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Gr�mio Hebraico

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A Ordem Independente do Gr�mio Hebraico, tamb�m designada somente como "Gr�mio Hebraico" assume-se como ordem hebraica independente e foi criada a 13 de Adar II de 5768 do calend�rio judaico (20 de Mar�o de 2008 do Calend�rio Gregoriano). A data escolhida para a cria��o e redac��o do Manifesto da Ordem coincide com o dia em que, segundo a B�blia Hebraica, a Rainha Ester jejuou, fazendo-o em reden��o, no sentido de salvar o seu povo do exterm�nio que Ham� pretendia levar a cabo.

Original do 'Manifesto'.

Sua sede � em Lisboa, Portugal.

A cria��o da Ordem est� orientada nos prop�sitos da Reden��o, que simboliza um objetivo pertinente para o povo judeu, no �mbito da defesa do seu legado e protec��o da sua heran�a dos meandros secularizadores.

O Juda�smo, a Lei Divina, o Culto, o desprendimento, a generosidade para com outrem est�o na base dos valores professados pelos seus membros. Estes mesmos valores s�o o mote da Ordem, que � retirado de um tratado de �tica judaica do Talmud, denominado por Pirkei Avot: "Sime�o, o Justo, um dos �ltimos membros da Grande Assembleia, dizia que o mundo se sustinha sobre tr�s pilares: a Lei Divina, o Culto e os Actos de Bondade".[1]

A agrega��o de um membro pode acontecer aquando de um desejo sincero expresso por algu�m que, de livre iniciativa, entre em contacto directo com a Ordem. No entanto, normalmente h� que cumprir determinados requisitos com vista a especificar a aptid�o de cada aspirante face �s "responsabilidades de aspecto varonil e de honestidade como membro da Ordem".[2]

O convite de um "fraternu" do seio da Ordem � um mote priorit�rio para a an�lise de uma candidatura. Poder�o candidatar-se e participar homens e mulheres "de bons costumes, de desejo sincero, livres e que sintam em si a vontade de enaltecer a Ordem com o seu contributo cooperativo".[2] No entanto, aqueles que forem chamados a uma integra��o mais plena na vida da Ordem realizam o caminho espec�fico da Via Inici�tica. Esta � orientada pelos "Homens de Na��o", e que tradicionalmente tem raiz para-ma��nica masculina.

Um dos mais comuns locais de encontro de 'fraternus' em Lisboa.

Os membros procuram discutir problemas, defeitos e virtudes do Povo Judeu em Israel e na Di�spora, com vista a implementar um progresso intelectual e uma maior fraterniza��o entre as comunidades judaicas portuguesas.

A Ordem faz um incans�vel apelo � participa��o dos membros no Culto nas sinagogas, no entanto, existem as Tert�lias designadas como uma outra congrega��o da Ordem, que s�o encontros de regularidade constante, de car�cter informal e em ambiente de confraterniza��o. Com menor regularidade e reservadas especificamente aos "Homens de Na��o" existem as Reuni�es, que s�o motivos de encontro para a apresenta��o de Cadernos com estudos efectuados pelos seus membros, relativos � tem�tica do Juda�smo e que ostentam um car�cter formal e ritualista.

Discri��o

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A discri��o � um dos prop�sitos desta Ordem, praticada em nome de uma org�nica baseada no escopo de uma ac��o que n�o aspira � visibilidade p�blica. A sua filosofia assenta nos valores da humildade e da mod�stia, como express�o social de valores espirituais mais profundos.

A refer�ncia fundadora desta Ordem est� focada na B�blia Hebraica. Uma das celebra��es de refer�ncia b�blica praticada no quadro desta Institui��o � a Festa de Purim, onde � ocultado o nome do Todo-Poderoso. Estando Deus presente em qualquer momento da hist�ria do mundo, ent�o esta foi a forma de Deus se "dissimular" ritualmente na hist�ria de Purim.[3] Esta particularidade expressa, figurativamente, o modo como a Ordem deveria cumprir o seu papel na vida judaica ap�s o Manifesto que simboliza a Reden��o. Praticar o altru�smo humanit�rio, o aprofundamento da Lei Divina e o serviço religioso não é consentâneo com uma exteriorização celebrativa e com manifestações públicas.

Este carácter de discrição é também exprimido pelo motivo de evitar confrontos exteriores nos temas que geram algum incómodo, nomeadamente o anti-semitismo e as visões ultra-dogmáticas.

O Grémio Hebraico rege-se por princípios base de carácter fraternal e religioso: crer, respeitar e amar com lealdade ao Deus Único; Aceitar os princípios da Fé Judaica; cumprir os valores de fraternidade e lealdade para com os membros da Ordem; manter discrição e recato para com a Ordem; assumir com responsabilidade estes valores de forma a não expor ou evidenciar a Ordem fora da mesma; manter um ideal de paz; defender os valores da liberdade e os bons costumes; afirmar a base espiritual da existência humana a partir do aperfeiçoamento pessoal; defender a justiça, proteger e ajudar os necessitados, promovendo a filantropia e o altruísmo; ser fiel à verdade, respeitando a palavra empenhada e evitar o rumor e a maledicência; validar o papel da Sinagoga e dinamizar a Comunidade Judaica.

  • Florentino E. Franco, Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal, Lisboa, 2009
  • Grémio Hebraico, Cadernos Públicos , Lisboa, 2008

Referências

  1. Pirkei Avot, 1:2
  2. a b Código de Princípios da OIGH Não disponível
  3. Moed Meguilá 10