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Gusa

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Gusa usada para fundi��o d�ctil

O gusa � o produto imediato da redu��o do min�rio de ferro pelo coque ou carv�o e calc�rio num alto forno. O gusa normalmente cont�m at� 5% de carbono, o que faz com que seja um material quebradi�o e sem grande uso direto.[1]

Geralmente nos processos industriais, o ferro gusa � considerado como uma liga de ferro e carbono, contendo de 2,11% a 5,00% de carbono e outros elementos ditos residuais, como sil�cio, mangan�s, f�sforo e enxofre.

O gusa � vertido diretamente a partir do cadinho do alto forno para contentores para formar lingotes, ou usado diretamente no estado l�quido em aciarias ou fundi��es. Os lingotes s�o ent�o usados para produzir ferro fundido e a�o, ao extrair-se o carbono em excesso.

Na Europa, o processo s� se tornou comum a partir do s�culo XIV.

Maiores produtores de gusa
Pa�s Produ��o %
R. P. da China 46,4
Jap�o 9,7
R�ssia 5,9
Estados Unidos 4,3
Ucr�nia 3,8
Brasil 3,7

Embora seja o sexto maior produtor, o Brasil � o maior exportador mundial de gusa. �BNDES financia com R$ 30 milh�es amplia��o da produ��o de ferro gusa da Usipar�. BNDES. 20 de agosto de 2008. Consultado em 17 de maio de 2022 


O Brasil se destaca como o maior produtor mundial de ferro gusa a partir de carv�o vegetal.[carece de fontes?] Minas Gerais � o Estado com maior n�mero de produtores, destacando as cidades de Tim�teo, Ita�na, Sete Lagoas, Pitangui, Bom Despacho e Divin�polis como principais polos produtores.[carece de fontes?]

Normalmente, o a�o � fabricado a partir de oxig�nio e �xido de ferro, na aciaria. Retirado o excesso de carbono, sil�cio e f�sforo, atrav�s de processos relativamente f�ceis, resta a retirada do enxofre (dessulfura��o), que � mais complicada [2]. o a�o carbono � formado por uma pequena percentagem de ligas de carbono, e tem uma estrutura cristalina c�bica de corpo centrado (ccc).

Inova��es

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A busca de efici�ncia no processo de dessulfura��o do ferro gusa resultou em novos procedimentos e inova��es em equipamentos, que aumentaram significativamente a qualidade final do a�o e reduziram o consumo de energia, al�m de transformar um res�duo t�xico em material inerte. As conquistas s�o da equipe de pesquisa do Laborat�rio Interdisciplinar de Eletroqu�mica e Cer�mica da Universidade Federal de S�o Carlos (LIEC-UFSCar), em parceria com a Companhia Sider�rgica Nacional (CSN). A CSN atualmente produz 4,5 milh�es de toneladas anuais de a�o e j� est� operacionalizando as inova��es.

Os processos atuais usam �xido de c�lcio e carbonato de c�lcio que reagem com o enx�fre, formando sulfeto de c�lcio. Como a retirada do enx�fre n�o � muito eficiente, o a�o chega a um padr�o de qualidade 4 ou 5, numa escala de um a dez. "Acrescentamos carbeto de c�lcio (conhecido como carbureto) e borra de alum�nio (alum�nio met�lico), um res�duo da fabrica��o de alum�nio, t�xico para as plantas", conta Elson Longo, da UFSCar, coordenador da pesquisa. "O alum�nio eleva a temperatura do banho e melhora a dessulfura��o, convertendo-se, ainda, de alum�nio met�lico em �xido de alum�nio, que deixa de ser t�xico". Em seguida, � adicionada uma liga de magnésio e alumínio, ambos metálicos, e o resultado é um aço que chega a 10, na escala de qualidade.

As injeções dos elementos dessulfurizadores são feitas no carro torpedo — espécie de "esteira" na qual se faz o transporte do ferro gusa do alto forno para o conversor — de modo que não foi necessário fazer grande reformas na siderúrgica. O custo deste aço nobre, mesmo assim, é mais alto, porém a equipe também pensou num sistema de silos, que permite fabricar aço "a la carte", com o padrão de qualidade (e preço) definido pelos compradores.

À adaptação no sistema de fabricação, acrescentaram também uma modificação no revestimento do carro torpedo, que ganhou uma camada interna de cerâmica altamente refratária e uma tampa, com as quais deixou de perder calor — cerca de 40°C — em seu curto trajeto. Tais medidas, em conjunto, resultaram numa economia de energia de 17%. Para os altos fornos, que usam carvão coque ou mesmo carvão vegetal, isso também significa uma redução nas emissões de gases do efeito de estufa.

Referências

  1. S.A, Priberam Informática. «gusa». Dicionário Priberam. Consultado em 8 de junho de 2023 
  2. http://www.h2brasil.com/parte-1/1-2-4-o-carv-o-vegetal#/
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