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Bondes de Santos

Origem: Wikip�dia, a enciclop�dia livre.
Bondes de Santos

O tradicional bonde de Santos CSIC 46.
Informa��es
Propriet�rio Prefeitura municipal de Santos
Local Santos, SP
Pa�s Brasil
Tipo de transporte Bonde
N�mero de linhas 2
N�mero de esta��es 5
Sede Santos, SP, Brasil
Funcionamento
In�cio de funcionamento 8 de outubro de 1871 (153 anos)
23 de setembro de 2000 (24 anos) (condi��o atual)
Operadora(s) Companhia Melhoramentos da Cidade de Santos
Ferro da Villa de S�o Vicente
Emmerich e Ablas
Companhia Via��o Paulista
Empresa Ferro-Carril Santista
S�o Paulo Tramway, Light and Power Company
City of Santos Improvements Company
Servi�o Municipal de Transportes Coletivos
Companhia Santista de Transportes Coletivos
Companhia de Engenharia de Tr�fego
N�mero de ve�culos 12
Dados t�cnicos
Extens�o do sistema km (3,11 mi)
Bitola 1 350 mm (4,43 ft)
Eletrifica��o Caten�ria
Predefini��o:Bondes de Santos

A rede de bondes da cidade de Santos foi inaugurada em 1 de abril de 1870, administrada pela Empresa de Bondes da Vila Mathias. A partir de 9 de abril de 1909 a rede foi eletrificada e explorada pela The City of Santos Improvements Co. Ltd.. A partir de 1 de janeiro de 1952, o servi�o passou a ser administrado pelo Servi�o Municipal de Transportes Coletivos (SMTC) at� 28 de fevereiro de 1971, quando todas as linhas foram desativadas. No ano de 2000 foi inaugurada uma Linha Tur�stica do Bonde, no Centro Hist�rico, que em 2009 foi ampliada, recebendo v�rios ve�culos inclusive de outros pa�ses. Atualmente conta com 6 el�tricos em circula��o e 5 km de via. Desde janeiro de 2016, o ponto de embarque � na Esta��o do Valongo (Largo Marqu�s de Monte Alegre n� 2), em frente ao Museu Pel�[1].

Bonde CSIC 38 abandonado no Memorial do Imigrante, hoje em restaura��o em Santos para voltar a circular

Sessenta quil�metros ao sul de S�o Paulo, Santos � uma das cidades mais antigas da Am�rica do Sul (1534) e o porto mais movimentado do Brasil. Metade das exporta��es do pa�s, incluindo grande parte do caf� consumido no mundo, passam por esta cidade, que ocupa a metade oriental da ilha de S�o Vicente, em uma �rea pantanosa, entre as montanhas eo mar. A zona do porto, no lado norte da ilha e comunidades de praia, a sul, estavam ligados por um sistema de bondes, h� quase 100 anos. Havia tamb�m uma linha de el�ctrico na ilha de Santo Amaro. A popula��o da regi�o metropolitana (incluindo S�o Vicente) foi de cerca de 100.000 em 1910, � de 1,6 milh�es de hoje.

Bonde a Burros saindo da garagem no in�cio do s�culo XX.

Dois sistemas separados de bondes a burros foram desenvolvidos no s�culo XIX. A Companhia Melhoramentos da Cidade de Santos abriram uma linha de bonde bitola 800 mm a partir da esta��o de trem para a praia em 8 de outubro de 1871, este foi um ano antes do primeiro bonde funcionar em S�o Paulo. A cidade de S�o Vicente, no lado ocidental da ilha, inaugurou com bitola 1 350 mm um sistema de bondes interurbanos para Santos (via Matadouro) em 24 de outubro de 1875. A Companhia Carris de Ferro da Villa de S�o Vicente, convertido esta linha 9 km de trac��o a vapor em 1885, a sua peculiar bitola de 1 350 mm seria aprovada pelo sistema de bondes el�tricos de Santos 25 anos depois. Em 1897 os bondes de ambos os Santos e S�o Vicente - 83 bondes de passageiros, 78 bondes de carga, 6 carros de bagagem, seis locomotivas su��as e 573 mulas - foram adquiridos pela Companhia Via��o Paulista, que tamb�m operava el�ctricos na cidade de S�o Paulo.

Bonde a Burros 59 na Rua XV de Novembro.

Uma empresa local, a Empresa Ferro-Carril Santista, assumiu em 1901 e contratou James Mitchell, do Rio de Janeiro para a eletrifica��o. James Mitchell construiu o primeiro da Am�rica do Sul bondes el�tricos no Rio de Janeiro na d�cada de 1890 e manteve a franquia General Electric para o Brasil. Ele tamb�m se tornou Gerente Geral da S�o Paulo Tramway, Light & Power Company, em 1901. Mitchell ordenou geradores General Electric, caldeiras Babcock & Wilcox, motores a vapor Ide, caminh�es Peckham e outros materiais de Nova York, e vinte bondes el�tricos de nove bancos de Trajano de Medeiros, no Rio de Janeiro. Mas havia problemas financeiros e o projeto foi abandonado. Os carros e caminh�es foram transferidos para novos bondes el�tricos de S�o Paulo em 1903. Os outros equipamento foi vendido � City of Santos Improvements Company, a empresa inglesa que forneceu a cidade �gua, g�s e electricidade e que comprou a franquia de bondes em 20 de fevereiro de 1904.

Os Bondes El�tricos

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Inaugura��o dos Bondes El�tricos, em 1909.

A CSIC come�ou a constru��o de um novo sistema de bondes em 1907 e ordenou dezoito bondes el�tricos de nove bancos para Hurst Nelson & Company em Motherwell, Esc�cia, em 3 de junho de 1908. A bitola de 1 350 mm o bonde de S�o Vicente foi aprovada a opera��o el�trica, do centro de Santos para S�o Vicente pelo Jos� Menino, foi inaugurada em 28 de abril de 1909. A segunda linha, a S�o Vicente via Matadouro, o percurso do bonde a vapor anterior, foi inaugurada um m�s depois. O �ltimo bonde � mulas correu em 3 de maio de 1912.

A City of Santos Improvements Company operou o sistema de bondes el�tricos em Santos por quase meio s�culo. A Hurst Nelson forneceu equipamentos at� 1951 - Santos foi seu �nico cliente latino-americano: 48 bondes de passageiros, 20 bondes de mercadorias, 4 bondes de bagagem, um bonde dos correios, 2 bondes de irrigadores e milhares de pe�as. A CSIC tamb�m adquiriu um bonde de passageiros da St. Louis Car Company, em 1908, dois carros de nove bancos da United Electric em 1915, e tr�s bondes de doze bancos da Ateliers M�tallurgiques da B�lgica em 1928. Em 1915 os n�meros de carros foram dobrados e em 1919 a empresa come�ou a construir seus pr�prios carros, incluindo modelos de bondes de dois truques. Havia uma empresa de transporte r�pido e em 1917, alegou-se que os moradores de Santos tinham a maior propor��o de bondes para passageiros de qualquer cidade da Am�rica do Sul.

Em 1925 bondes r�pidos, fazendo paradas limitadas, foram introduzidos nas linhas da praia. Passageiras mulheres reclamaram, no entanto, que os homens sobem quando os bondes estavam em movimento e tomam os lugares. Bondes expressos foram introduzidas em duas rotas em 1926: eles pararam para senhoras, n�o permitem homens sobre os estribos e recusam pessoas carregando pacotes. Pant�grafos Bow foram substitu�dos em todos os bondes em 1930 e em 1935 a CSIC construiu dois enormes bondes de seis eixos articulados, n�meros CSIC 300 e CSIC 302. Cada um teve 18 bancos e sentou-se 90 passageiros.

Em 1929, 75% das a��es da CSIC foi adquirida pela Brazilian Traction, Light & Power Company, a empresa canadense que tamb�m controlava bondes no Rio de Janeiro, em S�o Paulo e em Sorocaba. A CSIC construiu seu �ltimo bonde em 1942 eo relat�rio do IBGE para 1945 mostra 139 bondes de passageiros a motor, 80 reboques para passageiros, 53 bondes de mercadorias e 86 km de pista.

Em 1 de janeiro de 1952 os canadenses abandonaram opera��o para o Servi�o Municipal de Transportes Coletivos. O SMTC come�ou a reconstruir os bondes abertos, como ve�culos fechados, em 1954, calculou-se que as tarifas salvas em dois meses iria pagar a reconstru��o. Um sistema de tr�lebus (Tr�lebus de Santos entrou em funcionamento em 12 de agosto de 1963 e ainda havia alguns bondes abertos em servi�o quando o �ltimo bonde correu em Santos em 28 de fevereiro de 1971 - 99 anos e quatro meses ap�s o servi�o de bondes na cidade havia come�ado. Foi o �ltimo encerramento de um grande sistema de bondes no Brasil.

Garagem dos bondes da Vila Mathias, onde s�o restaurados os bondes do sistema

Os bondes CSIC 40 e CSIC 46 foram preservados na Vila Matias e o CSIC 218 foi colocado em exposi��o na Rua das Flores, em Curitiba, estado do Paran�. Em 15 de mar�o de 1975, o nome do operador de tr�lebus foi alterado para Companhia Santista de Transportes Coletivos.

Reconstru��o

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Magicamente, a hist�ria de bondes de Santos n�o param por a�. Em 1984, o prefeito Paulo Gomes Barbosa desenterrou 900 m de trilhos na Avenida Bartolomeu de Gusm�o, junto a Praia do Embar� e, em 10 de junho daquele ano, colocou o restaurado CSIC 46 em servi�o. A CSTC foi o segundo dos bondes tur�sticos do Brasil (depois de Campinas) por dois anos. Infelizmente, a linha estava muito longe do dep�sito da Vila Matias, e a manuten��o, tornou-se um problema, e terminou o servi�o em outubro de 1986.

Quatorze anos depois, Santos construiu outra linha tur�stica, na parte velha comercial da cidade, ligando a Pra�a Mau� com a esta��o de trem e v�rios pontos hist�ricos. Restaurado carro CSIC 84 com novo n�mero 32 entrou em funcionamento em um loop de 1,7 km, em 23 de setembro de 2000. Um reboque (bonde a burros) foi adicionado em outubro e o bonde fechado CSIC 40 se juntou � frota em 2002. Santos importou tr�s el�ctricos antigos do Porto, Portugal, em 2005 e dois de Turim, It�lia, em 2006. Atualmente o circuito foi ampliado em 5 km at� o Mont Serrat. [1]

Inaugurada em 2000, ia at� a Pra�a Bar�o do Rio Branco. Em 2009 foi ampliada, primeiramente at� o Outeiro de Santa Catarina e depois at� o Monte Serrat.

Urban head station
Pra�a Mau�
Urban station on track
Pra�a Rui Barbosa
Urban station on track
Rua XV de Novembro
Urban station on track
Rua do Com�rcio
Urban station on track
Esta��o do Valongo
Unknown route-map component "uABZgl"
Garagem do Valongo
Urban station on track
Bolsa do Caf�
Urban station on track
Pra�a Bar�o do Rio Branco Barcas para Vicente de Carvalho (Guaruj�)
Urban station on track
Alf�ndega
Urban station on track
Outeiro de Santa Catarina
Urban station on track
Rua General C�mara
Urban station on track
Pra�a Mau�
Urban station on track
Pra�a Rui Barbosa
Urban station on track
Rua Vasconcelos Tavares
Urban station on track
Rua Amador Bueno
Urban station on track
Avenida S�o Francisco
Urban station on track
Monte Serrat
Urban station on track
Castelhinho
Urban station on track
Pra�a Jos� Bonif�cio
Urban station on track
Rua General C�mara
Urban End station
Pra�a Mau�

Material Rodante

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  • Bonde Aberto puxado a burro n.� 01 - Operou na cidade de Santos e hoje serve como reboque do bonde n.� 32. Reinaugurado em 2000.
  • Bonde Fechado Brill n.� 3 - Operou na Estrada de Ferro El�trica Votorantim e est� sendo restaurado na garagem da CET.
  • Bonde Aberto Hurst Nelson n.� 32 - Operou na cidade de Santos e reinaugurado em 2000 e est� sendo novamente restaurado na garagem da CET.
  • Bonde Aberto Hurst Nelson n.� 38 - Operou na cidade de Santos e reinaugurado em abril de 2011, funciona atualmente como reboque.
  • Bonde Fechado Hurst Nelson n.� 40 - Operou na cidade de Santos e reinaugurado em 2002.
  • Bonde Fechado Hurst Nelson n.� 46 - Operou na cidade de Santos e atualmente funciona como posto tur�stico.
  • Bonde Fechado Portugu�s n.� 193 - Operou no Porto e foi reinaugurado em 2006.
  • Bonde Fechado Portugu�s n.� 224 - Operou no Porto e foi reinaugurado em 2008.
  • Bonde Fechado Portugu�s n.� 137 - Operou no Porto e est� sendo restaurado na garagem da CET.
  • Bonde Centex ou Gilda 3rd avenue railway de origem Americana n.� 1799 - Operou em Nova York e em S�o Paulo e est� sendo restaurado na garagem da CET.
  • Bonde-Restaurante Fechado Articulado Italiano n.� 2840 - Operou em Turim, est� sendo restaurado e ir� ser reinaugurado em 2011.
  • Bonde "PCC" Fiat n.� 3265 - Operou em Turim, e foi reinaugurado em 2010.

Horários e Preços

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Os bondes funcionam de terça a domingo, das 11 às 17 horas, com tarifas de R$6,50.

No total, existiam cerca de 7 abrigos de bondes em Santos, dos quais só restaram 5. São eles:

  • Abrigo da Praça Mauá
  • Abrigo da Ana Costa com Rangel Pestana
  • Abrigo da Ana Costa com Francisco Glicério
  • Abrigo da Ana Costa com Carvalho de Mendonça
  • Abrigo da Praia do Boqueirão [2]

Museu Vivo do Bonde

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Está sendo construído no armazém 12-A, antigo armazém destinado ao depósito de açúcar, o Museu Vivo do Bonde, onde os visitantes poderão acompanhar os serviços de manutenção e restauração dos bondes. Sua inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2012.

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Referências

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