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Sumatra

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(Redirecionado de Samatra)
 Nota: Para a cidade fantasma do estado de Montana, veja Sumatra (Montana).

Sumatra ou Samatra
Sumatra ou Samatra está localizado em: Indonésia
Sumatra ou Samatra
Localização de Sumatra na Indonésia
Coordenadas: 1° S 101° E
Geografia física
País Indonésia
Localização Sudeste Asiático
Arquipélago Grandes Ilhas da Sonda
Ponto culminante 3 805 m (Kerintji)
Área 482.286,55  km²
Geografia humana
População 59 185 500 (2021)
Densidade 122,72 hab./km²
Etnias Achéns, Bataques, Gayos, Lampungues, Malaios, Mentawai, Minangkabaus, Niases, Palembangues, Rejangues, Chineses, Indianos, Javaneses, Sundaneses, etc...
Principal povoação Medã (pop. 2.494.512)
Administração
Províncias

Mapa topográfico de Sumatra

Sumatra ou Samatra[1][2][3][4][nota 1] (Sumatera ou Sumatra, em indonésio) é uma das Grandes Ilhas da Sonda, no oeste da Indonésia. É a maior ilha que está completamente dentro do território indonésio, bem como a sexta maior ilha do mundo, com 482.286,55 km², incluindo ilhas adjacentes como Simeulue, Nias, Mentawai, Enggano, Ilhas Riau, Banca Bilitom e o arquipélago de Krakatoa.

Sumatra é uma massa de terra alongada que se estende em um eixo diagonal noroeste-sudeste. O Oceano Índico faz fronteira com as costas noroeste, oeste e sudoeste de Sumatra, com a cadeia de ilhas de Simeulue, Nias, Mentawai e Enggano ao largo da costa ocidental. No nordeste, o estreito de Malaca separa a ilha da Península Malaia, que é uma extensão do continente eurasiático. No sudeste, o estreito de Sunda, que contém o arquipélago de Krakatoa, separa Sumatra de Java. A ponta norte de Sumatra está perto das Ilhas Andamão, enquanto na costa sudeste encontram-se as ilhas de Banca e Bilitom, o estreito de Carimata e o Mar de Java. As montanhas Bukit Barisan, que contêm vários vulcões ativos, formam a espinha dorsal da ilha, enquanto a área nordeste contém grandes planícies e baixadas com pântanos, florestas de mangue e sistemas fluviais complexos. O equador cruza a ilha no seu centro, nas províncias de Sumatra Ocidental e Riau. O clima da ilha é tropical, quente e úmido. A exuberante floresta tropical dominava a paisagem.

Sumatra tem uma ampla gama de espécies de plantas e animais, mas perdeu quase 50% de sua floresta tropical nos últimos 35 anos. Muitas espécies estão agora criticamente ameaçadas, como o cuco-terrestre-de-sumatra, o tigre-de-sumatra, o elefante-de-sumatra, o rinoceronte-de-sumatra e o orangotango-de-sumatra. O desmatamento na ilha também resultou em sérias neblinas sazonais de fumaça sobre os países vizinhos, como a neblina do sudeste asiático de 2013, que causou consideráveis tensões entre a Indonésia e os países afetados, Malásia e Singapura.[5] O desmatamento generalizado e outras destruições ambientais em Sumatra e outras partes da Indonésia têm sido frequentemente descritos por acadêmicos como um ecocídio.[6][7][8][9][10]

Na Antiguidade, a ilha era conhecida pelos nomes sânscritos de Swarnadwīpa ("ilha de ouro") e Swarnabhūmi ("terra de ouro"), provavelmente devido aos depósitos auríferos encontrados nas montanhas da ilha.[11] Entre os séculos X e XIII, geógrafos árabes chamavam a ilha de Lamri (Lamuri, Lambri ou Ramni), uma referência a um reino próximo à atual Banda Achém, local em que os mercadores aportaram pela primeira vez ao chegar a Sumatra.

Segundo alguns autores, no final do século XIV a ilha passou a ser conhecida como Sumatra, devido ao reino muçulmano de Samudra. Outras fontes, porém, consideram obscura a etimologia do topónimo.[12] No século XIX, escritores europeus descobriram que os habitantes nativos não possuíam um nome para a ilha.[13]

Entre os europeus, o topônimo foi primeiramente registrado no século XIII pelo explorador veneziano Marco Polo no seu livro Il Milione.[14] Teria sua origem na palavra árabe samatrâ.[12] Documentos do período de expansão portuguesa na Ásia atestam as formas "Çamatarra",[15] "Samotra"[16] e "Çamatra"[17][18] (corrente no século XVI), até fixar-se na grafia atual "Samatra". Nos inícios do século XVII, o cartógrafo luso-malaio Manuel Godinho de Erédia escreveu que Samatra seria uma corruptela de Samata.[19] Os ingleses receberam o topónimo dos portugueses[12][20] e passaram a grafá-lo como Sumatra, tentando reproduzir a pronúncia portuguesa de "Samatra".

A forma Samatra é usada em Portugal,[20] enquanto no Brasil é mais comum a grafia Sumatra.[21]

Templos de Muaro Jambi, constru�dos pelo Reino de Melaiu, s�o um dos maiores e mais preservados complexos de templos do Sudeste Asi�tico.

Os primeiros austron�sios chegaram a Samatra em cerca de 500 a.C., parte da expans�o austron�sia de Formosa para o sudeste da �sia. Sua localiza��o na rota comercial mar�tima entre China e �ndia permitiu o desenvolvimento de diversas cidades mercantis, particularmente na costa oriental, que sofreram a influ�ncia das religi�es indianas. Kantoli, um dos primeiros reinos na ilha, floresceu no s�culo V na por��o meridional de Samatra e veio a ser substitu�do pelo Imp�rio Serivijaia e, depois, pelo Reino de Samudra. Serivijaia foi uma monarquia budista cuja capital se situava no que � hoje Palimb�o. Ao dominar a regi�o por meio do com�rcio e das armas entre os s�culos VII e IX, o imp�rio disseminou a cultura malaia na ilha, na pen�nsula Malaia e na por��o ocidental de Born�u. Serivijaia era uma talassocracia, uma pot�ncia mar�tima que estendia sua influ�ncia de ilha em ilha. Palimb�o tornou-se um centro acad�mico, onde o peregrino budista chin�s I Ching estudou s�nscrito em 671, antes de partir para a �ndia. Na sua viagem para a China, passou quatro anos em Palimb�o, traduzindo textos budistas e escrevendo dois manuscritos.

At� o ano de 692, o Reino de Melayu foi absorvido por Serivijaia.[22] A influ�ncia de Srivijaya diminuiu no s�culo XI, especificamente no ano de 1025, ap�s sofrer uma derrota nas m�os do Imp�rio Chola, no sul da �ndia. No final do s�culo XII, Srivijaya tinha sido reduzida a um reino, e seu papel dominante no sul de Sumatra terminou com o �ltimo rei, Ratu Sekekhummong. Ao mesmo tempo, a dissemina��o do Isl� na Indon�sia ocorreu de forma gradual e indireta, come�ando pelas regi�es ocidentais da Indon�sia, como a �rea de Sumatra, que se tornou o primeiro local para a propaga��o do Isl� no arquip�lago, depois Java, e ent�o para as regi�es orientais da Indon�sia, Celebes e Molucas.[23] Sumatra se tornou a primeira �rea a receber a propaga��o do Isl� devido � sua proximidade com o estreito de Malaca.[23] The island of Sumatra became the first area to receive the spread of Islam because of the position of the island of Sumatra which is close to the Malacca strait.[23] The initial process of Islamization related to trade and also the formation of the kingdom.[23] O processo inicial de islamiza��o estava relacionado ao com�rcio e tamb�m � forma��o do reino. O Isl� entrou em Sumatra atrav�s de pregadores �rabes e comerciantes t�meis nos s�culos VI e VII d.C.[24][25][26] No in�cio e no final do s�culo XIII, com a forma��o do reino, o rei do reino de Samudra tinha se convertido ao Isl�. Marco Polo visitou a ilha em 1292, e seu compatriota italiano Odorico de Pordenone em 1321; ibne Batuta ali esteve em duas ocasi�es, entre 1345 e 1346.

Grande Mesquita de Baiturrahman em Banda Ach�m

Banda Ach�m, no norte de Sumatra, tornou-se conhecido no s�culo XVI como um centro comercial para o com�rcio de pimenta, enviando pimenta de qualidade. A cidade tornou-se o principal centro comercial do Sultanato de Ach�m, e rotas comerciais foram estabelecidas at� o Mediterr�neo via Mar Vermelho para rivalizar com as rotas de navega��o portuguesas. O reinado de Iskandar Muda � conhecido como a era de ouro de Sumatra porque ele estendeu a influ�ncia cultural do Sultanato de Ach�m para Padangue e Joor.[27] O Sultanato de Ach�m manteve a rivalidade com o Sultanato de Joor, os holandeses e os portugueses ao longo dos s�culos XVI e XVII. Quando os holandeses enfraqueceram no s�culo XVIII, o imp�rio brit�nico come�ou a intervir ativamente em Ach�m, estabelecendo rela��es pr�ximas entre Banda Ach�m e Pen�o. Nos s�culos XVII e XVIII, o Sultanato de Ach�m lutou contra o Sultanato de Siaque, no sul de Sumatra. A cidade portu�ria de Banda Ach�m foi registrada nos escritos hist�ricos europeus desde o s�culo XIII. Em termos de desenvolvimento econ�mico, o porto de Banda Ach�m s� come�ou a enfrentar concorr�ncia no s�culo XVIII, quando mais portos foram constru�dos em Sumatra para o transporte mar�timo. No entanto, os principais fornecedores de pimenta continuaram a usar o porto de Banda Ach�m no in�cio do s�culo XIX. O porto de Med� cresceu rapidamente no final do s�culo XIX e in�cio do s�culo XX. Enquanto isso, o porto de tamanho m�dio de Palimb�o enfrentou um decl�nio econ�mico acentuado � medida que a heran�a do imp�rio Serivijaia foi suplantada pela pol�tica econ�mica dos Singassaris e Majapa�tas. O Sultanato de Palimb�o experimentou um decl�nio terminal no in�cio do s�culo XIX.[28]

Com a chegada dos neerlandeses, muitos Estados principescos de Samatra gradualmente passaram ao controle dos Pa�ses Baixos. Ach�m, ao norte, tornou-se o maior obst�culo ao avan�o neerland�s, o que levou � longa e custosa Guerra de Ach�m (1870-1905).

A ilha foi ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Ap�s o conflito, Sumatra passou a integrar o Estado independente da Indon�sia.

O Movimento Ach�m Livre lutou contra as for�as do governo indon�sio na Insurg�ncia de Ach�m de 1976 a 2005.[29] As repress�es de seguran�a em 2001 e 2002 resultaram em v�rias milhares de mortes de civis.[30]

Em 26 de dezembro de 2004, um maremoto de quase 15 m de altura devastou a costa ocidental de Samatra, em especial a prov�ncia de Ach�m, causado por um terremoto de 9,2 pontos no oceano �ndico. Mais de 170 000 mortes foram registradas na Indon�sia. Em 2005, verificou-se um sismo secund�rio ao grande terremoto de 2004, desta vez de 8,7 pontos.

Monte Sinabungue, Sumatra Setentrional
Mapa de Sumatra
Forma��es geol�gicas da ilha de Sumatra

A maior extens�o da ilha de Sumatra corre aproximadamente 1.790 km no sentido noroeste-sudeste, cruzando o equador perto do centro. Em seu ponto mais largo, a ilha abrange 435 km. O interior da ilha � dominado por duas regi�es geogr�ficas: as montanhas Barisane a oeste e plan�cies pantanosas a leste. Sumatra � a ilha indon�sia mais pr�xima do continente asi�tico.

A sudeste est� Java, separada pelo Estreito de Sunda. Ao norte est� a Pen�nsula Malaia (localizada no continente asi�tico), separada pelo Estreito de Malaca. Ao leste est� Born�u, atrav�s do Estreito de Carimata. A oeste da ilha est� o Oceano �ndico.

A Grande Falha de Sumatra (uma falha de deslocamento lateral) e a megatransformada de Sunda (uma zona de subduc��o) percorrem toda a extens�o da ilha ao longo da sua costa oeste. Em 26 de dezembro de 2004, a costa oeste e as ilhas de Sumatra, especialmente a prov�ncia de Aceh, foram atingidas por um tsunami ap�s o terremoto no Oceano �ndico. Este foi o terremoto mais longo registrado, com dura��o entre 500 e 600 segundos.[31] Mais de 170.000 indon�sios foram mortos, principalmente em Ach�m. Outros terremotos recentes que atingiram Sumatra incluem o terremoto de Nias-Simeulue em 2005 e o terremoto e tsunami de Mentawai em 2010.

O Lago Toba � o local de uma erup��o supervulc�nica que ocorreu cerca de 74.000 anos atr�s, representando um evento que alterou o clima.[32] Os rios mais importantes de Sumatra pertencem � bacia do Mar da China Meridional. De norte a sul, os rios Asahan, Rokan, Siak, Kampar, Indragiri, Batanghari fluem para o Estreito de Malaca, enquanto o maior rio da ilha, o Musi, des�gua no estreito de Banca, ao sul. A leste, grandes rios transportam sedimentos das montanhas, formando vastas terras baixas entremeadas por p�ntanos. Embora em grande parte inadequada para a agricultura, a �rea � de grande import�ncia econ�mica para a Indon�sia, produzindo �leo tanto da superf�cie quanto do subsolo - �leo de palma e petr�leo.

Sumatra � o maior produtor de caf� da Indon�sia. Pequenos produtores cultivam caf� ar�bica (Coffea arabica) nas terras altas, enquanto o robusta (Coffea canephora) � encontrado nas terras baixas. O caf� ar�bica das regi�es de Gayo, Lintong e Sidikilang � tipicamente processado usando a t�cnica de Giling Basah (descascamento �mido), o que lhe confere um corpo pesado e baixa acidez.[33]

Sumatra � uma ilha altamente s�smica. Terremotos de grande magnitude foram registrados ao longo da hist�ria. Em 1797, um terremoto de magnitude 8,9 sacudiu o oeste de Sumatra, e em 1833, um terremoto de magnitude 9,2 atingiu Bengkulu e o oeste de Sumatra. Ambos os eventos causaram grandes tsunamis. Terremotos s�o muito comuns ao longo da �rea costeira do oeste e centro da ilha, e tsunamis s�o comuns devido � alta sismicidade na regi�o.[34][35]

Flora e Fauna

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Tigre-de-Sumatra
Rafflesia arnoldii

Sumatra abriga uma ampla variedade de tipos de vegeta��o que s�o lar de uma rica diversidade de esp�cies, incluindo 17 g�neros end�micos de plantas.[36] Esp�cies �nicas incluem o pinheiro-de-sumatra, que domina as florestas tropicais de pinheiro-de-sumatra nas encostas mais altas do norte da ilha, e plantas da floresta tropical como a Rafflesia arnoldii (a maior flor do mundo) e o jarro-tit� (a maior infloresc�ncia n�o ramificada do mundo).

A ilha � lar de 201 esp�cies de mam�feros e 580 esp�cies de aves.[37] H� cerca de 300 esp�cies de peixes de �gua doce em Sumatra.[38] H� nove esp�cies de mam�feros end�micos na Sumatra continental e mais 14 end�micos nas ilhas Mentawai pr�ximas. Existem cerca de 300 esp�cies de peixes de �gua doce em Sumatra. H� 93 esp�cies de anf�bios em Sumatra, das quais 21 s�o end�micas da ilha.[39] As serpentes do g�nero Anomochilus s�o um exemplo de r�pteis end�micos da regi�o.[40]

O tigre-de-sumatra, o rinoceronte-de-sumatra, o elefante-de-sumatra, o cuco-terrestre-de-sumatra, o orangotango-de-sumatra e o orangotango-de-tapanuli est�o todos criticamente amea�ados, indicando o mais alto n�vel de amea�a para sua sobreviv�ncia. Em outubro de 2008, o governo indon�sio anunciou um plano para proteger as florestas remanescentes de Sumatra.[41]

A ilha inclui mais de 10 parques nacionais, incluindo tr�s que s�o listados como Patrim�nio Mundial da Humanidade pela UNESCO - Parque Nacional de Gunung Leuser, Parque Nacional de Kerinci Seblat e Parque Nacional de Bukit Barisan Selatan. O Parque Nacional Berbak � um dos tr�s parques nacionais na Indon�sia listados como zona �mida de import�ncia internacional sob a Conven��o de Ramsar.

Comparada a ilha vizinha de Java, cuja densidade populacional supera os valores de 1200 habitantes por quil�metros quadrados, a de Sumatra aos 122 � baixa. Mesmo assim, seus 59 milh�es de habitantes tornam-na a quinta ilha mais populosa do planeta.[42][43] As regi�es mais densamente habitadas s�o Sumatra do Norte e as regi�es montanhosas centrais de Sumatra Ocidental. Os principais centros urbanos s�o Med� e Palimb�o.

Maiores Cidades

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Med�, a maior cidade de Sumatra

Med� � a maior cidade em termos populacionais de Sumatra, a cidade tamb�m � a mais visitada e contem o porto mais movimentado da ilha.[44]

Posi��o Cidade Prov�ncia �rea

(em km2)

Popula��o

( censo de 2010)

Popula��o

( censo de 2020)

1 Med� Sumatra Setentrional 265,10 2.097.610 2.435.252
2 Palimb�o Sumatra Meridional 400,61 1.455.284 1.668.848
3 Bandar Lampungue Lampungue 169,21 881.801 1.166.066
4 Pekanbaru Riau 633,01 897.767 983.356
5 Padangue Sumatra Ocidental 694,96 833.562 909.040
6 Jambi Jambi 205,00 531.857 606.200
7 Benculu Benculu 144,52 308.544 373.591
8 Dumai Riau 2.039,35 253.803 316.782
9 Binjai Sumatra Setentrional 90,24 246.154 291.842
10 Pematangue Siantar Sumatra Setentrional 60,52 234.698 268.254
11 Banda Ach�m Ach�m 61,36 223.446 252.899
12 Lubuclingau Sumatra Meridional 419,80 201.308 234.166

Os maiores grupos �tnicos ind�genas em Sumatra s�o os malaios, minangkabaus, bataques, ach�ns e lampungues. Outros grandes grupos �tnicos n�o ind�genas s�o os javaneses, sundaneses e chineses.

Abaixo est�o os 11 maiores grupos �tnicos em Sumatra com base no censo de 2010 (incluindo as Ilhas Riau, Bangka Belitung, Nias, Mentawai, Simeulue e ilhas ao redor):[45]

Ethnic groups Population
Javaneses 15,239,275
Malaios 12,308,609
Bataques 7,302,330
Minangkabaus 5,799,001
Grupos �tnicos de Ach�m
(Ach�ns, Gayos, etc.)
3,991,883
Sundaneses 1,231,888
Grupos étnicos de Lampungue
(incl. Lampungues )
1,109,601
Niases 1,021,267
Outros 2,086,804
Falantes de Achinês.

Há mais de 52 línguas faladas, todas pertencentes ao ramo malaio-polinésio da família linguística austronésia, exceto o chinês e o tâmil. Dentro do malaio-polinésio, elas são divididas em vários sub-ramos: Châmico (representado pelo achinês, cujos parentes mais próximos são línguas faladas pelos chams no Camboja e no Vietnã), Malaico (malaio, minangkabau e outras línguas estreitamente relacionadas), Noroeste de Sumatra–Ilhas Barreira (línguas bataque, gayo e outras), Lampúngicos (inclui o lampungue e comeringue) e Borneano (representado por rejangue, cujos parentes linguísticos mais próximos são bukar sadong e land dayak falados em Calimantã Ocidental e Sarauaque, na Malásia). Os ramos Noroeste de Sumatra–Ilhas Barreira e Lampúngicos são endêmicos da ilha. Como em todas as partes da Indonésia, o indonésio (que se baseia no malaio de Riau) é a língua oficial e o principal idioma de comunicação. Embora Sumatra tenha sua própria língua franca local, variantes do malaio como o malaio de Medã e o malaio de Palimbão[46] são populares no norte e sul de Sumatra, especialmente em áreas urbanas. O minangkabau (dialeto de Padangue)[47] é popular em Sumatra Ocidental, algumas partes de Sumatra do Norte, Benculu, Jambi e Riau (especialmente em Pekanbaru e áreas fronteiriças com Sumatra Ocidental), enquanto o achinês também é usado como meio de comunicação interétnica em algumas partes da província de Achém.

A maioria da população em Sumatra é muçulmana (87,12%), enquanto 10,69% é cristã, e menos de 2,19% é budista ou hindu.[48]

Administração

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Sumatra é uma das sete regiões geográficas da Indonésia, que inclui suas ilhas menores adjacentes. Sumatra foi uma das oito províncias originais da Indonésia entre 1945 e 1948. Incluindo arquipélagos adjacentes normalmente incluídos com Sumatra (como as Ilhas Riau, Nias e o grupo Banca-Belitom), agora abrange dez das 38 províncias da Indonésia, listadas abaixo com suas áreas e populações:[49]

Províncias de Sumatra
Nome Área (km2) População

(censo de 2000)

População

(censo de 2010)

População

(censo de 2020)

Capital
Achém 58.485,90 4.073.006 4.486.570 5.274.871 Banda Achém
Sumatra Setentrional (Sumatra Utara) 72.460,74 11.642.488 12.326.678 14.799.361 Medã
Sumatra Ocidental (Sumatra Barat) 42.119,54 4.248.515 4.846.909 5.534.472 Padangue
Riau 89.935,90 3.907.763 5.543.031 6.394.097 Pekanbaru
Ilhas Riau (Kepulauan Riau) 8.269,71 1.040.207 1.685.698 2.064.564 Tanjungue Pinangue
Jambi 49.026,58 2.407.166 3.088.618 3.548.228 Jambi
Sumatra Meridional (Sumatra Selatan) 91.592,43 6.210.800 7.446.401 8.467.432 Palimbão
Benculu 20.130,21 1.455.500 1.713.393 2.010.670 Benculu
Lampungue 33.575,41 6.730.751 7.596.115 9.007.848 Bandar Lampungue
Ilhas Banca-Bilitom (Kepulauan Bangka Belitung) 16.690,13 899.968 1.223.048 1.455.678 Pancalpinão
Totals 482.286,55 42.616.164 50.613.947 58,557,211

Existem várias redes ferroviárias não conectadas construídas durante as Índias Orientais Neerlandesas em Sumatra, como aquelas que conectam Banda Achém-Lhokseumawe-Besitang-Medã-Tebingtinggi-Pematang Siantar-Rantau Prapat no norte de Sumatra (a seção Banda Achém-Besitang foi fechada em 1971, mas está sendo reconstruída atualmente). Há também a linha Padangue-Solok-Bukittinggi em Sumatra Ocidental, e Bandar Lampungue-Palimbão-Lahat-Lubuk Linggau no sul de Sumatra.[50]

Notas

  1. Ambas as formas registradas no vocabulário da Academia Brasileira de Letras

Referências

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  2. Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 364 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  4. Correia, Paulo (Primavera de 2022). «Indomalásia e Wallaceia — regiões e sub-regiões biogeográficas» (PDF). a folha – Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. Consultado em 27 de julho de 2022 
  5. Shadbolt, Peter (21 June 2013). «Singapore Chokes on Haze as Sumatran Forest Fires Rage». CNN. Consultado em 7 May 2017. Cópia arquivada em 7 November 2017  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  6. «Forensic Architecture». forensic-architecture.org. Consultado em 5 de julho de 2023. Cópia arquivada em 5 July 2023  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  7. «Explainer: What is ecocide?». Eco-Business (em inglês). 4 de agosto de 2022. Consultado em 5 de julho de 2023. Cópia arquivada em 17 October 2023  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  8. Aida, Melly; Tahar, Abdul Muthalib; Davey, Orima (2023), Perdana, Ryzal; Putrawan, Gede Eka; Saputra, Bayu; Septiawan, Trio Yuda, eds., «Ecocide in the International Law: Integration Between Environmental Rights and International Crime and Its Implementation in Indonesia», ISBN 978-2-38476-045-9, Paris: Atlantis Press SARL, Proceedings of the 3rd Universitas Lampung International Conference on Social Sciences (ULICoSS 2022), Advances in Social Science, Education and Humanities Research (em inglês), 740, pp. 572–584, doi:10.2991/978-2-38476-046-6_57Acessível livremente 
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  13. Reid, Anthony (2005). An Indonesian Frontier: Acehnese and Other Histories of Sumatra. [S.l.]: National University of Singapore Press. ISBN 9971692988 
  14. Marco Polo, Il Milione, Mondadori, Italia.
  15. Diário da Viagem de Vasco da Gama, p. 83, edição fac-similar de 1945, Porto, apud J.P. Machado.
  16. Carta de Jerônimo de Santo Estêvão, datada de 1 de setembro de 1499, apud J.P. Machado.
  17. Camões, Os Lusíadas, X, 124, apud J.P. Machado.
  18. As Décadas de João de Barros, Lisboa, 1974, apud J.P. Machado.
  19. Manuel Godinho de Erédia. Malaca, l'inde Méridionale et le Cathay. Reproduzida em fac-símile e traduzida do manuscrito original autógrafo de (...) por M. Léon Janssen com um prefácio de M. Ch. Ruelens, Bruxelas, Libraire Européenne C. Muquardt (et al.), 1882, cap. I, fl. 4.
  20. a b "Outra vez Sumatra vs. Samatra", Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, acessado em 11 de novembro de 2019.
  21. Dentre os dicionários brasileiros da língua portuguesa, o Dicionário Aurélio não registra a alternativa "Samatra", enquanto que o Dicionário Houaiss contém uma referência a "Samatra" (no verbete "Achém") e outras 20 à alternativa "Sumatra".
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