidade (português brasileiro)
Classificação e recursos externos
eMedicine 258507
MeSH D003267
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Contraceção (português europeu) ou contracepção (português brasileiro) são os métodos ou dispositivos usados para prevenir uma gravidez.[1] A escolha, a disponibilidade e a forma de utilização de contracetivos denomina-se planeamento familiar.[2][3] Algumas culturas limitam ou desincentivam o acesso a métodos contracetivos por razões morais, religiosas ou políticas.[4] O preservativo é o único método contracetivo que oferece também proteção contra infeções sexualmente transmissíveis.[5][6] A contraceção de emergência são os métodos contracetivos que podem prevenir uma gravidez quando utilizados nas 72–120 horas seguintes a uma relação sexual sem proteção.[7][8]

Os métodos contracetivos mais eficazes são a esterilização por meio de uma vasectomia em homens e laqueadura em mulheres, os dispositivos intrauterinos e os implantes contracetivos.[9] Entre outros métodos de elevada eficácia estão uma série de métodos hormonais, como as pílulas orais, sistemas transdérmicos, anéis vaginais e contraceção injetável.[9] Entre os métodos moderadamente eficazes estão os métodos de barreira como os preservativos, diafragmas ou esponjas, e os métodos de monitorização da fertilidade.[9] Os métodos menos eficazes são o uso de espermicidas e retirar o pénis antes da ejaculação.[9] A esterilização cirúrgica, embora seja o método mais eficaz, é irreversível. Todos os outros métodos são reversíveis.[9]

A gravidez na adolescência está associada a um maior número de riscos.[10] A educação sexual e o livre acesso a métodos contracetivos diminuem o número de gravidezes não planeadas.[10][11] Embora todos os métodos contracetivos possam ser usados por adolescentes,[12] os mais eficazes a diminuir o número de gravidezes na adolescência são os métodos reversíveis de longa duração, como os implantes, dispositivos intrauterinos ou anéis vaginais.[11] Alguns grupos alegam que a abstinência sexual é um método contracetivo. No entanto, a educação sexual centrada apenas na abstinência sem educar para outros métodos contracetivos pode aumentar o número de gravidezes não planeadas.[13][14] Após o parto, qualquer mulher que não se encontre a amamentar em exclusivo é capaz de engravidar novamente no prazo de apenas quatro a seis semanas.[12] Alguns métodos contracetivos podem começar a ser usados imediatamente após o parto, enquanto outros requerem um período de espera de até seis meses.[12] Em mulheres que se encontram a amamentar, é preferível o uso de progestativo oral contraceptivo em relação a contracetivos orais combinados.[12] Após a menopausa, recomenda-se que continuem a ser usados métodos contracetivos durante um ano após o último período.[12]

Nos países em vias de desenvolvimento, cerca de 222 milhões de mulheres que querem evitar uma gravidez não usam qualquer método contracetivo moderno.[15][16] O uso de métodos contracetivos nos países em vias de desenvolvimento diminuiu a mortalidade materna em 40%, tendo prevenido 270 000 mortes em 2008, e com potencial para diminuir 70% se a oferta correspondesse à necessidade.[17][18] Ao aumentar o intervalo de tempo entre as gravidezes, os métodos contracetivos contribuem para melhorar o prognóstico dos partos e a sobrevivência das crianças.[17] O livre acesso a contracetivos contribui para melhorar a capacidade financeira e saúde da mulher e o acesso à educação e cuidados de saúde dos filhos.[19] A contraceção contribui para o crescimento económico de uma região ao diminuir o número de crianças dependentes, ao permitir um maior número de mulheres no mercado de trabalho e ao diminuir o consumo de recursos escassos.[19][20] Embora ao longo da História se tenham usado vários métodos contracetivos, só no século XX é que foram desenvolvidos métodos eficazes e seguros.[4]

Os primeiros preservativos (camisinhas) eram feitos de partes (ceco) do intestino grosso dos animais. O representado na foto foi feito por volta do ano 1900.

Provavelmente os métodos mais antigos de contracepção (com exceção da abstinência sexual) são o coito interrompido, alguns métodos de barreira, a lavagem vaginal e métodos com o uso de ervas.

O coito interrompido (a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação) provavelmente antecedeu todos os outros métodos de controle de natalidade. Uma vez que se tenha relacionado a liberação do sêmen no interior vagina com a posterior gravidez, alguns homens começaram a usar esta técnica. Este não é um método particularmente confiável de evitar a gravidez, já que poucos homens têm o autocontrole para praticar corretamente este método em cada uma das relações sexuais. Embora geralmente acredita-se que o fluido pré-ejaculatório pode causar a gravidez, diversas pesquisas mostraram que este líquido não contém espermatozoides viáveis na primeira ejaculação, entretanto pode ser um meio de transporte para os espermatozoides da ejaculação anterior.[21][22]

Existem registros históricos de que as mulheres egípcias usavam um pessário (um supositório vaginal) feito de várias substâncias ácidas (vindas supostamente do estrume do crocodilo) e lubrificado com mel ou óleo, o que pode ter sido um tanto eficaz como espermicida. Entretanto, é importante frisar que os espermatozoides como células germinativas não foram descobertos até que Anton van Leeuwenhoek inventasse o microscópio no século XVII, logo os métodos de barreira empregados antes dessa época eram usados sem o conhecimento dos detalhes da concepção. As mulheres asiáticas podem ter usado o papel banhado a óleo como um capuz cervical, e as europeias a cera das abelhas para esta finalidade. O preservativo, que surgiu por volta do século XVII, era feito inicialmente de uma tira do intestino de um animal. Ele não era popular, nem tão eficaz quanto os preservativos modernos de látex, mas foi empregado como meio de contracepção e na esperança de evitar a sífilis, que era extremamente temida e devastadora antes da descoberta dos medicamentos antibióticos.

Várias drogas indutoras de aborto foram utilizadas durante toda a história humana, embora muitos não associassem o aborto induzido com o termo "controle de natalidade". Uma planta abortiva que se relatava ter níveis baixos de efeitos colaterais - Silphium - foi colhida até sua extinção em torno do século I.[23] Muitas mulheres ingeriam determinados venenos para causar distúrbios no sistema reprodutivo; bebendo soluções que contêm o mercúrio, o arsênico ou outras substâncias tóxicas para esta finalidade. O ginecologista grego Soranus no século II sugeria que as mulheres bebessem a água da qual os ferreiros tinham usado para resfriar o metal. As ervas atanásia (Tanacetum vulgare) e o Poejo são bem conhecidas pelo folclore como agentes abortíferos, mas estas ervas na verdade funcionam pois envenenam a mulher. Os níveis de compostos químicos nestas ervas que induzem o aborto são bastante altos, danificando o fígado, rins e outros órgãos, tornando-as muito perigosas.[24] No entanto, naqueles tempos o risco de morte materna por complicações no pós-parto era alto, o que tornava o risco de efeitos colaterais dos métodos anticoncepcionais e abortivos existentes comparativamente menos significativos.

O planejamento familiar é facilitado em Kuala Terengganu, Malásia.

O fato de que vários métodos eficazes do controle de natalidade eram conhecidos no mundo antigo contrastava fortemente com uma ignorância aparente destes métodos por diversos segmentos da adiantada população da Europa cristã moderna. Esta ignorância continuou em alto grau no século XX, e foi acompanhada por taxas de nascimento extremamente elevadas em países europeus durante os séculos XVIII e XIX.[25] Alguns historiadores atribuíram isto a uma série das medidas coercivas decretadas pelos estados modernos emergentes, em um esforço de repovoar a Europa após a catástrofe populacional causada pela peste negra, começando em 1348. De acordo com este ponto de vista, a caça às bruxas eram a primeira medida que o estado moderno adotou em uma tentativa de eliminar o conhecimento sobre o controle de natalidade da população, e manter estas informações nas mãos de especialistas médicos masculinos (ginecologistas) empregados pelo estado. Antes da caça às bruxas, não se ouvia falar em ginecologistas masculinos, porque o controle de nascimento era naturalmente um domínio feminino.[26]

Alguns apresentadores em conferências de planejamento familiar narram um conto sobre comerciantes árabes que introduziram pequenas pedras nos úteros de seus camelos a fim impedir a gravidez, um conceito muito similar ao DIU moderno. Embora a história seja repetida como uma verdade, não se tem nenhuma base histórica e só tem como finalidade o entretenimento da plateia.[27] Os primeiros dispositivos interuterinos (contidos na vagina e no útero) foram introduzidos no mercado inicialmente em torno de 1900. O primeiro dispositivo intra-uterino moderno (contido inteiramente no útero) foi descrito em uma publicação alemã em 1909, embora o autor parece nunca ter disponibilizado no mercado seu produto.[28]

O método rítmico, mais conhecido como o método da tabelinha, (com uma taxa de falha particularmente elevada de 10% por o ano) foi desenvolvido no início do século XX, quando os pesquisadores descobriram que a ovulação de uma mulher ocorre somente uma vez no ciclo menstrual. Somente após a metade do século XX, quando os cientistas compreenderam melhor o funcionamento do ciclo menstrual e dos hormônios que o controlavam, foram desenvolvidos os contraceptivos orais e os métodos modernos de monitorização da fertilidade.

Atualmente existe uma ampla disponibilidade de métodos anticoncepcionais (contraceptivos), tanto para homens quanto para mulheres, que previnem uma gravidez. Variam desde métodos mais simples, como os comportamentais, até métodos mais complexos que envolvem cirurgias. A escolha do método anticoncepcional deve ser sempre personalizada. Deve-se levar em conta fatores pessoais como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam se agravar com a utilização de determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que o usuário tenha conhecimento de quais são elas, para que eventualmente possa optar por um dos métodos. As maiores limitações dos métodos mais seguros (que possuem pequenas taxas de falha) são a manutenção da possibilidade de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Nestes casos, a fim de se manter uma relação sexual segura, eles devem ser usados em conjunto com um método de barreira (leia abaixo os tipos diferentes de métodos) como o preservativo, por exemplo.

Existem critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos anticoncepcionais. A Organização Mundial da Saúde disponibiliza critérios que orientam o uso dos métodos anticoncepcionais.[29]

Métodos físicos

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Métodos de contracepção de barreira

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Ver artigo principal: Contracepção de barreira
O preservativo externo[30] (conhecido como preservativo masculino) é o método de contracepção de barreira mais popular.

Os métodos de barreira impõem um obstáculo físico para dificultar ou impedir o movimento dos espermatozoides em direção ao trato reprodutivo feminino.

O método de barreira mais popular é o preservativo externo,[30] uma cobertura de látex ou poliuretano colocada sobre o pênis. O preservativo também está disponível numa versão interna, que é feita de poliuretano. O preservativo interno[30] tem um anel flexível em cada extremidade — um permanece atrás no fundo do canal vaginal, mantendo o preservativo em seu lugar, enquanto o outro permanece fora da vagina.

Barreiras cervicais são dispositivos que são inseridos por completo no interior da vagina. O capuz cervical é a menor barreira cervical. Ele se mantém no lugar por sucção ao cérvix (colo do útero) ou às paredes vaginais. O escudo de Lea é uma barreira cervical mais larga, também mantida na posição por meio de sucção.

O preservativo feminino.[30]

O diafragma é um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Deve ser usado preferencialmente em conjunto com um espermicida. Como há vários tamanhos de diafragma, a mulher deve consultar seu ginecologista para verificar qual tamanho se ajusta melhor à medida do seu colo do útero.

A esponja contraceptiva é uma pequena esponja embebida em espermicida, que possui uma depressão para segurá-la no lugar sobre o colo uterino. O espermicida contido nela é normalmente ativado mediante o contato com água corrente. Deve ser inserida pouco antes da relação sexual.

Métodos hormonais

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A pílula anticoncepcional combinada.
Ver artigo principal: Contracepção hormonal

Existe uma ampla variedade de métodos de contracepção hormonal que interferem no ciclo ovariano às custas da administração de hormônios (geralmente sintéticos) que impedem a ovulação.

Geralmente são utilizadas combinações de estrógeno sintético e progestinas (formas sintéticas da progesterona) nos contraceptivos hormonais. Estes incluem a pílula anticoncepcional ("A Pílula"), o Adesivo, e o anel vaginal. A Cyclofemina (Lunelle) é uma injeção mensal.

O adesivo contraceptivo é também um método hormonal de contracepção.

Outros métodos contêm somente uma progestina (um progestágeno sintético). Estes incluem a pílula exclusivamente de progesterona (a PEP ou 'mini pílula'), Depo Provera (acetato de medroxiprogesterona) administrado através de injeção intramuscular a cada três meses, e Noristerat (acetato de noretisterona), que também é administrado através de injeção intramuscular, porém a cada 8 semanas. Existe também estradiol e algestona aplicado sempre no 8° dia do início da menstruação e se chama PERLUTAN, com mais de 20 anos no mercado é o contraceptivo injetável mais prescrito e vendido na América Latina. A pílula exclusivamente de progesterona deve ser tomada em horários mais precisos do dia do que as pílulas combinadas. Um contraceptivo de implante chamado Norplant foi removido do mercado em 2002, embora um novo implante chamado Implanon foi aprovado para a comercialização em 17 de Julho de 2006. Os diversos métodos que incluem exclusivamente a progestina podem causar menstruações com sangramento irregular por vários meses.

Outro método de libertar hormônios é o anticoncepcional subcutâneo, apesar de não estar tanto disseminado o seu uso como os anteriores.

Ormeloxifeno (Centchroman)

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Ver artigo principal: Ormeloxifeno

Ormeloxifeno (Centchroman) é um modulador seletivo do receptor de estrógeno (MSRE). Ele faz com que a ovulação ocorra de forma não sincronizada com o espessamento do endométrio, prevenindo assim a implantação de um zigoto. Tem sido amplamente disponível como método contraceptivo na Índia desde o início dos anos 90, comercializado sob a marca de Saheli®. O ormeloxifeno está disponível legalmente somente na Índia.

Métodos intrauterinos

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Um dispositivo intrauterino (DIU).

Os Intrauterinos são dispositivos que são colocados dentro do útero. Geralmente têm a forma de "T" — os braços do T seguram o dispositivo em seu lugar no interior do útero. Nos Estados Unidos, todos os dispositivos colocados dentro do útero para prevenir a gravidez são referidos como DIUs. No Reino Unido é feita uma distinção entre DIUs e SIUs. Isso provavelmente se deve ao fato de que existem sete tipos diferentes de DIUs disponíveis no Reino Unido, em comparação aos dois vendidos nos Estados Unidos.

Dispositivos intrauterinos ("DIUs") contêm cobre (que tem efeito espermicida).

Sistemas intrauterinos ("IUS") liberam progesterona ou uma progestina.

Contracepção de emergência

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Ver artigo principal: Contracepção de emergência

Algumas das pílulas anticoncepcionais combinadas e pílulas exclusivamente de progestágenos (PEPs) podem ser tomadas em altas doses para prevenir a gravidez após a falha de um método contraceptivo (como o rompimento da camisinha, por exemplo) ou após uma relação sexual desprotegida. Esta técnica é conhecida também como método de Yuzpe. A contracepção de emergência hormonal é também conhecida como a "pílula do dia seguinte", embora seu uso pode ser feito até três dias após a relação sexual.

No entanto, quanto maior o intervalo de tempo entre a relação sexual e a administração da pílula, menores as chances de ela prevenir a gestação.

Os dispositivos intrauterinos de cobre também podem ser usados como contracepção de emergência. Para este uso, eles devem ser inseridos dentro de cinco dias após a falha do método de contracepção ou relação sexual desprotegida.

Esterilização

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A esterilização cirúrgica está disponível na forma de ligadura de trompas (laqueadura) para mulheres e vasectomia para homens, servindo para interromper definitivamente a capacidade reprodutiva. A reversão através de outra cirurgia é possível, mas não é garantida.

Um procedimento de esterilização não-cirúrgico, o Essure, também está disponível para mulheres.

Ligadura de trompas
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As trompas de Fal�pio (tubas uterinas), que ligam os ov�rios ao �tero, s�o cortadas ou ligadas cirurgicamente neste m�todo contraceptivo.
Ver artigo principal: Ligadura de trompas

A laqueadura ou ligadura de trompas � o m�todo de esteriliza��o feminina caracterizado pelo corte e/ou ligamento cir�rgico das trompas de Fal�pio (tubas uterinas), que fazem o caminho dos ov�rios at� o �tero. Assim, os �vulos n�o conseguem passar para dentro do �tero, n�o se encontrando com os espermatozoides, e, consequentemente, n�o h� a fecunda��o. � um procedimento seguro que pode ser feito de v�rias maneiras, sendo necess�rio interna��o e anestesia geral ou regional.

O procedimento pode ser revers�vel atrav�s de uma cirurgia mais complexa que a anterior. � considerada um m�todo anticoncepcional indicado somente para mulheres que j� est�o plenamente decididas a n�o ter mais filhos.

Ver artigo principal: Vasectomia
A vasectomia consiste no corte e sutura dos canais deferentes.

A vasectomia consiste em uma pequena cirurgia na altura das virilhas onde � feita a ligadura dos canais deferentes, os ductos que levam os espermatozoides produzidos nos test�culos at� o p�nis. Ap�s a cirurgia devem ser realizados exames para confirmar a aus�ncia de espermatozoides no esperma, que ainda � produzido e ejaculado. A vasectomia n�o interfere na pot�ncia sexual e na produ��o dos horm�nios sexuais nos test�culos.

O procedimento pode ser revers�vel dependendo do sucesso na cirurgia, contudo os especialistas indicam que o homem s� deve fazer vasectomia se j� estiver plenamente decidido a n�o ter mais filhos.

Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de S�o Paulo (USP) revelou que os homens submetidos � vasectomia revelaram estar satisfeitos com o m�todo simples, r�pido e gratuito de esteriliza��o. Comparada aos m�todos femininos de contracep��o, a cirurgia ainda � pouco realizada no Brasil.

M�todos comportamentais

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S�o os m�todos contraceptivos em que se utilizam mudan�as comportamentais conscientes para eliminar ou minimizar o risco de promover uma gravidez indesejada. Estes m�todos se caracterizam por n�o utilizarem dispositivos ou medicamentos.

M�todos de monitoriza��o da fertilidade

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Ver artigo principal: Monitoriza��o da fertilidade
Varia��o da temperatura corporal basal durante o ciclo menstrual feminino. A mulher que anotar estes dados pode saber o momento exato de sua ovula��o. Note o aumento da temperatura durante a ovula��o, no dia 14.

Os m�todos de monitoriza��o da fertilidade envolvem a observa��o e registro dos principais sinais de fertilidade que o corpo da mulher fornece, para determinar as fases f�rteis e inf�rteis de seu ciclo menstrual. O sexo n�o-protegido � restrito somente ao per�odo menos f�rtil. Durante o per�odo mais f�rtil, os m�todos de barreira podem ser utilizados ou a mulher pode manter absten��o do ato de fazer sexo. Os diferentes m�todos registram um ou mais dos tr�s principais sinais de fertilidade:[31] mudan�as na temperatura corporal basal, no muco cervical (secre��o vaginal) e na posi��o cervical, embora a posi��o cervical seja usada mais frequentemente como uma refer�ncia cruzada com outro ou os dois outros sinais corporais de fertilidade. Se uma mulher acompanha tanto a temperatura basal corporal quanto outro sinal principal, o m�todo � chamado de sintot�rmico. Outras dicas do corpo como o mittelschmerz s�o consideradas indicadores secund�rios. A mulher pode registrar estes eventos de seu corpo em um papel ou com um software.

O termo planejamento familiar natural � usado �s vezes para se referir a qualquer uso dos m�todos de monitoriza��o da fertilidade. Entretanto, o termo especificamente se refere a pr�ticas que s�o permitidas pela Igreja Cat�lica Romana - o m�todo lactacional (infertilidade durante a amamenta��o) e abstin�ncia sexual peri�dica durante os per�odos f�rteis. Os m�todos de monitoriza��o da fertilidade podem ser usado por usu�rios do planejamento familiar natural para identificar estes per�odos f�rteis.

M�todos estat�sticos

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Os m�todos comportamentais estat�sticos se baseiam na dura��o dos ciclos menstruais passados para estipular os dias em que a mulher n�o estar� f�rtil

Os m�todos estat�sticos como o M�todo R�tmico (mais conhecido como "tabelinha", ou m�todo do calend�rio) s�o diferentes dos m�todos de monitoriza��o da fertilidade, de modo que eles n�o envolvem a observa��o e registro dos sinais (dicas) que o corpo d� sobre sua fertilidade. Ao contr�rio, os m�todos estat�sticos estimam a propens�o da fertilidade baseados na dura��o dos ciclos menstruais passados. Os m�todos estat�sticos s�o muito menos precisos que os m�todos de monitoriza��o da fertilidade, sendo considerados, por muitos estudiosos, m�todos obsoletos h� pelo menos vinte anos.

Coito interrompido

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Ver artigo principal: Coito interrompido

Coito interrompido (literalmente "sexo interrompido"), tamb�m conhecido como o m�todo da retirada, � a pr�tica de terminar a rela��o sexual antes da ejacula��o. O principal risco do coito interrompido � aquele de que o homem n�o consiga administrar bem o tempo de sua ejacula��o. Embora haja uma preocupa��o crescente sobre o risco de gravidez pelos espermatozoides contidos no fluido pr�-ejaculat�rio (o l�quido expelido pelo p�nis no per�odo de excita��o que antecede o orgasmo), diversos estudos[21][22] at� o momento n�o obtiveram �xito em encontrar algum espermatozoide vi�vel no fluido.

Evitando rela��o vaginal

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O risco de gravidez do sexo sem penetra��o vaginal, como o sexo anal ou sexo oral, � baixo. H� uma remota possibilidade de que o s�men escorra para a vulva durante o sexo sem penetra��o ou durante o sexo anal, ou que venha a entrar em contato com a vagina pouco depois atrav�s de um meio ou objeto que o transporte, como a m�o. De qualquer forma, este m�todo requer disciplina para prevenir que sua progress�o para uma rela��o sexual com penetra��o aconte�a.

Abstin�ncia

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Ver artigo principal: Abstin�ncia sexual

A abstin�ncia sexual � a pr�tica de abster-se de todas atividades sexuais. Assim como a decis�o de n�o ter rela��es vaginais, a inten��o de se manter abstinente pode n�o prevenir a gravidez, devido ao n�vel de disciplina exigido. Al�m disso, uma atividade sexual sem consentimento como o estupro pode n�o ser evitada, resultando em gravidez. Com exce��o destas situa��es, este m�todo � o �nico m�todo contraceptivo totalmente eficaz e seguro que evita a gravidez e as DSTs,[desambigua��o necess�ria] se for mantido total disciplina, pois elimina totalmente o contato entre as genit�lias, assim como o contato do s�men com a genit�lia feminina.

As mulheres que est�o amamentando possuem um per�odo de infertilidade ap�s o nascimento do beb�.

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O m�todo de amenorreia lactacional � composto por diversas orienta��es que auxiliam a determina��o da dura��o do per�odo de infertilidade durante a amamenta��o de uma mulher. � importante lembrar que este per�odo de infertilidade varia de mulher para mulher e que durante a amamenta��o a mulher deve utilizar meios contraceptivos para evitar uma nova gravidez e a eventual suspens�o da produ��o do leite materno.

M�todos em desenvolvimento

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Contraceptivos masculinos experimentais

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Ver artigo principal: Contraceptivo masculino, Gossipol

Muitas pesquisas v�m sendo feitas em diversas subst�ncias que t�m potencial para ser contraceptivos orais masculinos,[32] implantes ou inje��es que possam ser usados como contraceptivos hormonais masculinos.

Ver artigo principal: RISUG

O Risug � um m�todo contraceptivo interno masculino, que j� � utilizado h� cerca de 25 anos na �ndia, por�m ainda se encontra em fase de testes devido a um n�mero insuficiente de volunt�rios. Existe nos Estados Unidos sob o nome de Vasagel. � um m�todo revers�vel, que consiste na aplica��o de um pol�mero nos vasos deferentes tornando o esperma inf�rtil. � um m�todo barato - a dose em si � mais barata que a pr�pria seringa para a aplica��o-, r�pido, eficiente e seguro. Dos 250 volunt�rios, somente em um caso o procedimento foi ineficiente - sup�e-se que o medicamento n�o foi corretamente administrado nesse caso -, apresentando uma efic�cia de quase 100%.

Disponibilidade

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No Brasil, a rede p�blica de sa�de disponibiliza os seguintes dispositivos/m�todos contraceptivos gratuitamente:[33] preservativo masculino, diafragma, DIU (Dispositivo intrauterino), preservativo feminino, p�lulas anticoncepcionais combinadas, minip�lulas, anticoncepcional hormonal injet�vel, p�lula anticoncepcional de emerg�ncia ("do dia seguinte"), laqueadura e vasectomia.

Em pesquisa realizada no Brasil, apenas 25% dos entrevistados relataram que tiveram acesso a algum m�todo contraceptivo por meio dos postos do SUS ou do Programa Sa�de da Fam�lia. Somente 9% disseram ter utilizado os servi�os p�blicos para esteriliza��o e apenas 2% para receber a "p�lula do dia seguinte".

Em Portugal, quase 87% das mulheres usam um m�todo contraceptivo. Para estes n�meros, muito contribui a ampla disponibilidade dos v�rios m�todos dispon�veis. Em Portugal, o preservativo, p�lula contraceptiva, vacina contraceptiva e a p�lula anticoncepcional de emerg�ncia, s�o gratuitas. Basta se deslocar a uma farm�cia ou centro de sa�de.[34][35]

T�cnicas controversas, n�o recomendadas e conceitos errados

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  • A ideia de que se fazer uma lavagem vaginal imediatamente ap�s a atividade sexual pode ser um m�todo contraceptivo � controversa, n�o sendo recomendada pelas autoridades de sa�de para este fim. Pode parecer uma ideia l�gica tentar lavar a ejacula��o para fora da vagina, mas isso pode n�o funcionar. Devido � natureza dos fluidos e � estrutura reprodutora feminina, a lavagem pode impulsionar s�men para o interior do �tero. Pode haver uma a��o espermicida no caso da lavagem ser feita com uma solu��o �cida ou com a �gua clorada normalmente distribu�da nos encanamentos de todas as cidades e por conseguinte dispon�vel nos chuveiros por�m n�o existe comprova��o cient�fica de que este � um m�todo com efici�ncia confi�vel. Al�m disso, aumenta a possibilidades de que ocorra infe��es vaginas, risco esse que � aumentado com uso de surfactante como sab�o e detergentes, outro ponto � uso de um f�mite por v�rias mulheres usarem a mesma mangueirinha de chuveiro para fazer essa lavagem vaginal facilita o surgimento de doen�as como a vaginose bacteriana e aumenta o risco de se adquirir doen�as sexualmente transmiss�veis.[36][37][38][39]
  • A introdu��o na vagina de uma garrafa de Coca-Cola ap�s agita��o logo ap�s a ejacula��o n�o � um m�todo de controle de natalidade confi�vel, podendo tamb�m promover a candid�ase.
  • � um mito que uma mulher n�o pode ficar gr�vida na primeira vez que ela realiza o ato sexual.
  • Apesar das mulheres terem um per�odo menos f�rtil nos primeiros dias da menstrua��o,[40] � um mito que uma mulher n�o possa ficar gr�vida se fizer sexo durante este per�odo. (ver tabelinha)
  • Praticar sexo em uma banheira com �gua quente n�o impede a gravidez, mas pode contribuir com as infec��es vaginais.
  • Embora algumas posi��es sexuais possam facilitar a gravidez, nenhuma posi��o sexual impede a gravidez. Praticar sexo de p� ou com a mulher em cima do homem n�o impede a entrada do esperma no �tero. A for�a de eje��o da ejacula��o, as contra��es do �tero causadas pelas prostaglandinas no s�men, assim como a habilidade dos espermatozoides de nadar, s�o fatores que superam a for�a gravitacional.
  • Espirrar ou urinar ap�s o ato sexual tamb�m � uma pr�tica completamente ineficaz para a contracep��o.
  • Pasta de dentes n�o pode ser usada como um contraceptivo eficaz.[41]
  • Cilit Bang n�o � recomendado pelo m�dicos como m�todo contraceptivo, podendo causar outras complica��es como infec��es vaginais.

A efic�cia dos m�todos de contracep��o � medida pela quantidade de mulheres que se tornam gr�vidas usando um determinado m�todo contraceptivo em um ano. Logo, se 100 mulheres usarem um m�todo que tem uma taxa de 12% de falha, ent�o, em algum momento durante aquele ano, 12 destas mulheres dever�o engravidar, segundo as estat�sticas.

Os m�todos mais eficazes s�o geralmente aqueles que n�o dependem de uma a��o regular realizada pela(o) usu�ria(o). A esteriliza��o cir�rgica, Depo-Provera, implantes, e dispositivos intra-uterinos (DIUs) t�m todos taxas de falha menores do que 1% ao ano para um uso perfeito. O Depo-Provera tem uma taxa de falha no uso t�pico de 3%, ao passo que a esteriliza��o, implantes e DIUs t�m uma taxa de falha no uso t�pico menor do que 1%.

Outros m�todos podem ser considerados altamente eficientes se forem usados consistentemente e corretamente, mas podem apresentar taxas de falha no uso t�pico que s�o consideravelmente altas devido ao uso incorreto ou ineficiente pelo usu�rio. Os contraceptivos hormonais, m�todos de monitoriza��o da fertilidade e o m�todo de amenorreia lactacional, se usados corretamente, t�m taxas de falha de menos de 1% ao ano.[42][43][44][45] A taxa de falha do uso t�pico dos contraceptivos hormonais podem ser at� 8% ao ano. Os m�todos de monitoriza��o da fertilidade como um todo possuem taxas de falha de uso t�pico de at� 25% ao ano; entretanto, como citado acima, o uso perfeito destes m�todos reduz a taxa de falha para menos que 1%.[46]

Os preservativos (camisinhas) e barreiras cervicais como o diafragma possuem taxas de falha do uso t�pico semelhantes (15,0% e 16%, respectivamente), mas para o uso perfeito o preservativo � mais eficiente (2% de falha contra 6%), al�m de possuir a caracter�stica adicional de prevenir a contamina��o de doen�as sexualmente transmiss�veis, como a AIDS. O m�todo do coito interrompido (retirar o p�nis da vagina logo antes da ejacula��o), se usado consistentemente e corretamente, possui uma taxa de falha de 4%. Devido a dificuldade de se usar o m�todo do coito interrompido consistentemente e corretamente, ele possui uma taxa de falha de uso t�pico de 27%[46] e n�o � recomendado por alguns m�dicos,[47] embora outros acreditam que este m�todo precisa de mais defensores.

Nem todos os m�todos de contracep��o oferecem prote��o contra as infec��es sexualmente transmiss�veis. S� a abstin�ncia de todas as formas de comportamento sexual humano pode proteger contra a transmiss�o sexual destas infec��es. O preservativo masculino de l�tex (camisinha) oferece alguma prote��o contra algumas das doen�as se for usado corretamente e consistentemente, assim como o preservativo feminino, embora o feminino s� tenha sido aprovado para o sexo vaginal. O preservativo feminino pode oferecer maior prote��o contra infec��es sexualmente transmiss�veis que passam atrav�s do contato pele-com-pele, j� que o anel externo do preservativo cobre mais a por��o de pele exposta que o preservativo masculino, e isso pode ser usando durante o sexo anal para proteger contra infec��es sexualmente transmiss�veis. Entretanto, o preservativo feminino pode ser dif�cil de ser usado. Frequentemente a mulher pode n�o inseri-lo adequadamente, mesmo que ela acredite que o est� usando corretamente.

Os outros m�todos de contracep��o n�o oferecem uma prote��o significante contra a transmiss�o sexual de doen�as.

Entretanto, as chamadas infec��es sexualmente transmiss�veis tamb�m pode ser transmitidas n�o-sexualmente, e por conseguinte, a abstin�ncia de comportamentos sexuais n�o garante 100% de prote��o contra infec��es sexualmente transmiss�veis. Por exemplo, o v�rus HIV da AIDS pode ser transmitido atrav�s de agulhas contaminadas que podem ser usadas para se fazer tatuagem, piercing ou inje��es m�dicas. Muitos profissionais da sa�de adquirem o HIV no seu dia-a-dia profissional atrav�s de feridas acidentais com agulhas contaminadas.[48]

Aspecto religioso

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As religi�es divergem amplamente em suas doutrinas sobre a validade �tica e moral do controle de natalidade.

Igreja Cat�lica

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Quando presidente da CNBB, o cardeal dom Geraldo Majella Agnelo fez declara��es pol�micas afirmando a posi��o contr�ria da Igreja Cat�lica brasileira aos programas de educa��o sexual e o aborto no pa�s.

A Igreja Cat�lica Romana, com base na Enc�clica Humanae vitae de Paulo VI, aceita somente o planejamento familiar natural,[49] o qual, entretanto, � permitido somente quando � realizado pelos esposos n�o por imposi��es externas, nem por ego�smo, mas com base em motivos s�rios.[50]

Para a Igreja Cat�lica, n�o existem circunst�ncias ou boas inten��es que justifiquem ou que tornem admiss�vel n�o agir conforme esta doutrina.[51][52] Aqueles que transgridem a esta doutrina cometem um pecado grave.[53] Santo Agostinho, um dos Santos Padres e Doutores da Igreja, afirma que aqueles que cometeram esta transgress�o desde o princ�pio do matrim�nio nunca foram verdadeiramente casados, e que aquele que ap�s casado passa a comet�-la, comete adult�rio com sua pr�pria esposa.[54]

Como a Igreja Cat�lica considera que a vida humana come�a desde a fecunda��o,[55] o uso de p�lulas anticoncepcionais � classificado como uma modalidade de aborto, que para a doutrina cat�lica, � um pecado mortal, e causa de excomunh�o autom�tica.[56] Isto ocorre pois estas p�lulas, quando falham em impedir a fecunda��o, atuam impedindo a fixa��o do zigoto na parede do endom�trio, causando a sua morte celular.[57]

Intera��o com a sociedade

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O Papa Bento XVI declarou na 5� Confer�ncia Geral do Episcopado da Am�rica Latina e do Caribe (CELAM), em Aparecida (SP), que as leis civis que favorecem e permitem o uso de anticoncepcionais e o aborto, presentes em alguns pa�ses da Am�rica Latina, s�o uma amea�a "ao futuro dos pa�ses da regi�o".[58] Com estas palavras, ele reafirmou o que disse o Papa Jo�o XXIII em sua carta enc�clica Mater et Magistra,[59] ou seu antecessor, Jo�o Paulo II, em sua carta enc�clica Evangelium Vitae.[60]

O Jornalista cat�lico Michael Voris produziu um document�rio, "The Contraception Deception" (A Fraude da Contracep��o), denunciando o sil�ncio e a trai��o de cl�rigos e leigos na Igreja Cat�lica quanto ao tema da contracep��o, o que teria levado os fi�is cat�licos a adotar m�todos contraceptivos, contrariando o ensinamento milenar da Igreja.[carece de fontes?]

Protestantismo

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Martinho Lutero e Jo�o Calvino definiram a procria��o como a �nica finalidade n�o pecaminosa para o ato sexual, e ao comentarem a narrativa b�blica de On�, condenaram o coito interrompido, uma forma de contracep��o, como um pecado grave. Calvino o chamou de "ato monstruoso"; Lutero o categorizou como sodomia, e atribuiu-lhe o peso de ser um pecado mais grave do que o adult�rio ou o incesto.[61][62][63][64]

Todas as denomina��es protestantes mantiveram esta mesma proibi��o ao uso de todos os m�todos anticoncepcionais at� as Confer�ncias de Lambeth de 1930, quando pela primeira vez[65] uma denomina��o protestante, a Igreja Anglicana, oficialmente autorizou o uso destes m�todos, tanto naturais quanto artificiais, contanto que n�o seja pelo motivo do ego�smo, da lux�ria ou por mera conveni�ncia.[66] Desde ent�o, os protestantes tem apresentado um amplo espectro de doutrinas a este respeito, que v�o desde a manuten��o da postura tradicional de proibi��o total at� uma mudan�a para a permiss�o irrestrita do uso destes m�todos no interior do casamento.

Em algumas vertentes do Isl�, os contraceptivos s�o permitidos se eles n�o amea�arem a sa�de ou levarem � esterilidade, embora o seu uso seja �s vezes desmotivado.[67] H� vertentes mais conservadoras do Isl� que pro�bem a contracep��o por completo: onde elas s�o predominantes, como no Paquist�o[68] e no Senegal,[69] estas vertentes desempenham um grande papel na recusa ao controle de natalidade pela maioria da popula��o.

N�o se sabe ao certo qual era a vis�o de Muhammed sobre o assunto, pois os hadith divergem entre si, atribuindo a ele opini�es que se contradizem.[70] O Alcor�o, por sua vez, apresenta passagens sobre o assunto que, por n�o estarem escritas em termos muito precisos, permitem m�ltiplas interpreta��es.[71]

As vis�es no Juda�smo variam desde o mais ortodoxo, onde h� a proibi��o total, atravessando uma faixa intermedi�ria, onde s�o necess�rios motivos cab�veis e a autoriza��o de um rabino, at� chegar ao extremo mais brando e reformista, onde a contracep��o � completamente permitida.[72]

H� hindus que aprovam o uso de contraceptivos artificiais e naturais.[73] Entretanto, os hindus adeptos da tradi��o vixnu�sta s�o categoricamente contr�rios ao uso de contraceptivos, pois reconhecem a procria��o como �nica finalidade leg�tima do ato sexual.[74][75] Este ensinamento foi mantido no movimento Hare Krishna, que descende desta tradi��o. Tanto para vixnu�stas quanto para os membros do movimento Hare Krishna, a superpopula��o � vista como um mito, e o controle de natalidade como desnecess�rio: ambos consideram que o planeta � capaz de sustentar a humanidade, sem que seja necess�rio o uso de contraceptivos.[76]

No Jainismo, a contracep��o � considerada paap, palavra traduzida como "pecado".[77] Ela � vista como uma forma de viol�ncia ( himsa ) respons�vel pela atual degenera��o da sociedade, e por isso contradiz o princ�pio b�sico de n�o-viol�ncia ( ahimsa ) da religi�o jainista.[78] As rela��es sexuais s�o permitidas somente durante o per�odo f�rtil, e com o prop�sito de procriar.[79]

Importantes personalidades hindus, que foram muito influenciadas pelo jainismo, tal como Mahatma Gandhi, condenaram a aprova��o da contracep��o como uma doutrina perigosa, e um pecado contra Deus e a humanidade. Em sua opini�o, n�o h� provas para um perigo de superpopula��o do planeta, o qual ele duvidava existir.[80] Entretanto, o jainismo recomenda que, ap�s o nascimento do primeiro filho, o casal suspenda toda rela��o sexual.[81]

Embora no Budismo exista uma minoria de monges que acreditam que a contracep��o deveria ser proibida entre os budistas, a posi��o da maioria � que o budismo n�o t�m como finalidade interferir em escolhas pessoais em um casamento, o qual � visto como um contrato civil. A proibi��o da contracep��o n�o � vista pela maioria como sendo parte do ensinamento budista.[82] Em entrevista ao jornal New York Times, Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama, declarou que, ao contr�rio do que acontece em certas tradi��es religiosas indianas, no Budismo h� espa�o para uma aceita��o do uso de contraceptivos.[83]

Aspecto cultural

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Educa��o sobre o planejamento familiar

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� um direito assegurado pela Constitui��o Federal Brasileira e pela Lei N� 9.263, que regulamenta o planejamento familiar, o acesso das pessoas a informa��es, m�todos e t�cnicas para a concep��o e para a anticoncep��o, cientificamente aceitos e que n�o coloquem em risco suas vidas e sa�de.

Muitos adolescentes, mais comumente nos pa�ses desenvolvidos, recebem algum tipo de educa��o sexual na escola. H� uma grande contesta��o sobre qual informa��o deve ser fornecida nestes programas, especialmente nos Estados Unidos e Gr�-Bretanha. Os poss�veis assuntos incluem anatomia reprodutiva, comportamento sexual humano, informa��es sobre as doen�as sexualmente transmiss�veis (DSTs), aspectos sociais da intera��o sexual, habilidades de negocia��o para ajudar os adolescentes a tomar a decis�o de seguirem abstinentes ou partirem para o uso de um contraceptivo e informa��o sobre os m�todos contraceptivos existentes.

Em uma pesquisa realizada pelo governo brasileiro em todo territ�rio nacional, 74% dos entrevistados disseram que aprovam a distribui��o de preservativos entre adolescentes com mais de 13 anos, que participam do programa de educa��o sexual nas escolas, enquanto 16% desaprovam a a��o.

Existe um tipo de programa de educa��o sexual, a educa��o baseada somente na abstin�ncia, que divulga a abstin�ncia sexual at� a data do casamento, e n�o fornece informa��es sobre controle de natalidade ou acaba enfatizando muito fortemente informa��es negativas como as taxas de falha do uso dos contraceptivos. Pelo fato da abstin�ncia oferecer uma melhor prote��o contra a gravidez e doen�as do que a atividade sexual mesmo com os melhores m�todos contraceptivos, os entusiastas do programa baseado somente na abstin�ncia acreditam que ele ir� resultar em taxas menores de gravidezes na adolesc�ncia e de infec��es por DST. Entretanto, alguns estudos mostraram que os programas de educa��o sexual baseados somente na abstin�ncia na verdade aumentam as taxas de gravidezes e DSTs na popula��o adolescente.[84][85]

Contracep��o e superpopula��o

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A contracepção é atacada por alguns grupos[quais?] como modo de controle da superpopulação. A população humana já ultrapassou os sete bilhões de pessoas e por conseguinte estes grupos acreditam que há a necessidade de planejamento social para destruir a explosão demográfica, desta forma diminuindo a devastação e esgotamento dos recursos naturais do meio ambiente. Com mais habitantes no mundo todo causariam níveis mais elevados de emissão de CO2, que alterariam a composição da atmosfera, desta forma aumentando o aquecimento global.[carece de fontes?]

Um destes grupos afirma que é muito mais fácil, rápido e barato distribuir preservativos para as pessoas do que tentar controlar a emissão de CO2 através das estratégias atuais, cujo custo é muito mais elevado.[86]

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