Sumatra
Sumatra ou Samatra | |
---|---|
Localização de Sumatra na Indonésia | |
Coordenadas: | |
Geografia física | |
País | Indonésia |
Localização | Sudeste Asiático |
Arquipélago | Grandes Ilhas da Sonda |
Ponto culminante | 3 805 m (Kerintji) |
Área | 482.286,55 km² |
Geografia humana | |
População | 59 185 500 (2021) |
Densidade | 122,72 hab./km² |
Etnias | Achéns, Bataques, Gayos, Lampungues, Malaios, Mentawai, Minangkabaus, Niases, Palembangues, Rejangues, Chineses, Indianos, Javaneses, Sundaneses, etc... |
Principal povoação | Medã (pop. 2.494.512) |
Administração | |
Províncias | |
Mapa topográfico de Sumatra |
Sumatra ou Samatra[1][2][3][4][nota 1] (Sumatera ou Sumatra, em indonésio) é uma das Grandes Ilhas da Sonda, no oeste da Indonésia. É a maior ilha que está completamente dentro do território indonésio, bem como a sexta maior ilha do mundo, com 482.286,55 km², incluindo ilhas adjacentes como Simeulue, Nias, Mentawai, Enggano, Ilhas Riau, Banca Bilitom e o arquipélago de Krakatoa.
Sumatra é uma massa de terra alongada que se estende em um eixo diagonal noroeste-sudeste. O Oceano Índico faz fronteira com as costas noroeste, oeste e sudoeste de Sumatra, com a cadeia de ilhas de Simeulue, Nias, Mentawai e Enggano ao largo da costa ocidental. No nordeste, o estreito de Malaca separa a ilha da Península Malaia, que é uma extensão do continente eurasiático. No sudeste, o estreito de Sunda, que contém o arquipélago de Krakatoa, separa Sumatra de Java. A ponta norte de Sumatra está perto das Ilhas Andamão, enquanto na costa sudeste encontram-se as ilhas de Banca e Bilitom, o estreito de Carimata e o Mar de Java. As montanhas Bukit Barisan, que contêm vários vulcões ativos, formam a espinha dorsal da ilha, enquanto a área nordeste contém grandes planícies e baixadas com pântanos, florestas de mangue e sistemas fluviais complexos. O equador cruza a ilha no seu centro, nas províncias de Sumatra Ocidental e Riau. O clima da ilha é tropical, quente e úmido. A exuberante floresta tropical dominava a paisagem.
Sumatra tem uma ampla gama de espécies de plantas e animais, mas perdeu quase 50% de sua floresta tropical nos últimos 35 anos. Muitas espécies estão agora criticamente ameaçadas, como o cuco-terrestre-de-sumatra, o tigre-de-sumatra, o elefante-de-sumatra, o rinoceronte-de-sumatra e o orangotango-de-sumatra. O desmatamento na ilha também resultou em sérias neblinas sazonais de fumaça sobre os países vizinhos, como a neblina do sudeste asiático de 2013, que causou consideráveis tensões entre a Indonésia e os países afetados, Malásia e Singapura.[5] O desmatamento generalizado e outras destruições ambientais em Sumatra e outras partes da Indonésia têm sido frequentemente descritos por acadêmicos como um ecocídio.[6][7][8][9][10]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Na Antiguidade, a ilha era conhecida pelos nomes sânscritos de Swarnadwīpa ("ilha de ouro") e Swarnabhūmi ("terra de ouro"), provavelmente devido aos depósitos auríferos encontrados nas montanhas da ilha.[11] Entre os séculos X e XIII, geógrafos árabes chamavam a ilha de Lamri (Lamuri, Lambri ou Ramni), uma referência a um reino próximo à atual Banda Achém, local em que os mercadores aportaram pela primeira vez ao chegar a Sumatra.
Segundo alguns autores, no final do século XIV a ilha passou a ser conhecida como Sumatra, devido ao reino muçulmano de Samudra. Outras fontes, porém, consideram obscura a etimologia do topónimo.[12] No século XIX, escritores europeus descobriram que os habitantes nativos não possuíam um nome para a ilha.[13]
Entre os europeus, o topônimo foi primeiramente registrado no século XIII pelo explorador veneziano Marco Polo no seu livro Il Milione.[14] Teria sua origem na palavra árabe samatrâ.[12] Documentos do período de expansão portuguesa na Ásia atestam as formas "Çamatarra",[15] "Samotra"[16] e "Çamatra"[17][18] (corrente no século XVI), até fixar-se na grafia atual "Samatra". Nos inícios do século XVII, o cartógrafo luso-malaio Manuel Godinho de Erédia escreveu que Samatra seria uma corruptela de Samata.[19] Os ingleses receberam o topónimo dos portugueses[12][20] e passaram a grafá-lo como Sumatra, tentando reproduzir a pronúncia portuguesa de "Samatra".
A forma Samatra é usada em Portugal,[20] enquanto no Brasil é mais comum a grafia Sumatra.[21]
História
[editar | editar código-fonte]Os primeiros austron�sios chegaram a Samatra em cerca de 500 a.C., parte da expans�o austron�sia de Formosa para o sudeste da �sia. Sua localiza��o na rota comercial mar�tima entre China e �ndia permitiu o desenvolvimento de diversas cidades mercantis, particularmente na costa oriental, que sofreram a influ�ncia das religi�es indianas. Kantoli, um dos primeiros reinos na ilha, floresceu no s�culo V na por��o meridional de Samatra e veio a ser substitu�do pelo Imp�rio Serivijaia e, depois, pelo Reino de Samudra. Serivijaia foi uma monarquia budista cuja capital se situava no que � hoje Palimb�o. Ao dominar a regi�o por meio do com�rcio e das armas entre os s�culos VII e IX, o imp�rio disseminou a cultura malaia na ilha, na pen�nsula Malaia e na por��o ocidental de Born�u. Serivijaia era uma talassocracia, uma pot�ncia mar�tima que estendia sua influ�ncia de ilha em ilha. Palimb�o tornou-se um centro acad�mico, onde o peregrino budista chin�s I Ching estudou s�nscrito em 671, antes de partir para a �ndia. Na sua viagem para a China, passou quatro anos em Palimb�o, traduzindo textos budistas e escrevendo dois manuscritos.
At� o ano de 692, o Reino de Melayu foi absorvido por Serivijaia.[22] A influ�ncia de Srivijaya diminuiu no s�culo XI, especificamente no ano de 1025, ap�s sofrer uma derrota nas m�os do Imp�rio Chola, no sul da �ndia. No final do s�culo XII, Srivijaya tinha sido reduzida a um reino, e seu papel dominante no sul de Sumatra terminou com o �ltimo rei, Ratu Sekekhummong. Ao mesmo tempo, a dissemina��o do Isl� na Indon�sia ocorreu de forma gradual e indireta, come�ando pelas regi�es ocidentais da Indon�sia, como a �rea de Sumatra, que se tornou o primeiro local para a propaga��o do Isl� no arquip�lago, depois Java, e ent�o para as regi�es orientais da Indon�sia, Celebes e Molucas.[23] Sumatra se tornou a primeira �rea a receber a propaga��o do Isl� devido � sua proximidade com o estreito de Malaca.[23] The island of Sumatra became the first area to receive the spread of Islam because of the position of the island of Sumatra which is close to the Malacca strait.[23] The initial process of Islamization related to trade and also the formation of the kingdom.[23] O processo inicial de islamiza��o estava relacionado ao com�rcio e tamb�m � forma��o do reino. O Isl� entrou em Sumatra atrav�s de pregadores �rabes e comerciantes t�meis nos s�culos VI e VII d.C.[24][25][26] No in�cio e no final do s�culo XIII, com a forma��o do reino, o rei do reino de Samudra tinha se convertido ao Isl�. Marco Polo visitou a ilha em 1292, e seu compatriota italiano Odorico de Pordenone em 1321; ibne Batuta ali esteve em duas ocasi�es, entre 1345 e 1346.
Banda Ach�m, no norte de Sumatra, tornou-se conhecido no s�culo XVI como um centro comercial para o com�rcio de pimenta, enviando pimenta de qualidade. A cidade tornou-se o principal centro comercial do Sultanato de Ach�m, e rotas comerciais foram estabelecidas at� o Mediterr�neo via Mar Vermelho para rivalizar com as rotas de navega��o portuguesas. O reinado de Iskandar Muda � conhecido como a era de ouro de Sumatra porque ele estendeu a influ�ncia cultural do Sultanato de Ach�m para Padangue e Joor.[27] O Sultanato de Ach�m manteve a rivalidade com o Sultanato de Joor, os holandeses e os portugueses ao longo dos s�culos XVI e XVII. Quando os holandeses enfraqueceram no s�culo XVIII, o imp�rio brit�nico come�ou a intervir ativamente em Ach�m, estabelecendo rela��es pr�ximas entre Banda Ach�m e Pen�o. Nos s�culos XVII e XVIII, o Sultanato de Ach�m lutou contra o Sultanato de Siaque, no sul de Sumatra. A cidade portu�ria de Banda Ach�m foi registrada nos escritos hist�ricos europeus desde o s�culo XIII. Em termos de desenvolvimento econ�mico, o porto de Banda Ach�m s� come�ou a enfrentar concorr�ncia no s�culo XVIII, quando mais portos foram constru�dos em Sumatra para o transporte mar�timo. No entanto, os principais fornecedores de pimenta continuaram a usar o porto de Banda Ach�m no in�cio do s�culo XIX. O porto de Med� cresceu rapidamente no final do s�culo XIX e in�cio do s�culo XX. Enquanto isso, o porto de tamanho m�dio de Palimb�o enfrentou um decl�nio econ�mico acentuado � medida que a heran�a do imp�rio Serivijaia foi suplantada pela pol�tica econ�mica dos Singassaris e Majapa�tas. O Sultanato de Palimb�o experimentou um decl�nio terminal no in�cio do s�culo XIX.[28]
Com a chegada dos neerlandeses, muitos Estados principescos de Samatra gradualmente passaram ao controle dos Pa�ses Baixos. Ach�m, ao norte, tornou-se o maior obst�culo ao avan�o neerland�s, o que levou � longa e custosa Guerra de Ach�m (1870-1905).
A ilha foi ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Ap�s o conflito, Sumatra passou a integrar o Estado independente da Indon�sia.
O Movimento Ach�m Livre lutou contra as for�as do governo indon�sio na Insurg�ncia de Ach�m de 1976 a 2005.[29] As repress�es de seguran�a em 2001 e 2002 resultaram em v�rias milhares de mortes de civis.[30]
Em 26 de dezembro de 2004, um maremoto de quase 15 m de altura devastou a costa ocidental de Samatra, em especial a prov�ncia de Ach�m, causado por um terremoto de 9,2 pontos no oceano �ndico. Mais de 170 000 mortes foram registradas na Indon�sia. Em 2005, verificou-se um sismo secund�rio ao grande terremoto de 2004, desta vez de 8,7 pontos.
Geografia
[editar | editar c�digo-fonte]A maior extens�o da ilha de Sumatra corre aproximadamente 1.790 km no sentido noroeste-sudeste, cruzando o equador perto do centro. Em seu ponto mais largo, a ilha abrange 435 km. O interior da ilha � dominado por duas regi�es geogr�ficas: as montanhas Barisane a oeste e plan�cies pantanosas a leste. Sumatra � a ilha indon�sia mais pr�xima do continente asi�tico.
A sudeste est� Java, separada pelo Estreito de Sunda. Ao norte est� a Pen�nsula Malaia (localizada no continente asi�tico), separada pelo Estreito de Malaca. Ao leste est� Born�u, atrav�s do Estreito de Carimata. A oeste da ilha est� o Oceano �ndico.
A Grande Falha de Sumatra (uma falha de deslocamento lateral) e a megatransformada de Sunda (uma zona de subduc��o) percorrem toda a extens�o da ilha ao longo da sua costa oeste. Em 26 de dezembro de 2004, a costa oeste e as ilhas de Sumatra, especialmente a prov�ncia de Aceh, foram atingidas por um tsunami ap�s o terremoto no Oceano �ndico. Este foi o terremoto mais longo registrado, com dura��o entre 500 e 600 segundos.[31] Mais de 170.000 indon�sios foram mortos, principalmente em Ach�m. Outros terremotos recentes que atingiram Sumatra incluem o terremoto de Nias-Simeulue em 2005 e o terremoto e tsunami de Mentawai em 2010.
O Lago Toba � o local de uma erup��o supervulc�nica que ocorreu cerca de 74.000 anos atr�s, representando um evento que alterou o clima.[32] Os rios mais importantes de Sumatra pertencem � bacia do Mar da China Meridional. De norte a sul, os rios Asahan, Rokan, Siak, Kampar, Indragiri, Batanghari fluem para o Estreito de Malaca, enquanto o maior rio da ilha, o Musi, des�gua no estreito de Banca, ao sul. A leste, grandes rios transportam sedimentos das montanhas, formando vastas terras baixas entremeadas por p�ntanos. Embora em grande parte inadequada para a agricultura, a �rea � de grande import�ncia econ�mica para a Indon�sia, produzindo �leo tanto da superf�cie quanto do subsolo - �leo de palma e petr�leo.
Sumatra � o maior produtor de caf� da Indon�sia. Pequenos produtores cultivam caf� ar�bica (Coffea arabica) nas terras altas, enquanto o robusta (Coffea canephora) � encontrado nas terras baixas. O caf� ar�bica das regi�es de Gayo, Lintong e Sidikilang � tipicamente processado usando a t�cnica de Giling Basah (descascamento �mido), o que lhe confere um corpo pesado e baixa acidez.[33]
Sumatra � uma ilha altamente s�smica. Terremotos de grande magnitude foram registrados ao longo da hist�ria. Em 1797, um terremoto de magnitude 8,9 sacudiu o oeste de Sumatra, e em 1833, um terremoto de magnitude 9,2 atingiu Bengkulu e o oeste de Sumatra. Ambos os eventos causaram grandes tsunamis. Terremotos s�o muito comuns ao longo da �rea costeira do oeste e centro da ilha, e tsunamis s�o comuns devido � alta sismicidade na regi�o.[34][35]
Flora e Fauna
[editar | editar c�digo-fonte]Sumatra abriga uma ampla variedade de tipos de vegeta��o que s�o lar de uma rica diversidade de esp�cies, incluindo 17 g�neros end�micos de plantas.[36] Esp�cies �nicas incluem o pinheiro-de-sumatra, que domina as florestas tropicais de pinheiro-de-sumatra nas encostas mais altas do norte da ilha, e plantas da floresta tropical como a Rafflesia arnoldii (a maior flor do mundo) e o jarro-tit� (a maior infloresc�ncia n�o ramificada do mundo).
A ilha � lar de 201 esp�cies de mam�feros e 580 esp�cies de aves.[37] H� cerca de 300 esp�cies de peixes de �gua doce em Sumatra.[38] H� nove esp�cies de mam�feros end�micos na Sumatra continental e mais 14 end�micos nas ilhas Mentawai pr�ximas. Existem cerca de 300 esp�cies de peixes de �gua doce em Sumatra. H� 93 esp�cies de anf�bios em Sumatra, das quais 21 s�o end�micas da ilha.[39] As serpentes do g�nero Anomochilus s�o um exemplo de r�pteis end�micos da regi�o.[40]
O tigre-de-sumatra, o rinoceronte-de-sumatra, o elefante-de-sumatra, o cuco-terrestre-de-sumatra, o orangotango-de-sumatra e o orangotango-de-tapanuli est�o todos criticamente amea�ados, indicando o mais alto n�vel de amea�a para sua sobreviv�ncia. Em outubro de 2008, o governo indon�sio anunciou um plano para proteger as florestas remanescentes de Sumatra.[41]
A ilha inclui mais de 10 parques nacionais, incluindo tr�s que s�o listados como Patrim�nio Mundial da Humanidade pela UNESCO - Parque Nacional de Gunung Leuser, Parque Nacional de Kerinci Seblat e Parque Nacional de Bukit Barisan Selatan. O Parque Nacional Berbak � um dos tr�s parques nacionais na Indon�sia listados como zona �mida de import�ncia internacional sob a Conven��o de Ramsar.
Demografia
[editar | editar c�digo-fonte]Comparada a ilha vizinha de Java, cuja densidade populacional supera os valores de 1200 habitantes por quil�metros quadrados, a de Sumatra aos 122 � baixa. Mesmo assim, seus 59 milh�es de habitantes tornam-na a quinta ilha mais populosa do planeta.[42][43] As regi�es mais densamente habitadas s�o Sumatra do Norte e as regi�es montanhosas centrais de Sumatra Ocidental. Os principais centros urbanos s�o Med� e Palimb�o.
-
Mulheres Minangkabau carregando pratos de comida para uma cerim�nia tradicional
-
Moradia traidicional em Simalungun, Sumatra Setentrional
Maiores Cidades
[editar | editar c�digo-fonte]Med� � a maior cidade em termos populacionais de Sumatra, a cidade tamb�m � a mais visitada e contem o porto mais movimentado da ilha.[44]
Posi��o | Cidade | Prov�ncia | �rea
(em km2) |
Popula��o
( censo de 2010) |
Popula��o
( censo de 2020) |
---|---|---|---|---|---|
1 | Med� | Sumatra Setentrional | 265,10 | 2.097.610 | 2.435.252 |
2 | Palimb�o | Sumatra Meridional | 400,61 | 1.455.284 | 1.668.848 |
3 | Bandar Lampungue | Lampungue | 169,21 | 881.801 | 1.166.066 |
4 | Pekanbaru | Riau | 633,01 | 897.767 | 983.356 |
5 | Padangue | Sumatra Ocidental | 694,96 | 833.562 | 909.040 |
6 | Jambi | Jambi | 205,00 | 531.857 | 606.200 |
7 | Benculu | Benculu | 144,52 | 308.544 | 373.591 |
8 | Dumai | Riau | 2.039,35 | 253.803 | 316.782 |
9 | Binjai | Sumatra Setentrional | 90,24 | 246.154 | 291.842 |
10 | Pematangue Siantar | Sumatra Setentrional | 60,52 | 234.698 | 268.254 |
11 | Banda Ach�m | Ach�m | 61,36 | 223.446 | 252.899 |
12 | Lubuclingau | Sumatra Meridional | 419,80 | 201.308 | 234.166 |
Etnias
[editar | editar c�digo-fonte]Os maiores grupos �tnicos ind�genas em Sumatra s�o os malaios, minangkabaus, bataques, ach�ns e lampungues. Outros grandes grupos �tnicos n�o ind�genas s�o os javaneses, sundaneses e chineses.
Abaixo est�o os 11 maiores grupos �tnicos em Sumatra com base no censo de 2010 (incluindo as Ilhas Riau, Bangka Belitung, Nias, Mentawai, Simeulue e ilhas ao redor):[45]
Ethnic groups | Population |
---|---|
Javaneses | 15,239,275 |
Malaios | 12,308,609 |
Bataques | 7,302,330 |
Minangkabaus | 5,799,001 |
Grupos �tnicos de Ach�m (Ach�ns, Gayos, etc.) |
3,991,883 |
Sundaneses | 1,231,888 |
Grupos étnicos de Lampungue (incl. Lampungues ) |
1,109,601 |
Niases | 1,021,267 |
Outros | 2,086,804 |
Idiomas
[editar | editar código-fonte]Há mais de 52 línguas faladas, todas pertencentes ao ramo malaio-polinésio da família linguística austronésia, exceto o chinês e o tâmil. Dentro do malaio-polinésio, elas são divididas em vários sub-ramos: Châmico (representado pelo achinês, cujos parentes mais próximos são línguas faladas pelos chams no Camboja e no Vietnã), Malaico (malaio, minangkabau e outras línguas estreitamente relacionadas), Noroeste de Sumatra–Ilhas Barreira (línguas bataque, gayo e outras), Lampúngicos (inclui o lampungue e comeringue) e Borneano (representado por rejangue, cujos parentes linguísticos mais próximos são bukar sadong e land dayak falados em Calimantã Ocidental e Sarauaque, na Malásia). Os ramos Noroeste de Sumatra–Ilhas Barreira e Lampúngicos são endêmicos da ilha. Como em todas as partes da Indonésia, o indonésio (que se baseia no malaio de Riau) é a língua oficial e o principal idioma de comunicação. Embora Sumatra tenha sua própria língua franca local, variantes do malaio como o malaio de Medã e o malaio de Palimbão[46] são populares no norte e sul de Sumatra, especialmente em áreas urbanas. O minangkabau (dialeto de Padangue)[47] é popular em Sumatra Ocidental, algumas partes de Sumatra do Norte, Benculu, Jambi e Riau (especialmente em Pekanbaru e áreas fronteiriças com Sumatra Ocidental), enquanto o achinês também é usado como meio de comunicação interétnica em algumas partes da província de Achém.
Religião
[editar | editar código-fonte]A maioria da população em Sumatra é muçulmana (87,12%), enquanto 10,69% é cristã, e menos de 2,19% é budista ou hindu.[48]
Administração
[editar | editar código-fonte]Sumatra é uma das sete regiões geográficas da Indonésia, que inclui suas ilhas menores adjacentes. Sumatra foi uma das oito províncias originais da Indonésia entre 1945 e 1948. Incluindo arquipélagos adjacentes normalmente incluídos com Sumatra (como as Ilhas Riau, Nias e o grupo Banca-Belitom), agora abrange dez das 38 províncias da Indonésia, listadas abaixo com suas áreas e populações:[49]
Nome | Área (km2) | População
(censo de 2000) |
População
(censo de 2010) |
População
(censo de 2020) |
Capital |
---|---|---|---|---|---|
Achém | 58.485,90 | 4.073.006 | 4.486.570 | 5.274.871 | Banda Achém |
Sumatra Setentrional (Sumatra Utara) | 72.460,74 | 11.642.488 | 12.326.678 | 14.799.361 | Medã |
Sumatra Ocidental (Sumatra Barat) | 42.119,54 | 4.248.515 | 4.846.909 | 5.534.472 | Padangue |
Riau | 89.935,90 | 3.907.763 | 5.543.031 | 6.394.097 | Pekanbaru |
Ilhas Riau (Kepulauan Riau) | 8.269,71 | 1.040.207 | 1.685.698 | 2.064.564 | Tanjungue Pinangue |
Jambi | 49.026,58 | 2.407.166 | 3.088.618 | 3.548.228 | Jambi |
Sumatra Meridional (Sumatra Selatan) | 91.592,43 | 6.210.800 | 7.446.401 | 8.467.432 | Palimbão |
Benculu | 20.130,21 | 1.455.500 | 1.713.393 | 2.010.670 | Benculu |
Lampungue | 33.575,41 | 6.730.751 | 7.596.115 | 9.007.848 | Bandar Lampungue |
Ilhas Banca-Bilitom (Kepulauan Bangka Belitung) | 16.690,13 | 899.968 | 1.223.048 | 1.455.678 | Pancalpinão |
Totals | 482.286,55 | 42.616.164 | 50.613.947 | 58,557,211 |
Transportes
[editar | editar código-fonte]Ferrovias
[editar | editar código-fonte]Existem várias redes ferroviárias não conectadas construídas durante as Índias Orientais Neerlandesas em Sumatra, como aquelas que conectam Banda Achém-Lhokseumawe-Besitang-Medã-Tebingtinggi-Pematang Siantar-Rantau Prapat no norte de Sumatra (a seção Banda Achém-Besitang foi fechada em 1971, mas está sendo reconstruída atualmente). Há também a linha Padangue-Solok-Bukittinggi em Sumatra Ocidental, e Bandar Lampungue-Palimbão-Lahat-Lubuk Linggau no sul de Sumatra.[50]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Ambas as formas registradas no vocabulário da Academia Brasileira de Letras
Referências
- ↑ Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. 3.º N-Z 2.ª ed. [S.l.]: Livros Horizonte/Editorial Confluência. ISBN 972-24-0845-3
- ↑ Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 364
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Correia, Paulo (Primavera de 2022). «Indomalásia e Wallaceia — regiões e sub-regiões biogeográficas» (PDF). a folha – Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. Consultado em 27 de julho de 2022
- ↑ Shadbolt, Peter (21 June 2013). «Singapore Chokes on Haze as Sumatran Forest Fires Rage». CNN. Consultado em 7 May 2017. Cópia arquivada em 7 November 2017 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda) - ↑ «Forensic Architecture». forensic-architecture.org. Consultado em 5 de julho de 2023. Cópia arquivada em 5 July 2023 Verifique data em:
|arquivodata=
(ajuda) - ↑ «Explainer: What is ecocide?». Eco-Business (em inglês). 4 de agosto de 2022. Consultado em 5 de julho de 2023. Cópia arquivada em 17 October 2023 Verifique data em:
|arquivodata=
(ajuda) - ↑ Aida, Melly; Tahar, Abdul Muthalib; Davey, Orima (2023), Perdana, Ryzal; Putrawan, Gede Eka; Saputra, Bayu; Septiawan, Trio Yuda, eds., «Ecocide in the International Law: Integration Between Environmental Rights and International Crime and Its Implementation in Indonesia», ISBN 978-2-38476-045-9, Paris: Atlantis Press SARL, Proceedings of the 3rd Universitas Lampung International Conference on Social Sciences (ULICoSS 2022), Advances in Social Science, Education and Humanities Research (em inglês), 740, pp. 572–584, doi:10.2991/978-2-38476-046-6_57
- ↑ Alberro, Heather; Daniele, Luigi (29 de junho de 2021). «Ecocide: why establishing a new international crime would be a step towards interspecies justice». The Conversation (em inglês). Consultado em 5 de julho de 2023. Cópia arquivada em 17 July 2023 Verifique data em:
|arquivodata=
(ajuda) - ↑ Setiyono, Joko; Natalis, Aga (30 de dezembro de 2021). «Ecocides as a Serious Human Rights Violation: A Study on the Case of River Pollution by the Palm Oil Industry in Indonesia». International Journal of Sustainable Development and Planning (em inglês). 16 (8): 1465–1471. ISSN 1743-7601. doi:10.18280/ijsdp.160807
- ↑ Drakard, Jane (1999). A Kingdom of Words: Language and Power in Sumatra. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 983560035X
- ↑ a b c José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "Samatra".
- ↑ Reid, Anthony (2005). An Indonesian Frontier: Acehnese and Other Histories of Sumatra. [S.l.]: National University of Singapore Press. ISBN 9971692988
- ↑ Marco Polo, Il Milione, Mondadori, Italia.
- ↑ Diário da Viagem de Vasco da Gama, p. 83, edição fac-similar de 1945, Porto, apud J.P. Machado.
- ↑ Carta de Jerônimo de Santo Estêvão, datada de 1 de setembro de 1499, apud J.P. Machado.
- ↑ Camões, Os Lusíadas, X, 124, apud J.P. Machado.
- ↑ As Décadas de João de Barros, Lisboa, 1974, apud J.P. Machado.
- ↑ Manuel Godinho de Erédia. Malaca, l'inde Méridionale et le Cathay. Reproduzida em fac-símile e traduzida do manuscrito original autógrafo de (...) por M. Léon Janssen com um prefácio de M. Ch. Ruelens, Bruxelas, Libraire Européenne C. Muquardt (et al.), 1882, cap. I, fl. 4.
- ↑ a b "Outra vez Sumatra vs. Samatra", Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, acessado em 11 de novembro de 2019.
- ↑ Dentre os dicionários brasileiros da língua portuguesa, o Dicionário Aurélio não registra a alternativa "Samatra", enquanto que o Dicionário Houaiss contém uma referência a "Samatra" (no verbete "Achém") e outras 20 à alternativa "Sumatra".
- ↑ Coedès, George (1968). Vella, Walter F., ed. The Indianized States of Southeast Asia. Traduzido por Cowing, Susan Brown. [S.l.]: University of Hawaii Press. ISBN 978-0-8248-0368-1
- ↑ a b c d «Sejarah Masuknya Islam Ke Indonesia». gramedia.com. 4 November 2021. Consultado em 30 September 2022. Cópia arquivada em 30 September 2022 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda) - ↑ Tibbets, G. R. Pre-Islamic Arabia and South East Asia. [S.l.: s.n.] In D. S. Richards, ed. (1970). Islam and The Trade of Asia. Oxford: Bruno Cassirer Pub. Ltd. p. 127 nt. 21
- ↑ Fatimi, S. Q. In Quest of Kalah. [S.l.: s.n.] In D. S. Richards, ed. (1970). Islam and The Trade of Asia. Oxford: Bruno Cassirer Pub. Ltd. p. 132 n. 124
- ↑ Groeneveldt, W. P. Notes in The Malay Archipelago. [S.l.: s.n.] In D. S. Richards, ed. (1970). Islam and The Trade of Asia. Oxford: Bruno Cassirer Pub. Ltd. p. 127 nt. 21
- ↑ Graf, Arndt; Wieringa, Edwin Paul; Schröter, Susanne, eds. (2020). Aceh: History, Politics and Culture Volume 9. [S.l.]: Institute of Southeast Asian Studies. 3 páginas. ISBN 9789814279123
- ↑ Sim, Hwee Hwang; Sim, Teddy Y. H., eds. (2021). Fieldwork in Humanities Education in Singapore. [S.l.]: Springer Nature Singapore. 290 páginas. ISBN 9789811582332
- ↑ «Indonesia Agrees Aceh Peace Deal». bbc.co.uk. BBC News. 17 July 2005. Consultado em 17 May 2015. Cópia arquivada em 9 March 2008 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda) - ↑ «Aceh Under Martial Law: Inside the Secret War: Human Rights and Humanitarian Law Violations». hrw.org. Human Rights Watch. Consultado em 17 May 2015. Cópia arquivada em 6 March 2016 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=
(ajuda) - ↑ Glenday, Craig (2013). «Dynamic Earth». Guinness Book of World Records 2014. [S.l.]: The Jim Pattison Group. p. 15. ISBN 978-1-908843-15-9.
26 December 2004: Longest earthquake...between 500 and 600 seconds.
- ↑ Vogel, Gretchen (12 March 2018). «How ancient humans survived global 'volcanic winter' from massive eruption». Science. Consultado em October 11, 2023. Cópia arquivada em 9 August 2022 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda) - ↑ «Daerah Produsen Kopi Arabika di Indonesia» [Regional Arabica Coffee Producers in Indonesia]. KopiDistributor.com (em indonésio). KD 1995. 28 February 2015. Consultado em 28 February 2015. Cópia arquivada em 2 April 2015 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda) - ↑ Jihad, Abdi; Muksin, Umar; Syamsidik; Suppasri, Anawat; Ramli, Marwan; Banyunegoro, Vrieslend H. (December 2020). «Coastal and settlement typologies-based tsunami modeling along the northern Sumatra seismic gap zone for disaster risk reduction action plans». International Journal of Disaster Risk Reduction. 51. Bibcode:2020IJDRR..5101800J. doi:10.1016/j.ijdrr.2020.101800 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ «Earthquakes and Tsunamis in Sumatra». www.tectonics.caltech.edu. Consultado em 6 de abril de 2024
- ↑ Whitten, Tony (1999). The Ecology of Sumatra. [S.l.]: Tuttle Publishing. ISBN 962-593-074-4
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeWhitten19992
- ↑ Nguyen, T. T. T., and S. S. De Silva (2006). "Freshwater finfish biodiversity and conservation: an asian perspective". Biodiversity & Conservation 15(11): 3543–3568
- ↑ «Hellen Kurniati». The Rufford Foundation. Consultado em 25 August 2017. Cópia arquivada em 25 August 2017 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=
(ajuda) - ↑ van Lidth de Jeude, Theodorus Willem; Universiteit van Amsterdam. (1890). «Reptilia from the Malay Archipelago. II. Ophidia». In: Weber, Max. Zoologische Ergebnisse einer reise in Niederländisch Ost-Indien (em alemão). 1. Leiden: E.J. Brill. pp. 180–181. doi:10.5962/bhl.title.52289
- ↑ «Forest, Wildlife Protection Pledged at World Conservation Congress». Environment News Service. 14 October 2008. Consultado em 25 July 2012. Cópia arquivada em 3 June 2012 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda) - ↑ Badan Pusat Statistik, Jakarta, 2024.
- ↑ «Population Statistics». GeoHive. Consultado em 25 July 2012. Cópia arquivada em 3 April 2012 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=
(ajuda) - ↑ Biro Pusat Statistik, Jakarta.
- ↑ «Badan Pusat Statistik». www.bps.go.id. Consultado em 19 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 8 May 2021 Verifique data em:
|arquivodata=
(ajuda) - ↑ Wurm, Stephen A.; Mühlhäusler, Peter; Tryon, Darrell T., eds. (1996). Atlas of Languages of Intercultural Communication in the Pacific, Asia, and the Americas: Vol. I: Maps. Vol II: Texts. Berlin and New York: Mouton de Gruyter. ISBN 9783110819724 – via Google Books
- ↑ «Minangkabau Language». gcanthminangkabau.wikispaces.com. Cópia arquivada em 4 April 2014 Verifique data em:
|arquivodata=
(ajuda) - ↑ Badan Pusat Statistik, Kewarganegaraan, Suku Bangsa, Agama, dan Bahasa Sehari-hari Penduduk Indonesia [Citizenship, Ethnicity, Religion, and the Everyday Languages of Indonesian Citizens] (PDF), ISBN 978-979-064-417-5 (em indonésio), Badan Pusat Statistik, consultado em 5 January 2019, cópia arquivada (PDF) em 23 September 2015 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=
(ajuda) - ↑ Badan Pusat Statistik, Jakartya, 2023.
- ↑ Younger, Scott (6 November 2011). «The Slow Train». Jakarta Globe. Consultado em 19 July 2015. Cópia arquivada em 21 July 2015 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=
(ajuda)