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Eleições gerais em Honduras em 2009

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Honduras
Honduras

As eleições gerais hondurenhas de 2009 foram realizadas em 29 de novembro. Uma grande crise política se instalou no país em junho de 2009 pela deposição do então presidente, Manuel Zelaya, pelo ditador Roberto Micheletti. Zelaya acabou pedindo asilo político à embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital hondurenha, onde está atualmente refugiado.[1]

Os meios de comunicação fazem constantes chamados para a população ir às urnas. 4,6 milhões de hondurenhos - 1 milhão deles residentes no exterior - estão aptos a escolher um presidente, três vice-presidentes, 128 deputados e os integrantes de 298 prefeitos. Grande parte da comunidade internacional, no entanto, disse que não reconhecerá os resultados das eleições pelo fato das mesmas estarem ocorrendo em meio a uma ruptura constitucional, após o golpe Zelaya em 28 de junho.[2]

Os candidatos dos dois principais partidos políticos são Porfirio Lobo Sosa do Partido Nacional, que havia enfrentado Zelaya na eleição anterior, e Elvin Santos do Partido Liberal, ex vice-presidente de Zelaya. Felicito Ávila é o candidato do Partido Democrata Cristão. Todos os três reconheceram o governo de Micheletti. Entre a oposi��o, os candidatos s�o C�sar Ham do esquerdista Partido da Unifica��o Democr�tica, o sindicalista e l�der garifuna Bernard Mart�nez Valerio do centro-esquerdista Partido da Inova��o e Unidade (PINU) e o tamb�m sindicalista, Carlos Humberto Reyes, um dos coordenadores da Frente Nacional de Resistencia Contra el Golpe de Estado en Honduras, que foi o candidato independente apoiado por Zelyada. Mart�nez � o primeiro candidato presidencial negro da hist�ria de Honduras, de acordo com o PINU. Reyes se retirou da disputa para n�o legitimar o golpe de estado e elei��es que, segundo seus partid�rios, seriam fraudulentas. A tabela abaixo mostra os seis candidatos � presid�ncia de Honduras, por ordem de reconhecimento de suas candidaturas pelo Supremo Tribunal Eleitoral:

Candidato Partido
Porfirio Lobo Sosa Partido Nacional
Bernard Mart�nez Valerio Partido da Inova��o e Unidade
Felicito �vila Partido Democrata Crist�o
Elvin Santos Partido Liberal
C�sar Ham Partido da Unifica��o Democr�tica
Carlos Reyes Independente
(retirou-se da disputa em 9 de novembro)

Participa��o

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A Frente de Resist�ncia ao Golpe de Estado em Honduras afirmou que a absten��o na vota��o ficou entre 65% e 70% dos eleitores, e proclamou "a vit�ria sobre o golpe". "Em termos gerais a absten��o real vai ficar entre 65% e 70%", disse o l�der campon�s Rafael Alegr�a, que tamb�m assinalou que "est� clar�ssimo que h� uma rejei��o � legitima��o do golpe, o povo deu um golpe no golpe de Estado e definitivamente vai ser dif�cil que ele e a comunidade internacional reconhe�am estas elei��es". O dirigente disse que de acordo com seus relat�rios, a absten��o oscila entre 60% e 65% na capital do pa�s, San Jos�, que segundo ele � tradicionalmente seguidora do Partido Nacional, cujo candidato presidencial foi Porfirio Lobo. Acrescentou que a absten��o chega "a 80%" em regi�es como San Pedro Sula, capital econ�mica do pa�s, e em El Progresso, ambas no norte. "O prolongamento de uma hora a mais n�o � porque as filas est�o cheias, mas porque tentam fazer as pessoas votarem". A Frente de Resist�ncia informou que o resultado "foi uma vit�ria" e que para haja uma "caravana da vit�ria sobre a farsa eleitoral".[3]

Candidato Partido Votos % Resultados
Porfirio Lobo Sosa PN 937,006 55.91 Presidente eleito
Bernard Mart�nez PINU 37,029 2.21
Felicito �vila PDC 32,113 1.92
Elvin Santos PL 639,481 38.16
C�sar Ham PUD 30,334 1.81
V�lidos 1,675,963 100.00
Nulos 69,577 3.89
Brancos 44,758 2.50
Total 1,790,223[4]
Votos registrados ~4.6 milh�es[5][6] ~60% (TSE[4])

Rea��o internacional ao pleito

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N�o reconhecer�o o pleito

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Os seguintes pa�ses e organiza��es disseram que n�o ir�o reconhecer o pleito, independentemente do resultado,[7][8] e retiraram sua assist�ncia �s elei��es de Honduras:[9][10][11]

Reconhecerão o pleito

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Apenas cinco países afirmaram que irão reconhecer o pleito:[7][8][12]

Dependente do resultado

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Os governos dos seguintes países afirmarão que irão esperar o resultado do pleito para tomarem uma posição oficial sobre o assunto:[8]

Referências