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Alabastro

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 Nota: Para o vaso grego, veja Alabastro (vaso).

Alabastro (�s vezes chamado espato acetinado) � uma designa��o aplicada a dois minerais distintos: gesso (sulfato de c�lcio hidratado) e calcite (um carbonato de c�lcio).[1] Aten��o, n�o confundir este "gesso" com o gesso em p� ou Gesso de Paris; quando se fala aqui de alabastro de gesso, trata-se de um mineral estruturado e n�o o p� de gesso obtido por mistura. Desta forma, � completamente incorreto chamar alabastro a uma pe�a feita em gesso de Paris (vulgo p� de gesso).

Os dois tipos s�o facilmente distingu�veis entre si pela sua dureza relativa. O alabastro de gesso � macio, sendo riscado com a unha (dureza 1,5 a 2), enquanto o alabastro de calcite � demasiado duro para ser riscado nesta maneira (dureza 3), embora ceda a uma faca. Al�m disso, o alabastro de calcite, sendo um carbonato, efervesce por rea��o com o �cido clor�drico, ao inv�s do alabastro de gesso, que praticamente n�o � afetado por este �cido.

Uma l�mpada moderna feita completamente do alabastro italiano (tipos brancos e marrons). A base tem 13 cm de di�metro.

Tipos de alabastro

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Alabastro de calcite

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Esta subst�ncia, denominado frequentemente alabastro oriental, uma vez que os exemplares mais antigos vieram do Oriente. O nome grego alabastrites parece ser derivado da cidade de Alabastro, no Egito, onde a pedra era explorada, mas a localidade provavelmente deve o seu nome ao mineral; a origem do nome do mineral � obscura, e sugeriu-se que pode ter tido uma origem �rabe. O alabastro oriental era muito apreciado para a produ��o de pequenos frascos de perfume ou os vasos de unguento, chamados alabastra; conjectura-se ser esta uma poss�vel origem do nome. O alabastro foi empregado tamb�m no Egito para o fabrico de vasos canopos e v�rios outros objetos sagrados e funer�rios. Um espl�ndido sarc�fago esculpido em um �nico bloco de alabastro oriental transl�cido de Alabastron encontra-se no museu de Soane, em Londres. Foi descoberto por Giovanni Belzoni, em 1817, no t�mulo de Seti I, perto de Tebas, no Egito, e comprado pelo senhor John Soane, havendo sido previamente oferecido ao Museu Brit�nico.

Quando � cortado em l�minas finas o alabastro � suficientemente transl�cido para ser usado em janelas, tendo sido assim utilizado, em igrejas medievais, especialmente em It�lia.

O alabastro de calcite pode ter duas origens: um dep�sito estalagm�tico, do assoalho e paredes de cavernas calc�rias, ou um tipo de travertino, depositado similarmente em nascentes de �gua calc�ria. A sua deposi��o em camadas sucessivas produz a apar�ncia bandada que o m�rmore apresenta frequentemente quando visto em corte, sendo ent�o designado como o �nix-m�rmore ou o alabastro-�nix, ou �s vezes simplesmente como �nix - um termo que deve, no entanto, ser restringido a minerais siliciosos.

O alabastro eg�pcio foi largamente explorado perto de Suez e de Assiut; h� muitas pedreiras antigas nos montes sobranceiros � plan�cie de Tell El Amarna. O �nix-m�rmore argelino foi extra�do sobretudo na prov�ncia de Oran. No M�xico h� alguns dep�sitos famosos de uma delicada variedade verde em La Pedrara, no distrito de Tecali, perto de Puebla e o �nix-m�rmore ocorre tamb�m no distrito de Tehuacan; nos Estados Unidos ocorre em diversos locais na Calif�rnia, Arizona, Utah, Colorado e Virg�nia.

Alabastro de gesso

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Atualmente, quando o termo alabastro � usado, refere-se invariavelmente � variedade de gr�o fino de gipsita.

Milhares de artefatos de alabastro de gesso, datados do final do 4� mil�nio a.C., foram encontrados em Tell Brak (atualmente Nagar, S�ria [2]). Na Mesopot�mia, foi encontrada uma escultura em alabastro de gesso, que se acredita representar o deus Abu, datada da primeira metade do 3� mil�nio a.C. [3].

Ao contr�rio do candeeiro, esta escultura de alabastro n�o foi tratada: a sua translucidez e brilho acetinado encontram-se intactos. A base � feita de m�rmore.

O melhor alabastro � largamente utilizado como pedra ornamental, especialmente na decora��o eclesi�stica e para corrim�es de escadas e �trios. A sua baixa dureza permite que seja facilmente trabalhada em formas elaboradas, mas a sua solubilidade em �gua torna-a imposs�vel de utilizar em trabalhos de exterior. O alabastro mais puro, � um material de cor branca-neve de gr�o muito fino, que ocorre geralmente associado a um �xido de ferro, o qual produz manchas e veios marrom no alabastro. As variedades mais grosseiras de alabastro s�o convertidas, por calcina��o, em gesso.

Na Europa continental, o centro do com�rcio de alabastro � Floren�a, em Itália. O alabastro da Toscana ocorre em massas nodulares embutidas em calcário, interestratificadas com margas de idade miocénica e pliocénica. O alabastro é explorado por meio de galerias subterrâneas no distrito de Volterra. São distinguidas várias variedades - venoso, manchado, nublado, agatiforme e outras. O melhor tipo de alabastro, obtido sobretudo em Castellina Marittima, é enviado para Florença para ser utilizado em obras escultóricas, enquanto que os tipos mais comuns são trabalhados localmente, no fabrico de vasos e outros objetos ornamentais comercializados em grande escala, especialmente em Florença, Pisa e Livorno.

Com o propósito de diminuir a translucidez do alabastro e de obtenção de uma opacidade que dê a impressão de tratar-se de mármore, as estátuas são imersas num banho de água e gradualmente aquecidas até próximo do ponto de ebulição; esta operação requer grande cuidado, pois se a temperatura não for cuidadosamente controlada a pedra adquire uma aparência branca como a do giz. O efeito produzido pelo aquecimento parece ser uma desidratação parcial do gesso. Se corretamente tratado, a aparência final é aquela de verdadeiro mármore, conhecido como mármore de Castellina.

O alabastro pode também ser tratado de forma a produzir um material que imita o coral (coral de alabastro).

Existe ainda uma variedade de alabastro de gesso designada por alabastro negro, da qual se conhecem apenas três veios em todo o mundo: em Oklahoma, Estados Unidos; Itália e China.

O Alabaster Caverns State Park, perto de Freedom, Oklahoma, contém várias grutas de gesso naturais nas quais muito do gesso se encontra na forma de alabastro. Podem aqui ser encontradas várias variedades de alabastro incluindo, rosa, branco e o raro alabastro negro.

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Referências

  1. Mais sobre alabastro e travertino, breve guia explicando o uso diferente dessas palavras por geólogos, arqueólogos e aqueles no comércio de pedras. Museu de História Natural da Universidade de Oxford, 2012, [1]