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Quebec

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 Nota: Este artigo é sobre a província. Para a cidade, veja Quebec (cidade).
Quebec

Québec (francês)

  Província  
Símbolos
Bandeira de Quebec
Bandeira
Brasão de armas de Quebec
Brasão de armas
Lema Je me souviens
(do francês: Eu me lembro)
Gentílico Quebequense[1]
Québécois (francês)
Localização
Localização da província do Quebec no Canadá
Localização da província do Quebec no Canadá
Localização da província do Quebec no Canadá
Coordenadas
História
Confederação 1 de julho de 1867 (1.°)
Administração
Capital Quebec
Maior cidade Montreal
Tipo Monarquia constitucional
Primeiro-ministro François Legault
Tenente-governador Manon Jeannotte
Características geográficas
Área total 1 542 056 km²
 • Área seca 1 365 128 km²
 • Área molhada 176 928 km²
População total (2016) 8 164 361[2] hab.
Densidade 6 hab./km²
Fuso horário UTC-5 e UTC-4
Código postal G, H, J
Indicadores
IDH (2021) [3] 0,923 muito alto
 • Posição 9.º
PIB (2018) [4] C$ 439,375 bilhões
 • Posição 2.º
PIB per capita (2018) C$ 52,384 (10.º)
Outras informações
Língua oficial Francês[5]
Abreviação Postal QC
Código ISO 3166 CA-QC
Membros do Parlamento 78 de 338 (23,1%)
Membros do Senado 24 de 105 (22,9%)
S�tio www.gouv.qc.ca

O Quebec ou Quebeque[1][6][7] (em franc�s: Qu�bec)[8] � uma das dez prov�ncias do Canad�. � limitado a oeste pelo Ont�rio e pelas �guas da Ba�a de James e da Ba�a de Hudson, ao norte pelo Estreito de Hudson e pela Ba�a de Ungava, a leste pelo Golfo de S�o Louren�o e pela prov�ncia de Terra Nova e Labrador, e ao sul pela prov�ncia de Novo Brunswick e pelos estados americanos do Maine, Nova Hampshire, Vermont e Nova Iorque. Tamb�m compartilha fronteiras mar�timas com Nunavut, Ilha do Pr�ncipe Eduardo e Nova Esc�cia. O Quebec � a maior prov�ncia do Canad� por extens�o territorial e a segunda maior divis�o administrativa do pa�s, apenas o territ�rio de Nunavut � maior. A prov�ncia do Quebec � hist�rica e politicamente considerada parte do Canad� Central juntamente com Ont�rio.

O Quebec � a segunda prov�ncia mais populosa do Canad�, depois do Ont�rio.[9] � a �nica a ter uma popula��o predominantemente franc�fona, sendo o franc�s a �nica l�ngua oficial a n�vel provincial. A maioria dos habitantes vive em �reas urbanas perto do rio S�o Louren�o, entre Montreal e a cidade de Quebec, a capital. Aproximadamente metade dos moradores da prov�ncia vive na Grande Montreal, incluindo a Ilha de Montreal. As comunidades angl�fonas e as institui��es de l�ngua inglesa est�o concentradas no oeste da ilha de Montreal, mas tamb�m est�o significativamente presentes nas regi�es de Outaouais, Munic�pios Orientais e Gasp�. A regi�o do norte do Quebec, que ocupa a metade norte da prov�ncia, � escassamente povoada e habitada principalmente pelos povos abor�genes.[10]

O clima ao redor das grandes cidades � continental, com invernos frios e nevosos e com ver�es quentes e geralmente �midos, mas as temporadas de inverno mais longas dominam e como resultado as �reas setentrionais da prov�ncia s�o marcadas por condi��es de tundra.[11] Mesmo no centro do Quebec, em latitudes comparativamente mais ao sul, os invernos s�o severos em �reas do interior.

Os debates sobre a independ�ncia do Quebec desempenharam um grande papel na pol�tica da prov�ncia. Os governos do Partido Quebequense realizaram referendos sobre a soberania em 1980 e 1995. Embora nenhum dos dois tenha passado, o referendo de 1995 teve a maior participa��o eleitoral na hist�ria do Quebec, mais de 93%, e s� falhou por menos de 1% dos votos.[12] Em 2006, a C�mara dos Comuns do Canad� aprovou uma mo��o simb�lica reconhecendo o Quebec como uma "na��o dentro de um Canad� unido".[13][14]

Embora os recursos naturais substanciais da prov�ncia sejam, h� muito tempo, a base de sua economia, setores da economia do conhecimento, como o aeroespacial, as tecnologias da informa��o e comunica��o, a biotecnologia e a ind�stria farmac�utica tamb�m desempenham papeis importantes na economia. Todas essas ind�strias contribu�ram para ajudar Quebec a se tornar uma prov�ncia economicamente influente dentro do Canad�, atr�s apenas de Ont�rio na produ��o econ�mica.[15]

Etimologia e mudan�as territoriais

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A chegada de Samuel de Champlain, pai da Nova Fran�a, no local onde atualmente se encontra a Cidade de Quebec.

O termo "Qu�bec", que vem da palavra algonquina k�bec, que significa "onde o rio se estreita", originalmente se referia � �rea em torno da cidade de Quebec, onde o rio S�o Louren�o se estreita para um caminho cheio de pedras. As primeiras varia��es na grafia do nome inclu�ram Qu�becq (Levasseur, 1601) e K�bec (Lescarbot, 1609).[16] O explorador franc�s Samuel de Champlain escolheu o nome Qu�bec em 1608 para o posto colonial que usaria como sede administrativa da col�nia francesa da Nova Fran�a.[17] A prov�ncia � por vezes referida como "La belle province" que significa "A bela prov�ncia".

A prov�ncia do Quebec foi fundada na Proclama��o Real de 1763, depois que o Tratado de Paris transferiu formalmente a col�nia francesa do Canad� para a Gr�-Bretanha ap�s a Guerra dos Sete Anos.[18] A proclama��o restringiu a prov�ncia a uma �rea ao longo das margens do rio S�o Louren�o. A Lei do Quebec de 1774 expandiu o territ�rio da prov�ncia para incluir os Grandes Lagos e o vale do rio Ohio e ao sul da Terra de Rupert, restaurando mais ou menos as fronteiras anteriormente existentes sob o dom�nio franc�s antes da conquista em 1760.[19] O Tratado de Paris de 1783 cedeu territ�rios ao sul dos Grandes Lagos para os Estados Unidos.[20] Ap�s o Ato Constitucional de 1791, o territ�rio foi dividido entre o Canad� Inferior (atual Quebec) e o Canad� Superior (atual Ont�rio), com cada um recebendo uma assembleia legislativa eleita.[21] Em 1840, eles se tornaram o Canad� Oriental e o Canad� Ocidental depois que o Parlamento Brit�nico unificou as regi�es formando o que chamaram de Prov�ncia do Canad�. Este territ�rio foi novamente dividido formado as prov�ncia do Quebec e Ont�rio na Confedera��o do Canad� em 1867.[22] Cada uma das regi�es se tornou uma das primeiras quatro prov�ncias.

Em 1870, o Canad� comprou a Terra de Rupert da Companhia da Ba�a de Hudson e nas pr�ximas d�cadas o Parlamento do Canad� transferiu para Quebec partes desse territ�rio, o que triplicou o tamanho da prov�ncia.[23] Em 1898, o Parlamento Canadense aprovou a Lei de Extens�o do Limite do Quebec, que expandiu as fronteiras provinciais para o norte, incluindo as terras dos povos abor�gines locais.[24] Isto foi seguido pela adi��o do Distrito de Ungava atrav�s da Lei de Extens�o das Fronteiras do Quebec de 1912 que acrescentou as terras mais setentrionais dos inu�tes, definindo o atual Quebec.[24] Em 1927, a fronteira entre Quebec e Terra Nova e Labrador foi estabelecida pelo Comit� Judici�rio Brit�nico do Conselho Privado. No entanto, Quebec oficialmente contesta esses novos limites territoriais.[25]

Povos ind�genas e explora��o europeia

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Lagos glaciais Agassiz e Ojibway.

Na �poca do primeiro contato europeu e posterior coloniza��o, as na��es ind�genas algonquiana, iroquesa e inu�te controlavam o que hoje � o Quebec. Seus estilos de vida e culturas refletiam a terra em que viviam. Algonquianos organizados em sete entidades pol�ticas viviam vidas n�mades com base na ca�a, coleta e pesca no terreno acidentado do Escudo Canadense (na Ba�a de James os povos cree, innu, algonquinos) e nas Montanhas Apalaches (os povos mi'kmaq e abenaki).[26] Os povos iroqueses de S�o Louren�o (um ramo dos iroqueses), viviam vidas mais estabelecidas, cultivando milho, feij�o e ab�bora nos f�rteis solos do Vale de S�o Louren�o. Eles parecem ter sido posteriormente suplantados pela na��o mohawk.[27] Os inu�tes at� hoje continuam a pescar e ca�ar baleias e focas no severo clima �rtico ao longo das costas da Ba�a de Hudson e da Ba�a de Ungava.[28] Essas pessoas trocavam pele e comida e �s vezes guerreavam com outras na��es ind�genas.

Nova Fran�a

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Uma representa��o de Jacques Cartier, de Th�ophile Hamel, 1844.

Por volta de 1522-1523, o navegador italiano Giovanni da Verrazzano persuadiu o rei Francisco I da Fran�a a encomendar uma expedi��o para encontrar uma rota ocidental para Catai (China). Em 1534, o explorador bret�o Jacques Cartier plantou uma cruz na Pen�nsula de Gasp� e reivindicou a terra em nome do rei Francisco I. Foi a primeira prov�ncia da Nova Fran�a. No entanto, as tentativas iniciais francesas de colonizar a regi�o tiveram um fracasso. Os navios de pesca franceses, no entanto, continuaram a navegar para a costa do Atl�ntico e para o rio S�o Louren�o, fazendo alian�as com as Primeiras Na��es que se tornariam importantes quando a Fran�a come�asse a ocupar a terra.[29]

Tr�s chefes da na��o ind�gena dos hur�es do Quebec. A Nova Fran�a tinha em grande parte rela��es pac�ficas com os povos ind�genas, como seus aliados, o hur�es. Ap�s a derrota dos hur�es por seus inimigos m�tuos, os iroqueses fugiram de Ont�rio para Quebec.

Samuel de Champlain fez parte de uma expedi��o de 1603 da Fran�a que viajou para o rio S�o Louren�o.[30] Em 1608, ele retornou como chefe de um partido de explora��o e fundou a cidade de Quebec com a inten��o de tornar a �rea parte do imp�rio colonial franc�s. A Habitation de Qu�bec de Champlain, constru�da como um posto permanente de com�rcio de pele, era onde ele iria forjar um com�rcio e, finalmente, uma alian�a militar, com as na��es algonquina e hur�o.[31] As Primeiras Na��es trocavam peles por muitas mercadorias francesas, como objetos de metal, armas, �lcool e roupas.

Coureurs des bois, voyageurs e mission�rios cat�licos usavam canoas para explorar o interior do continente norte-americano.[32] Estabeleceram fortes de com�rcio de pele nos Grandes Lagos, na Ba�a de Hudson, no rio Ohio e rio Mississipi, bem como no rio Saskatchewan e no rio Missouri.[33]

Depois de 1627, o rei Lu�s XIII da Fran�a permitiu que a Companhia da Nova Fran�a introduzisse o sistema senhorial e proibisse a coloniza��o na Nova Fran�a por outros que n�o fossem cat�licos romanos.[34]

Em 1629 houve a rendi��o do Quebec, sem batalha, a cors�rios ingleses liderados por David Kirke durante a Guerra Anglo-Francesa. No entanto, Samuel de Champlain argumentou que a tomada das terras pelos ingleses era ilegal, pois a guerra j� havia terminado, ele trabalhou para que as terras voltassem para a Fran�a. Como parte das negocia��es em andamento de sua sa�da da Guerra Anglo-Francesa, em 1632 o rei ingl�s Charles concordou em devolver as terras em troca de que Lu�s XIII pagasse o dote de sua esposa. Estes termos foram assinados em lei com o Tratado de Saint-Germain-en-Laye. As terras no Quebec e na Ac�dia foram devolvidas � Companhia da Nova Fran�a.

A Nova Fran�a tornou-se uma prov�ncia real em 1663 sob o rei Lu�s XIV da Fran�a com um Conselho Soberano que inclu�a o intendente Jean Talon.[35] A popula��o cresceu lentamente sob o dom�nio franc�s,[36] assim permaneceu relativamente baixa, como o crescimento foi em grande parte alcan�ado atrav�s de nascimentos naturais, em vez de pela imigra��o.[37] Para incentivar o crescimento da popula��o e corrigir o grave desequil�brio entre homens e mulheres solteiros, o rei Lu�s XIV patrocinou a passagem de aproximadamente 800 jovens francesas (conhecidas como les filles du roi) para a col�nia. A maioria dos franceses do local eram agricultores, e a taxa de crescimento populacional entre os pr�prios colonos era muito alta.[38]

Guerra dos Sete Anos e capitula��o da Nova Fran�a

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Ver artigo principal: Guerra dos Sete Anos

As autoridades da Nova Fran�a se tornaram mais agressivas em seus esfor�os para expulsar comerciantes e colonos brit�nicos do Vale do Ohio. Eles come�aram a constru��o de uma s�rie de fortifica��es para proteger a �rea.[39] Em 1754, George Washington lan�ou um ataque surpresa contra um grupo de soldados canadenses que dormia nas primeiras horas da manh�. Chegou numa �poca em que nenhuma declara��o de guerra havia sido emitida por nenhum dos dois pa�ses. Esta agress�o nas fronteiras preparou o cen�rio para a Guerra Franco-Ind�gena, uma designa��o dos Estados Unidos; no Canad� � geralmente chamada de a Guerra dos Sete Anos, embora os franco-canadenses a chamem de La guerre de la Conqu�te (em portugu�s: A Guerra da Conquista) na Am�rica do Norte.[40][41] Em 1756, a Fran�a e a Gr�-Bretanha estavam combatendo na Guerra dos Sete Anos em todo o mundo. Em 1758, os brit�nicos atacaram a Nova Fran�a por via mar�tima e tomaram o forte franc�s em Louisbourg.

Em 13 de setembro de 1759, as for�as brit�nicas do general James Wolfe derrotaram as do general franc�s Louis-Joseph de Montcalm, nas plan�cies de Abra�o, fora da cidade de Quebec. Com exce��o das pequenas ilhas de S�o Pedro e Miquel�o, localizadas na costa da Terra Nova, a Fran�a cedeu suas possess�es norte-americanas � Gr�-Bretanha atrav�s do Tratado de Paris (1763) em favor da conquista da ilha de Guadalupe por sua ent�o lucrativa ind�stria canavieira. A Proclama��o Real Brit�nica de 1763 renomeou o Canad� (parte da Nova Fran�a) como a prov�ncia do Quebec.

Ato de Quebec

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Ver artigo principal: Ato de Quebec
A prov�ncia do Quebec em 1774

Com a agita��o crescendo nas col�nias ao sul, que um dia se tornaria a Revolu��o Americana, os brit�nicos estavam preocupados que os franco-canadenses pudessem apoiar a crescente rebeli�o. Naquela �poca, os franco-canadenses formaram a vasta maioria da popula��o da prov�ncia do Quebec (mais de 99%) e a imigra��o brit�nica n�o estava indo bem. Para garantir a lealdade dos cerca de 90 000 canadenses de l�ngua francesa � coroa brit�nica, o primeiro governador James Murray e o �ltimo governador Guy Carleton promoveram a necessidade de mudan�a. Havia tamb�m uma necessidade de compromisso entre as demandas conflitantes dos s�ditos canadenses franc�fonos e os dos s�ditos brit�nicos rec�m-chegados. Esses esfor�os dos governadores coloniais acabaram resultando na promulga��o do Ato de Quebec em 1774.[42]

O Ato de Quebec proporcionou ao povo quebequense sua primeira Carta de Direitos e abriu o caminho para o posterior reconhecimento oficial da l�ngua francesa e da cultura francesa na prov�ncia. O ato tamb�m permitiu que os falantes de franc�s, conhecidos como "Canadiens", mantivessem a lei civil francesa e sancionassem a liberdade de religi�o, permitindo que a Igreja Cat�lica Romana permanecesse, um dos primeiros casos na hist�ria da liberdade de pr�tica religiosa sancionada pelo Estado.[43]

Efeitos da Revolu��o Americana

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Embora o Ato de Quebec n�o tivesse rela��o com os acontecimentos de Boston em 1773 e n�o fosse considerado um dos Atos Intoler�veis, o momento de sua passagem levou os colonos brit�nicos ao sul a acreditar que fazia parte do programa puni-los. O Ato de Quebec ofendeu uma variedade de grupos de interesse nas col�nias brit�nicas. Os especuladores de terras e colonos se opuseram � transfer�ncia de terras ocidentais anteriormente reivindicadas pelas col�nias para um governo n�o representativo. Muitos temiam o estabelecimento do catolicismo no Quebec e que os franco-canadenses estavam sendo cortejados para ajudar a oprimir os americanos brit�nicos.[44]

Defesa de Quebec de um ataque americano durante a Batalha de Quebec em dezembro de 1775.

Em 27 de junho de 1775, o general George Washington e seu ex�rcito continental invadiram o Canad� em uma tentativa de conquistar Quebec. Refor�os brit�nicos subiram o rio S�o Louren�o em maio de 1776, e a Batalha de Trois-Rivi�res se transformou em um desastre para os americanos. O ex�rcito retirou-se para Ticonderoga. Embora tenha sido dada alguma ajuda aos americanos pelos habitantes locais, o governador de Carleton puniu os simpatizantes americanos e o apoio p�blico � causa americana chegou ao fim. Em 1778, Frederick Haldimand substituiu Guy Carleton como governador do Quebec.

A chegada de 10 000 lealistas ao Quebec em 1784 destruiu o equil�brio pol�tico que Haldimand (e Carleton antes dele) havia trabalhado t�o duro para conseguir. O crescente n�mero de ingleses encorajou-os a fazer maiores exig�ncias de reconhecimento com o governo colonial.[45] Para restaurar a estabilidade de sua maior col�nia norte-americana remanescente, o rei George III enviou Carleton de volta a Quebec para remediar a situa��o.[46]

Em dez anos, o Quebec passou por uma mudan�a dram�tica. O que tinha funcionado para Carleton em 1774 provavelmente n�o teve sucesso em 1784. Especificamente, n�o havia possibilidade de restaurar o equil�brio pol�tico anterior, havia simplesmente muitos ingleses dispostos a negociar com os 145 mil canadenses ou seu governador colonial. A situa��o pedia uma abordagem mais criativa para resolver os problemas.[46]

Separa��o da Prov�ncia do Quebec

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Um plano da parte habitada da prov�ncia do Quebec, c. 1785 por James Peachey. Cole��o Peter Winkworth. Biblioteca e Arquivos Canad�, e000756679

Os lealistas logo solicitaram que o governo fosse autorizado a usar o sistema legal brit�nico ao qual estavam acostumados nas col�nias americanas. A cria��o do Alto e do Baixo Canad�, em 1791, permitiu que a maioria dos legalistas vivesse sob as leis e institui��es brit�nicas, enquanto a popula��o de l�ngua francesa do Baixo Canad� podia manter sua conhecida lei civil francesa e a religi�o cat�lica.[47] Portanto, o governador Haldimand (por sugest�o de Carleton) atraiu legalistas para longe da Cidade de Quebec e Montreal, oferecendo terra livre na costa norte do Lago Ont�rio para qualquer um que desejasse jurar lealdade a George III. Os legalistas receberam assim concess�es de terra de 81 hectares por pessoa. Basicamente, essa abordagem foi projetada com a inten��o de manter os falantes de franc�s e de ingl�s o mais distantes poss�vel. Portanto, ap�s a separa��o da prov�ncia do Quebec, o Baixo Canad� e o Alto Canad� foram formados, cada um com seu pr�prio governo.[46]

Rebeli�o no Baixo Canad�

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O inc�ndio dos Edif�cios do Parlamento em Montreal ocorreu na noite de 25 de abril de 1849.

Em 1837, os moradores do Baixo Canad� (liderados por Louis-Joseph Papineau e Robert Nelson) formaram um grupo de resist�ncia armada para buscar o fim do controle unilateral dos governantes brit�nicos.[48] Eles fizeram uma Declara��o de Direitos com igualdade para todos os cidad�os sem discrimina��o e uma Declara��o de Independ�ncia do Baixo Canad� em 1838.[49] Suas a��es resultaram em rebeli�es no Baixo e no Alto Canad�. Um ex�rcito brit�nico despreparado teve que mobilizar a mil�cia; as for�as rebeldes conseguiram uma vit�ria em Saint-Denis, mas logo foram derrotadas.

Ap�s as rebeli�es, Lord Durham foi convidado a realizar um estudo e preparar um relat�rio sobre o assunto e oferecer uma solu��o para o Parlamento Brit�nico avaliar.[50] Ap�s o relat�rio de Durham,[50] o governo brit�nico fundiu as duas prov�ncias coloniais na chamada Prov�ncia do Canad� em 1840 com o Ato de Uni�o. As duas col�nias permaneceram distintas em administra��o, elei��o e leis.

Em 1848, Baldwin e LaFontaine, aliados e l�deres do Partido Reformista, foram convidados por Lord Elgin para formar uma administra��o juntos sob a nova pol�tica de governo respons�vel. A l�ngua francesa posteriormente recuperou o status legal no Legislativo.[51]

Confedera��o canadense

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Na d�cada de 1860, os delegados das col�nias da Am�rica do Norte Brit�nica (que inclu�a o Canad�, Novo Brunswick, Nova Esc�cia, Ilha do Pr�ncipe Eduardo e Terra Nova) reuniram-se em uma s�rie de confer�ncias para discutir o status autogovernado de uma nova confedera��o. A primeira Confer�ncia de Charlottetown teve lugar em Charlottetown, na Ilha do Pr�ncipe Eduardo, seguida pela Confer�ncia de Quebec na Cidade de Quebec, que levou a uma delega��o indo a Londres na Inglaterra, para apresentar uma proposta de uni�o nacional.[52]

Como resultado dessas delibera��es, em 1867, o Parlamento do Reino Unido aprovou os Atos da Am�rica do Norte Brit�nica, prevendo a confedera��o da maioria dessas prov�ncias. A antiga Prov�ncia do Canad� foi dividida em duas partes anteriores, que se tornaram as prov�ncias de Ont�rio (Canad� Superior) e Quebec (Canad� Inferior). Novo Brunswick e Nova Esc�cia juntaram-se a Ont�rio e Quebec no novo Dom�nio do Canad�. As outras prov�ncias ent�o se juntaram � Confedera��o, uma ap�s a outra: Manitoba e os Territ�rios do Noroeste em 1870, Col�mbia Brit�nica em 1871, Ilha do Pr�ncipe Eduardo em 1873, Yukon em 1898, Alberta e Saskatchewan em 1905, Terra Nova em 1949 e finalmente Nunavut em 1999.[53]

Winston Churchill na Cidade de Quebec em 1943.

Primeira e Segunda Guerra Mundial

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Quando o Reino Unido declarou guerra em 4 de agosto de 1914, o Canad� foi automaticamente envolvido por ser um dom�nio. Cerca de seis mil volunt�rios do Quebec participaram da frente europeia. Embora a rea��o ao alistamento fosse favor�vel na parte inglesa do Canad�, a ideia era profundamente impopular no Quebec. A crise de recrutamento de 1917 fez muito para destacar as divis�es entre os canadenses de l�ngua francesa e inglesa.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a participa��o do Quebec foi mais importante, mas levou � crise de recrutamento de 1944 e � oposi��o. Muitos quebequenses lutaram contra o poder do eixo entre 1939 e 1945 com o envolvimento de muitos regimentos franc�fonos, como Les Fusiliers Mont-Royal, o R�giment de la Chaudi�re e muitos mais.

Revolu��o Tranquila

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Ver artigo principal: Revolu��o Tranquila
Ad�lard Godbout implementou um programa de legisla��o progressista que estabeleceu as bases para a Revolu��o Tranq�ila

O governo conservador de Maurice Duplessis e sua Union Nationale dominaram a pol�tica do Quebec de 1944 a 1959 com o apoio da Igreja Cat�lica.[54] Pierre Trudeau e outros liberais formaram uma oposi��o intelectual ao regime de Duplessis, estabelecendo as bases para a Revolu��o Tranquila sob os liberais de Jean Lesage. A Revolu��o Tranquila foi um per�odo de dram�tica mudan�a social e pol�tica que viu o decl�nio da anglo-supremacia na economia do Quebec,[55] o decl�nio da influ�ncia da Igreja Cat�lica Romana,[12] a forma��o de companhias hidroel�tricas sob a Hydro-Qu�bec,[55] al�m do surgimento de um movimento pr�-soberania sob o governo do ex-ministro liberal Ren� L�vesque.

Crise de Outubro

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A partir de 1963, um grupo paramilitar que ficou conhecido como Front de lib�ration du Qu�bec (FLQ) lan�ou um programa de propaganda e terrorismo de uma d�cada que inclu�a atentados a bomba, assaltos e ataques dirigidos principalmente a institui��es inglesas,[56] resultando em pelo menos cinco mortes. Em 1970, suas atividades culminaram em eventos referidos como a Crise de Outubro, quando James Cross, o comiss�rio de com�rcio brit�nico para o Canad�, foi sequestrado juntamente com Pierre Laporte, um ministro provincial e vice-premier.[57] Laporte foi estrangulado com seu pr�prio ros�rio alguns dias depois. Em seu manifesto publicado, os militantes declararam: "No pr�ximo ano, Bourassa ter� que enfrentar a realidade; 100 000 trabalhadores revolucion�rios, armados e organizados". A pedido do premier Robert Bourassa, o primeiro-ministro Pierre Trudeau invocou o Ato de Medidas de Guerra.

Partido Quebequense e unidade nacional

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Em 1977, o recém-eleito governo do Partido Quebequense de René Lévesque apresentou a Carta da Língua Francesa, que definiu o francês como a única língua oficial do Quebec em áreas de jurisdição provincial.[58]

Lévesque e seu partido participaram das eleições de 1970 e de 1973 no Quebec, sob uma plataforma que separaria o Quebec do resto do Canadá. O partido não conseguiu ganhar o controle da Assembleia Nacional do Quebec ambas as vezes (embora sua parcela de votos tenha aumentado de 23% para 30%) e Lévesque foi derrotado em ambas as vezes nas eleições que ele disputou.[59] Na campanha eleitoral de 1976, ele suavizou sua mensagem prometendo um referendo (plebiscito) sobre a associação de soberania em vez da separação total, pela qual Quebec teria independência na maioria das funções do governo, mas compartilharia algumas outras, como uma moeda comum, com o resto do Canadá. Em 15 de novembro de 1976, Lévesque e o Partido Quebequense conquistaram o controle do governo provincial pela primeira vez. A questão da soberania-associação foi colocada antes dos eleitores no referendo do Quebec em 1980. Durante a campanha, Pierre Trudeau prometeu em uma votação dizer "não" a um voto para reformar o Canadá. Trudeau defendeu a patriação da Constituição do Canadá no Reino Unido. O documento constitucional existente, a Lei Britânica da América do Norte, só poderia ser alterada pelo Parlamento do Reino Unido a pedido do Parlamento Canadense.

Os resultados do referendo do Quebec de 1995 por distrito. Vermelho escuro significa majoritariamente "não", enquanto azul escuro significa majoritariamente "sim".

Sessenta por cento do eleitorado do Quebec votou contra a proposta de associação de soberania.[60] As pesquisas mostraram que a esmagadora maioria dos quebequenses ingleses e imigrantes votaram contra, e que os quebequenses franceses estavam quase igualmente divididos, com os eleitores mais velhos menos favoráveis e os eleitores mais jovens mais a favor. Após sua derrota no plebiscito, Lévesque voltou a Ottawa para começar a negociar uma nova constituição com Trudeau, seu ministro da Justiça Jean Chrétien e os outros nove primeiros provinciais. Lévesque insistiu que Quebec fosse capaz de vetar quaisquer futuras emendas constitucionais. As negociações rapidamente chegaram a um impasse. Quebec é a única província que não concordou com a patriação da Constituição Canadense em 1982.[61]

Nos anos seguintes, duas tentativas foram feitas para obter a aprovação do Quebec para a constituição. O primeiro foi o Acordo do Lago Meech de 1987, que foi finalmente abandonado em 1990, quando a província de Manitoba não o passou dentro do prazo estabelecido. O premier de Terra Nova, Clyde Wells, expressou sua oposição ao acordo, mas, com o fracasso em Manitoba, o voto a favor ou contra Meech nunca ocorreu em sua província. Isso levou à formação do Partido Soberano do Bloco Quebequense em Ottawa sob a liderança de Lucien Bouchard, que havia renunciado ao gabinete federal.[62] A segunda tentativa, o Acordo de Charlottetown de 1992, também não conseguiu ganhar força. Este resultado causou uma cisão no Partido Liberal do Quebec que levou à formação do novo partido Ação Democrática liderado por Mario Dumont e Jean Allaire.

Em 30 de outubro de 1995, com o Partido Quebequense de volta ao poder desde 1994, ocorreu um segundo referendo sobre a soberania. Desta vez, foi rejeitado por uma pequena maioria (50,6% votaram NÃO e 49,4% votaram SIM).[63]

Status especial

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Dada a herança da província e a influência do francês (única entre as províncias canadenses), tem havido debates no Canadá sobre o status único (statut particulier) do Quebec e seu povo, total ou parcialmente. Tentativas anteriores de emendar a constituição canadense para reconhecer Quebec como uma "sociedade distinta" (referindo-se à singularidade da província dentro do Canadá em relação a lei, idioma e cultura) não tiveram sucesso, no entanto, o governo federal do primeiro-ministro Jean Chrétien endossaria mais tarde o reconhecimento do Quebec como uma sociedade distinta.[64]

Em 30 de outubro de 2003, a Assembleia Nacional do Quebec votou unanimemente para afirmar "que o povo do Quebec forma uma nação". Em 27 de novembro de 2006, a Câmara dos Comuns aprovou uma moção simbólica movida pelo primeiro-ministro Stephen Harper declarando "que esta Câmara reconhece que os quebequenses formam uma nação dentro de um Canadá unido".[65][66][67] No entanto, há um debate considerável e incerteza sobre o que isso quer dizer.

Mapa do Quebec

Localizado na parte leste do Canadá, e (de uma perspectiva histórica e política) parte do Canadá Central, o Quebec ocupa um território quase três vezes do tamanho da França ou do Texas, a maioria dos quais é muito pouco povoada.[68] Sua topografia é muito diferente de uma região para outra devido à composição variada do solo, o clima (latitude e altitude) e a proximidade com a água. A planície de São Lourenço e os Apalaches são as duas principais regiões topográficas no sul do Quebec, enquanto o Escudo Canadense ocupa a maior parte do centro e do norte da província.[69]

Quebec tem uma das maiores reservas mundiais de água doce, ocupando 12% de sua superfície. Tem 3% da água doce renovável do mundo e apenas 0,1% da sua população.[70] Mais de 500 mil lagos, incluindo 30 com uma área superior a 250 quilômetros quadrados, e 4 500 rios que despejam suas torrentes no Oceano Atlântico, através do Golfo de São Lourenço e do Oceano Ártico, e pelas baías de James, Hudson e Ungava. O maior corpo de água do interior da província é o Reservatório de Caniapiscau, criado na realização do Projeto da Baía de James para produzir energia hidrelétrica. O lago Mistassini é o maior lago natural do Quebec.[71]

Quedas d'água de Michel no rio Ashuapmushuan em Saint-Félicien e Saguenay-Lac-Saint-Jean.

O rio São Lourenço tem alguns dos maiores portos continentais do Atlântico, em Montreal (a maior cidade da província), Trois-Rivières e Cidade de Quebec (a capital). Seu acesso ao Oceano Atlântico e ao interior da América do Norte fez dele a base da exploração e da colonização francesa nos séculos XVII e XVIII. Desde 1959, o canal de São Lourenço fornece uma ligação navegável entre o Oceano Atlântico e os Grandes Lagos. A nordeste da Cidade de Quebec, o rio se expande para o maior estuário do mundo, o local de alimentação de inúmeras espécies de baleias, peixes e aves marinhas.[72] O rio desagua no Golfo de São Lourenço. Este ambiente marinho sustenta a pesca e portos menores nas regiões de Bas-Saint-Laurent, Côte-Nord e Gaspé. O rio São Lourenço com o seu estuário constituiu a base do desenvolvimento do Quebec através dos séculos.

Rio Jacques-Cartier

O ponto mais alto do Quebec, a 1652 metros de altitude, é o Mont d'Iberville, localizado na fronteira com Terra Nova e Labrador, na parte nordeste da província.[73] A região fisiográfica mais populosa é a Basses-terres du Saint-Laurent, que se estende para nordeste a partir da porção sudoeste da província ao longo das margens do rio São Lourenço até a região da Cidade de Quebec, limitada ao norte pelos Montes Laurentides e ao sul pelos Apalaches. Abrange principalmente as áreas de Centre-du-Québec, Laval, Montérégie e Montreal, e as regiões do sul de Capitale-Nationale, Lanaudière, Laurentides e Mauricie, inclui a ilha Anticosti e outras pequenas ilhas,[74] além da ecorregião das florestas baixas do Golfo de São Lourenço.[75] Sua paisagem é baixa e plana, exceto por afloramentos ígneos isolados perto de Montreal, antigamente cobertos pelas águas do Lago Champlain. As colinas de Oka também se erguem da planície. Geologicamente, as terras baixas formavam um vale há cerca de 100 milhões de anos e são propensas a terremotos frequentes e significativos.[69] As camadas mais recentes de rochas sedimentares foram formadas no leito marinho do antigo mar no final da última era glacial, cerca de 14 000 anos atrás.[76] A combinação de solos ricos e facilmente aráveis e o clima relativamente quente dessa parte do Quebec faz deste vale a área agrícola mais prolífica da província. As florestas fornecem a maior parte da safra de xarope de bordo da primavera no Canadá. A parte rural da paisagem é dividida em trechos de terra retangulares estreitos que se estendem do rio e remontam do século XVII.

Paisagem de outono na Península de Gaspé

Mais de 95% do território do Quebec fica no Escudo Canadense. Geralmente, é um terreno montanhoso bastante plano e exposto, intercalado com pontos mais altos, como os Montes Laurentides, no sul do Quebec, as montanhas Otish, no centro do Quebec, e as montanhas Torngat, perto da Baía de Ungava. A topografia do Escudo foi moldada por glaciares das sucessivas eras glaciais, o que explica os depósitos glaciais de pedregulhos, cascalho e areia, e por água do mar e lagos pós-glaciais que deixaram para trás depósitos espessos de argila em partes do Escudo. O Escudo Canadense também possui uma complexa rede hidrológica de talvez um milhão de lagos, pântanos, córregos e rios. É rica em recursos florestais, minerais e hidrelétricos que são um dos pilares da economia do Quebec. Indústrias primárias sustentam pequenas cidades nas regiões de Abitibi-Témiscamingue, Saguenay-Lac-Saint-Jean e Côte-Nord.

Resorte Mont Tremblant, nos Montes Laurentides.

A Península do Labrador é coberta pelo Escudo Canadense,[77] pontilhada por montanhas como as montanhas Otish. A Península de Ungava é composta principalmente pelas montanhas D'Youville, montanhas Puvirnituq e pela cratera Pingualuit. Enquanto a altitude baixa e média predomina no oeste do Quebec até o extremo norte, altas montanhas emergem na região da Capitale-Nationale para o extremo leste, ao longo de sua longitude. Na porção da Península do Labrador, a região do extremo norte de Nunavik inclui a Península de Ungava e consiste de tundra ártica plana, que é habitada principalmente pelos povos inuítes. Mais ao sul estão a taiga subártica e a floresta boreal do Escudo Central, onde abetos, pinheiros e choupos fornecem matéria-prima para as indústrias de papel, celulose e de madeira do Quebec. Embora a área seja habitada principalmente pelas Primeiras Nações dos povos cree, naskapi e innu, milhares de trabalhadores temporários residem em Radisson para atender ao maciço Projeto Hidrelétrico da Baía de James nos rios La Grande e Eastmain. A porção sul do Escudo se estende até os montes Laurentides, uma cadeia de montanhas ao norte, que atrai turistas locais e internacionais para colinas de esqui e resorts à beira de lagos.

A região dos Apalaches do Quebec tem uma estreita faixa de montanhas antigas ao longo da fronteira sudeste da província. Os Apalaches são na verdade uma enorme cadeia que se estende do Alabama até a Terra Nova. No meio, atravessa Quebec cerca de 800 quilômetros, das colinas de Montérégie até a Península Gaspé. No oeste do Quebec, a altitude média é de cerca de 500 metros, enquanto na Península de Gaspé, os picos dos Apalaches estão entre os mais altos do Quebec, excedendo os 1 000 metros.

Tipos climáticos do Quebec segundo Köppen.
Baie-Saint-Paul durante o inverno.
Cidade de Quebec, no inverno.

A província do Quebec possui três regiões climáticas principais. O sul e o oeste do Quebec, incluindo a maioria dos principais centros populacionais, têm um clima continental úmido (tipo Dfb na classificação climática de Köppen) com quatro estações definidas, com temperaturas frescas e ocasionalmente verões quentes e úmidos e invernos frequentemente muito frios e com muita neve.[78] As principais influências climáticas são as do oeste e do norte do Canadá, que se movem para o leste, e as do sul e centro dos Estados Unidos que se movem para o norte. Devido à influência de ambos os sistemas de tempestades do centro da América do Norte e do Oceano Atlântico, a precipitação é abundante ao longo do ano, com a maioria das áreas recebendo mais de 1 000 milímetros de precipitação, incluindo mais de 300 centímetros de neve em muitas áreas.[79] Durante o verão, padrões climáticos severos (como tornados e trovoadas severas) ocorrem ocasionalmente.[80] A maior parte do centro do Quebec tem um clima subártico (tipo Dfc segundo Köppen), onde os invernos são longos, muito frios e nevados, e estão entre os mais frios no leste do Canadá, enquanto os verões são quentes, mas muito curtos, devido à maior latitude e à maior influência das massas de ar do Ártico. A precipitação também é um pouco menor do que mo sul, exceto em algumas das elevações mais altas. As regiões do norte do Quebec têm um clima de tundra (tipo ET, segundo Köppen), com invernos muito frios e verões curtos e frios. As principais influências nesta região são as correntes do Oceano Ártico (como a Corrente de Labrador) e as massas de ar continentais do Alto Ártico.

As quatro estações do calendário no Quebec são primavera, verão, outono e inverno, com condições diferentes por região. Elas são então diferenciadas de acordo com a insolação, temperatura e precipitação de neve e chuva.[81]

Na Cidade de Quebec, a duração da luz do dia varia entre 8h37 em dezembro e 15h50 em junho, a variação anual é muito maior (de 4h54 às 19h29) no extremo norte da província.[82] De zonas temperadas aos territórios do Extremo Norte, o brilho varia com a latitude, assim como também depende das auroras e o sol da meia-noite.

Quebec é dividido em quatro zonas climáticas: ártica, subártica, continental úmida e leste marítima. Do sul ao norte, as temperaturas médias variam no verão entre 25 e 5 °C e, no inverno, entre –10 e –25 °C.[83][84] Em períodos de calor e frio intensos, as temperaturas podem chegar a 35 °C no verão e −40 °C durante o inverno no Quebec,[85] elas podem variar dependendo do ambiente, humidade e resfriamento do vento.

O recorde da maior precipitação de inverno de todos os tempos foi registrado no inverno de 2007–2008, com mais de cinco metros de neve em áreas da Cidade de Quebec,[86] enquanto a quantidade média recebida por inverno é de cerca de três metros.[87] Em março de 1971, no entanto, viu-se a "tempestade de neve do século" com mais de 40 centímetros em Montreal e 80 centímetros em muitas regiões do sul do Quebec em um período de 24 horas. Além disso, o inverno de 2010 foi o mais quente e seco registrado em mais de 60 anos.[88]

Temperatura média máxima e mínima diária para locais selecionados no Quebec[89]
Local Julho Janeiro
Mínima Máxima Mínima Máxima
Montreal 16 °C 26 °C −14 °C −5 °C
Gatineau 15 °C 26 °C −15 °C −6 °C
Cidade de Quebec 13 °C 25 °C −18 °C −8 °C
Trois-Rivières 14 °C 25 °C −17 °C −7 °C
Sherbrooke 11 °C 24 °C −18 °C −6 °C
Saguenay 12 °C 24 °C −21 °C −10 °C
Matagami 9 °C 23 °C −26 °C −13 °C
Kuujjuaq 6 °C 17 °C −29 °C −20 °C
Inukjuak 5 °C 13 °C −28 °C −21 °C

A vida selvagem terrestre de grande porte é composta principalmente por veados-de-cauda-branca, alces, bois-almiscarados, renas, ursos-negros e ursos-polares. A vida selvagem de porte médio inclui o puma, o coiote, o lobo oriental, o lince, a raposa do ártico, a raposa-vermelha, etc. Os pequenos animais vistos incluem mais comumente o esquilo-cinzento, a lebre-americana, a marmota, o gambá, o guaxinim, o esquilo e o castor-canadense.

A coruja-das-neves, é um ave oficial no Quebec

A biodiversidade do estuário e do Golfo do Rio São Lourenço consiste em uma fauna de mamíferos aquáticos,[90] dos quais a maioria sobe pelo estuário do Parque Nacional Marítimo Saguenay - São Lourenço até a Île d'Orléans, como a baleia-azul, a beluga, a baleia-anã e a foca. Entre os animais marinhos nórdicos, dois são particularmente importantes e devem ser citados: a morsa e o narval.[91]

As águas interiores são povoadas por pequenos e grandes espécies de peixes de água doce, como o achigã, o lúcio-americano o picão-verde, o Acipenser oxyrinchus, o lúcio-almiscarado, o bacalhau-do-atlântico, o truta do ártico, a truta, o Microgadus tomcod, o salmão-do-atlântico, a truta arco-íris, etc.[92]

Entre os pássaros comumente vistos na parte habitada do sul do Quebec, há o robin-americano, o pardal, o pássaro-preto-da-asa-vermelha, o pato-real, o zanate comum, o gralha-azul, o corvo-americano, o chapim-preto, alguns toutinegras e andorinhas, o estorninho e o pombo-da-rocha, os dois �ltimos tendo sido introduzidos no Quebec e s�o encontrados principalmente em �reas urbanas. A fauna avi�ria inclui aves de rapina como a �guia-real, o falc�o-peregrino, a coruja-das-neves e a �guia-careca. As aves marinhas e semiaqu�ticas observadas no Quebec s�o principalmente o ganso-canadense,[93] o corvo-marinho-de-orelhas, o ganso-patola, a gaivota-prateada, a gar�a-azul-grande, o grou-canadiano, o papagaio-do-mar e o mobelha-grande.[94] Muitas outras esp�cies de animais selvagens terrestres, mar�timos ou avi�rios s�o vistos no Quebec, mas a maioria das esp�cies espec�ficas do Quebec e as esp�cies mais comumente vistas est�o listadas acima.[95][96]

A Fundação de Vida Selvagem do Quebec e o Centro de Dados sobre o Patrimônio Natural do Quebec (CDPNQ)[97] são as principais agências que trabalham com oficiais para a conservação da vida selvagem na província.

Taiga em Gaspé, Quebec, Canadá

Dada a geologia da província e seus diferentes climas, há um número estabelecido de grandes áreas de vegetação no Quebec. Essas áreas, listadas em ordem do extremo norte ao extremo sul, são: a tundra, a taiga, a floresta boreal canadense (coníferas), a floresta mista e a floresta decídua.[77]

Na borda da Baía de Ungava e do Estreito de Hudson está a tundra, cuja flora é limitada a uma vegetação baixa de líquen com menos de 50 dias de crescimento por ano. A vegetação da tundra sobrevive a uma temperatura média anual de -8 °C. A tundra cobre mais de 24% da área do Quebec.[77] Mais ao sul, o clima é propício para o crescimento da floresta boreal canadense, delimitada ao norte pela taiga.

As diferentes áreas florestais do Quebec

Não tão árida quanto a tundra, a taiga está associada às regiões subárticas do Escudo Canadense e é caracterizada por um maior número de espécies de plantas (600) e de animais (206),[98] muitas das quais vivem lá durante o ano todo. A taiga cobre cerca de 20% da área total do Quebec.[77] A floresta boreal canadense é a mais setentrional e mais abundante das três áreas florestais no Quebec, que se estende pelo Escudo Canadense e pelas planícies superiores da província. Dado um clima mais quente, a diversidade de organismos também é maior, uma vez que existem cerca de 850 espécies de plantas e 280 espécies de vertebrados. A floresta boreal canadense cobre 27% da área do Quebec.[77] A floresta mista é uma zona de transição entre a floresta boreal canadense e a floresta decídua. Em virtude de sua natureza transitória, esta área contém uma diversidade de habitats, resultando em um grande número de espécies de plantas (1 000) e vertebrados (350), apesar das temperaturas relativamente baixas. A ecozona da floresta mista cobre 11,5% da área do Quebec e é característica de áreas dos Montes Laurentindes, dos Apalaches e das florestas de planícies orientais.[98] A terceira área florestal mais setentrional é caracterizada por florestas decíduas. Devido ao seu clima (temperatura média anual de 7 °C), é nesta área que se encontra a maior diversidade de espécies, incluindo mais de 1600 plantas vasculares e 440 vertebrados. Sua estação de crescimento relativamente longa dura quase 200 dias e seus solos férteis fazem dela o centro da atividade agrícola e, portanto, da urbanização do Quebec. A maioria da população do Quebec vive nesta área de vegetação, quase inteiramente ao longo das margens do rio São Lourenço. As florestas estacionais cobrem aproximadamente 6,6% da área do Quebec.[77]

A área florestal total do Quebec é estimada em 750 300 quilômetros quadrados.[99] De Abitibi-Témiscamingue até Côte-Nord, a floresta é composta principalmente de árvores coníferas como o pinheiro, o abeto-branco e o abeto-negro. Algumas espécies de árvores caducifólias, como a bétula, aparecem mais ao sul. A floresta caducifólia das Terras Baixas de São Lourenço é composta principalmente por espécies caducifólias como o bordo-açucareiro, o bordo-vermelho, a cinza-americana, a faia-americana, a nogueira-branca, o olmo-americano, a tilia-americana, a nogueira e o carvalho-vermelho-do-norte, bem como algumas coníferas, como o pinheiro-branco-oriental e o tuia-vulgar. As áreas de distribuição do vidoeiro de papel, o álamo-tremedor e as cinzas cobrem mais da metade do território do Quebec.[100]

População histórica
AnoPop.±%
1851892 061—    
18611 111 566+24.6%
18711 191 516+7.2%
18811 359 027+14.1%
18911 488 535+9.5%
19011 648 898+10.8%
19112 005 776+21.6%
19212 360 665+17.7%
19312 874 255+21.8%
19413 331 882+15.9%
19514 055 681+21.7%
19564 628 378+14.1%
19615 259 211+13.6%
19665 780 845+9.9%
19716 027 765+4.3%
19766 234 445+3.4%
19816 438 403+3.3%
19866 532 460+1.5%
19916 895 963+5.6%
19967 138 795+3.5%
20017 237 479+1.4%
20067 546 131+4.3%
20117 903 001+4.7%
20168 164 361+3.3%
Fonte: Statistics Canada[101][102]



Etnias do Quebec em 2011.[103]

  Europeus (87.2%)
  Asi�ticos (4.0%)
  Negros (3.2%)
  �rabes (2.2%)
  Outros (1.6%)

No censo canadense de 2016, o Quebec tinha uma popula��o de 8 164 361 habitantes em 3 531 663 de seus 3 858 943 domic�lios, uma varia��o de 3,3% em rela��o � popula��o no censo de 2011, que era de 7 903 001. Com uma �rea de terra de 1 356 625 quil�metros quadrados, a prov�ncia tinha uma densidade populacional de 6,0 habitantes por quil�metro quadrado em 2016. Em 2013, a Statistics Canada estimou a popula��o da prov�ncia em 8 155 334.[104]

Com 1,69 filhos por mulher, a taxa de fertilidade do Quebec em 2011 estava acima da taxa do Canad�, que era de 1,61,[105] e era maior do que na virada do s�culo XXI. No entanto, ainda est� abaixo da taxa de fertilidade de substitui��o de 2,1. Isso contrasta com suas taxas de fertilidade antes de 1960, que estavam entre as mais altas de qualquer sociedade industrializada. Embora Quebec seja o lar de apenas 24% da popula��o do Canad�, o n�mero de ado��es internacionais no Quebec � o mais alto de todas as Prov�ncias do Canad�. Em 2001, 42% das ado��es internacionais no Canad� foram realizadas no Quebec. Em 2012, a popula��o do Quebec chegou a 8 milh�es, e est� projetada para atingir 9,2 milh�es em 2056.[106] A expectativa de vida no Quebec atingiu um novo recorde em 2011, com uma expectativa de 78,6 anos para homens e 83,2 anos para mulheres, o que d� a Quebec a terceira maior expectativa de vida entre as prov�ncias canadenses, atr�s das da Col�mbia Brit�nica e Ont�rio.[105]

Ver artigo principal: Franco-canadianos

A maior parte da atual popula��o do Quebec � descendente de apenas 8 500 pessoas.[107] A popula��o do Quebec � majoritariamente de ancestralidade francesa. Apenas 15 000 franceses imigraram para o Canad� no s�culo XVII, e dois ter�os deles permaneceram na col�nia por um curto per�odo e retornaram para a Fran�a ou morreram no Canad� sem se casar. Assim, os mais de 6 milh�es de canadenses de ascend�ncia francesa da prov�ncia s�o todos descendentes de aproximadamente 8 500 colonos franceses que chegaram � Nova Fran�a, entre 1608 e 1759.[108] Quase nenhum colono franc�s chegou ao Canad� ap�s a conquista brit�nica de 1759.[109]

A popula��o franco-canadense aumentou 700 vezes em cerca de 300 anos, explicada pela alt�ssima taxa de natalidade dos franceses da regi�o.[107][110]

At� a d�cada de 1660, a maioria dos franceses no Canad� era do sexo masculino, ca�adores de peles e mission�rios cat�licos. As col�nias brit�nicas ao sul tinham 18 vezes mais habitantes do que a Nova Fran�a. Para ajudar a corrigir o desequil�brio de g�nero e fazer a popula��o crescer, o Rei Lu�s XIV decidiu importar jovens mulheres para a col�nia, para se casarem com os colonos do sexo masculino. Essas mulheres seriam conhecidas como Filles du Roi ou "Filhas do Rei". Aproximadamente 800 mulheres (a popula��o da Nova Fran�a era de pouco mais de 3 000 pessoas, quase todos homens), a maioria de origem pobre, foram enviadas para o Quebec, entre 1663 e 1673. Atualmente, dois ter�os dos franco-canadenses s�o descendentes de pelo menos uma dessas 800 mulheres.[110]

Origem �tnica Popula��o Porcentagem
"Canadenses" 4 474 115 60,1%
Franceses 2 151 655 28,8%
Irlandeses 406 085 5,5%
Italianos 299 655 4,0%
Ingleses 245 155 3,3%
Abor�genes 219 815 3,0%
Escoceses 202 515 2,7%
Quebequenses 140 075 1,9%
Alem�es 131 795 1,8%
Chineses 91 900 1,24%
Haitianos 91 435 1,23%

As porcentagens s�o calculadas como uma propor��o do n�mero total de entrevistados (7 435 905) e podem totalizar mais de 100% devido a respostas duplas. Apenas grupos com 1% ou mais dos entrevistados s�o exibidos.[111]

O censo de 2006 contou com uma popula��o abor�gene total de 108 425 (1,5%), incluindo 65 085 �ndios norte-americanos (0,9%), 27 985 m�tis (0,4%) e 10 950 inu�tes (0,15%). Deve-se notar, no entanto, que h� uma significante subcontagem, j� que muitas dos maiores grupos ind�genas regularmente se recusam a participar dos censos canadenses por raz�es pol�ticas em rela��o � quest�o da soberania abor�gene. Em particular, as maiores reservas de iroqueses e mohawks n�o foram contadas.[112]

Quase 9% da popula��o do Quebec pertence a um grupo minorit�rio vis�vel. Esta � uma porcentagem menor do que a da Col�mbia Brit�nica, Ont�rio, Alberta e Manitoba, mas superior � das outras cinco prov�ncias. A maioria das minorias vis�veis no Quebec vive em ou perto de Montreal.[112]

Minorias vis�vies

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Minoria Popula��o Porcentagem
Minoria vis�vel total 654 355 8,8%
Haitianos 188 070 2,5%
�rabes 109 020 1,5%
Latino-americanos 89 505 1,2%
Chineses 79 830 1,1%
Sul-asi�ticos 72 845 1,0%
Sudeste-asiáticos 50 455 0,7%

Quebec é única entre as províncias canadenses cuja população é majoritariamente católica romana, embora recentemente com baixa frequência à igreja. Este é um legado dos tempos coloniais, quando apenas os católicos romanos foram autorizados a se estabelecer na Nova França.[113] O censo de 2001 mostrou que a população era 90,3% cristã (em contraste com 77% para todo o país), com 83,4% de católicos (incluindo 83,2% de católicos romanos); 4,7% de cristãos protestantes (incluindo 1,2% de anglicanos, 0,7% da igreja unida; e 0,5% de batistas); 1,4% de cristãos ortodoxos (incluindo 0,7% ortodoxos gregos); e 0,8% outros cristãos; bem como 1,5% muçulmanos; 1,3% judeus; 0,6% budistas; 0,3% hindus; e 0,1% sikh. Um adicional de 5,8% da população disse que não tinha afiliação religiosa (incluindo 5,6% que afirmaram não ter religião alguma).[114]

Até a década de 1960, o Quebec era considerado uma das regiões mais católicas do mundo. Naquela época, a Igreja exercia um monopólio virtual sobre a educação, a saúde e os serviços sociais da região. Porém, esse cenário mudou com a chamada “Revolução Tranquila” da década de 1960, que culminou no rápido processo de secularização do Quebec: a Igreja perdeu seu poder sobre escolas e hospitais, e a língua francesa substituiu o catolicismo como o elemento identitário da província. Atualmente, a maioria dos quebequenses são apenas nominalmente católicos, pois o nível de religiosidade do povo e as taxas de comparecimento à missa são muito baixos.[115][116]

Mapa linguístico do Quebec. Legenda:
  Maioria fala francês, menos de 33% fala inglês
  Maioria fala francês, mais de 33% fala inglês
  Maioria fala inglês, menos de 33% fala francês
  Maioria fala inglês, mais de 33% fala francês
  Maioria fala línguas indígenas
  Sem dados

A língua oficial do Quebec é o francês. Quebec é a única província canadense cuja população é majoritariamente francófona, cerca de 6 102 210 pessoas (78,1% da população) registraram como sendo sua única língua nativa no censo de 2011, e 6 249 085 (80,0%) registraram que era a língua que eles mais falavam frequentemente em casa.[117] O conhecimento do francês é difundido mesmo entre aqueles que não falam nativamente. Em 2011, cerca de 94,4% da população total relatou ser capaz de falar francês, sozinho ou em combinação com outras línguas, enquanto 47,3% relataram ser capaz de falar o inglês.[117]

Em 2011, 599 230 pessoas (7,7% da população) no Quebec declararam que o inglês era sua língua materna e 767 415 (9,8%) o usavam mais frequentemente como língua materna.[117] A comunidade anglófona têm direito a serviços em inglês nas áreas de justiça, saúde e educação,[118] serviços em inglês são oferecidos em municípios nos quais mais da metade dos residentes têm o inglês como língua materna. Os alófones (pessoas cuja língua materna não é nem francesa nem inglesa) compunham 12,3% (961 700) da população, segundo o censo de 2011, embora um número menor, 554 400 (7,1%), usasse essas línguas em casa.[117]

Um número considerável de moradores do Quebec considera-se bilíngue em francês e inglês. No Quebec, cerca de 42,6% da população (3 328 725 pessoas) relatam conhecer ambas as línguas, essa é a maior proporção de bilíngues de qualquer província canadense.[117] Uma área específica do Cinturão Bilíngue chamada Ilha Oeste de Montreal, representada pelo distrito eleitoral federal de Lac-Saint-Louis, é a área mais bilíngue da província: 72,8% de seus residentes afirmam saber inglês e francês de acordo com o censo mais recente.[119] Em contraste, no resto do Canadá, em 2006, apenas cerca de 10,2% (2 430 990) da população tinham conhecimento de ambos os idiomas oficiais do país. Ao todo, 17,5% dos canadenses são bilíngues em francês e inglês.[117]

Em 2011, os idiomas de língua materna mais comuns na província foram os seguintes:

Língua Número de falantes Porcentagem
Francês 6 102 210 78%
Inglês 599 230 7,7%
Árabe 164 390 2%
Espanhol 141 000 1,8%
Italiano 121 720 1,6%

A seguir, os crioulos (0,8%), chineses (0,6%), gregos (0,5%), portugueses (0,5%), romenos (0,4%), vietnamitas (0,3%) e russos (0,3%). Além disso, 152 820 (2,0%) relataram ter mais de um idioma nativo.[117]

O inglês não é designado como idioma oficial pela lei do Quebec. No entanto, tanto o inglês quanto o francês são exigidos pelo Ato constitucional de 1867, para a promulgação de leis e regulamentos, e qualquer pessoa pode usar o inglês ou o francês na Assembleia Nacional e nos tribunais. Os livros e registos da Assembleia Nacional também devem ser mantidos em ambas as línguas.[120][121] Até 1969, o Quebec era a única província oficialmente bilíngue no Canadá e a maioria das instituições públicas funcionava em ambos os idiomas. O Inglês também era usado na legislatura, comissões do governo e tribunais.

Desde a década de 1970, outras línguas além do francês nos letreiros comerciais só foram permitidas se o francês receber uma proeminência marcante. Esta lei tem sido objeto de controvérsia periódica desde a sua criação. As formas escritas dos nomes de lugares franceses no Canadá mantêm seus sinais diacríticos, como acentos sobre as vogais no texto em inglês. Exceções legítimas são Montreal e Quebec. No entanto, as formas acentuadas são cada vez mais evidentes em algumas publicações. O Canadian Style afirma que Montréal e Québec (a cidade) devem manter seu acento em documentos federais ingleses.

Regiões administrativas

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Regiões do Quebec
Ver artigo principal: Lista de regiões do Quebec

Oficialmente a província do Quebec é dividida em 17 regiões administrativas.[113] Antigamente as regiões administrativas foram usadas para organizar a prestação de serviços do governo provincial, hoje, as regiões são usadas como divisões censitárias pela Statistic Canada. A região de Montreal, com mais de 1 942 044 habitantes, é mais povoada das 17 regiões do Quebec, enquanto a região de Nord-du-Québec, com apenas 44 561 pessoas, é a menos povoada da província. Outras regiões com grande população (superior a 500 000) inclui as regiões de Montérégie, com 1 507 070 habitantes, Capitale-Nationale, com 729 997 habitantes e Laurentides, com mais de 589 400 pessoas.[113]

Centros urbanos

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Ver artigo principal: Lista de cidades do Quebec
Montreal
Cidade de Quebec.

Embora os termos "city" (que em inglês significa: cidade com uma população considerável) e "town" (que significa: pequena cidade) sejam usados no nome da categoria devido ao uso comum em inglês, Quebec não contém nenhuma "city" sob a sua lei atual; esta lista inclui todos as "villes", independentemente de serem referidas como "cities" ou "towns" por falantes de inglês.[122]

15 maiores centros urbanos do Quebec[123][124]
Posição Metrópole Região População
1 Montreal Montréal 3 824 221
2 Cidade de Quebec Capitale-Nationale 765 706
3 Gatineau Outaouais 314 501
4 Sherbrooke Estrie 201 890
5 Saguenay Saguenay–Lac-Saint-Jean 157 790
6 Trois-Rivières Mauricie 151 773
7 Saint-Jean-sur-Richelieu Montérégie 92 394
8 Drummondville Centre-du-Québec 88 480
9 Granby Montérégie 77 077
10 Saint-Hyacinthe Montérégie 56 794
11 Shawinigan Mauricie 55 009
12 Rimouski Bas-Saint-Laurent 50 912
13 Sorel-Tracy Montérégie 47 772
14 Joliette Lanaudière 46 932
15 Victoriaville Centre-du-Québec 46 354
O Edifício do Parlamento na Cidade de Quebec.

O tenente-governador representa a rainha do Canadá e atua como chefe de estado da província.[125][126] O chefe de governo é o premier (chamado premier ministre em francês) que lidera o maior partido da Assembleia Nacional unicamaral, ou Assemblée Nationale, da qual o Conselho Executivo do Quebec é nomeado.

Até 1968, a legislatura do Quebec era bicameral,[127] consistindo no Conselho Legislativo e da Assembleia Legislativa. Naquele ano, o Conselho Legislativo foi abolido e a Assembleia Legislativa foi renomeada como Assembleia Nacional. Quebec foi a última província canadense a abolir seu conselho legislativo.

O governo do Quebec concede uma ordem de mérito chamada a Ordem Nacional do Quebec. É inspirado em parte pela Legião Francesa de Honra. É conferido a homens e mulheres nascidos ou que vivem no Quebec (mas não quebequenses também podem ser induzidos) por realizações notáveis.[128]

O governo do Quebec obtém a maior parte de suas receitas através de um imposto de renda progressivo, imposto sobre vendas de 9,975% e vários outros impostos (como impostos sobre carbono,[129] corporativos e ganhos de capital), pagamentos de equalização do Governo Federal,[130] pagamentos de transferências de outras províncias e pagamentos diretos.[131] Por algumas medidas, Quebec é a província mais tributada; um estudo de 2012 indicou que "as empresas do Quebec pagam 26% a mais em impostos do que a média canadense".[132] Um relatório de 2014 do Instituto Fraser indicou que "em relação ao seu tamanho, Quebec é a província mais endividada do Canadá por uma ampla margem".[133]

Subdivisões administrativas

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Quebec tem subdivisões políticas nos níveis regional, supralocal e local. Excluindo unidades administrativas reservadas para terras aborígenes, os principais tipos de subdivisão são:

No nível regional:

No nível supralocal:

No nível local:

Quebec tem uma economia avançada, baseada no mercado aberto. Em 2009, seu Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 32 408 per capita em paridade de poder de compra colocou a província no mesmo nível do Japão, Itália e Espanha, mas permanece abaixo da média canadense que é de US$ 37 830 per capita.[134] A economia do Quebec é classificada como a 37ª maior economia do mundo, logo atrás da Grécia e a 28ª maior em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita.[135][136]

Vista do centro de Montreal.

A economia do Quebec representa 20,36% do PIB total do Canadá. Como a maioria dos países industrializados, a economia do Quebec é baseada principalmente no setor de serviços. A economia quebequense tem sido tradicionalmente abastecida por recursos naturais abundantes, uma infraestrutura bem desenvolvida e produtividade média. O PIB provincial em 2010 foi de C$ 319 348 bilhões,[137] o que faz do Quebec a segunda maior economia do Canadá.

A dívida provincial em relação ao PIB atingiu um pico de 50% no ano fiscal de 2014–2015 e prevê-se que diminua para 40% em 2021–2022.[138] A classifica��o de cr�dito do Quebec � atualmente Aa2 de acordo com a ag�ncia Moody's.[139] Em junho de 2017, a S&P classificou o Quebec como um risco para cr�dito AA, superando pela primeira vez o Ont�rio.[140]

O Instituto Nacional de Pesquisas Cient�ficas contribui para o avan�o do conhecimento cient�fico e para a forma��o de uma nova gera��o de estudantes em diversos setores cient�ficos e tecnol�gicos. Mais de um milh�o de habitantes do Quebec trabalham no campo da ci�ncia e tecnologia, o que representa mais de 30% do PIB da prov�ncia.

A economia do Quebec sofreu mudan�as tremendas na �ltima d�cada.[141] Firmemente fundamentada na economia do conhecimento, Quebec tem uma das maiores taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Canad�. O setor do conhecimento representa cerca de 30,9% do PIB do Quebec.[142] A prov�ncia est� experimentando um crescimento mais r�pido de seus gastos com P&D do que outras prov�ncias canadenses.[143] Os gastos do Quebec em P&D em 2011 foram equivalentes a 2,63% do PIB, acima da m�dia da Uni�o Europeia que � de 1,84% e ter�o que atingir a meta de dedicar 3% do PIB �s atividades de pesquisa e desenvolvimento em 2013, segundo a Estrat�gia de Lisboa.[144] O percentual gasto em pesquisa e tecnologia (P&D) � o mais alto do Canad� e superior �s m�dias da Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico e dos pa�ses do G7.[145] Aproximadamente 1,1 milh�o de quebequenses trabalham no campo de ci�ncia e tecnologia.[146]

Uma maquete de um CSeries Bombardier sendo desenvolvido pela Bombardier Aerospace. Desde 1856, o Quebec estabeleceu-se como um pioneiro da ind�stria aeroespacial moderna. Quebec tem mais de 260 empresas que empregam cerca de 43 000 pessoas. Aproximadamente 62% da ind�stria aeroespacial canadense � baseada no Quebec.

O Quebec tamb�m � um importante participante em v�rios setores de ponta, incluindo aeroespacial, tecnologias de informa��o e software e multim�dia. Aproximadamente 60% da produ��o da ind�stria aeroespacial canadense � quebequense, onde as vendas totalizaram C$ 12,4 bilh�es em 2009.[147] Quebec � um dos principais autores da alta tecnologia da Am�rica do Norte. Este vasto setor engloba cerca de 7 300 empresas e emprega mais de 145 000 pessoas.[148] Pauline Marois revelou recentemente um or�amento de dois bilh�es de d�lares para o per�odo entre 2013 e 2017 para criar cerca de 115 000 novos empregos nos setores de conhecimento e inova��o. O governo promete fornecer cerca de 3% do PIB do Quebec em pesquisa e desenvolvimento (P&D).[149]

Cerca de 180 mil quebequenses trabalham em diferentes �reas de tecnologia da informa��o.[150] Aproximadamente 52% das empresas canadenses nesses setores est�o localizadas no Quebec, principalmente em Montreal e Cidade de Quebec. Existem atualmente cerca de 115 empresas de telecomunica��es estabelecidas na prov�ncia, como a Motorola e a Ericsson. Cerca de 60 000 pessoas trabalham atualmente no desenvolvimento de software. H� aproximadamente 12 900 pessoas trabalhando em mais de 110 empresas, como IBM, CMC e Matrox. O setor de multim�dia tamb�m � dominado pela prov�ncia. V�rias empresas, como a Ubisoft, estabeleceram-se no Quebec desde o final dos anos 90.[151]

A ind�stria de minera��o foi respons�vel por 6,3% do PIB do Quebec.[152] Emprega cerca de 50 000 pessoas em 158 empresas.[153]

As ind�strias de celulose e papel geram remessas anuais avaliadas em mais de C$ 14 bilh�es.[154] A ind�stria de produtos florestais ocupa o segundo lugar em exporta��es, com embarques avaliados em quase C$ 11 bilh�es. � tamb�m a principal e, em algumas circunst�ncias, apenas a fonte da atividade manufatureira em mais de 250 munic�pios da prov�ncia. A ind�stria florestal desacelerou nos �ltimos anos por causa da disputa madeireira de fibra longa.[155] Esta ind�stria emprega 68 000 pessoas em v�rias regi�es do Quebec e foi respons�vel por 3,1% do PIB da prov�ncia.[156][157]

A ind�stria agroalimentar desempenha um papel importante na economia do Quebec. � respons�vel por 8% do PIB e gera C$ 19,2 bilh�es. Esta ind�stria gerou 487 000 empregos na agricultura, pesca, fabrica��o de alimentos, bebidas e tabaco e distribui��o de alimentos.[158]

Recursos naturais

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Cidade mineira de Fermont, North Shore, o in�cio da estrada de ferro.

A abund�ncia de recursos naturais d� ao Quebec uma posi��o vantajosa no mercado mundial. Quebec destaca-se particularmente no setor de minera��o, ficando entre as dez principais �reas para fazer neg�cios na minera��o.[159] Tamb�m defende a explora��o de seus recursos florestais.

Quebec � not�vel pelos recursos naturais de seu vasto territ�rio. Possui cerca de 30 minas, 158 empresas de explora��o e quinze principais ind�strias de processamento. Muitos minerais met�licos s�o explorados, os principais s�o ouro, ferro, cobre e zinco. Muitas outras subst�ncias s�o extra�das incluindo tit�nio, amianto, prata, magn�sio, n�quel e muitos outros metais e minerais industriais.[160] No entanto, apenas 40% do potencial mineral do Quebec � conhecido atualmente.[161] Em 2003, o valor da explora��o mineral chegou a 3,7 bilh�es de d�lares canadenses no Quebec. Al�m disso, como um importante centro de explora��o de diamantes,[162] Quebec viu, desde 2002, um aumento em suas explora��es minerais, particularmente no noroeste, bem como nas Montanhas Otish e nas Montanhas Torngat.

A vasta maioria (90,5%) das florestas do Quebec s�o de propriedade p�blica. As florestas cobrem mais da metade do territ�rio da prov�ncia, uma �rea total de quase 761 100 quil�metros quadrados.[163] A �rea florestal do Quebec cobre sete graus de latitude.

Mais de um milh�o de lagos e rios cobrem o Quebec, ocupando 21% da �rea total de seu territ�rio. O ambiente aqu�tico � composto por 12,1% de �gua doce e 9,2% de �gua salgada (porcentagem da �rea total do Quebec).[164]

Ci�ncia e tecnologia

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Rudolph A. Marcus, qu�mico, tem um Pr�mio Nobel de Qu�mica.
Em 1969, H�roux-Devtek projetou e fabricou o material rodante do m�dulo Apollo

O governo do Quebec lan�ou em 2007 a Estrat�gia de Pesquisa e Pesquisa de Inova��o (SQRI), cujo objetivo � promover o desenvolvimento por meio de pesquisa, ci�ncia e tecnologia. O governo espera criar uma forte cultura de inova��o no Quebec nas pr�ximas d�cadas e criar uma economia sustent�vel.[165] Os gastos com pesquisa e desenvolvimento alcan�aram cerca de 7,824 bilh�es de d�lares em 2007, o equivalente a 2,63% do PIB do Quebec.[165] A prov�ncia foi classificada, em mar�o de 2011, como 13� do mundo em termos de investimento em pesquisa e desenvolvimento.[166] Os gastos com pesquisa e desenvolvimento ser�o mais de 3% do PIB da prov�ncia em 2013. O gasto em P&D no Quebec � maior do que o da m�dia dos pa�ses do G7 e da OCDE.[145] A ci�ncia e a tecnologia s�o fatores-chave na posi��o econ�mica do Quebec. Mais de um milh�o de pessoas s�o empregadas no setor de ci�ncia e tecnologia.[145]

Quebec � considerado um dos l�deres mundiais em pesquisa cient�fica fundamental, tendo produzido dez ganhadores do Pr�mio Nobel em f�sica, qu�mica e medicina.[167] Tamb�m � considerado um dos l�deres mundiais em setores como aeroespacial, tecnologia da informa��o, biotecnologia e produtos farmac�uticos e, portanto, desempenha um papel significativo nas comunidades cient�ficas e tecnol�gicas do mundo.[168] Quebec tamb�m est� ativo no desenvolvimento de suas ind�strias de energia, incluindo energia renov�vel, como energia hidrel�trica e energia e�lica. Quebec tem mais de 9 469 publica��es cient�ficas no setor de medicina, pesquisa biom�dica e engenharia desde o ano 2000. No geral, a prov�ncia conta com cerca de 125 publica��es cient�ficas por 100 000 habitantes em 2009.[169] A contribui��o do Quebec na ci�ncia e tecnologia representa aproximadamente 1% das pesquisas mundiais desde os anos 80 at� 2009.[170] Entre 1991 e 2000, o Quebec produziu mais artigos cient�ficos por 100 000 habitantes do que os Estados Unidos e a Alemanha.[171]

A Ag�ncia Espacial Canadense (CSA) foi estabelecida no Quebec devido ao seu papel principal neste campo de pesquisa. Um total de tr�s quebequenses est�o no espa�o desde a cria��o do CSA: Marc Garneau, Julie Payette e Guy Lalibert�. Quebec tamb�m contribuiu para a cria��o de alguns sat�lites artificiais canadenses, incluindo o SCISAT-1, o ISIS, o Radarsat-1 e o Radarsat-2.[172][173][173]

A prov�ncia � um dos l�deres mundiais no campo da ci�ncia espacial e contribuiu para importantes descobertas neste campo.[174] Uma das mais recentes � a descoberta do complexo sistema de exoplanetas HR 8799 e HR 8799, � a primeira observa��o direta de um exoplaneta na hist�ria.[175][176] Olivier Daigle e Claude Carignan, astrof�sicos da Universidade de Montreal, inventaram uma c�mera astron�mica aproximadamente 500 vezes mais potente que as atualmente dispon�veis no mercado.[177] Portanto, � considerada a c�mera mais sens�vel do mundo.[178][178] O Observat�rio Mont M�gantic foi recentemente equipado com esta c�mera.[179]

A prov�ncia do Quebec est� entre os l�deres mundiais no campo da ci�ncia da vida.[180] William Osler, Penfield Wilder, Donald Hebb, Brenda Milner e outros fizeram descobertas significativas em �reas de medicina, neuroci�ncia e psicologia enquanto trabalhavam na Universidade McGill em Montreal. Quebec possui mais de 450 empresas de biotecnologia e farmac�uticas que, juntas, empregam mais de 25 000 pessoas e 10 000 pesquisadores altamente qualificados. Montreal ocupa a 4� posi��o na Am�rica do Norte em n�mero de empregos no setor farmac�utico.[180][181]

O sistema educacional do Quebec � administrado pelo Minist�rio da Educa��o, Recrea��o e Esportes (em franc�s: Minist�re de l'�ducation du Loisir et du Sport). � administrado a n�vel local por conselhos escolares franceses e ingleses eleitos publicamente. Os professores s�o representados por sindicatos de toda a prov�ncia que negociam as condi��es de trabalho no Quebec com os conselhos locais e o governo provincial.

Ensino fundamental e m�dio

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A pr�-escola � opcional, tamb�m conhecida como pr�-natal (pr�maternelle), est� dispon�vel em �reas selecionadas da cidade para crian�as que atingiram 4 anos de idade at� 30 de setembro do ano letivo. O jardim de inf�ncia (maternelle) est� dispon�vel em toda a prov�ncia para crian�as que atingiram 5 anos de idade a partir 30 de setembro do ano letivo.

A educa��o prim�ria � obrigat�ria (�cole primaire), come�a com a 1� s�rie at� a 6� s�rie. A escola secund�ria (�cole secondaire) tem cinco s�ries, chamadas secund�rias I-V (abreviadas como Sec. I-V) ou simplesmente s�ries 7-11. Os estudantes t�m entre 12 e 17 anos (com essa idade at� 30 de setembro), a menos que eles repitam uma s�rie. Ap�s a conclus�o do 11� ano, os alunos recebem o diploma de ensino m�dio do governo provincial.[182]

Ensino superior

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Fundada em 1663, a Universidade Laval � a institui��o p�s-secund�ria mais antiga do Canad�.
A Universidade McGill � a mais antiga universidade angl�fona da prov�ncia do Quebec.

O ensino superior no Quebec difere do sistema educacional de outras Prov�ncias do Canad�. Em vez de ingressar na universidade ou na faculdade diretamente do ensino m�dio, os estudantes do Quebec deixam o ensino m�dio ap�s o 11� ano (ou o segundo n�vel) e ingressam em estudos p�s-secund�rios no n�vel universit�rio como um pr�-requisito para a universidade. Embora ambos os col�gios p�blicos (CEGEPs) e faculdades particulares existam, ambos s�o coloquialmente denominados CEGEPs. Esse n�vel de ensino p�s-secund�rio permite que os alunos escolham um caminho vocacional ou um caminho mais acad�mico.[183][184]

Muitos fatores levaram ao atual sistema de educa��o superior da prov�ncia a ser assim, incluindo tens�es lingu�sticas, culturais e de classe, bem como a distribui��o provincial dos recursos naturais e da popula��o. A Revolu��o Silenciosa dos anos 60 tamb�m trouxe muitas mudan�as que ainda s�o refletidas no sistema de ensino superior da prov�ncia.[185]

Existem 18 universidades na prov�ncia do Quebec, a maioria ensina em franc�s, 10 das quais formam a rede da Universidade do Quebec. No Quebec, as universidades s�o independentes do governo e aut�nomas na administra��o de seus neg�cios. Por meio de leis ou cartas constitucionais, os legisladores concederam a cada universidade a liberdade de definir seu pr�prio curr�culo e desenvolver seus pr�prios programas de ensino e pesquisa. A universidade tem total responsabilidade pela defini��o dos padr�es de admiss�o e requisitos de matr�cula, concess�o de diplomas e recrutamento de pessoal.

Das dezoito universidades, tr�s ensinam em ingl�s: Universidade Conc�rdia, Universidade McGill e Universidade Bishop's. As outras cinco ensinam em franc�s, cinco delas est�o localizadas em Montreal: Escola de Tecnologia Superior, Escola Polit�cnica de Montreal, HEC Montreal, Universidade de Montreal, e Universidade do Quebec em Montreal; quatro delas est�o na Cidade de Quebec: Escola Nacional de Administra��o P�blica, Instituto Nacional de Pesquisas Cient�ficas, Universidade TELUQ, Universidade Laval. O Instituto Nacional de Pesquisas Cient�ficas e a Escola Nacional de Administra��o P�blica n�o oferecem programas de gradua��o.[186]

Infraestrutura

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Balsa N.M. Camille-Marcoux, da Soci�t� des traversiers du Qu�bec, assegurando a liga��o Baie-Comea-Matane e Godbout-Matane

O desenvolvimento e a seguran�a do transporte terrestre no Canad� s�o fornecidos pelo Minist�rio dos Transportes do Quebec.[187] Outras organiza��es, como a Guarda Costeira do Canad� e a Nav Canada, fornecem o mesmo servi�o para o transporte mar�timo e a�reo. A Comiss�o de Transportes do Quebec trabalha com os transportadores de carga e com o transporte p�blico.

A rede rodovi�ria do Quebec � administrada pela Corpora��o de Seguros de Autom�veis do Quebec (SAAQ) e consiste em cerca de 185 000 quil�metros de rodovias e estradas nacionais, regionais, locais, coletoras e florestais. Al�m disso, Quebec tem quase 12 000 pontes, t�neis, muros de conten��o, galerias e outras estruturas como a Ponte de Quebec, a Ponte Laviolette e o T�nel da Ponte Louis-Hippolyte Lafontaine.[188]

Nas �guas do S�o Louren�o h� oito portos de �guas profundas para o transporte de mercadorias. Em 2003, 3 886 cargas e 9,7 milh�es de toneladas de mercadorias passaram pela por��o quebequense do Canal de S�o Louren�o.[189]

No que diz respeito ao transporte ferrovi�rio, Quebec possui 6 678 quil�metros de ferrovias integrados � grande rede norte-americana.[190] Embora destinada principalmente ao transporte de mercadorias atrav�s de empresas como a Canadian National (CN) e a Canadian Pacific (CP), a rede ferrovi�ria do Quebec tamb�m � utilizada por passageiros interurbanos atrav�s da Via Rail Canada e Amtrak. Em abril de 2012, foram anunciados planos para a constru��o de uma ferrovia de 800 quil�metros a norte de Sept-�les, para apoiar a minera��o e a extra��o de outros recursos naturais em Labrador Trough.[191]

A rede a�rea superior inclui 43 aeroportos que oferecem servi�os programados diariamente.[189] Al�m disso, o governo do Quebec possui aeroportos e heliportos para aumentar a acessibilidade dos servi�os locais �s comunidades nas regi�es Basse-C�te-Nord e Nord-du-Quebec.[192]

Várias outras redes de transporte cruzam a província do Quebec, incluindo trilhas para caminhadas, trilhas para snowmobile e ciclovias. A Estrada Verde é a maior com quase 4 000 quilômetros de comprimento.[193]

O Quebec foi descrito como uma potência em energia limpa.[194][195] O balanço energético do Quebec sofreu uma grande mudança nos últimos 30 anos. Em 2008, a hidroeletricidade foi classificada como a principal forma de energia utilizada no Quebec (41,6%), seguida pelas energias oriundas do petróleo (38,2%) e gás natural (10,7%).[196]

Quebec é o quarto maior produtor de hidroletricidade do mundo depois de China, Brasil e Estados Unidos e depende quase exclusivamente (96% em 2008) dessa fonte de energia renovável para suas necessidades elétricas.[197]

A bandeira do Quebec, a Fleurdelisé.
Iris versicolor

Os quebequenses, um povo que também vive em minoria no resto do Canadá e no norte dos Estados Unidos, consideram o Quebec sua terra natal. Os quebequenses são a maior população francófona das Américas. Os laços históricos e culturais com a França fazem com que muitos considerem o Quebec diferente do restante do Canadá.[198]

O padroeiro da província é São João Batista. A Saint-Jean-Baptiste é realizada todo ano em 24 de junho, e é considerada o Dia Nacional do Quebec, oficialmente, chamado de Fête nationale du Québec (Feriado nacional do Quebeque) desde 1977. A música Gens du pays, escrita e composta por Gilles Vigneault, é muitas vezes vista como o hino não oficial da província.[173]

O Quebec é por vezes chamado de La Belle Province, que significa em português "A Bela Província". Até o fim da década de 1970, esta frase era mostrada nas placas de licenças de veículos em geral. Desde então, a frase foi substituída pelo lema oficial da província, Je me souviens, que significa "Eu me lembro". Um debate comum na cultura popular, tanto entre os canadenses anglófonos quanto para os francófonos, é sobre o que é que está a ser lembrado.

Sentimento anti-imigrante

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Famílias imigrantes provenientes do Brasil, que se estabeleceram na cidade de Quebec, Canadá, após serem selecionadas por sua qualificação para ocupações que exigem o conhecimento do francês.

Em Quebec, o sentimento anti-imigrante aumentou durante os últimos cinco anos, situação exacerbada por um governo da CAQ que tem tratado a imigração de forma irresponsável, como uma ameaça constante à identidade e à língua de Quebec. Essa demonização se mantém, apesar de que, excluindo Montreal, Quebec é a província menos diversa racialmente no Canadá e o francês continua sendo o primeiro idioma oficial falado por mais de 90% da população na maioria das regiões de Quebec.[199] Ao contrário dos Estados Unidos, onde a imigração é citada como a principal razão do forte crescimento econômico, especialmente na recuperação do impacto econômico da pandemia, o governo provincial de Quebec insiste em tratar a imigração apenas como um problema, e não como parte da solução.[199]

Alguns consideram que Quebec precisa de seu próprio momento de Lisístrata — uma greve ou boicote para lembrar ao governo e aos cidadãos de Quebec o quanto a sociedade e a economia dependem tanto de imigrantes quanto de trabalhadores estrangeiros temporários e solicitantes de asilo, em setores como saúde, agricultura, produção de alimentos, fábricas, armazéns e em muitos serviços essenciais.[199] O CAQ tem mostrado uma falta de empatia e reconhecimento básico da dependência da migração temporária e permanente. O primeiro-ministro Legault continua politizando às custas de pessoas muitas vezes vulneráveis e menos vocais, pois estão muito ocupadas sobrevivendo ou temem que a crítica possa comprometer seus pedidos de asilo ou solicitações de residência permanente ou até mesmo seus empregos, muitas vezes vinculados diretamente ao seu status de trabalhador temporário.[199]

Sob o pretexto de proteção da língua, políticos e comentaristas tratam os trabalhadores essenciais como seres descartáveis, muitas vezes atribuindo-lhes as piores motivações. Recentemente, o governo decidiu gastar dinheiro público para contestar o direito dos solicitantes de asilo, que trabalham em empregos essenciais, de terem acesso a creches subsidiadas.[199] O governo da CAQ tem uma longa trajetória de tratamento inadequado aos imigrantes. Tentou descartar 18.000 solicitações de trabalhadores qualificados sem considerar seu impacto. Recusou-se a expandir um programa federal especial para regularizar mais "anjos da guarda" e muitos solicitantes de asilo que trabalharam incansavelmente durante a pandemia para garantir o funcionamento de hospitais, restaurantes, armazéns e CHSLD em Quebec.[199]

O ex-ministro da Imigração de Quebec, Jean Boulet, também falou dos imigrantes como pessoas que "não se integram, não trabalham, não falam francês", sem estatísticas que respaldassem tais afirmações.[199] Atualmente, o CAQ se recusa teimosamente a aumentar suas cotas anuais de imigração por razões políticas, enquanto hipocritamente aumenta os trabalhadores temporários, comprometendo severamente as solicitações de reunificação familiar para muitos quebequenses e seus parceiros estrangeiros, e criando atrasos no processamento três vezes maiores que no resto do país.[199]

Em outubro passado, quando o governo do Canadá anunciou que abriria as portas para 11.000 pessoas da Colômbia, Haiti e Venezuela com familiares imediatos vivendo aqui, o governo da CAQ deixou claro que optava por se excluir do programa, impedindo muitos quebequenses haitianos de trazer seus familiares.[199] A presença de imigrantes e solicitantes de asilo tem sido irresponsavelmente vinculada por este governo à crise de habitação, educação, saúde e falta de vagas em creches. Apesar das carências, em vez de assumir a responsabilidade por não alocar adequadamente os fundos e vagas prometidos, o governo optou por desviar a atenção, estigmatizando imigrantes e solicitantes de asilo, o que leva a uma maior marginalização e ressentimento contra pessoas das quais esta província se beneficia diariamente.[199][200]

Os imigrantes em Quebec são professores, médicos, proprietários de depanneurs, trabalhadores de creches, motoristas de ônibus, enfermeiros, engenheiros da Hydro-Québec, entre outros. Os trabalhadores estrangeiros temporários sustentam o setor agrícola de Quebec. Os estudantes internacionais ocupam empregos de serviços em hotéis do centro, cozinhas de restaurantes, lojas de varejo e redes de fast food, os mesmos lugares que constantemente publicam cartazes procurando empregados.[201] Os solicitantes de asilo trabalham como trabalhadores de saneamento e assistentes pessoais em CHSLD e hospitais. Se essas pessoas simplesmente parassem, a economia pararia abruptamente.[199] É possível que aqueles que atualmente clamam pela deportação ou transferência para outra província ou a prevenção de solicitações de asilo finalmente deixem de vilipendiar pessoas que também oferecem muito em troca.[199]

Símbolos da província

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  • Bandeira: La Fleurdelisé. A bandeira é azul, com duas faixas, uma horizontal e outra vertical, que cruzam-se no meio da bandeira, e que a dividem em quatro partes iguais.[202]
  • Lema: O lema do Quebec é Je me souviens, que significa em português "Eu me lembro". Esse lema está inscrito dentro da Assembleia legislativa da província e nas placas de licenciamento de veículos.[202]
  • Brasão de armas: O brasão de armas foi criado em 26 de maio de 1868, e modificado posteriormente pelo governo do Quebec em 9 de dezembro de 1939. Caracteriza-se por um grande escudo, dividido em três linhas horizontais. A linha do alto é azul e possui três flores-de-lis. A linha do meio é vermelha e possui um leão dourado, símbolo dos ingleses. A terceira linha é amarela e possui três maple leaves, um símbolo do Canadá. Acima do escudo está inscrito uma coroa real — símbolo da realeza da Inglaterra — e embaixo do escudo, uma faixa prateada, onde está inscrito o lema do Quebec, Je me souviens.
  • Selo: Le Grand Sceau du Québec.[202]
  • Emblema: Flor-de-lis, um símbolo tradicional da França real.
  • Flor: Iris versicolor
  • Pássaro: Bubo scandiacus
Bell Centre em Montreal, casa do Montreal Canadiens.

O esporte no Quebec constitui uma dimensão essencial da cultura da província. A prática de esportes e atividades ao ar livre no Quebec foi influenciada em grande parte por sua geografia e clima. O hóquei no gelo continua sendo o esporte nacional. Esse esporte, disputado pela primeira vez em 3 de março de 1875, na Pista de Patinação Victoria em Montreal e promovido ao longo dos anos por inúmeras conquistas, incluindo o centenário Montreal Canadiens (Canadiens de Montréal), ainda suscita paixões.[203] Outros esportes importantes incluem o futebol canadense com o Montreal Alouettes (Alouettes de Montréal), o futebol com o Montreal Impact, o Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1 no Circuito Gilles Villeneuve e beisebol profissional com o ex Montreal Expos. Durante sua história, Quebec sediou vários grandes eventos esportivos; incluindo os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, o Campeonato Mundial de Esgrima em 1967, o ciclismo em 1974 e a corrida Transat Québec-Saint-Malo, criada pela primeira vez em 1984.

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Ligações externas

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