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Fogos Caramuru

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Fogos Caramuru
ind�stria de fogos de artif�cio
Slogan "Os �nicos que n�o d�o chab�"

"N�o tendo a cabe�a do �ndio, n�o � Caramuru"

Funda��o 1915 (109 anos)
Fundador(es) Antonio Chieffi
Sede Jacare�, SP (matriz)

Santo Ant�nio do Monte, MG (f�brica)

Propriet�rio(s) Valter Jeremias
Website oficial http://www.fogoscaramuru.com.br/site/

A Fogos Caramuru � uma fabricante de fogos de artif�cio brasileira fundada em Jacare�, no interior de S�o Paulo, e com f�brica na cidade de Santo Ant�nio do Monte, no estado de Minas Gerais. � uma das ind�strias de fogos de artif�cio mais antigas do Brasil com mais de cem anos de atividade.

Origens do nome

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A empresa foi fundada em 1915, em Jacare�, na regi�o do Vale do Para�ba, por Antonio Chieffi, imigrante italiano da regi�o de Palermo.[1]

O nome da empresa � uma homenagem a Diogo �lvares Correia, um explorador portugu�s que era conhecido como Caramuru, nome em tupi que poderia significar "homem trov�o" ou "pau que cospe fogo", visto que na hist�ria do n�ufrago ele supostamente teria disparado para o alto com a sua garrucha para afastar os �ndios que o cercavam.

Apesar de ter sido um n�ufrago portugu�s e o nome "caramuru" ser origin�rio do tupi-guarani, o logotipo da fabricante � o desenho de um �ndio em estilo norte-americano.

Auge e exporta��es

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Durante algumas d�cadas foi uma das mais importantes e maiores empresas no ramo de pirotecnia no mundo, sendo a empresa respons�vel pelo show de fogos na inaugura��o da Disneyl�ndia, nos Estados Unidos, em 1955.[2][3] Tamb�m foi a respons�vel pelo primeiro show de fogos no reve�llon da praia de Copacabana, da inaugura��o da cidade de Bras�lia em 1960, e da inaugura��o da Bas�lica de Nossa Senhora Aparecida em 1980.[3][4][5]

Anuncio comemorativo da inauguração da cidade de Brasília, publicado na revista Manchete em 1960

Nas décadas de 60 e 70, seu dono Biagino Chieffi diversificou e fundou junto com o designer projetista Miguel Raspa, a FAM - Fábrica de Armas Modernas, para produção de uma linha de armas de fogo com a marca Caramuru.[1][6] Também abriu a fábrica Índios Pirotecnia que produz material pirotécnico para sinalização marítima e usos militares.[7]

Nos tempos áureos, chegou a exportar fogos de artifício para toda a America Latina, Estados Unidos, Canadá e alguns países da Europa.[8][9] Possuia fábricas no Brasil em Santa Branca, Santo Antônio do Monte e Jacareí, e no exterior em países como Argentina, Colômbia e Paraguai,[3] além de escritórios em São Paulo e uma grande quantidade de lojas revendendo seus produtos sob o nome "Bazar Caramuru".

Também era conhecida por seus slogans que se tornaram famosos como "Os únicos que não dão chabu" e "Se não tem a cabeça do índio, não é Caramuru".

Em 1984, quando Biagino Chieffi faleceu, a empresa foi vendida para o empresário Valter Jeremias.[1]

Em 1986, a empresa exportava cerca de 1 milhão de dólares em fogos de artifício por ano para outros países.[10]

No ano de 1995, produziu cerca de 750 toneladas de fogos de artifício.[11]

Ainda durante a década de 1990, com a queda das exportações brasileiras, muitas empresas do ramo passaram a perder espaço no mercado externo para produtos pirotécnicos fabricados na China, principalmente em países desenvolvidos.

Em meados dos anos 2000, a Caramuru passou a fabricar e comercializar produtos exclusivamente para o mercado brasileiro.

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  • A Fogos Caramuru foi citada em uma campanha publicitária da cerveja Antártica Original, no ano de 2010, na peça publicitária, a cerveja é comparada a diversos produtos tão tradicionais quanto ela e que são utilizados pelo povo brasileiro, como o sabonete Phebo, o requeijão Catupiry, a esponja de aço Bom Bril, os palitos Gina e os Fogos Caramuru.[12]
  • Alguns catálogos e fogos de artifício antigos da Caramuru que eram vendidos no exterior, principalmente entre as décadas de 1990 e 2000, ainda podem ser encontrados a venda em sites como o eBay ou de colecionadores e entusiastas da pirotecnia nos Estados Unidos.[13][14]
  • Em dezembro de 1989, pouco tempo após o incidente com sinalizador do Maracanã envolvendo o goleiro chileno Rojas e a torcedora Rosenery Mello, a Fogos Caramuru participou como patrocinadora de uma possível contratação do goleiro pelo São Bento Futebol Clube de Sorocaba.[15] Rosenery recepcionaria o goleiro na sua apresentação ao time,[16] entretanto, as negociações não avançaram.

Referências

  1. a b c Fernando Romero Prado. «Biagino Chieffi». Site de Jacareí. Consultado em 27 de setembro de 2020 
  2. Biagino Chieffi (http://www.sitedejacarei.com.br/rua-de-jacarei/1373/estrada+municipal+abade+biagino+chieffi)
  3. a b c «BUZZ # 21 OUTUBRO». Issuu (em inglês). Consultado em 27 de setembro de 2020 
  4. «História de Copacabana 1». copacabana.com. Consultado em 1 de fevereiro de 2023 
  5. «Folha de S.Paulo - Caramuru vende toda a produção de fogos - 27/12/1996». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de fevereiro de 2023 
  6. carlos. «REVÓLVER CARAMURU R1 – ARMAS HISTÓRICAS». Consultado em 27 de setembro de 2020 
  7. Indíos Pirotecnia (http://www.indiospirotecnia.com.br/)
  8. Brazilian Bulletin (em inglês). [S.l.]: Brazilian Government Trade Bureau. 1972 
  9. «Reviews». crackerfire.tripod.com. Consultado em 27 de setembro de 2020 
  10. «Espetáculo pirotécnico está pronto». Jornal do Brasil: p. 47. 29 de dezembro de 1986 
  11. «Folha de S.Paulo - Caramuru produz 10% mais fogos que em 94 - 3/1/1996». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 7 de outubro de 2020 
  12. «Cerveja Original». Bar, Bebida & Propaganda. 18 de novembro de 2010. Consultado em 27 de setembro de 2020 
  13. «Bombas No 4 FOGOS CARAMURU Fireworks 1.3G Master Case Box 1990's Fine Condition». eBay (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2020 
  14. «Fogos Caramuru catalog». www.fireworksland.com. FireworksLand.com. Consultado em 7 de outubro de 2020 
  15. Sohr, Raul (1 de dezembro de 1989). «Comissão chilena culpa Rojas pelos incidentes na partida com Brasil». Jornal do Brasil: p. 25 
  16. «El 'Cóndor' Rojas pasó a préstamo al Sao Bento, la 'fogueteira' Mello irá a su debut». EFE. La Opinion (em espanhol): p. 20. 5 de dezembro de 1989 
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