Bikini Kill
Bikini Kill | |
---|---|
Bikini Kill ao vivo em 2019 | |
Informação geral | |
Origem | Olympia, Washington |
Gênero(s) | Punk rock, riot grrrl, grunge |
Período em atividade | 1990–1997 2019–presente |
Gravadora(s) | Bikini Kill Records, Kill Rock Stars |
Integrantes | Kathleen Hanna Kathi Wilcox Tobi Vail Billy Karren |
Página oficial | http://bikinikill.com |
Bikini Kill é uma banda norte-americana de punk rock formada em Olympia, Washington em outubro de 1990. O grupo contava com a vocalista e compositora Kathleen Hanna, o guitarrista Billy Karren, a baixista Kathi Wilcox e a baterista Tobi Vail. A banda é considerada a pioneira do movimento riot grrrl, e era notória por letras com conteúdo feminista radical e performances incendi�rias. O g�nero musical da banda � influenciado pelo hardcore. Ap�s dois �lbuns, v�rios EPs e duas compila��es, a banda se separou em 1997.
Embora, ocasionalmente, colaborassem com artistas de destaque como Nirvana e Joan Jett, o grupo era conhecido por evitar grandes gravadoras e a imprensa de rock mainstream.
Em janeiro de 2019, a banda anunciou reuni�o para shows nos Estados Unidos.[1]
Hist�ria
[editar | editar c�digo-fonte]A banda foi efetivamente formada por Kathleen Hanna, Tobi Vail e Kathi Wilcox no The Evergreen State College com o intuito de lan�ar um fanzine, tamb�m chamado Bikini Kill.
Para trazer mais vida � publica��o, logo surgiu a ideia de formar uma banda, e para isso foi chamado o guitarrista Billy Boredom do antigo The Go Team para completar a forma��o. Em 1991 foi gravada a demo "Revolution Girl Style Now" e a banda entrou em turn� pelos Estados Unidos junto com o Nation of Ulysses e depois se estabeleceu em Washington DC onde gravou o seu primeiro EP, intitulado simplesmente Bikini Kill, com o produtor Ian MacKaye (do Fugazi).
Kathleen Hanna (a vocalista), uma ex-stripper, escreveu a maioria das can��es da banda. Acabou se tornando bem conhecida entre as riot grrrls. Os shows do Bikini Kill muitas vezes tinham um clima de confronto. Os homens presentes no show eram "convidados" a se afastar do palco, enquanto as mulheres eram chamadas para frente onde recebiam zines e as letras das m�sicas, enquanto a banda destilava todo o seu peso. Kathleen era conhecida por tirar a camisa durante os shows e se apresentar com a palavra 'slut' escrita no abdome ou nas costas. Uma imagem como essa bate de frente com as normas comerciais da ind�stria da m�sica, mas Kathleen Hanna e o Bikini Kill n�o estavam preocupados em vender a sua imagem da mesma forma em que elas pretendiam passar uma mensagem. A mensagem era clara, funcionando como a pr�pria defini��o do riot grrrl, uma mensagem feminista de fortalecimento e crescimento num cen�rio dominado pelos homens. A m�sica pode ser classificada como punk, mas a m�sica do riot grrrl � feminista e direcionada �s jovens, transmitindo autorrespeito e uni�o e pregando o respeito a cada indiv�duo.
No entanto, cabe observar que as mulheres estiveram envolvidas no punk desde o in�cio. No final dos anos 70, o punk era uma �cida resposta a comercializa��o do rock. As mulheres eram ativas na cena, com presen�a nas bandas The Slits, Raincoats, Au Pairs, Girls at Our Best, Modettles, Delta 5, Shop Assistants e Liliputs. Mas essas bandas n�o ajudavam e divulgavam umas �s outras, o que desperdi�ava uma oportunidade de promo��o do trabalho conjunto das bandas. No in�cio dos anos 90, as garotas do riot grrrl retomaram a ideia do "fa�a voc� mesmo" do punk rock ao grunge e passaram a surgir v�rias bandas novas, onde o Bikini Kill fora fruto desse legado.
Em 1992, a banda excursionou pela costa leste, voou at� o Hava� para o Dia Internacional da Mulher, tocou v�rios shows em Washington DC, incluindo alguns shows beneficentes a favor da Pro-Choice (organiza��o que luta pela legaliza��o do aborto), que coincidiram com uma grande marcha que ocorreu em Washington para lutar pela causa. A banda esteve ainda em Nova York, onde encontraram Joan Jett, que demonstrou interesse na banda.
Bikini Kill excursionou tamb�m pela Inglaterra, ao lado da banda Huggy Bear (uma esp�cie de representante brit�nica do riot grrrl). As duas bandas dividiram o single "Yeah, Yeah, Yeah / Our Troubled Youth", lan�ado pela Catcall na Inglaterra e pela gravadora Kill Rock Stars nos Estados Unidos. Nessa �poca, o riot grrrl ganhava uma visibilidade sem precedentes e era destaque de reportagens e artigos na m�dia tanto na Inglaterra quanto nos EUA.
De volta aos EUA, a banda grava tr�s m�sicas com Joan Jett e logo em seguida faz uma breve turn� pela Calif�rnia, que inclui alguns shows com com o Fugazi. Durante o restante de 1993, a banda permanece inativa, trabalhando em projetos paralelos. Aproveitando a parada, a Kill Rock Stars lan�a o disco "The C.D. Version of the Two First Records", compilando o primeiro EP, e o single ingl�s.
Em 1994, � lan�ado "Pussy Whipped", propriamente o primeiro �lbum da banda.
Em seguida, o Bikini Kill comp�e novas m�sicas e faz uma mais uma turn� americana ao lado das bandas the Peechees, Tourettes, Metamatics, Slant 6, Free Kitten, Emily's Sassy, Lime, FYP, Dos e Go-Go's.
No ano seguinte, ap�s alguns shows abrindo para o Sonic Youth, a banda grava o �lbum "Reject All American" em 10 dias com o produtor John Goodmanson, lan�ado pela Kill Rock Stars.[2]
No fim de 1995, a banda embarca para um festival na Austr�lia, tocando 5 shows ao lado de nomes de peso como Beastie Boys, Sonic Youth, Foo Fighters, The Amps, Pavemente, Beck, Rancid e outros. Em seguida Bikini Kill faz a sua pr�pria turn� australiana e, na volta a Olympia, toca dois shows no Hawaii.
Pouco depois do retorno a Olympia, a banda faz mais uma excurs�o pela costa leste americana e posteriormente uma turn� de sete semanas pela Europa.
Nesse per�odo, em 1996, � lan�ado o segundo �lbum, "Reject All American" que acaba restrito ao p�blico fiel da banda, j� que, ao contr�rio do que aconteceu na �poca do lan�amento do primeiro disco, o riot grrrl j� n�o despertava o interesse e a curiosidade da m�dia.
Ao final da turn� europeia, a banda resolve permanecer inativa mais algum tempo, retornando na metade de 1997 para mais uma turn� na Austr�lia, seguido de alguns shows no Jap�o. Em T�quio, Bikini Kill realiza o �ltimo show de sua hist�ria. A banda trabalhou em m�sicas novas no fim de 97, mas n�o chegou a grav�-las. Em abril de 1998 foi anunciado oficialmente o fim do Bikini Kill ap�s uma carreira de 7 anos.
Todos os ex-integrantes do Bikini Kill continuram ativos na m�sica. Billy Karren, Tobi Vail e Kathi Wilcox lan�aram um CD com uma colet�nea dos singles lan�ados pelo projeto paralelo The Frumpies que eles mant�m juntamente com a baterista Molly Neuman (da banda Bratmobile).[3][4] Kathleen Hanna trabalhou com Joan Jett no disco Fetish de 1999. Tamb�m gravou um CD solo usando o nome Julie Ruin. Atualmente � vocalista da banda indie/feminista Le Tigre, que j� lan�ou dois CDs e tem j� um hit, "Deceptacon".
Em janeiro de 2019, o Bikini Kill anunciou uma reuni�o para shows em Nova York e Los Angeles. A forma��o na reuni�o traz Kathleen Hanna nos vocais, Tobi Vail na bateria e Kathi Wilcox no baixo. Completa a forma��o a guitarrista Erica Dawn Lyle.[5]
Discografia
[editar | editar c�digo-fonte]�lbuns
[editar | editar c�digo-fonte]- Revolution Girl Style Now!, cassete independente (1991)
- Bikini Kill, EP pela Kill Rock Stars (1991)
- Yeah Yeah Yeah Yeah, álbum dividido com a banda Huggy Bear e lançado no Reino Unido pela Catcall Records e nos Estados Unidos, pela Kill Rock Stars in the US (1993)
- The C.D. Version of the First Two Records (1993)
- Pussy Whipped pela Kill Rock Stars (1994)
- Reject All American pela Kill Rock Stars (1996)
Singles
[editar | editar código-fonte]- New Radio/Rebel Girl, single pela Kill Rock Stars (1993)
- The Anti-Pleasure Dissertation, single pela Kill Rock Stars (1994)
- I Like Fucking/I Hate Danger, single pela Kill Rock Stars (1995)
Coletâneas
[editar | editar código-fonte]- Kill Rock Stars, pela Kill Rock Stars (1991)
- Throw: The YoYo Studio Compilation, pela YoYo Records (1991)
- "Daddy's Li'l Girl", incluída em Give Me Back da Ebullition Records (1991)
- "Suck My Left One", incluída em There's A Dyke In The Pit pela Outpunk Records (1992)
- Bikini Kill: The Singles (1998)
Referências
- ↑ "Bikini Kill tem primeira reunião em mais de 20 anos", Destak Jornal, 16/1/2019
- ↑ Informações sobre o Bikini Kill.
- ↑ "Frumpies News of April 2000". Verificado em 17 de agosto de 2009.
- ↑ Komakino zine. Verificado em 17 de agosto de 2009
- ↑ "Pioneira do movimento riot grrrl, banda Bikini Kill anuncia reunião para shows", Roque Reverso, 18/1/2019
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Tigerbomb.net «Bikini Kill archive site» Verifique valor
|url=
(ajuda) (em inglês) - «Bikini Kill Fan Site» (em inglês)
- «Fact Sheet» (em inglês)
- site do bikini kill em português