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STS-58

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STS-58
Informações da missão
Operadora NASA
Ônibus espacial Columbia
Astronautas John Blaha
Richard Searfoss
Rhea Seddon
William McArthur
David Wolf
Shannon Lucid
Martin Fettman
Base de lançamento Plataforma 39A, Centro
Espacial John F. Kennedy
Lançamento 18 de outubro de 1993
14h53min14s UTC
Cabo Canaveral, Flórida,
Estados Unidos
Aterrissagem 1 de novembro de 1993
15h05min42s UTC
Base Aérea de Edwards,
Califórnia, Estados Unidos
Órbitas 225
Duração 14 dias, 12 minutos,
32 segundos
Altitude orbital 294 por 284 quilômetors
Inclinação orbital 39 graus
Distância percorrida 9,4 milhões de
quilômetros
Imagem da tripulação
Atrás: Blaha, McArthur e Fettmen Frente: Wolf, Lucid, Seddon e Searfoss
Atrás: Blaha, McArthur e Fettmen
Frente: Wolf, Lucid, Seddon e Searfoss
Navegação
STS-51
STS-61

STS-58 foi um voo espacial tripulado da NASA com o ônibus espacial Columbia, dedicada a pesquisas biológicas no espaço, realizada em outubro de 1993, sendo a primeira vez em que astronautas norte-americanos poderiam assistir televisão fora da Terra.[1][2][3]

[1][2][3]

Posição Astronauta
Comandante Estados Unidos John Blaha
Piloto Estados Unidos Richard Searfoss
Especialista de missão 1 Estados Unidos Rhea Seddon
Especialista de missão 2 Estados Unidos William McArthur
Especialista de missão 3 Estados Unidos David Wolf
Especialista de missão 4 Estados Unidos Shannon Lucid
Especialista de carga Estados Unidos Martin Fettman

Principais fatos

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[1][2][3]

A STS-58 foi a quarta missão espacial tripulada mais longa na história do programa espacial dos Estados Unidos e foi dedicada às pesquisas na área de ciências biológicas. A tripulação do Columbia realizou uma série de experimentos para adquirir conhecimento sobre como o corpo humano se adapta à ausência de peso no espaço. Os experimentos concentraram-se nos sistemas cardiovascular, regulat�rio, neurovestibular e musculoesquel�tico do corpo. Os experimentos realizados nos membros do grupo e em animais de laborat�rio (48 ratos armazenados no interior de 24 gaiolas), em conjunto com os dados coletados pela miss�o SLS-1 em junho de 1991, forneceram as medidas fisiol�gicas mais detalhadas e inter-relacionas obtidas desde o programa Skylab realizado entre 1973 e 1974.

Os membros do grupo conduziram experimentos voltados � compreens�o da perda de tecido �sseo e aos efeitos da microgravidade na percep��o sensorial. Dois experimentos neurovestibulares investigando o mal-estar da movimenta��o no espa�o e mudan�as na percep��o foram realizados no segundo dia de voo. Os astronautas Lucid e Fettman utilizaram um dispositivo sobre a cabe�a, chamado de Unidade de Grava��o de Aceler�metro, projetado para continuamente armazenar os movimentos da cabe�a ao longo do dia.

Apenas um pequeno problema ocorreu na ter�a-feira, em 19 de Outubro de 1993 associado a um disjuntor que se abriu, cortando temporariamente a alimenta��o a uma das gaiolas com ratos do m�dulo. Os controladores de voo em Houston reportaram que isto n�o foi causado por um curto-circuito no sistema el�trico e ent�o o disjuntor foi religado, restaurando a energia el�trica � gaiola.

McArthur e Blaha come�aram a utilizar o dispositivo Lower Body Negative Pressure no terceiro dia de voo, o qual estava sendo testado como uma contra-medida para os efeitos detrimentais da microgravidade. Todos os tr�s membros do grupo realizaram coletas de urina e saliva, e mantiveram anota��es sobre seus exerc�cios f�sicos e alimenta��o como parte do objetivo suplementar de utiliza��o de energia. O DSO 612 observou as necessidades energ�ticas e nutricionais dos membros do grupo em voos espaciais de longa dura��o e a rela��o entre o consumo de fluidos e comida.

Na quarta-feira, no dia 20 de Outubro, embora o toalete do �nibus espacial estivesse em bom funcionamento, o grupo detectou uma pequena rachadura ao redor da entrada do filtro antes de irem dormir. Eles removeram o filtro e limparam cerca de uma colher de res�duos, muito menos do que eles esperavam. Como precau��o, uma unidade secund�ria de um separador de ventila��o foi utilizada para separar o fluido do ar antes de ventil�-lo de volta � cabine atrav�s do filtro.

Na quinta-feira, no dia 21 de Outubro, o comandante da carga Rhea Seddon, os especialistas da miss�o Shannon Lucid e David Wolf e o especialista da carga Martin Fettman coletaram amostras adicionais de sangue e urina para uma s�rie de experimentos metab�licos. Algumas das amostras foram utilizadas no experimento de absor��o de c�lcio que j� havia sido realizado anteriormente nesta miss�o. O experimento, apoiado pelo Dr. C.D. Arnaud da Universidade da Calif�rnia, em S�o Francisco, realizou estudos sobre os mecanismos atrav�s dos quais o c�lcio � mantido e utilizado no metabolismo dos ossos no espa�o. Baseado em resultados preliminares da miss�o SLS-1 realizada em 1991, o Dr. Arnaud acredita que o decrescimento na densidade dos ossos ocorre devido ao reduzido esfor�o sobre os mesmos, que n�o � compensado por um subsequente aumento na forma��o de ossos.

Vista da se��o de carga da STS-58 Columbia, mostrando o Spacelab nela.

Na sexta-feira, no dia 22 de Outubro de 1993, utilizando o r�dio amador a bordo batizado de SAREX para Experimentos de R�dio amador em �nibus Espacial, Blaha e Searfoss contactaram crian�as na Sycamore Middle School em Pleasant View, TN, e na Gardendale Elementary em Pasadena, TX. O Rack de Interface Padr�o, ou SIR, foi testado neste dia por Searfoss para demonstrar que o equipamento pode ser removido de uma localidade do rack e reintegrado em outro por um �nico membro do grupo durante as opera��es orbital enquanto mant�m interfaces mec�nica, de dados e de alimenta��o confi�veis.

Outro novo teste realizado a bordo do Columbia foi uma simula��o via computador laptop que foi levado a voo para analisar se este pode ser qualificado como uma ferramenta para auxiliar o comandante da miss�o e o piloto a manterem suas profici�ncias durante os voos em �nibus espaciais. O laptop � controlado utilizando-se um joystick similar ao utilizado para controlar o orbitador nos minutos finais antes da aterrissagem.

No s�bado, os membros do grupo dedicado � carga se voltaram ao estudo metab�lico de 48 ratos a bordo do Spacelab. A especialista de carga Rhea Seddon e seus parceiros David Wolf, Shannon Lucid e o veterin�rioMartin Fettman retiraram uma amostra de sangue do rabo de alguns dos roedores, e ent�o injetaram um is�topo especial nos mesmos para medir o volume de seus respectivos plasmas. Outra coleta de sangue ocorreu posteriormente, para medir o quanto a aus�ncia de peso pode influenciar a contagem de c�lulas vermelhas dos animais.

Ap�s uma s�rie de contatos com topo o pa�s e um trabalho em uma sacola de v�cuo projetada para facilitar a readapta��o do corpo ao ambiente da Terra, o grupo composto pelo comandante John Blaha, pelo piloto Rick Searfoss e pelo especialista da miss�o Bill McArthur acompanhou uma queima curta de um dos motores do sistema de manobra orbital para abaixar o extremo inferior do Columbia de uma altitude de 150 para 142 milhas n�uticas (de 278 para 263 km). Para aumentar as oportunidades de aterrissagem, a miss�o deveria ser estendida devido �s condi��es clim�ticas ou por um problema de sistema que iria manter o grupo em �rbita por dois dias extras.

Na quarta-feira, em 27 de Outubro de 1993, o piloto Rick Searfoss colocou o Columbia sob algumas manobras como parte do Experimento de Pesquisa sobre Acelera��o Orbital. O objetivo principal do experimento era medir precisamente as for�as aerodin�micas que atuam sobre o �nibus espacial em �rbita e durante os primeiros est�gios da re-entrada. Estas informa��es foram �teis para que os cientistas e engenheiros que planejavam os voos de pesquisa sobre microgravidade do Spacelab na qual os experimentos necessitavam de um ambiente quieto e livre de movimentos para produzir os melhores dados poss�veis.

Na quinta-feira, em 28 de Outubro de 1993, ap�s passarem metade do dia descansando, os astronautas a bordo do Columbia continuaram a coletar dados científicos sobre como os humanos e animais se adaptam à ausência de gravidade.

A comandante da carga Rhea Seddon enviou uma mensagem especial para seu marido, o astronauta Hoot Gibson às 4h 1 min p.m. CDT quando ela completava seu total de 632 horas e 56 minutos no espaço. "Ele é realmente um bom rapaz, eu ainda o amo muito, mas eu tenho mais horas no espaço que ele, até agora!" ela disse. Seddon relembrou que, entretanto, ele tinha mais lançamentos e aterrissagens, tendo voado quatro vezes e ela três.

O piloto Rick Searfoss dedicou parte de seu tempo para tirar algumas fotografias infra-vermelhas das queimadas em florestas no sudeste da Califórnia para dizer que o grupo está apoiando os bombeiros na localização e no combate às chamas e nos apoio residentes cujas casas foram destruídas. Ele disse que esperava que as chamas pudessem ser controladas logo, e disse que as fotografias que ele estava tirando estavam dentro de um conjunto de 4 000 fotos que retornariam à Terra para serem estudadas por meteorologistas, geólogos, arqueólogos e ecologistas após o voo.

  1. a b c Mark Wade. «STS-58». Encyclopedia Astronautica. Consultado em 28 de julho de 2019 
  2. a b c Joachim Becker e Heinz Janssen (1 de janeiro de 2019). «STS-58». SPACEFACTS. Consultado em 28 de julho de 2019 
  3. a b c «STS-58». NASA. Consultado em 28 de julho de 2019 

Ligações externas

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