Lisímaco
Lisímaco | |
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Nascimento | 361 a.C. Pela |
Morte | 281 a.C. Curupedion |
Sepultamento | tomb of Lysimachos, between Kardia and Paktys |
Cidadania | Macedónia Antiga, Trácia |
Progenitores |
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Cônjuge | Niceia, Amástris, Arsínoe II |
Filho(a)(s) | Arsínoe I, Agátocles (filho de Lisímaco), Eurídice, Ptolemy Epigonos, Lysimachus, Philip, Alexandre |
Irmão(ã)(s) | Autodicus, Philip, Alcimachus of Apollonia |
Ocupação | soberano, político, militar |
Título | lista de reis da Macedónia, king of Thrace |
Causa da morte | morto em combate |
Lisímaco (c. 360 a.C. — 281 a.C.) foi um dos generais de Alexandre, o Grande, seu guarda-costas [1] e, após a morte do imperador, tornou-se um dos diádocos (sucessores de Alexandre). Em 306 a.C., Lisímaco tornou-se basileu (rei), governando a Ásia Menor, a Trácia (região compreendida entre o Mar Negro e a Macedônia) e a Macedônia por vinte anos.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Agátocles, era cidadão de Pela na Macedônia. Conta Pausânias que uma vez, irritado, Alexandre trancou Lisímaco junto com um leão, descobrindo depois que ele havia dominado a fera; a partir daí Alexandre o tratou com respeito e honrando-o como os mais nobres macedônios.[1] Durante as campanhas de Alexandre contra o Império Aquemênida ele era um dos seus guarda-costas imediatos, distinguindo-se dos demais na Índia.
Após a morte de Alexandre (323 a.C.) ele foi indicado para governar a Trácia, que estava sob controle macedônio desde a época de Filipe II[1] e o Quersoneso. Por um longo período ele esteve principalmente ocupado em lutar contra o rei odrísio Seutes III. Na luta contra os getas, seu filho Agátocles foi capturado, e ele fez um acordo de paz com Dromiclíates, rei dos Getas, entregando todo o território além do Ister e casando sua filha com o rei.[2] Uma outra versão é que o próprio Lisímaco foi capturado, e Agátocles, seu filho, que celebrou o acordo de paz.[2] Em seguida, Lisímaco casou seu filho Agátocles com Lisandra, filha de Ptolomeu I Sóter e Eurídice, filha de Antípatro.[2]
Em 315 a.C., ele uniu Cassandro, Ptolomeu e Seleuco contra Ant�gono, que, contudo, desviou sua aten��o por provocar as tribos citas e tr�cias contra ele. Em 309 a.C., fundou Lisim�quia numa localiza��o privilegiada no istmo que liga a Cheson�sia ao continente. Ele seguiu o exemplo de Ant�gono e tomou para si o t�tulo de rei. Em 302 a.C., quando a segunda alian�a entre Cassandro, Ptolomeu e Seleuco foi feita, Lis�maco, refor�ado pelas tropas de Cassandro, penetrou na �sia Menor encontrando uma pequena resist�ncia. Ao se aproximar Ant�gono, ele se retirou para resid�ncia de inverno pr�ximo a Heracleia P�ntica, casando-se com a rainha vi�va Am�stris, uma princesa persa. Seleuco se uniu a ele em 301 a.C., e na Batalha de Ipso Ant�gono foi derrotado e morto. Seus dom�nios foram divididos entre os vencedores, com Lis�maco recebendo grande parte da �sia Menor.
Sentindo que Seleuco havia se tornado perigosamente poderoso, Lis�maco agora se aliou a Ptolomeu, casando-se sua filha Ars�noe II do Egito. Am�stris, que havia se divorciado dele, retornou a Heracleia. Quando o filho de Ant�gono Dem�trio I da Maced�nia renovou as hostilidades (279 a.C.) durante sua aus�ncia da Gr�cia, Lis�maco atacou suas cidades na �sia Menor, mas em 294 a.C. selaram a paz segundo a qual Dem�trio foi reconhecido como governante da Maced�nia. Ele tentou levar o seu poder al�m do Dan�bio, mas foi derrotado e feito prisioneiro pelo rei geta Drom�cates, que em seguida, o libertou sob termos amig�veis. Dem�trio em seguida amea�ou a Tr�cia, mas se retirou em conseq��ncia de um levante na Be�cia e de um ataque de Pirro de Epiro.
Em 288 a.C., Lis�maco e em seguida Pirro invadiram a Maced�nia, e expulsaram Dem�trio do pa�s. A Pirro foi permitido permanecer de posse da Maced�nia com o t�tulo de rei, mas em 285 a.C. ele foi expulso por Lis�maco.
Problemas dom�sticos amarguraram os �ltimos anos da vida de Lis�maco. Am�stris foi assassinada por seus dois filhos; Lis�maco os condenou � morte. Em seu retorno, Ars�noe lhe pediu como presente Her�clea, o que ele concedeu, apesar de ele ter prometido libertar a cidade. Em 284 a.C., Ars�noe, desejosa em conquistar a sucess�o para seus filhos em detrimento de Ag�tocles (o primog�nito de Lis�maco), fazendo intrigas contra ele com a ajuda de seu irm�o Ptolomeu Cerauno; eles o acusaram de conspirar com Seleuco para tomar o trono, sendo ent�o condenado a morte.
Esse feito atroz de Lis�maco causou grande indigna��o. Muitas das cidades da �sia Menor se revoltaram, e seus amigos de confian�a desertaram. A vi�va de Ag�tocles fugiu para Seleuco, que por sua vez invadiu os territ�rios de Lis�maco na �sia. Em 281 a.C., Lis�maco cruzou o Helesponto entrando na Lídia, e na decisiva Batalha de Corupédio ele foi morto. Após alguns dias seu corpo, vigiado por um dedicado cão, foi encontrado no campo de batalha, e entregue a seu filho Alexandre, que o sepultou em Lisimáquia.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.9.5
- ↑ a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.9.6