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Máquina de fiar hidráulica

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Maquete de uma Water Frame no Museu da Primeira Industrializa��o em Wuppertal.

A Water Frame � uma m�quina de fiar movida por uma roda d'�gua . Em geral, estruturas hidr�ulicas existem desde os tempos do Egito Antigo.

Richard Arkwright patenteou a Water Frame em 1769[1]. Sua ideia veio da m�quina de fiar criada em 1764 por James Hargreaves, a Spinning Jenny. O problema da Spinning Jenny era produzir fios grossos e pouco resistentes, por isso, Arkwright desenvolveu uma m�quina que seria a evolu��o da Spinning Jenny: a Water Frame.[2][3]

H� fontes que apontam que a Spinning Jenny foi constru�da para Thomas Highs pelo relojoeiro John Kay, sendo que este foi contratado por Arkwright para a constru��o da Water Frame.[4]

Funcionando com energia hidr�ulica, a Water Frame de Arkwright foi um m�todo mais f�cil e mais r�pido do que nunca antes visto. Ela tamb�m produziu um fio mais forte e mais resistente do que o produzido pela ent�o famosa Spinning Jenny.[5]

Outra estrutura movida a �gua para a produ��o de t�xteis foi desenvolvida em 1760, na antiga cidade industrializada de Elberfeld, Pr�ssia (atual Wuppertal, Alemanha), pelo propriet�rio alem�o da f�brica de alvejamento, Johann Heinrich Bockm�hl.[6][7]

O nome Water Frame � derivado do uso de uma roda d'�gua para movimentar v�rios quadros de fia��o. A roda d'�gua fornecia mais pot�ncia � m�quina do que os operadores humanos, reduzindo a quantidade de trabalho humano necess�ria e aumentando drasticamente a produtividade de fios. Por�m, ao contr�rio da Spinning Jenny, a Water Frame podia fiar apenas um fio de cada vez, at� que Samuel Compton combinou as duas inven��es em sua Spinning Mule, criada em 1779, que foi mais eficaz e produtiva.

A Water Frame foi originalmente movida por cavalos em uma f�brica constru�da por Arkwright e parceiros em Nottingham. Em 1771, Arkwright e seus parceiros instalaram uma f�brica de grandes dimens�es contando com um moinho movido a �gua em Cromford, Derbyshire. Este complexo fabril permitiu a fabricação massiva de algodão e foi uma das precursoras da Revolução Industrial na Grã-Bretanha, sendo considerado o berço do sistema fabril moderno.

Em 1771, Arkwright fundou uma fábrica têxtil em Cromford, Derbyshire, onde instalou a Water Frame, criando uma das primeiras fábricas movidas à água e que foi construída especificamente para abrigar maquinários em vez de apenas reunir os trabalhadores. Foi uma das primeiras ocasiões em que a jornada de trabalho foi estabelecida por horários e em que as pessoas estavam empregadas, em vez de apenas contratadas. Em sua forma final, combinada com sua cardadora, foi a primeira fábrica a utilizar um processo contínuo da matéria-prima ao produto acabado em uma série de operações.[8]

Arkwright desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do sistema fabril ao combinar a energia hídrica, a Water Frame e a produção contínua com práticas de emprego modernas. Com isso, a invenção da Water Frame desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da Revolução Industrial.[9]

Referências

  1. «Sir Richard Arkwright». Consultado em 19 de março de 2019 
  2. John Simkin. «British History - The Textile System - The Water Frame». Spartacus Educational Publishers Ltd., 1997. Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  3. «A History of the World - Arkwright's Water Frame spinning machine». BBC. Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  4. McNeil, Ian (1990). An Encyclopedia of the History of Technology. Routledge. London: [s.n.] pp. 827–30. ISBN 0415147921 
  5. Richard L. Hills, "Hargreaves, Arkwright and Crompton. Why Three Inventors?." Textile history 10.1 (1979): 114-126.
  6. «Industrial Heritage Expeditions - Textile in Wuppertal». Bergische Struktur- und Wirtschaftsförderungsgesellschaft mbH. Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  7. Hinrich Heyken. «Von Bleichern, Färbern und Fabrikanten» (PDF). City of Wuppertal. Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  8. The blast furnace, often considered the first continuous process, was a single process. The water frame, or more specifically the cotton mill of which it was a part, embodied a whole series of processes in one continuity, from raw cotton bale to the spun thread.
  9. Maxine Berg, The age of manufactures, 1700-1820: Industry, innovation and work in Britain (Routledge, 2005).

Ligações externas

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