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Georges Bizet

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Georges Bizet
Georges Bizet
Nome completo Alexandre César Léopold Bizet
Nascimento 25 de outubro de 1838
Paris, França
Morte 3 de junho de 1875 (36 anos)
Bougival, França
Ocupação Compositor

Georges Bizet, nascido Alexandre César Léopold Bizet, (Paris, 25 de outubro de 1838Bougival, 3 de junho de 1875) foi um compositor francês, principalmente de óperas. Numa curta carreira devido à sua prematura morte, ele atingiu poucos sucessos antes do seu trabalho final, Carmen, que viria a se tornar uma das mais populares e frequentemente interpretadas óperas no repertório operístico.

Durante uma brilhante carreira como estudante no Conservatório de Paris, Bizet venceu muitas competições, incluindo o prestigiado Prix de Roma em 1857. Ele foi reconhecido como um excelente pianista, embora tenha optado por não aproveitar essa habilidade e raramente tocava em público. Retornando a Paris, após quase três anos na Itália, ele descobriu que os principais teatros de ópera parisiense preferiam o repert�rio cl�ssico, estabelecido pelas obras rec�m-compostas. Suas composi��es orquestrais e para piano foram igualmente ignoradas, como resultado, sua carreira paralisou e ele ganhava a vida organizando e transcrevendo a m�sica dos outros. Come�ou muitos projetos teatrais durante a d�cada de 1860, a maioria das quais foram abandonadas. Duas �peras suas dominaram os palcos - Les p�cheurs de perles e La jolie fille de Perth - foram sucessos imediatos.

Ap�s a Guerra Franco-Prussiana de 1870 at� 1871, onde Bizet serviu na Guarda Nacional, ele teve pequenos sucessos com a �pera em um ato Djamileh e uma su�te orquestral derivada de sua m�sica incidental tornou-se instantaneamente popular, L'Arl�sienne. A produ��o da �ltima �pera de Bizet, Carmen, foi adiada por temor de que seus temas de trai��o e assassinato ofenderiam o p�blico. Ap�s a premi�re em 3 de mar�o de 1875, Bizet foi convencido de que o trabalho foi falho, ele morreu de ataque card�aco tr�s meses depois, sem saber de que se tornaria um sucesso espetacular e duradouro.

O casamento de Bizet com Genevi�ve Hal�vy foi intermitentemente feliz e produziu um filho. Ap�s sua morte, seu trabalho, exceto Carmen, foram geralmente negligenciados. Manuscritos foram doados ou perdidos e vers�es de seus trabalhos foram frequentemente revisadas e adaptadas por outras m�os. Ele n�o fundou nenhuma escola e n�o deixou nenhum disc�pulo ou sucessor. Ap�s anos de neglig�ncia, os seus trabalhos come�aram a ser interpretados com mais frequ�ncia no s�culo XX. Mais tarde, coment�rios aclamando o compositor como brilhante e g�nio come�aram a surgir, dizendo que a morte prematura foi uma perda significativa para o teatro musical franc�s.

Primeiros anos

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Fam�lia e inf�ncia

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Georges Bizet nasceu em Paris dia 25 de outubro de 1838. Ele foi registrado como Alexandre C�sar L�opold, mas batizado como "Georges" em 16 de mar�o de 1840 e foi conhecido por esse nome pelo resto da sua vida. Seu pai, Adolphe Bizet, trabalhou como cabeleireiro e barbeiro antes de se tornar um professor de canto, mesmo sem ter um treinamento formal. Ele tamb�m comp�s pequenos trabalhos, incluindo seu �ltimo que foi publicado. Em 1837 ele casou-se com Aim�e Delsarte, contra os desejos da fam�lia dela que viam o casamento com uma pobre perspectiva;[1] os Delsartes, embora pobres, eram uma fam�lia culta e altamente musical.[2] Aim�e foi uma pianista, enquanto seu irm�o Fran�ois Delsarte foi um not�vel cantor e professor, que apresentou-se nas cortes de Lu�s Filipe e Napole�o III.[3] A esposa de Delsarte, Rosine, foi um prod�gio musical, sendo professora assistente de solfejo no Conservat�rio de Paris aos 13 anos.[4]

Georges, o �nico filho do casal,[2] mostrou logo cedo aptid�o para a m�sica e rapidamente aprendeu as nota��es b�sicas da m�sica, tendo recebido suas primeiras li��es de piano de sua m�e.[1] Ao ouvir por tr�s da porta da sala onde Adolphe conduzia suas aulas, Georges aprendeu a cantar m�sicas dif�ceis e com precis�o de mem�ria e desenvolveu a habilidade de identificar e analisar complexas estruturas cordais. Esta precocidade musical convenceu seus pais ambiciosos de que ele estava pronto para come�ar a estudar no Conservat�rio, um ano antes de chegar a idade m�nima de 10 anos. Geroges foi entrevistado por Joseph Meifred, o virtuoso trompista que foi membro do Comit� de Estudantes do Conservat�rio. Meifred ficou t�o impressionado pela demonstra��o de habilidades do menino que ele dispensou a regra de idade e se ofereceu para lev�-lo imediatamente ao Conservat�rio.[2][5]

Conservat�rio

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Parte do Conservat�rio de Paris, onde Bizet estudou de 1848 at� 1857 (fotografado em 2009)

Bizet foi admitido para o Conservat�rio dia 9 de outubro de 1848, duas semanas antes de completar 10 anos.[2] Ele fez uma boa primeira impress�o: em apenas seis meses ele venceu um concurso de solfejo, um fato que impressionou Pierre-Joseph-Guillaume Zimmermann, o professor de piano do Conservat�rio. Zimmermann deu a Bizet aulas particulares de Contraponto e fuga, continuando as aulas at� a morte do velho professor em 1853.[6] Atrav�s das aulas, Bizet conheceu o enteado de Zimmermann, o compositor Charles Gounod, que tornou-se uma influ�ncia para o jovem aluno de estilo musical.[7] Sob a tutela de Antoine Fran�ois Marmontel, o professor de piano do Conservat�rio, o pianismo de Bizet desenvolveu rapidamente: ele venceu o segundo pr�mio para piano do Conservat�rio em 1851 e o primeiro pr�mio no ano seguinte. Bizet posteriormente escreveu sobre Marmontel: "em suas aulas um aprende algo sobre piano, um se torna um m�sico".[8][8]

As primeiras composi��es de Bizet mantiveram-se preservadas: duas can��es para soprano datadas de 1850. Em 1853 ele ingressou na aula de composi��o de Jacques Fromental Hal�vy e come�ou a produzir trabalhos, aumentando a sofistica��o e qualidade.[9] Duas de suas can��es "Petite Marguerite" e "La Rose et l'abeille" foram publicadas em 1854.[10] Em 1855 ele escreveu uma ambiciosa ouverture para uma grande orquestra[11][11] e preparou vers�es para quatro m�os para piano de dois trabalhos de Gounod: a �pera La nonne sanglante e a Sinf�nica em R�. O trabalho de Bizet sobre os de Gounod o inspiraram, logo ap�s seu d�cimo s�timo anivers�rio, ele escreveu sua pr�pria sinfonia, que lembra o trabalho de Gounod - nota por nota em algumas passagens. A sinfonia de Bizet foi perdida, redescoberta em 1933 e interpretada finalmente em 1935.[12]

Em 1856 Bizet competiu no prestigiado Prix de Rome. Sua entrada n�o foi um sucesso, mas os outros tamb�m n�o foram bem sucedidos: o pr�mio para m�sico n�o foi dado naquele ano.[13] Ap�s isso Bizet ingressou em uma competi��o oper�stica que Jacques Offenbach organizou para jovens compositores, com um pr�mio de 1 200 francos. O desafio era compor uma �pera em um ato sobre o libretto de Le docteur Miracle de L�on Battu e Ludovic Hal�vy. O pr�mio foi dividido entre Bizet e Charles Lecocq,[14] sendo posteriormente criticado por Lecocq, que acusou o juri de ter sido manipulado por Fromental em favor de Bizet. Com o seu sucesso, Bizet se tornou um convidado regular das noites de festas de Offenbach nas sextas, onde entre outros, ele conheceu o j� idoso Gioacchino Rossini, que presenteou o jovem com uma foto autografada.[15] Bizet sempre foi um grande admirador da m�sica de Rossini e escreveu logo depois do encontro: "Rossini � o maior deles, � igual Wolfgang Amadeus Mozart, ele tem todas as virtudes".[16]

Para sua performance no Prix de Rome de 1857, Bizet ingressou com a aprova��o entusiasmada de Gounod, escolhendo a cantata Clovis et Clotilde de Am�d�e Burion. Bizet foi premiado ap�s a vota��o secreta dos membros da Acad�mie des Beaux-Arts derrubarem a decis�o inicial do j�ri, que haviam escolhido a favor do obo�sta Charles Colin. Com a premia��o, Bizet recebeu um financiamento por cinco anos, o primeiros dois ele passou em Roma, o terceiro na Alemanha e os dois �ltimos anos em Paris. O �nico requisito foi a apresenta��o a cada ano de um "envio" de uma obra original para a satisfa��o da Academia. Antes de sua partida para Roma, em dezembro de 1857, a cantata de Bizet teve uma entusi�stica recep��o.[15][17]

Roma, 1858-60

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A Villa Medici

Em 27 de janeiro de 1858, Bizet chegou a Villa Medici, um castelo do s�culo XVI que desde 1803 servia como casa para a Academia Francesa em Roma e que descreveu em carta como um "para�so".[18] Sob o diretor, o pintor Jean-victor Schnetz, a Villa forneceu um ambiente ideal onde Bizet e seus alunos laureados poderiam prosseguir seus estudos. Bizet aproveitar uma atmosfera de conv�vio e rapidamente se envolver nas distra��es de sua vida social. Em seus primeiros seis meses em Roma, sua �nica composi��o foi um Te Deum escrito para o Pr�mio Rodrigues, uma competi��o para novos trabalhos religiosos abertos para os ganhadores do Prix de Rome. Essa pe�a falhou ao impressionar os jurados, que deram o pr�mio para Adrien Barthe, o �nico outro participante.[19] Bizet foi desencorajado a escrever mais m�sicas religiosas. Seu Te Deum permaneceu esquecido e in�dito at� 1971.[20]

Durante o inverno de 1858/1859, Bizet trabalhou no seu primeiro "envio", uma opera buffa com um libretto de Carlo Cambiaggio: Don Procopio. Sob os termos do seu pr�mio, o primeiro envio deveria ser uma missa, mas seguindo seu fracasso com sua experi�ncia do Te Deum, ele comp�s algo inverso a m�sica sacra. Ele estava apreensivo sobre esta sua viola��o e como seria recebido na Academia, mas a resposta da academia para Don Procopio foi inicialmente positiva, com elogios para o compositor: "toque f�cil e brilhante" e "estilo jovem e arrojado".[6][21]

Georges Bizet fotografado em 1860

Para seu segundo envio � academia, n�o querendo testar muito a toler�ncia da Academia, Bizet prop�s enviar um trabalho quase religioso na forma de uma missa secular de um texto de Horace. Esse trabalho, intitulado Carmen Saeculare, foi planejado como uma m�sica para Apolo e Diana. N�o existe nada sobre essa obra, ent�o provavelmente Bizet nem come�ou.[22] Da mesma forma que queria conceber projetos ambiciosos, ele os abandonava rapidamente, tornando-se uma das caracter�sticas de Bizet em seus anos em Roma. Al�m de Carmen Saeculare, ele considerou e descartou, pelo menos, cinco projetos de �pera, duas tentativas de sinfonia e um ode sinf�nico sobre um tema de Odisseu.[23] Ap�s Don Procopio, Bizet completou apenas um trabalho em Roma, o poema sinf�nico Vasco da Gama. Esse substituiu Carmen Saeculare como seu segundo envio � Academia e foi bem recebido, embora tenha sido rapidamente esquecido.[24]

No ver�o de 1859 Bizet e diversas companhias viajaram para as montanhas e florestas por Anagni e Frosinone. Eles tamb�m visitaram um presidio em Anzio, Bizet enviu uma entusiasmada carta para Marmontel, contando suas experi�ncias.[25] Em agosto ele fez uma extensiva jornada ao sul de N�poles e Pompeia.[26] Bizet come�ou uma sinfonia baseada em suas experi�ncias italianas, mas fez um pequeno e imediato avan�o: o projeto, que tornou-se sua Sinfonia Roma, n�o foi terminado at� 1868.[6] Em sua volta para Roma, Bizet teve sucesso em seu pedido de perman�ncia na It�lia pelo terceiro ano, ao inv�s de ir para a Alemanha, para ele poder completar "um importante trabalho". Em setembro de 1860, enquanto visitava Veneza com seu amigo e aluno laureado Ernest Guiraud, Bizet recebeu not�cias que sua m�e estava muito doente em Paris e isso o fez voltar para casa.[27]

Compositor emergente

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Paris, 1860-63

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Voltando a Paris ap�s dois anos fora, Bizet estava temporariamente seguro financeiramente e pode ignorar por um momento as dificuldades que outros compositores jovens tinham na cidade. As duas casas de �pera, �pera Nacional de Paris e Op�ra-Comique, cada uma apresentando repert�rios tradicionais que sufocavam e frustravam o novo talento que chegava a cidade;[28] apenas 8 dos 54 ganhadores do Prix de Rome entre 1830 e 1860 tiveram obras apresentadas no Op�ra.[29] Apesar dos compositores franceses tivessem sido mais bem representados na Op�ra, o estilo e o car�ter das produ��es haviam permanecido praticamente inalterados desde a d�cada de 1830.[29] Um n�mero de pequenos teatros servirem operetas, um campo em que Offenbach fosse fundamental,[30] enquanto o Th��tre Italien era especializado em �peras italianas. A melhor perspectiva para aspirantes a compositores de �pera foi a companhia Th��tre Lyrique, que apesar de crises financeiras, operaram intermitentemente em v�rias �reas sob o comando de L�on Carvalho.[29] Essa companhia tinha encenado a primeira performance de Faust de Gounod e sua �pera Rom�o et Juliette e uma vers�o abreviada de Les Troyens de Hector Berlioz.[30][31]

Em 13 de mar�o de 1861, Bizet estava presente na premi�re parisiense da �pera Tannh�user de Richard Wagner, uma performance recebida com tumultos que foram inventados pelo influente Jockey-Club de Paris. Apesar dessa distra��o, Bizet revistou suas opini�es sobre a m�sica de Wagner, a qual ele j� havia considerado exc�ntrico. Ele declarou que Wagner "estava acima de todos os compositores vivos".[24] Posteriormente, as acusa��es de "wagnerismo" eram feitas contra Bizet, ao longo de sua carreira como compositor.[32] Como pianista, Bizet mostrou uma habilidade consider�vel desde seus primeiros anos. Um contempor�neo afirmou que ele poderia ter uma carreira como pianista de concerto, mas optou por esconder seu talento "como se fosse um v�cio".[33] Em maio de 1861, Bizet deu uma rara demonstra��o de suas habilidades como virtuoso, em um jantar em que Franz Liszt estava presente e ele surpreendeu a todos ao tocar, sem falhas, uma das pe�as mais dif�ceis do maestro. Liszt comentou: "Pensei que havia apenas dois homens capazes de superar as dificuldades da obra, mas h� tr�s e o mais novo � talvez o mais ousado e mais brilhante".[34]

O terceiro envio de Bizet foi adiado por um ano por causa de uma doen�a prolongada e a morte, em setembro de 1861, de sua m�e.[28] Ele eventualmente enviou um trio de trabalhos orquestrais: uma ouverture chamada La Chasse d'Ossian, um scherzo e uma marcha f�nebre. A ouverture foi perdida, o scherzo foi absorvido posteriormente para a sinfonia Roma e a marcha f�nebre foi adaptada e usada em Les p�cheurs de perles.[6][35] Em 1862 Bizet teve um filho com a empregada dom�stica de sua fam�lia, Marie Reiter. O garoto foi feito acreditar que era filho de Adolphe Bizet; apenas no seu leito de morte em 1913, Reiter revelou quem era seu verdadeiro pai.[36]

O quarto e �ltimo envio de Bizet, que o manteve ocupado por grande parte de 1862, foi uma �pera de um ato, La guzla de l'�mir. Como um teatro estatal, a Op�ra-Comique foi obrigado a interpretar os trabalhos laureados do Prix de Rome de tempos em tempos e La guzla foi come�ado a ser ensaiada em 1863. Entretanto, em abril, Bizet recebeu uma oferta de Conde Walewski para escrever uma �pera em tr�s atos, Les p�cheurs de perles, usando um libretto de Michel Carr� e Eug�ne Cormon. Mas por causa de uma condi��o, que era que a �pera deveria ser o primeiro trabalho a ser interpretado em p�blico, Bizet apressadamente retirou La guzla da temporada do Op�ra e incorporou algumas partes para sua nova produ��o. A primeira performance de Les p�cheurs de perles, no Th��tro Lyrique, foi no dia 30 de setembro. A cr�tica foi geralmente hostil, embora Hector Berlioz tenha elogiado o trabalho, escrevendo que "Bizet merecia grande honra".[37] A rea��o p�blica foi morna e a �pera terminou ap�s 18 performances. N�o foi interpretada novamente at� 1886.[38]

Quando a ajuda financeira do Prix de Rome expirou, Bizet logo notou que n�o poderia viver compondo m�sica. Ele aceitou alunos de piano e alguns alunos de composi��o, dois deles eram Edmon Galabert e Paul Lacombe, que tornaram-se amigos �ntimos.[6] Ele tamb�m trabalhou como acompanhista em ensaios e audi��es para v�rias �peras, incluindo L'Enfance du Christ de Berlioz e Mireille[39] de Charles Gounod. Entretanto, seu trabalho principal nesse per�odo foi um arranjo de outros trabalhos. Ele fez transcri��es para piano de centenas de �peras e outras pe�as e preparou partituras para foz e arranjos orquestrais para todos os tipos de m�sica.[6][40] Ele tamb�m, brevemente, foi um cr�tico musical para La Revue Nationale et �trang�re, sob o nome de Gaston de Betzi, fazendo uma �nica contribui��o, que apareceu dia 3 de agosto de 1867.[41]

Desde 1862 Bizet trabalhou intermitentemente em Ivan IV, uma �pera baseada na vida de Ivan, O Terr�vel. Carvalho falhou ao cumprir sua promessa de produzi-la; ent�o, em dezembro de 1865 Bizet ofereceu para a Op�ra, que rejeitou, o trabalho permaneceu sem ser apresentado at� 1946.[38][42] Em julho de 1866, Bizet assinou outro contrato com Carvelho, para La jolie fille de Perth, com libretto de J.H. Vernoy de Saint-Georges. Sir Walter Scott descreveu que esse "foi o pior nome que Bizet levou aos palcos".[43] Problemas com o palco e outras quest�es atrasaram sua estreia por um ano e foi finalmente encenada pelo Th��tre Lyrique em 26 de dezembro de 1867.[38] A recep��o pela imprensa foi mais favor�vel do que qualquer outra �pera de Bizet, o cr�tico do Le M�nestral saudou o segundo ato como sendo "uma obra-prima do come�o ao fim".[44] Mesmo com o sucesso da �pera, apenas foram feitas 18 performances, pos dificuldades financeiras do Carvalho.[38]

Enquanto La jolie fille estava sendo ensaiada, Bizet trabalhou com tr�s outros compositores, cada um contribuiu com um simples ato para uma operetta em quatro atos chamada Marlborough s'en va-t-en guerre. Quando o trabalho foi interpretado no Th��tre de l'Ath�n�e no dia 13 de dezembro de 1867 foi logo um grande sucesso e o cr�tico do Revue et Gazette Musicale deu aten��o particular para o ato de Bizet dizendo que "nada poderia ser mais estiloso, pequeno e ao mesmo tempo not�vel".[45] Bizet tamb�m arranjou tempo para terminar sua sinfonia Roma e escreveu alguns trabalhos para teclados e can��es. No entanto esse per�odo foi marcado por grandes decep��es para o compositor e pelo menos duas �peras foram abandonadas antes de serem conclu�das.[46] Entrou em diversas competi��es, incluindo uma cantata e um hino compostos para a Exposi��o de Paris de 1867 e ambas foram um fracasso.[47][48] Em 28 de fevereiro de 1869, a Sinfonia Roma foi apresentada no Cirque Napol�on, sob Jules Pasdeloup.[49]

Genevi�ve Bizet, pintada em 1878

N�o muito depois da morte de Fromental Hal�vy em 1862, Bizet come�ou a se aproximar da vi�va. Bizet completou a �pera inacabada de Hal�vy, a �pera No�.[50] Embora n�o se tenha tomado nenhuma a��o na �poca, Bizet permaneceu em termos amig�veis com a fam�lia Hal�vy. Fromental havia deixado duas filhas: a mais velha, Esther, morreu em 1864, em um evento muito traumatizante para a vi�va. E Hal�vy n�o podia tolerar a companhia de sua filha mais nova, Genevi�ve, que aos 15 anos passou a viver com outros membros da fam�lia. N�o � claro quando que Bizet e Hal�vy tornaram-se ligados emocionalmente, mas em outubro de 1867 ele informou a Galabert: "Eu conheci uma menina ador�vel que eu amo! Em dois anos ela vai ser minha mulher![51]" O casamento ocorreu no dia 3 de junho de 1869.[52][53] Ludovic Hal�vy escreveu em seu jornal: "Bizet tem esp�rito e talento. Ele ter� sucesso".[54]

Como uma homenagem tardia a Fromental, Bizet pegou o manuscrito de No� para complet�-la. Parte do seu moribundo Vasco da Gama e Ivan IV foram incorporados � partitura, mas um projeto de produ��o no Th��tre Lyrique falhou, quando finalmente a companhia de Carvalho abriu fal�ncia e No� ficou sem performance at� 1885.[6][50] O casamento de Bizet foi inicialmente feliz, mas foi afetado pela instabilidade de Genevi�ve, pela dif�cil rela��o dela com sua m�e e pela interfer�ncia da vi�va no casamento dos dois.[48][55] Mesmo assim Bizet mantinha uma boa rela��o com sua madrasta e correspondiam-se sempre. No ano seguinte ao casamento, ele come�ou a planejar doze novas �peras e come�ou a esbo�ar a m�sica para duas delas: Clarissa Harlowe baseado na novela Clarissa de Samuel Richardson e Gris�lidis com um libretto de Victorien Sardou.[56] Entretanto, seu progresso nos projetos parou em julho de 1870 com o come�o da Guerra Franco-Prussiana.[57]

Guerra e revolu��es

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Ap�s uma s�rie de provoca��es da Pr�ssia, culminando na oferta da Coroa Espanhola para o Pr�ncipe Prussiano, o imperador franc�s Napole�o III declarou guerra, em 15 de julho de 1870. Inicialmente essa declara��o foi apoiada por um surto patri�tico fervoroso e de confian�a na vit�ria.[6][58] Bizet, junto com outros artistas e compositores, entrou para a Guarda Nacional e come�ou a treinar.[59] Ele disse que era mais perigoso para si mesmo do que para os outros.[60]

Fim da carreira

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Djamileh, L'Arl�sienne e Don Rodrigue

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Em junho de 1871, a indica��o de Bizet como maestro do coro da Op�ra foi aparentemente confirmado pelo diretor, �mile Perrin. Bizet iria assumir seu posto em outubro, mas no dia 1 de novembro o posto foi assumido por Hector Salomon.[61] Bizet estava trabalhando em Clarissa Harlowe e Gris�lidis, mas os planos deles serem estagiados no Op�ra-Comique fracassaram e nenhum dos dois trabalhos foram completos, apenas alguns fragmentos das m�sicas sobreviveram.[62] Outro trabalho de Bizet foi completo em 1871: o dueto para piano intitulado Jeux d'enfants e uma �pera em um ato, Djamileh, que foi estreada em Maio de 1872 no Op�ra-Comique, ela foi retirada de cartaz ap�s 11 apresenta��es e n�o foi encenada novamente at� 1938.[63] Em 10 de julho, Genevi�ve deu � luz o �nico filho do casal: Jacques.[64]

A maior tarefa de Bizet veio de Carvalho, que estava comandando o Teatro Vaudeville de Paris, que queria uma m�sica incidental para tocar L'Arl�sienne de Alphonse Daudet. Quando a pe�a foi interpretada em 1 de outubro, a m�sica foi considerada complexa para a cultura popular. Entretanto, encorajado por Reyer e Jules Massenet, Bizet moldou um quarto movimento para a m�sica, que foi interpretado pela orquestra com Pasdeloup em 10 de novembro, com uma recep��o entusiasmada do p�blico.[6] No inverno de 1872/1873, Bizet supervisionou os preparativos para reviver Rom�o et Juliette de Gounod no Op�ra-Comique. A rela��o entre os dois foi �tima durante anos, mas Bizet respondeu positivamente ao pedido do seu antigo mentor: "Voc� foi o in�cio da minha vida como artista".[65]

Em junho de 1872 Bizet informou Galabert: "Eu fui ordenado a compor uma �pera de tr�s atos para a Op�ra-Comique. Meilhac e Hal�vy est�o fazendo minha pe�a".[66] O projeto escolhido foi a curta novela Carmen de Prosper M�rim�e. Bizet come�ou a m�sica no ver�o de 1873, mas o trabalho foi suspendido.[6][67] Bizet come�ou a compor Don Rodrigue, uma adapta��o de El Cid, hist�ria de Louis Gallet e �douard Blau. Ele tocou uma vers�o para piano para uma seleta audi�ncia que inclu�a Gabriel Faur�, esperando que a aprova��o de Faur� influenciaria os diretores da Op�ra para estagiar seu trabalho.[68] Entretanto, na noite de 28/29 de outubro, a Op�ra foi queimada, os diretores em meio das preocupa��es, deixaram Don Rodrigue de lado. Ela nunca foi completa, Bizet posteriormente adaptou um tema de seu ato final como base da sua ouverture de 1875, Patrie.[6]

Adolphe de Leuven, o codiretor da Op�ra-Comique foi o maior opositor ao projeto de Carmen, resignado no in�cio de 1874, removendo a maior barreira da produ��o do trabalho.[6] Bizet terminou as partituras durante o ver�o e ficou satisfeito com o resultado: "Eu tenho escrito uma obra que � toda clara e viva, cheia de cor e melodia".[69] A renomada mezzo-soprano C�lestine Galli-Mari� (conhecida profissionalmente como "Galli-Mari�") estava engajada com o papel-t�tulo. De acordo com Dean, ela ficou encantada com a sua parte. Havia rumores de que o compositor e a mezzo tiveram um breve caso amoroso; sua rela��o com Genievi�ve estava tensa naquele momento e os dois viveram separados durante v�rios meses.[70]

Quando os ensaios come�aram em outubro de 1874, a orquestra teve dificuldades com a partitura, encontrando partes que eram imposs�veis de serem tocadas.[71] O coro declarou que algumas m�sicas tamb�m eram imposs�veis e ficaram consternados ao ter que agir individualmente no palco, fumando e lutando, ao inv�s de ficarem em linha, como eram acostumados. Bizet tamb�m teve que combater com as tentativas da companhia de modificar algumas partes da �pera, pois consideravam-nas impr�prias. Somente quando os cantores l�deres amea�aram retirar-se da produ��o, que a gest�o come�ou a ceder.[72][73] Resolvendo as quest�es, a primeira noite atrasou um pouco, sendo feita em 3 de mar�o de 1875 (coincidentemente na manh� em que Bizet foi apontado como um Cavaleiro da Legi�o de Honra).[74]

Entre as principais figuras do meio musical que estavam na estreia est�o Jules Massenet, Camille Saint-Sa�ns e Charles Gounod. Genevi�ve, sofrendo de um abscesso em seu olho direito, n�o pode estar presente.[74] O desempenho da �pera no primeiro dia foi de quatro horas e meia, o �ltimo ato n�o come�ou antes da meia noite.[75] Em seguida, Massenet e Saint-Sa�ms foram parabenizados, Gounod em menor escala. DE acordo com uma fonte, ele acusou Bizet de pl�gio: "Georges me roubou!".[76] A maior parte da imprensa criticou a �pera, dizendo que a hero�na era uma sedutora amoral, inv�s de uma mulher de virtude. Outros queixaram-se da falta de melodia e fizeram compara��es desfavor�veis. Houve, no entanto, elogios do poeta Th�odore de Banville, que aplaudiu Bizet.[77] A rea��o do p�blico foi morna[78] e Bizet logo se convenceu do fracasso, "Eu prevejo um fracasso definitivo e sem esperan�as".[79]

Na maior parte de sua vida, Bizet sofreu de uma dor de garganta recorrente.[80] Um fumante pesado, ele p�de ter comprometido mais a sua sa�de em seu per�odo de trabalho intenso na metade da d�cada de 1860, quando ele trabalhou nas transcri��es para as editores, trabalhando at� 16 horas por dia.[81] Em 1868 ele informou Galabert que ele tinha uma doen�a na traqu�ia: "Eu sofri como um cachorro".[82] Em 1871 e novamente em 1874, enquanto completava Carmen, ele teve que se afastar do trabalho por ataques severos, que ele descreveu como "angina na garganta" e sofreu mais um ataque no final de mar�o de 1875.[83][84] Naquele tempo, deprimido pelo fracasso evidente de Carmen, Bizet estava em uma lenta recupera��o e adoeceu novamente em maio. No fim daquele m�s ele foi para Bougival em um feriado e, sentindo-se um pouco melhor, foi nadar no Rio Sena. No dia seguinte, 1 de junho, ele come�ou a sofrer de febre alta e dor, que foi seguido de um aparente ataque card�aco. Ele parecia estar se recuperando, mas no dia 3 de junho ele sofreu um segundo ataque fatal.[85]

A rapidez da morte de Bizet e a consci�ncia de seu estado depressivo mental, alimentou rumores de suic�dio. Embora a causa exata da sua morte nunca tenha sido descoberta, os m�dicos descontavam teorias de suic�dio e eventualmente determinaram a morte como "uma complica��o card�aca de reumatismo articular agudo". A not�cia da morte surpreendeu todo o c�rculo musical de Paris; como Galli-Mari� ficou muito surpresa e triste, a �pera Carmen n�o foi interpretada naquela noite, sendo substitu�da por La Dame Blanche de Fran�ois-Adrien Boieldieu.[85]

No funeral, no dia 5 de junho, na igreja �glise de la Sainte-Trinit�, mais de 4 000 pessoas estavam presentes. Adolphe Bizet conduziu os enlutados, que inclu�ram Thomas, Gounod, Ludovic e L�on Hal�vy e Massenet. Uma orquestra, sob Pasdeloup interpretaram Patrie e o organista improvisou alguns temas de Carmen. No enterro, que se seguiu no Cemit�rio P�re Lachaise, Gounod o elogiou. Ele disse que Bizet foi derrubado exatamente por estar se tornando reconhecido como um verdadeiro artista. Ao fim, Gounod se emocionou e n�o conseguiu concluir.[86] Depois de uma apresenta��o especial de Carmen no Op�ra, naquela mesma noite, a imprensa que tinha condenado universalmente, declarou Bizet como um mestre.[87]

  • La maison du docteur, �pera c�mica, 1 acto, (H. Boisseaux; composta ca. 1855; n�o executada)
  • Le docteur Miracle, opereta, 1 ato, (L. Battu & L. Hal�vy, segundo R.B. Sheridan; comp. 1856; estreia em Paris, Bouffes-Parisiens, 9 de abril de 1857)
  • Don Procopio, �pera buffa, 2 atos, (C. Cambiaggio, segundo L. Prividali; comp. 1858-59; estreia em Monte Carlo, 10 de mar�o de 1906)
  • La pr�tresse, opereta, 1 ato, (P. Gille; comp. ca. 1861; n�o executada)
  • La guzla de l'�mir, �pera c�mica, (J. Barbier & M. Carr�; comp. ca. 1862; n�o executada)
  • Ivan IV, �pera, 5 actos, (F.-H. Leroy & H. Trianon; composed ca. 1862-65; estreia em. W�rttemberg, M�hringen Castle, 1946)
  • Les p�cheurs de perles, �pera, 3 atos, (E. Cormon & M. Carr�; composta em 1863; estreia em Paris, Th��tre Lyrique, 30 de setembro de 1863)
  • La jolie fille de Perth, �pera, 4 atos, (J.-H. Vernoy de Saint-Georges & J. Adenis, segundo W. Scott); composta em 1866; estreia em Paris, Th��tre Lyrique, 26 de dezembro de 1867)
  • Marlbrough s'en va-t-en guerre, opereta, 4 atos, (P. Siraudin & W. Busnach; comp. 1867, Act I apenas, perdida; estreia em Paris, Th��tre Ath�n�e, 13 de dezembro de 1867)
  • La coupe du roi de Thul�, �pera, 3 atos, (L. Gallet & E. Blau; comp. 1868-69, depois da sua morte o documento foi estragado por ser manuseado por v�rias pessoas[88] s� restam fragmentos; estreia (excertos) BBC Radio, 12 de julho de 1955)
  • Clarisse Harlowe, �pera c�mica, 3 actos, (Gille & A. Jaime, segundo S. Richardson; comp. 1870-71, incompleta; n�o executada)
  • Gris�lidis, �pera c�mica, 1 ato, (V. Sardou; comp. 1870-71, incompleta; n�o executada)
  • Djamileh, �pera c�mica, 1 ato, (Gallet, segundo A. de Musset; comp. 1871; estreia em Paris, Op�ra-Comique (Favart), 22 de maio de 1872)
  • L'Arl�sienne, m�sica incidental, 3 actos (A. Daudet; comp. 1872; estreia em Paris, Théâtre Vaudeville, 1 de outubro de 1872)
  • Don Rodrigue, ópera, 5 atos, (Gallet & Blau, segundo G. de Castro y Bellvis; comp. 1872, rascunho incompleto; não executada)
  • Carmen, opéra, 4 atos, (H. Meilhac & L. Halévy, after P. Mérimée; comp. 1873-74; estreia em Paris, Opéra-Comique (Favart), 3 de março de 1875)

Ref:[89]

  • L’âme triste est pareille au doux ciel (Lamartine)
  • Petite Marguerite (Rolland, 1854)
  • La Rose et l’abeille (Rolland, 1854)
  • La Foi, l’Esperance et la Charité (de Lagrave, 1854))
  • Vieille chanson (Millevoye, 1865)
  • Adieux de l'hôtesse arabe (Hugo, 1866)
  • Apres l’Hiver (Hugo, 1866)
  • Douce mer (Lamartine, 1866)
  • Chanson d'avril (Bouilhet, 1866)
  • Feuilles d'álbum (1866): À une fleur (de Musset), Adieux à Suzon (de Musset), Sonnet (Ronsard), Guitare (Hugo), Rose d'amour (Millevoye), Le grillon (Lamartine)
  • Pastorale (Regnard, 1868)
  • Rêve de la bien-aimée (de Courmont, 1868)
  • Ma vie a son secret (Arvers, 1868)
  • Berceuse (Desbordes-Valmore, 1868)
  • La chanson du fou (Hugo, 1868)
  • La coccinelle (Hugo, 1868)
  • La sirène (Mendès, 1868)
  • Le Doute (Ferrier, 1868)
  • L’Esprit Saint
  • Absence (Gautier)
  • Chant d’amour (Lamartine)
  • Tarentelle (Pailleron)
  • Vous ne priez pas (Delevigne)
  • Le Colibri (Flan, 1868)
  • Sérénade ‘Oh, quand je dors’ (Hugo)
  • Vœu (Hugo, 1868)
  • Voyage, Aubade, La Nuit, Conte, Aimons, rêvons!, La chanson de la rose, Le Gascon, N’oublions pas!, Si vous aimez!, Pastel, l'abandonnée (Inacabados)
  • Nocturne in F major
  • Variation chromatiques de concert (orquestrada por Felix Weingartner em 1933)
  • Caprice in C# minor
  • Caprice in C major
  • Chasse Fantastique
  • Romance sans paroles in C major
  • Thème brilliant in C
  • Valse in C major
  • Trois Esquisses Musicales
  • Grande Valse de Concert in E flat
  • Marine
  • Nocturne in D major
  • Chants du Rhin
  • Four Préludes
  • Jeux d'enfants (Children's Games) 12 peças para dueto de piano.
    • L'escarpolette (Rêverie), La Toupie (Impromptu), La Poupée (Berceuse), Les Chevaux de bois (Scherzo), Le volant (Fantaisie), Trompette et tambour (Marche), Les Bulles de Savon (Rondino), Les quatre coins (Esquisse), Colin-maillard (Nocturne), Saute-mouton (Caprice), Petit mari, petite femme (Duo), Le Bal (Galop)
  • Abertura em Lá
  • Sinfonia em Dó (Bizet), 1855
  • Sinfonia em Dó Maior ("Roma")
  • Petite Suite (cinco momentos de Jeux d'Enfants)
  • Abertura Patrie
  • Ode sinfónicaVasco da Gama
  • Te Deum
  • L'Arlesienne Suite #1 (também creditado com a maioria Suite #2)

Obra completada

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  • Fromental Halévy - Noé, ópera, 3 actos (Saint-Georges; comp. 1858-62, inacabada por morte de Halévy; completada por Bizet; Estreia Karlsruhe, 5 de abril de 1885)
The Entr'acte to Act I from Carmen

The Entr'acte to Act III from Carmen

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  82. Curtiss, p. 221
  83. Curtiss, pp. 310 and 367
  84. Dean (1965), p. 122
  85. a b Dean (1965), pp. 124–26
  86. Curtiss, pp. 422–23
  87. Dean (1965), p. 128
  88. Dean, 1978, ibid.
  89. Sadie, p. 489.

Ligações externas

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