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M�sculo

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(Redirecionado de M�sculos)
M�sculos do peito, ombro e bra�o.

O m�sculo � o tecido respons�vel pelo movimento de um ser vivo, tanto em movimentos volunt�rios, com os quais interage com o meio ambiente, como movimentos dos seus �rg�os internos, o cora��o ou o intestino.[1]

Assim, eles s�o respons�veis pelo posicionamento e movimenta��o do esqueleto e est�o usualmente unidos aos ossos por tend�es. A origem de um m�sculo � a sua extremidade mais pr�xima ao tronco ou ao osso est�tico. A inser��o de um m�sculo � a por��o mais distal ou m�vel.

Nossos m�sculos possuem duas fun��es comuns: (1) gerar movimento e (2) gerar for�a. Mas tamb�m, al�m dessas, podem geram calor e contribuem significativamente para a homeostase da temperatura do corpo.

Os m�sculos esquel�ticos s�o os �nicos que se contraem em resposta a um sinal som�tico de um neur�nio motor. Eles n�o podem iniciar a sua pr�pria contra��o, nem sofrem influ�ncias diretas de horm�nios para se contrair.

Os m�sculos s�o constitu�dos por tecido muscular e caracterizam-se pela sua contratilidade, funcionando pela contra��o e extens�o das suas fibras. A contra��o muscular ocorre com a sa�da de um impulso el�trico do sistema nervoso central que � conduzido ao m�sculo atrav�s de um nervo. Esse est�mulo el�trico desencadeia o potencial de a��o, que resulta na entrada de s�dio (necess�rio � contra��o) dentro da c�lula, e a sa�da de pot�ssio da mesma, assim estimulando a libera��o do c�lcio que est� armazenado no ret�culo Sarcoplasm�ticos ou RS presentes no sarcoplasma (citoplasma da c�lula muscular). Em termos cient�ficos, as etapas s�o:

  1. Despolariza��o do sarcolema;
  2. estimula��o do ret�culo sarcoplasm�tico;
  3. a��o do c�lcio e de ATP, provocando o deslizamento da actina sobre a miosina (� a contra��o muscular).

Os m�sculos volunt�rios s�o os �rg�os ativos do movimento, transmitindo movimento aos ossos sobre quais se inserem. T�m uma variedade grande de tamanho e formato, de acordo com a sua disposi��o, local de origem e inser��o e controlam a postura do corpo do animal.

O ser humano possui aproximadamente 512 m�sculos. Cada m�sculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em v�rias fibras para poder controlar todas as c�lulas do m�sculo, atrav�s da placa motora.

Tipos de m�sculos

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Tipos de m�sculo

Existem tr�s tipos de m�sculo: m�sculo esquel�tico, m�sculo liso e m�sculo estriado card�aco.

Todos os tr�s tipos musculares t�m as seguintes caracter�sticas:

  • Podem contrair-se e encurtar, tornando-se mais tensos e duros, em resposta a um est�mulo vindo do sistema nervoso;
  • Podem ser distendidos, aumentando o seu comprimento;
  • Podem retornar � forma e ao tamanho original.

A propriedade do tecido muscular de se contrair chama-se contratilidade e a propriedade de poder ser distendido recebe o nome de elasticidade.

M�sculo estriado esquel�tico

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Ver artigo principal: M�sculo esquel�tico

O tecido muscular estriado ou esquel�tico � formado por fibras musculares cil�ndricas, finas e que podem medir v�rios cent�metros de comprimento.

Os m�sculos esquel�ticos possuem uma colora��o mais avermelhada. S�o tamb�m chamados de m�sculos estriados, j� que apresentam estria��es em suas fibras (fibroc�lulas estriadas). S�o os respons�veis pelos movimentos volunt�rios; estes m�sculos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o inv�lucro exterior do corpo.

M�sculo estriado card�aco

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Ver artigo principal: M�sculo estriado card�aco
Modelo de um cora��o humano onde existem fibras musculares diferenciadas.
  • Histologicamente tem caracter�stica de m�sculo esquel�tico, mas funcionalmente tem caracter�stica de m�sculo liso. Assim como o tecido muscular esquel�tico, apresenta fibroc�lulas bastante compridas. � tamb�m chamado de mioc�rdio, e constitui a parede do cora��o. Apesar de ser estriado, possui movimentos involunt�rios. Este m�sculo se contrai e relaxa sem parar. Entretanto, suas c�lulas s�o mononucleadas ou binucleadas, com n�cleos localizados mais centralmente. Tamb�m possuem discos intercalares, que s�o linhas de jun��o entre uma c�lula e outra, que aparecem mais coradas que as estrias transversais. No tecido card�aco, t�m bastante import�ncia as fibras de Purkinje, c�lulas respons�veis pela distribui��o do impulso el�trico que vai gerar a contra��o muscular �s diversas fibro-c�lulas card�acas.

Anatomia macrosc�pica

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M�sculos, vista posterior

O corpo humano possui aproximadamente 660 m�sculos esquel�ticos.

Usamos aproximadamente 200 m�sculos para andar.

Anatomia microsc�pica

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A anatomia microsc�pica estuda o fuso muscular, epim�sio, endom�sio, fibra muscular, entre outros.

Papel na sa�de e doen�a

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Ver artigo principal: Exerc�cio f�sico

O esfor�o excessivo ou movimenta��es bruscas podem provocar les�es musculares. As mais comuns s�o: c�ibras, cansa�o muscular e distens�es. Em geral, tais problemas acontecem durante a pr�tica esportiva. A c�ibra � causada por contra��es repentinas e involunt�rias do m�sculo.

Como as outras c�lulas, as fibras musculares produzem energia por meio de rea��es de combust�o. Devido a intensa atividade para proporcionar movimento e calor ao corpo, as fibras musculares necessitam de grande quantidade de energia (creatina fosfato, carboidratos, gorduras e prote�nas). Em um dos processos do metabolismo energ�tico o organismo produz uma subst�ncia denominada �cido l�tico. Por muito tempo associaram o �cido l�tico a falta de renova��o da energia necess�ria para a contra��o do m�sculo (cansa�o muscular), mas hoje se sabe que o mesmo � na verdade um combust�vel a mais para o m�sculo. A c�ibra � uma contra��o espasm�dica da musculatura acompanhada de dor intensa. Importante salientar que n�o � apenas a contra��o prolongada dos m�sculos que pode provocar dor. O estiramento excessivo (distens�o muscular) tamb�m � seguido de intensa dor.

Contra��es musculares bruscas podem afetar os tend�es, resultando, em certos casos, no rompimento da articula��o. Quando isso acontece, dizemos que ocorreu uma ruptura de tend�o.

Ver artigo principal: Doen�a neuromuscular

As doen�as neuromusculares s�o aquelas que afetam os m�sculos e/ou seu controle nervoso. Os sintomas destas doen�as incluem fraqueza, espasticidade, mioclonia e mialgia.

Diversas doen�as causam uma diminui��o da massa muscular, conhecida como atrofia muscular. Alguns exemplos incluem o c�ncer e a AIDS, que podem induzir uma s�ndrome chamada caquexia.

Distens�o � uma les�o no m�sculo decorrente de um estiramento da musculatura. Distens�es ocorrem em todas as pessoas e n�o apenas em atletas. As atividades di�rias podem provocar distens�es.

Ver artigo principal: Contra��o muscular

Existem dois tipos de contra��es musculares: contra��o isot�nica e contra��o isom�trica.

  • A contra��o isot�nica refere-se a uma contra��o em que um m�sculo encurta enquanto exerce uma for�a constante que corresponde � carga que est� sendo erguida pelo m�sculo. Divide-se em conc�ntrica e exc�ntrica. Na conc�ntrica a contra��o vence a resist�ncia e h� o encurtamento muscular e na exc�ntrica a resist�ncia vence a contra��o havendo o alongamento muscular.
Ex: A corrida � conc�ntrica pois o velocista vence a barreira do ar
Ex: Queda de bra�o � exc�ntrica pois a resist�ncia est� em seu oponente.
  • A contra��o isom�trica refere-se a uma contra��o em que o comprimento externo do m�sculo n�o se altera, pois a for�a gerada pelo m�sculo � insuficiente para mover a carga � qual est� fixado.

No corpo, a maioria das contra��es � uma combina��o de ambas as contra��es.

A eficiência do músculo humano foi medida (no contexto do remo e ciclismo) em 18% a 26%. A eficiência é definida como a razão de trabalho e o custo total metabólico, como pode ser calculado a partir do consumo de oxigênio. Esta baixa eficiência é o resultado de cerca de 40% de eficiência de geração de ATP de alimento de energia, as perdas na conversão de energia a partir de ATP em trabalho mecânico dentro do músculo, e as perdas mecânicas no interior do corpo. As duas últimas perdas são dependentes do tipo de exercício e o tipo de fibras musculares usadas (de contração rápida ou de contração lenta). Para uma eficiência de 20 por cento, um watt de energia mecânica é equivalente a 4,3 kcal por hora. Por exemplo, um fabricante de equipamentos de remo mostra as calorias queimadas como quatro vezes o trabalho real mecânico, além de 300 kcal por hora,[2] o que equivale a cerca de 20 por cento de eficiência de 250 watts de saída mecânica. A produção de energia mecânica de uma contração cíclica pode depender de muitos fatores, incluindo tempo de ativação, a trajetória de tensão muscular, e as taxas de aumento e diminuição da força. Estes podem ser sintetizados experimentalmente usando análise do loop do trabalho.

Densidade do tecido musculoso com a do tecido adiposo

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A densidade do tecido muscular esquelético de mamíferos é de cerca de 1,06 kg/litro.[3] Isto pode ser contrastado com a densidade do tecido adiposo (gordura), que é de 0,9196 kg/litro.[4] Isso faz com que o tecido muscular seja aproximadamente 15% mais denso do que o tecido da gordura.

Fisiculturismo

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Ver artigo principal: Fisiculturismo

Fisiculturismo é o esporte cujo objetivo é buscar, por meio da musculação, a melhor formação muscular, através de treinamento com pesos, alimentação e descanso adequados.

Referências

  1. Brasil Escola. «Tecido muscular». Consultado em 5 de março de 2012 
  2. «Concept II Rowing Ergometer, user manual» (PDF). 1993. Consultado em 10 de setembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 26 de dezembro de 2010 
  3. Urbancheka M, Pickenb E, Kaliainenc L, Kuzon W (2001). «Specific Force Deficit in Skeletal Muscles of Old Rats Is Partially Explained by the Existence of Denervated Muscle Fibers». The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences 56:B191-B197 
  4. Farvid, MS; Ng, TW; Chan, DC; Barrett, PH; Watts, GF (2005). «Association of adiponectin and resistin with adipose tissue compartments, insulin resistance and dyslipidaemia». Diabetes, obesity & metabolism. 7 (4): 406–13. PMID 15955127. doi:10.1111/j.1463-1326.2004.00410.x 

Ligações externas

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