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Diapausa

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Predefinição:Dormência Animal

Primeiro instante da diapausa de inverno na espécie de lagarta Pyronia tythonus.

Diapausa é uma retenção temporária do desenvolvimento e está presente em quase todos os filos animais. É controlada por fatores fisiológicos endógenos e pode ou não envolver uma diminuição do metabolismo. A diapausa pode ocorrer em diferentes fases do desenvolvimento,[1] podendo ser ativada por alterações hormonais intrínsecas do desenvolvimento do organismo ou por fatores preditivos de mudanças ambientais.

As vantagens biológicas da diapausa podem variar em diferentes habitats e espécies. Peixes de água doce que apresentam ovos com diapausa, podem colonizar corpos d'água intermitentes e possibilitar o rápido restabelecimento da população sob condições favoráveis. Insetos podem utilizar a diapausa para evitar predação, e mamíferos podem sincronizar o desenvolvimento do feto com condições ambientais mais propícias.[2]

Triops longicaudatus (criaturas do período Devoniano) que são capazes de manter os ovos em estado de diapausa por até 30 anos.

Originalmente, W.M. Wheeler (1893) aplicou o termo “diapausa” para um estágio em repouso durante a embriogênese, e o seu uso foi subsequentemente alterado para se referir a uma supressão do crescimento, desenvolvimento ou reprodução em qualquer estágio de desenvolvimento do inseto.[3] Posteriormente, o conceito também foi utilizado para características semelhantes observadas em demais artrópodes e também em alguns vertebrados.[4]

Os organismos, na maioria das vezes, passam por períodos de retardo em um estado de dormência. Este estado relativamente inativo apresenta o benefício de conservar energia, a qual pode ser usada durante os períodos subsequentes ao retardo. Além disso, a fase de dormência de um organismo é frequentemente mais tolerante às condições adversas no ambiente (seca, temperaturas extremas, pouca luminosidade, etc). A diapausa é considerada um investimento no estilo de vida com benefícios próprios, custos e compensações.[5] A baixa viabilidade por alimento promove diapausas numa grande variedade de organismos[6][7][8] como ocorre no fotoperíodo, em insetos terrestres[9] e ácaros.[10]

Apesar de ser vantajosa, a diapausa possui os seus custos. Algumas espécies que apresentam diapausa prolongada e um tamanho corporal relativamente grande (comparado ao tamanho da presa), podem ser mais facilmente predados por estarem em um estado mais indefensível.[11]

Tipos de Diapausa

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A dormência pode ser obrigatória ou facultativa.[12] A dormência obrigatória é iniciada antes das condições adversas e é muitas vezes encontrada em ambientes previsíveis. É geralmente referida como diapausa em animais e como dormência primária ou inata em plantas.[13] Já a dormência facultativa é uma condição que permite que os organismos fiquem ativos o maior tempo possível antes de serem submetidos às condições desfavoráveis.

Diapausa obrigatória

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Se a diapausa ocorrer durante cada geração, independentemente das condições ambientais que o indivíduo está inserido, é considerada uma "diapausa obrigatória".[14] Na diapausa obrigatória a espécie apresenta um ciclo de vida univoltino, em que cada organismo de cada geração entrará em diapausa, independentemente de qualquer alteração ambiental (apesar que certos fatores podem acelerar o processo).[15]

Embrionária

O canguru é um exemplo de mamífero que faz diapausa embrionária

Consiste em um estado programado de interrup��o ou profunda lentid�o do desenvolvimento embrion�rio presente em todas as gesta��es, configurando um tipo de diapausa obrigat�ria. Ocorre em muitas esp�cies de animais e funciona como mecanismo para retardar ou inativar temporariamente o desenvolvimento completo dos embri�es ap�s a fertiliza��o, concluindo posteriormente a gesta��o. A dura��o deste per�odo de interrup��o � vari�vel. Assim, a diapausa embrion�ria permite um ajuste do tempo entre a fertiliza��o e a conclus�o do desenvolvimento. Os mecanismos de diapausa embrion�ria evolu�ram independentemente diversas vezes e em raz�o disso, os detalhes morfol�gicos e bioqu�micos desses organismos costumam variar entre diferentes grupos de animais.

Entre os vertebrados, a diapausa embrion�ria ocorre em certos peixes, tartarugas, aves e tanto mam�feros marsupiais como placent�rios. Pode ocorrer em at� tr�s fases distintas em alguns, mas n�o todos vertebrados: [16][17]

FASE CARACTER�STICAS
DIAPAUSA I Anterior ao desenvolvimento: na gastrula��o e logo ap�s a forma��o do blast�mero
DIAPAUSA II Tardiamente, ap�s a gastrula��o do embri�o
DIAPAUSA III Embri�o j� em fase final de desenvolvimento e logo antes da eclos�o do ovo.

� chamada comumente de implanta��o tardia em mam�feros placent�rios, pois o retardo no desenvolvimento embrion�rio ocorre quando o embri�o est� no est�gio de matura��o de blastocisto, antes da implanta��o do embri�o na parede uterina.[18]

Diapausa Embrion�ria em Mam�feros

Lobo marinho (Arctocephalus gazella)

O atraso na implanta��o em algumas esp�cies de mam�feros � classificado como diapausa obrigat�ria por ser uma caracter�stica de todas as gesta��es. Seu papel neste caso � coincidir o desenvolvimento embrion�rio com a esta��o mais favor�vel.

Na Ant�rtica, os lobos-marinhos da esp�cie Arctocephalus gazella ilustram o atraso da implanta��o nesse contexto. A f�mea entra em estro e cruza nos dias subsequentes ao parto durante o come�o do ver�o. Se conceber uma nova prog�nie, ela n�o pode se dar ao luxo de parir muito antes ou muito depois do in�cio do ver�o do pr�ximo ano. Se ela parir antes - na primavera ant�rtica - seu filhote rec�m-nascido pode experimentar imediatamente um frio devastador. Se ela parir depois, seu rec�m-nascido pode ter um per�odo de ver�o muito curto para amadurecer antes do seu primeiro inverno. Na verdade, o espa�o de tempo entre o dia em que a f�mea copula e o dia do parto � de quase 365 dias exatos. O desenvolvimento placent�rio requer, entretanto somente 260 dias. O tempo entre a c�pula e parto � ajustado para ser de 365 dias por meio do atraso da implanta��o. Ap�s a fertiliza��o de um ovo at� seu est�gio de blastocisto, ele entra em uma pausa de desenvolvimento (dentro do �tero) por 3 a 4 meses. Ele permanece nesse est�gio de pausa por tempo suficiente para que, quando reiniciar o desenvolvimento e a implanta��o (sob controle do fotoper�odo), ainda restem 250 dias antes da data adequada para o nascimento.[19][20]

Diapausa facultativa

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Ocorr�ncia opcional da diapausa, denominada diapausa facultativa, ocorre onde condi��es adversas n�o acontecem com tanta frequ�ncia ou n�o s�o previs�veis. Os insetos, por exemplo, apresentam v�rias gera��es por ano e continuam com o seu ciclo de vida at� um evento que estimule a indu��o da diapausa.[21] A diapausa facultativa surge em resposta a est�mulos espec�ficos do ambiente, o que resulta em esp�cies com ciclos de vida multivoltinos, onde nem todos os indiv�duos entraram em diapausa.[15]

A influ�ncia da idade sobre a incid�ncia da diapausa � provavelmente uma estrat�gia reprodutiva adaptativa. Como os ovos s�o colocados tardiamente na esta��o, � improv�vel que esses completem o seu desenvolvimento antes do in�cio do inverno. As f�meas provavelmente proteger�o aqueles ovos em que elas mais apostam no sucesso do desenvolvimento, diversificando a taxa de desenvolvimento entre seus filhos e espalhando o desenvolvimento em v�rias �pocas. A baixa previsibilidade das futuras condi��es ambientais pode explicar a diversidade das estrat�gias reprodutivas femininas.[22]

Diapausa em Artr�podes

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Mosca do g�nero Sarcophaga. Expressam um gene espec�fico da diapausa em suas pupas.

Evolu��o da Diapausa

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A descoberta de uma rela��o pr�xima entre os mecanismo da diapausa e a a��o de horm�nios metam�rficos torna poss�vel levantar teorias prov�veis � respeito da origem da diapausa na filogenia de insetos. Nessa conex�o, cinco fatos importantes devem ser enfatizados:

  • 1.       A diapausa � tamb�m conhecida por ocorrer em outros grupos de Artr�podes assim como em Acari e tamb�m, provavelmente, em Crustacea, Arachnida e Myriapoda.
  • 2.       A causa interna prim�ria da diapausa foi a interrup��o na produ��o de neuro-horm�nio secretado pelas c�lulas neurossecretoras do c�rebro.
  • 3.       Mesmo sendo uma caracter�stica intraespec�fica, esp�cies proximamente relacionadas diferem frequentemente na manifesta��o da diapausa.
  • 4.       A diapausa sempre possui uma caracter�stica adaptativa clara.
  • 5.       Apesar da tend�ncia de mostrar a diapausa como um fator geneticamente condicionado, a apar�ncia da diapausa numa esp�cie em particular pode ser determinada por um est�mulo recebido durante a ontog�nese.[23]

Fases da Diapausa[24]

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Pr� diapausa:

Prepara��o:

A prepara��o para a diapausa inclui a estocagem de reservas, mudan�as morfo-fisiol�gicas, bioqu�micas, comportamentais e na taxa de desenvolvimento do inseto.

Indu��o (estado sensitivo):

Nessa fase, fatores end�genos ou ex�genos, induzem o processo de diapausa

Diapausa:

Entrada:

Se trata do inicio do processo de diapausa em que ocorre a indu��o e intensifica��o da s�ndrome da diapausa. Durante essa fase, o indiv�duo n�o retoma o desenvolvimento e/ou atividades pr�-diapausa, mesmo se detectar est�mulos que lhe permitam a retomada do desenvolvimento.

Fim do desenvolvimento da diapausa:

Essa fase � caracterizada pela total capacidade dos indiv�duos de retomarem suas atividades normais

Desenvolvimento p�s diapausa:

Nessa fase o organismo se reorganiza para voltar � suas atividades normais. � um per�odo geralmente curto.

Finaliza��o:

Retomada total do organismo para suas atividades normais.

Mecanismos regulat�rios da diapausa

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Gr�fico de crescimento da borboleta Araschnia levana, evidenciando o per�odo de diapausa. Representa o crescimento di�rio em horas (tagesl�nge in stunden), durante meses (monat), conforme a varia��o de temperatura (temperatur) em graus Celsius. O gr�fico de linhas demonstra a temperatura (azul) e o crescimento di�rio em horas (vermelho). A curva de crescimento acompanha a curva de temperatura, mostrando que quanto menor a temperatura, menor o crescimento. O gr�fico de barras representa o intervalo de tempo de cada est�gio e � poss�vel notar que a dura��o � menor de acordo com o aumento da temperatura e � medida que a temperatura diminui, as fases v�o ficando mais longas, at� entrar no estado de diapausa, em que n�o ocorre a mudan�a de est�gio por um longo per�odo de tempo.

No decorrer da fase de indu��o e prepara��o, diversos s�o os fatores que atuam como incentivadores da diapausa. Dentre eles o mais comum � o fotoper�odo, em que a maioria dos insetos responde a limites absolutos de dura��o da luminosidade. Entretanto, quando o n�mero de horas de luz atinge valores superiores ou inferiores a um determinado limite cr�tico, o organismo entra em diapausa.[25] Em alguns casos a atua��o da temperatura como sinal indutor da diapausa independe de outros fatores. Da mesma forma que no fotoper�odo, altera��es na temperatura induzem a diapausa quando ultrapassam determinado limite cr�tico.[26] Altera��es de umidade s�o sinais ambientais muito utilizados por certas esp�cies embora quase sempre funcionem em intera��o com a temperatura e o fotoper�odo. Sinais bi�ticos tamb�m agem como indutores da diapausa. O principal deles seria a disponibilidade de alimento, que na maioria dos casos, possuem papel secundário (Danks, 1987).

Fisiologia da diapausa[27][28]

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A estagnação do crescimento, que é a principal característica da diapausa, está relacionada à muitas mudanças bioquímicas e fisiológicas no organismo de insetos. Estes demonstram a natureza adaptativa das diapausas, pois aumentam a capacidade do inseto para sobreviver às condições adversas (inverno, seca). Algumas características fisiológicas foram observadas em todos os tipos de diapausa:

- Metabolismo

Variação de temperatura entre 17°C  e 25°C em ambientes onde há pupas do gênero Sarcophaga. O gráfico demonstra que conforme há o aumento de temperatura, a duração da diapausa em dias reduz.

O início de grande parte dos tipos de diapausa está correlacionado a uma queda acentuada no consumo de oxigênio. As curvas de respiração caem para um nível baixo característico (cerca de um décimo do consumo normal de oxigênio num dado estágio) e esse nível é mantido praticamente inalterado no decorrer da diapausa.

- Enzimas respiratórias

Muitos autores demonstraram uma série de mudanças na atividade de enzimas respiratórias. Desde um aumento observado na resistência ao HCN e CO assim como uma resistência (70 vezes maior) a venenos orgânicos que bloqueiam o sistema citocromo (toxinas pilocarpina e difteria), foi concluído que este sistema é inativado durante a diapausa e trocado por um citocromo particular chamado de b5.

- Utilização e acúmulo de reservas

Uma característica fisiológica importante da diapausa trata da redução na utilização da reserva de materiais (proteínas e gorduras) correlacionadas a uma redução no metabolismo. Prebble (1941) mostrou que, nas moscas Gilpinia polytoma, menos de dois por cento da reserva de materiais foi consumida durante todo o período de inverno. Resultados similares foram obtidos com outras espécies. Essa parece ser uma das vantagens mais importantes da diapausa, em que o metabolismo reduzido ocorre durante condições adequadas para que assim a diapausa em insetos seja importante para a sobrevivência da espécie.

-  Equilíbrio de água

Um aumento na proporção de matéria seca é outra característica importante na diapausa de insetos, fazendo deles mais resistentes ao frio. O equilíbrio no balanço de água é geralmente restaurado na retomada de crescimento e a falta de umidade adequada pode prolongar a diapausa em alguns casos, até que o equilíbrio hídrico seja restabelecido.

- Digestão durante a diapausa

Muitos insetos estão aptos a se mover livremente e aceitar comida durante a diapausa. No entanto, foi demonstrado que grande parte destes não estão capacitados a utilizar esse alimento, seja para o desenvolvimento gonadal ou para a restauração das reservas de gordura corporal, e logo acabam morrendo de exaustão em poucos dias.

Princípio hormonal da diapausa[29][30]

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Uma série de diferentes teorias foram formuladas para explicar o mecanismo e a origem da diapausa. Os mais importantes destes podem ser divididos em três grupos:

1)  Diapausa é o resultado do acúmulo de uma substância específica inibitória “agindo sobre a inibição dos processos de vida ”, que é lentamente decomposto durante o desenvolvimento da diapausa. Essa categoria também inclui o conceito de diapausa hormonal geral proposta por Hinton (1953). No entanto, nenhuma evidência experimental de uma substância com tais características foram obtidas até então, exceto pelas descobertas sobre o condicionamento humoral na diapausa embrionária em Bombyx (Bicho-de-seda).

2)  Diapausa é o resultado do decréscimo no conteúdo de água em tecidos, entre outras coisas, e pelo acúmulo de reservas materiais, primeiramente gordura. Isso leva a uma redução no metabolismo e outras características da diapausa. Diapausa é, no entanto, mais provavelmente a causa do que o efeito de todas essas mudanças, como Andrewartha (1960) sugeriu, ou talvez o resultado de uma e a mesma causa de todas essas mudanças.

3)  Diapausa é condicionada hormonalmente, seja pela ausência de hormônios da metamorfose indispensáveis para o desenvolvimento,  ou no caso de diapausa embrionária, o resultado da ação de fatores humorais especiais. A primeira formulação clara desse conceito foi dada por Wigglesworth (1936) em seu estudo sobre o sistema hormonal dos insetos sugadores Rhodnius prolixus.

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Notas

  1. Danks HV. Insect Dormancy: an Ecological Perspective. Biological Survey of Canada Monograph Series I. Gloucester, Ontario, Canada: Tyrell Press, 1987, p. 439.
  2. Physiological strategies during animal diapause: lessons from brine shrimp and annual killifish. Podrabsky JE, Hand SC J Exp Biol. 2015 Jun; 218 (Pt 12):1897-906.
  3. Seasonal Adaptations of Insects, Maurice J. Tauber. Catherine A. Tauber. Shinzo Masaki
  4. de Oliveira, Adriele Karlokoski Cunha, and Igor Soares de Oliveira. "A influência da temperatura nas histórias de vida de vertebrados." Revista da Biologia (2014).
  5. Bradshaw WE; Armbruter; PA; Holzapfel CM. 1998. Fitness consequences of hibernal diapauses in the pitcher-plant mosquito, Wyeomyia smithii. Ecology 79: 1458-1462.
  6. Beck SD. 1980. Insect photoperiodism. 2 ed. Academic Press, New York.
  7. Gilbert JJ; Schreiber DK. 1998. Asexual diapause induced by food limitation in the rotifer Synchaeta pectinata. Ecology 79:1371-1381
  8. Harper JL. 1977. Population biology of plants. Academic Press, New York, USA.
  9. Tauber MJ; Tauber CA; Masaki S. 1986. Seasonal adaptation of insects. Oxford University Press, New York, USA.
  10. Lees Ad. 1953. Enviromental factors controlling the evocation and termination of diapause in the fruit tree red spider mite Metatetranychus ulmi Koch (Acarina: Tetranychidae). Ann Appl Biol 40:449-486
  11. Matsuo, Y. "Cost of prolonged diapause and its relationship to body size in a seed predator." Functional Ecology 20.2 (2006): 300-306.
  12. Muller, H.J. (1970) Food distribution, searching success and predator-prey models. In: The Mathematical Theory of the Dynamics of Biological populations (R.W. Hiorns, ed.), pp. 87-101. Academic Press, London.
  13. Harper, J.L. (1977) The population Biology of Plants. Academic Press, London.
  14. Denlinger, David L. (2009). Encyclopedia of Insects. [S.l.]: Second Edition 
  15. a b Castro, A. C. D. (2016). Mecanismo de indução e quebra de diapausa em Euryades corethrus (LEPDOPTERA: PAPILIONIDAE: TROIDINI).
  16. Embryonic diapause in vertebrates.Mead RA J Exp Zool. 1993 Sep 1; 266(6):629-41.
  17. Ewert MA. Cold torpor, diapause, delayed hatching and aestivation in reptiles and birds. In: Egg Incubation: Its Effects on Embryonic Development in Birds and Reptiles, edited by Deeming DC, Ferguson MWJ. New York: Cambridge University Press, 1991, p. 173–191
  18. Referência: Hill,Gordon A.; Wyse,Margaret Anderson. Fisiologia Animal. Biotemas, Florianópolis, 2.ed, p. 433-434, 2016.
  19. Hill,Gordon A.; Wyse,Margaret Anderson. Fisiologia Animal.
  20. Biotemas, Florianópolis, 2.ed, p. 433-434, 2016.
  21. ( Encyclopedia of Entomology, John L. Capinera, pg 1400)
  22. (Leon R. Hockham, Jeff A. Graves, Michael G. Ritchie (2001). “Variable maternal control of facultative egg diapause in the bushcricket Ephippiger ephippiger” . Ecological Entomology, p 143–147. doi: 10.1046/j.1365-2311.2001.00312.x)
  23. (D. R. Khanna (2004). Biology of Arthropoda,pg 314)
  24. Martins, ROGERIO P., and MARCOS S. Barbeitos. "Adaptações de insetos e mudanças no ambiente: Ecologia e evolução da diapausa." Ecologia e comportamento de insetos. Série Oecologia Brasiliensis 8 (2000): 149-192.
  25. (e.g., a mosca Calliphora vicina, McWatters & Saunders, 1996).
  26. (Eizaguirre et al., 1993)
  27.  Prebble (1941): M. L. Prebble. 1941. “The Diapause and Related Phenomena in Gilpinia Polytoma(Hartig): IV. Influence of Food and Diapause upon Reproductive Capacity”.
  28. (D. R. Khanna (2004). Biology of Arthropoda,pg 294-296)
  29. (D. R. Khanna (2004). Biology of Arthropoda,p 301,302)
  30. Wigglesworth (1936): Wigglesworth, V.B (1936). The function of the corpus allatum in the growth and reproduction of Rhodnius prolixus (Hemiptera). Quart. J. micr. Sci. 79, 91-121.