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Trabalhador

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(Redirecionado de Funcion�rio)
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Um mec�nico trabalhando em uma bomba a vapor de uma termoel�trica (foto de Lewis Hine, 1920).

Trabalhador, tamb�m chamado de oper�rio e prolet�rio, � um termo amplo que inclui todo aquele que vive do seu trabalho, ou seja, o indiv�duo que emprega sua for�a de trabalho para a transforma��o material ou imaterial, em fun��es geralmente subordinadas.[1]

No passado, trabalho inclu�a formas escravas, servas, artes�s e assalariadas. Na atualidade, geralmente o trabalhador � considerado legalmente (formalmente) como todo aquele que realiza tarefas baseadas em contratos, com sal�rio acordado e direitos previstos em lei (caracterizando-se mais como empregado), muito embora formas de escravid�o e servid�o persistam. No caso de voluntariado, trabalha-se em institui��es sem fins lucrativos, n�o sendo, portanto, assalariados.

Quando "trabalhador" � classificado como sin�nimo de classe social que n�o tem a propriedade dos meios de produ��o, tendo como �nica fonte de remunera��o a venda de sua for�a de trabalho, ele toma o conceito de proletariado.[2]

Classifica��o

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As classifica��es do trabalhador incluem as formas tradicionais, isto �, escravid�o, servid�o, artes�o e assalariado, assim como sua rela��o com a ocupa��o, donde pode estar empregado ou numa rela��o de desemprego, contabilizado para o ex�rcito industrial de reserva. Outras classifica��es importantes incluem a qualifica��o, as rela��es jur�dico-econ�micas e o setor de atua��o.

Pelo grau de qualifica��o

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O trabalhador profissional � aquele que formou-se, aperfei�oou-se, habilitou-se e capacitou-se para o exerc�cio de uma atividade laboral. O profissional tem muito conhecimento sobre sua profiss�o sendo assim um especialista.[3] Espera-se que tal trabalhador seja melhor remunerado pelo trabalho que executa[4] ou atividade que exerce, pois assume compromisso e identidade profissional, dado sua qualifica��o, com a presta��o de servi�os � sociedade.[5]

J� o trabalhador n�o-profissional (ou amador) � algu�m n�o formalmente qualificado, muito embora, em determinadas situa��es, n�o seja definidor das capacidades t�cnicas deste em rela��o a um trabalhador profissional.[5]

Pelas rela��es jur�dico-econ�micas

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O trabalhador formal est�, necessariamente, alocado em um emprego estruturado, com estatuto, contrato, jornada, sal�rios, remunera��es adicionais, deveres e direitos muito bem estabelecidos. O trabalhador formal contribui para o produto interno bruto do pa�s, uma vez que colabora coletivamente na sustenta��o e custeio do sistema socioecon�mico. Geralmente, o trabalhador formal recebe maior renda e maiores benef�cios, al�m de dispor de instrumentos que d�o mais igualdade entre homens e mulheres.[6]

O trabalhador informal � aquele que fica aqu�m de um arranjo formal na lei ou na pr�tica. Pode ser pago ou n�o e � sempre desestruturado e n�o regulamentado.[6]

O trabalhador aut�nomo indica quem trabalha por conta pr�pria sem v�nculo empregat�cio, muito embora tenha pelo menos a formaliza��o do seu trabalho, com uma margem comum de direitos e deveres.[7]

O trabalhador liberal (ou profissional liberal) � aquele que tem total liberdade para exercer a sua profiss�o, mas que possui um regime de formaliza��o muito mais r�gido, bem como margens mais elaboradas de direitos e deveres, assim como jornada e salários melhor definidos.[8]

O subtrabalhador, ou lumpesinato, é uma fração dos trabalhadores não organizada e destituída de recursos econômicos, sendo assim desprovidas de consciência política e de classe. São trabalhos totalmente à margem da lei ou de reconhecimento do Estado, em que o trabalhador está na criminalidade, é capturado para ela ou está em condições absolutamente insalubres e precárias.[9]

Por setor econômico de atuação

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Pela área de atuação, o trabalhador localiza-se geralmente nos seguintes setores: primário, onde atua basicamente como agricultor e extrativista; secundário, onde atua como metalúrgico, montador, artesão, etc., e; no terciário, onde atua basicamente como comerciário e prestador de serviços. Nas subdivisões posteriores como quaternário e quinário, as atividades laborais são mais sutis e específicas, como informação e conhecimento e voluntariado.

No mundo anglo-saxão é costume agrupar os trabalhadores de acordo com o tipo de ofício que realizam sob a cor teórica do "colarinho", uma metonímia relacionada ao uniforme comum de uso na profissão. Os trabalhadores podem ser classificados da seguinte forma:[10]

  • Colarinho-branco: seriam aqueles que estão encarregados de tarefas administrativas e executivas, ou seja, trabalhando em escritórios, em balcões, etc.;
  • Colarinho azul: geralmente trabalhadores da indústria, fábricas e oficinas. Seriam eletricistas, operadores de máquinas, estivadores, pedreiros, mecânicos, engenheiros, técnicos de informática e comunicações, etc.;
  • Colarinho rosa: são aqueles do setor de serviços, ou seja, saúde, educação, trabalhador doméstico, etc.;
  • Colarinho verde: refere-se ao trabalhador dedicado aos setores da economia social (ou terceiro setor) e da economia sustentável;
  • Outros colarinhos: há classificações mais recentes que afirmam haver colarinhos pretos/cinzas, para a indústria mineral e petroleira, dourados para os relacionados a profissões liberais, ao mercado financeiro e empresarial, e vermelho para os trabalhadores do serviço público. Estas últimas classificações de colarinhos são raramente usadas.[11]

Referências