Saltar para o conteúdo

Demografia da Regi�o Sul do Brasil

Origem: Wikip�dia, a enciclop�dia livre.

A Demografia da Regi�o Sul do Brasil � um dom�nio de estudos e conhecimentos sobre as caracter�sticas demogr�ficas do territ�rio sul-brasileiro.

Colonizadores

[editar | editar c�digo-fonte]
Ru�nas de S�o Miguel das Miss�es. As miss�es jesu�ticas instaladas no sudoeste da Regi�o Sul do Brasil, foram importantes historicamente, embora tenham sido inteiramente arrasadas durante o s�culo XVII.

Como objetivo de catequizar os ind�genas, jesu�tas espanh�is fundaram v�rias miss�es no territ�rio do atual Rio Grande do Sul. Essas miss�es, cuja economia tinha como atividade a depend�ncia da pecu�ria e da agricultura, sofreram posteriormente seguidas invas�es de bandeirantes paulistas, que aprisionavam os �ndios para vend�-los como escravos. A destrui��o das miss�es espalhou pelo pampa os animais criados pelos mission�rios. A partir do s�culo XVIII, esse gado passou a ser disputado por portugueses e espanh�is que habitavam a bacia do rio Paran�. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a forma��o de grandes latif�ndios.[1]

Imigra��o no Sul do Brasil

[editar | editar c�digo-fonte]
A planta��o de uvas e a fabrica��o de vinhos no Brasil s�o, por exemplo, caracter�sticas economicamente marcantes da coloniza��o italiana na Serra Ga�cha.

Os alem�es estabeleceram-se principalmente no norte de Santa Catarina, na regi�o metropolitana de Curitiba, norte e oeste do Paran�, no Vale do rio Itaja� e no vale do rio dos Sinos. Os italianos ocuparam principalmente a serra ga�cha e Sul catarinense, onde introduziram o cultivo da uva e a produ��o de vinho. Colonizadores de outros pa�ses tais como russos, poloneses, ucranianos, e outros grupos imigrantes fixavam-se no oeste de Santa Catarina, no Paran� e em outros lugares da regi�o[2].

A ocupa��o da Regi�o Sul seria completada como a coloniza��o a�oriana (portugueses) ao longo do litoral, incluindo destaque para a ilha de Santa Catarina, onde se localiza Florian�polis, e para Porto Alegre. A segunda iniciou-se na primeira metade do s�culo XIX, com a chegada de imigrantes alem�es, italianos e em menor n�mero, russos, poloneses, ucranianos, estadunidenses e outros. Os imigrantes colonizaram os planaltos, deixando a marca de seus costumes no estilo das resid�ncias, no idioma e na culin�ria. Foram respons�veis tamb�m pela introdu��o da policultura e do sistema de pequenas propriedades. � por esse motivo que o Sul � a regi�o brasileira que possui maior percentual de minif�ndios em sua estrutura fundi�ria[3].

Grupos �tnicos (2006)[1]
Branca 79,6%
Parda 16%
Preta 3,6%
Indígena e amarela 0,7%

A maioria dos habitantes da Região Sul se declara "branca", 79,6% da população. Alguns fatores contribuíram para a concentração da imigração européia no Sul, começando pelo meio natural, como o clima subtropical, razoavelmente temperado. Ademais, motivos históricos também estimularam essa concentração: no período imperial, houve necessidade de garantir a posse de terras do Sul, uma vez que era uma região com menos habitantes; também com o processo da abolição da escravatura, incentivou-se a entrada de mão-de-obra imigrante; no século XX, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), levaram para o Brasil milhares de europeus que fugiam, principalmente, dos conflitos e da perseguição nazista[4]. No fim da Guerra, muitos oficiais nazistas também fugiram para o Sul do Brasil.

Como no resto do Brasil, contudo, e de fato, a população no geral apresenta ancestralidades europeia, indígena e africana, "brancos", "pardos" e "negros", conforme revela a genética. [2] Esse estudo genético de 2011 também constatou que do ponto de vista da ancestralidade as diferenças entre as regiões do Brasil são menores do que muitos pensavam. [2]

Distribuição populacional

[editar | editar código-fonte]
O litoral é a parte da Região Sul que apresenta as mais elevadas densidades demográficas, e a Campanha Gaúcha, devido à predominante atividade pecuária, apresenta baixas densidades, mas não há áreas despovoadas na região.

Embora a oposição entre as aglomerações urbanas e vazios populacionais, no Sul, não seja tão definido como em outras regiões, os centros urbanos, incluindo Curitiba, Porto Alegre e cidades do Vale do rio Itajaí, apresentam altas densidades populacionais. Os trechos menos populosos do Sul localizam-se na Campanha Gaúcha, pois a atividade econômica dominante é a pecuária extensiva, que emprega pouca mão-de-obra[5].

Na Região Sul existe pobreza, problemas habitacionais, alimentares, educacionais e médico-hospitalares. Ainda assim, quando comparado com outras regiões do Brasil, o Sul se destaca por apresentar as mais elevadas taxas de alfabetização, e a mais elevada expectativa de vida do Brasil. É evidente que, em números absolutos, a Região Sudeste possui a maior quantidade de escolas, hospitais e outros, mas uma avaliação média mostra que o modo de vida sulista é o que mais se aproxima do padrão de um país desenvolvido[6].

Evolução populacional

[editar | editar código-fonte]
Crescimento populacional
Censo Pop.
1872721 337
18901 430 71598,3%
19001 796 49525,6%
19203 537 16796,9%
19405 735 30562,1%
19507 840 87036,7%
196011 892 10751,7%
197016 683 55140,3%
198019 380 12616,2%
199122 117 02614,1%
200025 089 78313,4%
201027 386 8919,2%
202229 937 7069,3%
Censos demográficos do
IBGE (1872-2022).[3][4]
  1. «PNAD» (PDF). 2006. Consultado em 18 de maio de 2008. Arquivado do original (PDF) em 22 de fevereiro de 2012 
  2. a b http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0017063
  3. «Tabela 1286 - População e Distribuição da população pelas Grandes Regiões e Unidades da Federação nos Censos Demográficos». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  4. «Tabela 4714 - População Residente, Área territorial e Densidade demográfica». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de dezembro de 2022 
  • ANTUNES, Celso. Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos. In: ANTUNES, Celso. Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil. São Paulo: Scipione, 1991. p. 74.
  • ANTUNES, Celso. Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos. In: ANTUNES, Celso. Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil. São Paulo: Scipione, 1991. p. 75.
  • ANTUNES, Celso. Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos. In: ANTUNES, Celso. Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil. São Paulo: Scipione, 1991. p. 75.
  • ANTUNES, Celso. Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos. In: ANTUNES, Celso. Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil. São Paulo: Scipione, 1991. p. 75.
  • ANTUNES, Celso. Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos. In: ANTUNES, Celso. Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil. São Paulo: Scipione, 1991. p. 76.
  • ANTUNES, Celso. Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos. In: ANTUNES, Celso. Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil. São Paulo: Scipione, 1991. p. 76.