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Marinha Continental

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O navio Columbus da Continental Navy.

A Marinha Continental (em ingl�s Continental Navy) foi o equivalente no mar ao Ex�rcito Continental de George Washington durante a Revolu��o Americana em 1775.

O principal objectivo da Marinha Continental durante a Guerra Revolucion�ria era a intercep��o e a apreens�o dos navios enviados de Inglaterra para apoiar as suas for�as, bem como de uma forma geral prejudicar o com�rcio mar�timo brit�nico. Com a independ�ncia a Marinha Continental foi dissolvida, e s� alguns anos depois os Estados Unidos viriam a ter uma marinha.

A rec�m-formada marinha norte-americana optou por basear a sua estrat�gia na tradi��o cors�ria e contrabandista que se desenvolvera intensamente na col�nia durante os �ltimos anos da press�o comercial brit�nica, que assentava no ataque de surpresa para compensar a despropor��o em meios de artilharia no confronto com os t�o bem armados navios de linha ingleses.

A apoiar os futuros Estados Unidos na guerra, a Fran�a tamb�m se envolveu em algumas ac��es de combate no mar, mas n�o coordenadas com a Marinha Continental, nem forneceu meios substanciais.

A cria��o

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Iniciada a guerra, a necessidade de uma marinha tornou-se evidente, e em Outubro de 1775, o Congresso criou a Marinha Continental, ao que se seguiu um m�s depois, um Corpo de Infantaria da Marinha.

Quando se inicia a guerra, as treze col�nias da Am�rica do Norte tinham j� uma desenvolvida rede com�rcio mar�timo que cobria toda a costa atl�ntica da Am�rica do Norte at� ao mar das Cara�bas. Este com�rcio era sustentado por um vasto conjunto de estaleiros locais, com acesso a grande abund�ncia de madeira de qualidade da regi�o, mas sobretudo pela fus�o das t�cnicas de constru��o naval inglesa, francesa e holandesa. A costa leste norte-americana, com a sua costa recortada e com condi��es de mar e ventos complexa, deu origem a v�rios tipos de embarca��es muito marinheiras, r�pidas e manobr�veis, das quais as escunas eram o melhor exemplo.

Quatro destas embarca��es s�o compradas e armadas, e um Comit� Naval � criado no Congresso, sob a lideran�a de John Adams. Em Dezembro, os USS Alfred (24 canh�es), Andrew Doria (14 canh�es), Cabot (14 canh�es), e Columbus (24 canh�es) s�o oficialmente incorporados na Marinha Continental, e em 22 de Dezembro Esek Hopkins � nomeado como comandante em chefe desta marinha, que seria rapidamente refor�ada pelo Providence (12 canh�es), Wasp (8 canh�es), e Hornet (10 canh�es).

Aumento da frota

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Mas, para além desta frota, as escunas coloniais (colonial schooners) chamaram a atenção do Congresso, não só porque a sua velocidade e facilidade de manobra permitia enfrentar os mais bens armados, mas lentos, navios britânicos, cativando os seus armadores para a luta através da emissão de cartas de corso. Calcula-se que o Congresso Continental e, mais tarde, o Congresso dos Estados Unidos tenham dado mais de 1,6 mil cartas de corso.

Um exemplo acabado destes corsários foi John Paul Jones, abordo do seu Bonhomme Richard', um velho navio mercante francês convertido num navio de guerra de 40 canhões, atacou a fragata inglesa Serapis, de 50 canhões, ao largo de Flamborough, no Yorkshire, numa acção que levou a guerra às águas inglesas.

Foi também ordenada a construção de 13 fragatas, das quais só algumas foram acabadas, e nenhuma sobreviveu á guerra.

Quando a 30 de Novembro de 1782 a Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos, iniciou-se o processo de desmantelamento da Marinha Continental.

Fim da Marinha Continental

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Dos cerca de 65 navios (novos, convertidos, fretados, emprestados e capturados) que serviram em um momento ou outro com a Marinha Continental, apenas 11 sobreviveram à guerra. O Tratado de Paris em 1783 encerrou a Guerra Revolucionária e, em 1785, o Congresso dissolveu a Marinha Continental e vendeu os navios restantes.

A fragata Alliance deu os tiros finais da Guerra Revolucionária Americana; foi também o último navio da Marinha. Uma facção dentro do Congresso queria mantê-la, mas a nova nação não tinha fundos para mantê-la no serviço, e ela foi leiloada por US$ 26 mil. Os fatores que levaram à dissolução da Marinha incluíram uma falta generalizada de dinheiro, a confederação frouxa dos estados, uma mudança de objetivos da guerra para a paz e mais interesses internos e menos interesses estrangeiros.

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