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Ecossistema aquático

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Ecossistemas aqu�ticos abrangem os ecossistemas de �gua doce: rios, lagos, lagoas e geleiras, assim como os recursos h�dricos subterr�neos que s�o certos os len��is fre�ticos e reservat�rios subterr�neos; e tamb�m os ecossistemas mar�timos e costeiros, como manguezais e restingas, nas �reas costeiras de mares e oceanos.

Segundo a Ag�ncia Nacional de �guas do Brasil (ANA), os ecossistemas aqu�ticos s�o analisados de acordo com o bioma ao qual pertencem, como a floresta amaz�nica, a caatinga, o cerrado e o pantanal, mata atlântica e os campos sulinos, e a zona costeira e marinha.

Significa todos os ecossistemas aquáticos, que tem um corpo de biótopo de água, tais como: mares, oceanos, rios, lagos, pântanos e assim por diante. Os dois mais importantes são: os ecossistemas marinhos e de água doce.

Importância ecológica do ecossistema aquático

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A quantidade, as variações e regularidade das águas do rio são de grande importância para as plantas, animais e pessoas que vivem ao longo de seu curso. A fauna dos rios é de anfíbios, peixes e uma grande variedade de invertebrados aquáticos.

Rios e suas planícies de inundação sustentam ecossistemas diversos e valiosos, não só pela disposição da água doce para suporte da vida, mas também pela criação de um substrato orgânico que forma a base das cadeias alimentares. No leito dos rios, os peixes se alimentam de plantas. Insetos são comidos por aves, anfíbios, répteis e mamíferos, formando assim teias alimentares dependentes do suporte aquático.

A água fresca do rio tem uma grande variedade de composição. Como a composição química depende, em primeiro lugar, do que a água pode dissolver no solo, é o solo que determina a maior parte composição química da água.

Se o solo é pobre em sais solúveis e minerais, a água será igualmente pobre em sais e minerais. E, analogamente, se o solo é rico em substâncias solúveis, a água se tornará rica em sais minerais.

As características físico-químicas da água são essenciais para os seres vivos que nela residem pois estão permanentemente em contato com ela.

Classificação

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Como dito, os mais importantes ecossistemas aquáticos são o marinho e o de água doce. Há também zonas costeiras, bentônicos e pelágicos.

O ecossistema marinho cobre aproximadamente 71% da superfície terrestre, e 97% da água do planeta. 32% da produção primária líquida do mundo. [1]

Limnociclo (água doce)

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O ecossistema de água doce cobre 0,8% da superfície terrestre, e é responsável por 0,009% da água total do planeta.[1]

Há basicamente três divisões entre dentro do ecossistema de água doce.

Ecossistemas lênticos, lóticos, as zonas úmidas.

Zonas úmidas

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Áreas onde o solo está saturado com água ou inundadas em partes do ano.

Ecossistema lêntico: a água é parada ou de baixo fluxo, tais como lagos, lagoas, poças e reservatórios.

Ambientes lênticos, ou ‘lagos’ podem ser de água salina, doce, em ambiente continental ou costeiro, sendo estes totalmente ou parcialmente circundados por terra firme. São formações relativamente recentes, do ponto de vista geográfico e de “pequena” duração.[2]

Regiões para o desenvolvimento dos estudos em ambientes lênticos
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Região Litorânea
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Compreende ao compartimento do lago que está em contato direto com o ecossistema terrestre adjacente, sendo desta forma influenciado diretamente por ele. Esta região possui todos os níveis tróficos de um ecossistema, ou seja, produtores primários (especialmente macrófitas aquáticas), consumidores e decompositores, sendo considerada como um compartimento autônomo dentro do ecossistema aquático. Vale ressaltar que em muitos ambientes lênticos a região litorânea é pouco desenvolvida ou mesmo ausente (lagos de origem vulc�nica e represas).

Regi�o Limnica ou Pel�gica
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Ao contr�rio da regi�o litor�nea, a regi�o limn�tica � observada em quase todos os ecossistemas aqu�ticos, sendo que suas principais comunidades s�o o pl�ncton (bact�rias, fitopl�ncton e zoopl�ncton) e o n�cton (peixes).

Regi�o Profunda
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� uma regi�o caracterizada pela aus�ncia de organismos fotoautotr�ficos, em decorr�ncia da n�o penetra��o de luz e por ser uma regi�o dependente da produ��o de mat�ria org�nica das regi�es litor�nea e limn�tica. A sua comunidade bent�nica � formada principalmente por invertebrados aqu�ticos (oligoquetas, crust�ceos, moluscos e larvas de insetos).


Regi�o de Interface �gua-Ar
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Esta regi�o � habitada por duas comunidades: a do n�uston (organismos microsc�pios como bact�rias, fungos e algas) e a do pl�uston (macr�fitas aqu�ticas e animais, tais como o aguap�, alface d'�gua e v�rios pequenos animais como as larvas de Culex - Diptera - que permanecem penduradas verticalmente da pel�cula superficial, perfurando-a e obtendo ar atmosf�rico para a sua respira��o). A exist�ncia destas comunidades se deve a tens�o superficial da �gua.

Ecossistema l�tico sistema de �gua em rios, c�rregos e riachos.

�guas correntes s�o definidas do ponto de vista hidrol�gico como uma "calha", na qual � transportada a descarga da �gua superficial (sistemas abertos). A sua classifica��o � muito mais complexa do que a classifica��o de lagos, porque a sua g�nese n�o � um processo t�o significativo. Os ambientes l�ticos transportam subst�ncias cin�tica e as levam em geral ao mar. Al�m do transporte permanente de subst�ncias em solu��o, existe tamb�m o deslocamento de material insol�vel, de montante a jusante, especialmente sob a forma de eros�o, e no curso inferior sobretudo sob a forma de sedimenta��o.[2]


O grande pesquisador alem�o Harold Sioli publicou em 1950 o hist�rico trabalho sobre os diferentes tipos de �guas da regi�o amaz�nica, identificando a estreita rela��o entre a qu�mica e a biologia das �guas amaz�nicas com a geologia e a mineralogia da regi�o. Os tr�s grupos de rios identificados por SIOLI (1950) foram[2]:

  1. Rios de �gua Brancas (Barrentas) - rios que drenam regi�es geol�gicas recentes como os Andes e podem fornecer grande quantidade de material atrav�s de processos erosivos (ex.: Solim�es, Madeira e Branco)
  2. Rios de �guas Claras - rios que t�m suas origens em regi�es geologicamente antigas (ex.: Tapaj�s, Xingu e na bacia do rio Itanha�m o rio Mambu em seu alto curso, onde percorre terrenos pr�-cambrianos).
  3. Rios de �guas Negras - rios que originam-se em regi�es planas, antigas e com solos arenosos e vegeta��o do tipo campina. A cor negra que caracteriza as �guas se deve � ocorr�ncia de um processo de decomposi��o incompleto que d� origem a subst�ncias h�micas (ex.: Negro e Caruru na Amaz�nia e rios Preto e Aguape� na bacia do rio Itanha�m).


Refer�ncias

  1. a b Alexander, David E. (1 de maio de 1999). Encyclopedia of Environmental Science. [S.l.]: Springer. ISBN 0-412-74050-8 
  2. a b c UFERSA. «QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS ECOSSISTEMAS LÊNTICOS (LAGOS), LÓTICOS (RIOS E RIACHOS) E HÍBRIDOS (REPRESAS) ?» 
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