Meio ambiente
O meio ambiente (do latim: ambĭens,ēntis, de ambīre: "andar ao redor", "rodear') refere-se ao conjunto de fatores físicos, biológicos e químicos que cerca os seres vivos, influenciando-os e sendo influenciado por eles. Pode ser entendido também como o conjunto de condições que permitem abrigar e reger a vida em todas as suas formas - os ecossistemas que existem na Terra.
Conceito
[editar | editar código-fonte]O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:
- Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural;
- Recursos naturais e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo, que não são originados por atividades humanas.
A Conferência de Estocolmo, organizada pelas Organização das Nações Unidas em 1972, abordou o tema da relação da sociedade com o meio ambiente. Foi a primeira grande atitude mundial no sentido de tentar preservar o meio ambiente. Nessa conferência, o meio ambiente foi definido como sendo "o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas."[2]
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) estabelecida pela Lei No. 6.938 de 31 de agosto de 1981[a] e regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990 define meio ambiente como "o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas". [1]
Em Portugal, o meio ambiente é definido pela Lei de Bases do Ambiente (Lei nº 11/87) como "o conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações, e dos factores económicos, sociais e culturais com efeito directo ou indirecto, mediato ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida do homem.".[2]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O termo "meio ambiente" provêm do latim "ambĭens,ēntis", de "ambīre" ou "ambiens" que em português tem o sentido de "andar ao redor", "rodear", "envolver".
Composição
[editar | editar código-fonte]As ciências da Terra geralmente reconhecem três esferas, a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera ,que juntas formam a biosfera;[3] correspondentes respetivamente às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma porção distinta da hidrosfera, assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.
Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas ao planeta Terra.[4] Há quatro disciplinas principais nas ciências da Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas disciplinas principais usam física, química, biologia, cronologia e matemática para criar um entendimento qualitativo e quantitativo para as áreas principais ou esferas do "sistema da Terra".
Atividades geológicas
[editar | editar código-fonte]A crosta da Terra, ou litosfera, é a superfície sólida externa do planeta e é química e mecanicamente diferente do manto do interior. A crosta tem sido gerada largamente pelo processo de criação das rochas ígneas, no qual o magma (rocha derretida) se resfria e se solidifica para formar rocha sólida. Abaixo da litosfera se encontra o manto no qual é aquecido pela desintegração dos elementos radioativos. O processo de convecção faz as placas da litosfera se moverem, mesmo lentamente. O processo resultante é conhecido como tectonismo.[5][6][7] Vulcões se formam primariamente pelo derretimento do material da crosta da zona de subducção ou pela ascensão do manto nas dorsais oceânicas e pluma mantélica.
Água na Terra
[editar | editar código-fonte]Oceanos
[editar | editar c�digo-fonte]Um oceano � um grande corpo de �gua salina e um componente da hidrosfera. Aproximadamente 71% da superf�cie da Terra (uma �rea de 361 milh�es de quil�metros quadrados) � coberta pelo oceano, um cont�nuo corpo de �gua que � geralmente dividido em v�rios oceanos principais e mares menores. Mais da metade dessa �rea est� numa profundidade maior que tr�s mil metros. A salinidade oce�nica m�dia � por volta de 35 partes por milhar (ppt) (3,5%), e praticamente toda a �gua do mar tem uma salinidade de 30 a 38 ppt. Apesar de geralmente reconhecidos como v�rios oceanos 'separados', essas �guas formam um corpo global interconectado de �gua salina por vezes chamado de Oceano Global.[8] Esse conceito de oceano global como um corpo cont�nuo de �gua com um interc�mbio relativamente livre entre suas partes � de fundamental import�ncia para a oceanografia.[9] As principais divis�es oce�nicas s�o definidas em parte pelos continentes, v�rios arquip�lagos, e outros crit�rios: essas divis�es s�o (em ordem decrescente de tamanho) o Oceano Pac�fico, o Oceano Atl�ntico, o Oceano �ndico, o Oceano Ant�rtico e o Oceano �rtico.
Rios
[editar | editar c�digo-fonte]Um rio � um curso de �gua natural, que tem origem na nascente, geralmente de �gua doce, fluindo em dire��o a um oceano, lago, mar, p�ntano, ou outro rio. Em alguns poucos casos, o rio simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de alcan�ar outro corpo de �gua. Rios pequenos podem ser conhecidos por v�rios outros nomes, incluindo c�rrego, angra e ribeiro, c�rrego, canal, riacho, arroio, riachuelo ou ribeiro.
Nos Estados Unidos, um rio � classificado como tal se tiver mais de dezoito metros de largura. A �gua do rio geralmente est� em um canal, formado por um leito entre bancos. Em rios mais largos h� tamb�m muitas zonas sujeitas a inunda��es formadas pelas �guas de enchente atingindo o canal. Essas zonas podem ser bem largas em rela��o ao tamanho do canal do rio. Rios s�o parte do ciclo da �gua. A �gua do rio � geralmente coletada da precipita��o atrav�s da bacia hidrogr�fica e por reabastecimento da �gua subterr�nea, nascentes e libera��o da �gua armazenada nas geleiras e coberturas de neve.
C�rrego
[editar | editar c�digo-fonte]Um c�rrego � um corpo de �gua fluindo como uma corrente, confinado entre um ber�o e bancos. Em alguns pa�ses ou comunidades, um c�rrego pode ser definido por seu tamanho. Nos Estados Unidos, um c�rrego � classificado como um curso de �gua com menos que dezoito metros de largura. C�rregos s�o importantes corredores que conectam habitats fragmentados e assim conservam a biodiversidade. O estudo de c�rregos e caminhos de �gua em geral � conhecido como hidrologia de superf�cie.[10] Os c�rregos incluem angras, os afluentes que n�o alcan�am um oceano e n�o se conectam com um outro c�rrego ou rio, e os ribeiros que s�o pequenos c�rregos geralmente origin�rios de uma nascente ou escoam para o mar.
Lagos
[editar | editar c�digo-fonte]O lago (do termo latino lacus) � um acidente geogr�fico, um corpo de �gua que est� localizado no fundo de uma depress�o. O corpo de �gua � considerado um lago quando est� cercado por terra, n�o faz parte de um oceano, � mais largo e mais profundo que uma lagoa e � alimentado por um rio.
Lagos naturais da Terra s�o geralmente encontrados em �reas montanhosas, riftes, e �reas com glacia��o em andamento ou recente. Outros lagos s�o encontrados em bacias endorreicas ou ao longo do curso de rios maduros. Em algumas partes do mundo, h� muitos lagos por causa do ca�tico padr�o de drenagem deixado pela �ltima Era do Gelo. Todos os lagos s�o tempor�rios em rela��o a escalas geol�gicas de tempo, pois eles s�o lentamente preenchidos com sedimentos ou s�o liberados da bacia que os cont�m.
Lagoa
[editar | editar c�digo-fonte]Uma lagoa � um corpo de �gua estagnada, natural ou criada pelo ser humano, que quase sempre � menor que um lago. Uma grande variedade de corpos de �gua feitos pelo homem podem ser classificados como lagoas, incluindo jardins aqu�ticos criados para ornamenta��o est�tica, viveiros de peixe criados para reprodu��o comercial de peixes, e lagoas solares criadas para armazenar energia t�rmica. Lagoas e lagos podem se diferenciar de c�rregos pela velocidade da correnteza. Enquanto a corrente de c�rregos � facilmente observada, lagos e lagoas possuem microcorrentes guiadas termicamente e correntes moderadas criadas pelo vento.
Atmosfera
[editar | editar c�digo-fonte]A atmosfera da Terra serve como um fator principal para sustentar o ecossistema planet�rio. A fina camada de gases que envolve a Terra � mantida no lugar pela gravidade do planeta. O ar seco consiste em 78% de nitrog�nio, 21% oxig�nio, 1% �rgon e outros gases inertes como o di�xido de carbono. Os gases restantes s�o geralmente referenciados como "trace gases",[11] entre os quais se encontram os gases do efeito estufa como o vapor d'�gua, di�xido de carbono, metano, �xido nitroso e oz�nio. O ar filtrado inclui pequenas quantidades de muitos outros compostos qu�micos. O ar tamb�m cont�m uma quantidade vari�vel de vapor d'�gua e suspens�es de gotas de �gua e cristais de gelo vistos como nuvens. Muitas subst�ncias naturais podem estar presentes em quantidades m�nimas em amostras de ar n�o filtrado, incluindo poeira, p�len e esporos, maresia, cinzas vulc�nicas e meteoroide. V�rios poluentes industriais tamb�m podem estar presentes, como cloro (elementar ou em compostos), compostos de fl�or, merc�rio na forma elementar, e compostos de enxofre como o di�xido de enxofre [SO�]
.
A camada de oz�nio da atmosfera terrestre possui um importante papel em reduzir a quantidade de radia��o ultravioleta (UV) que atinge a superf�cie. Como o DNA � facilmente danificado pela luz UV, isso serve como prote��o para a vida na superf�cie. A atmosfera tamb�m ret�m calor durante a noite, assim reduzindo os extremos de temperatura durante o dia.
Camadas atmosf�ricas
[editar | editar c�digo-fonte]- Principais camadas
A atmosfera terrestre pode ser dividida em cinco camadas principais. Essas camadas s�o determinadas principalmente pelo aumento ou redu��o da temperatura de acordo com a altura. Da mais alta � mais baixa, essas camadas s�o:
- Outras camadas
Efeitos do aquecimento global
[editar | editar c�digo-fonte]O aquecimento global est� sendo estudado por um grande n�mero de cientistas, que est�o cada vez mais preocupados com os seus efeitos potenciais a longo prazo em nosso ambiente natural e no planeta. De especial preocupa��o � como a mudan�a clim�tica e o aquecimento global causados por fatores antr�picos, como a libera��o de gases do efeito estufa, mais notavelmente o di�xido de carbono, podem interagir e ter efeitos adversos sobre o planeta, seu ambiente natural e a exist�ncia humana. Esfor�os t�m sido focados na mitiga��o dos efeitos dos gases de estufa, que est�o causando mudan�as clim�ticas, e no desenvolvimento de estrat�gias de adapta��o para o aquecimento global, para ajudar homens, esp�cies de animais e plantas, ecossistemas, regi�es e na��es a se adequarem aos efeitos deste fen�meno. Alguns exemplos de colabora��o recente em rela��o a mudan�a clim�tica e aquecimento global incluem:
- O tratado e conven��o da Conven��o-Quadro das Na��es Unidas sobre a Mudan�a do Clima sobre Mudan�a Clim�tica, para estabilizar as concentra��es de gases estufa na atmosfera em um n�vel que iria prevenir uma perigosa interfer�ncia antropog�nica no sistema clim�tico;[12]
- O Protocolo de Quioto, que � o acordo internacional com o objetivo de reduzir os gases de estufa, em um esfor�o de prevenir mudan�as clim�ticas antropog�nicas;[13]
- A Iniciativa Clim�tica Ocidental, para identificar, avaliar, e implementar meios coletivos e cooperativos para reduzir os gases de estufa, se focando em um sistema de mercado de capta��o e troca.[14]
Um desafio significante � identificar as din�micas do ambiente natural em contraste com as mudan�as ambientais que n�o fazem parte das varia��es naturais. Uma solu��o comum � adaptar uma vis�o est�tica que negligencia a exist�ncia de varia��es naturais. Metodologicamente, essa vis�o pode ser defendida quando olhamos processos que mudam lentamente e s�ries de curto prazo, apesar do problema aparecer quando processos r�pidos se tornam essenciais no objeto de estudo.
Clima
[editar | editar c�digo-fonte]O clima incorpora as estat�sticas de temperatura, umidade, press�o atmosf�rica, vento, chuva, contagem de part�culas atmosf�ricas e muitos outros elementos meteorol�gicos em uma dada regi�o por um longo per�odo de tempo. O clima pode se opor ao tempo, na medida em que esse � a condi��o atual dos mesmos elementos em per�odos de no m�ximo duas semanas.
O clima de um local � afetado pela sua latitude, terreno, altitude, cobertura de gelo ou neve, assim como corpos de �gua pr�ximos e suas correntezas. O clima pode ser classificado de acordo com o valor m�dia e t�pico de diferentes vari�veis, as mais comuns sendo temperatura e precipita��o. O m�todo mais usado de classifica��o foi desenvolvido originalmente por Wladimir K�ppen. O sistema Thornthwaite,[15] em uso desde 1948, incorpora evapotranspira��o em adi��o � informa��o sobre temperatura e precipita��o e � usado para estudar no estudo da diversidade de esp�cies animais e os impactos potenciais das mudan�as clim�ticas. Os sistemas de classifica��o de Bergeron e o Spatial Synoptic Classification se focam na origem de massas de ar definindo o clima em certas �reas.
Tempo
[editar | editar c�digo-fonte]Tempo � o conjunto de fen�menos ocorrendo em uma dada atmosfera em um certo tempo.[16] A maioria dos fen�menos de tempo ocorrem na troposfera,[17][18] logo abaixo da estratosfera. O tempo se refere, geralmente, a temperatura e atividade de precipita��o no dia a dia, enquanto o clima � um tempo para as condi��o atmosf�rica m�dia em um longo per�odo de tempo.[19] Quando usado sem qualifica��o, "tempo" � entendido como o tempo da Terra.
O tempo ocorre pela diferen�a de densidade (temperatura e mistura) entre um local e outro. Essa diferen�a pode ocorrer por causa do �ngulo do sol em um local espec�fico, que varia de acordo com a latitude dos tr�picos. O forte contraste de temperaturas entre o ar polar e tropical d� origem a correntes de ar. Sistemas de temperatura em altitudes medianas, como ciclones extratropicais, s�o causados pela instabilidade no fluxo das correntes de ar. Como o eixo da Terra � inclinado relativo ao seu plano de �rbita, a luz solar incide em diferentes �ngulos em diferentes �pocas do ano. Na superf�cie da terra, a temperatura normalmente varia de �40 �C anualmente. Ao passar de milhares de anos, mudan�as na �rbita da Terra afetou a quantidade e distribui��o de energia solar recebida pela Terra e influenciou o clima a longo prazo.
A temperatura da superf�cie difere, por sua vez, por causa de diferen�a de press�o. Altas altitudes s�o mais frias que as mais baixas por causa da diferen�a na compress�o do calor. A previs�o do tempo � uma aplica��o da ci�ncia e tecnologia para predizer o estado da atmosfera da Terra em uma determinada hora e lugar. A atmosfera da Terra � um sistema ca�tico, ent�o pequenas mudan�as em uma parte do sistema podem causar grandes efeitos no sistema como um todo. Os homens tem tentado controlar o clima ao longo da hist�ria, e h� evid�ncias que atividades humanas como agricultura e ind�stria tenham inadvertidamente modificado os padr�es clim�ticos.
Vida
[editar | editar c�digo-fonte]As evid�ncias sugerem que a vida na Terra tenha existido a 3,7 bilh�es de anos.[20] Todas as formas de vida compartilham mecanismos moleculares fundamentais, e baseando-se nessas observa��es, teorias sobre a origem da vida tem tentado encontrar um mecanismo explicando a forma��o do organismo de c�lula �nica primordial de onde toda a vida se originou. H� muitas hip�teses diferentes sobre o caminho que pode ter levado uma simples mol�cula org�nica, passando por vida pr�-celular, at� protocelular e metabolismo.
Na biologia, a ci�ncia dos organismos vivos, "vida" � a condi��o que distingue organismos ativos da mat�ria inorg�nica, incluindo a capacidade de crescimento, atividade funcional e a mudan�a cont�nua precedendo a morte.[21][22] Um diverso conjunto de organismos vivos (formas de vida) pode ser encontrado na biosfera da Terra, e as propriedades comuns a esses organismos - plantas, animais, fungos, protistas, archaea e bact�ria - s�o formas celulares baseadas em carbono e �gua com uma complexa organiza��o e informa��es gen�ticas heredit�rias. Organismos vivos passam por metabolismo, mant�m homeostase, possuem a capacidade de crescimento, responder a est�mulo, reprodu��o e, atrav�s da sele��o natural, se adaptar ao seu ambiente em sucessivas gera��es.[23] Organismos de vida mais complexa podem se comunicar atrav�s de v�rios meios.
Ecossistema
[editar | editar c�digo-fonte]Um ecossistema � uma unidade natural consistindo de todas as plantas, animais e micro-organismos (fatores bi�ticos) em uma �rea funcionando em conjunto com todos os fatores f�sicos n�o vivos (abi�ticos) do ambiente.[24]
Um conceito central do ecossistema � a ideia de que os organismos vivos est�o continuamente empenhados em um conjunto altamente interrelacionado de relacionamentos com cada um dos outros elementos constituindo o ambiente no qual eles existem. Eugene Odum, um dos fundadores da ci�ncia da ecologia, afirmou: "Qualquer unidade que inclua todos os organismos (ou seja: a "comunidade") em uma determinada �rea interagindo com o ambiente f�sico de modo que um fluxo de energia leva a estrutura tr�fica claramente definida, a diversidade bi�tica e ciclos de materiais (ou seja: troca de materiais entre vivos e n�o vivos pe�as) dentro do sistema � um ecossistema .".[25]
O conceito humano de ecossistema � baseado na desconstru��o da dicotomia homem / natureza, e na promessa emergente que todas as esp�cies s�o ecologicamente integradas com as outras, assim como os constituintes abi�ticos de seu bi�tipo.
Um maior n�mero ou variedade de esp�cies ou diversidade biol�gica de um ecossistema pode contribuir para uma maior resili�ncia do ecossistema, porque h� mais esp�cies presentes no local para responder a mudan�as e assim "absorver" ou reduzir seus efeitos. Isso reduz o efeito antes de a estrutura do ecossistema mudar para um estado diferente. Esse n�o � sempre o caso e n�o h� nenhuma prova da rela��o entre a diversidade de esp�cies em um ecossistema e sua habilidade para prover um benef�cio a n�vel de sustentabilidade. Florestas tropicais �midas produzem muito pouco benef�cio e s�o extremamente vulner�veis a mudan�a, enquanto florestas temperadas rapidamente crescem de volta para seu estado anterior de desenvolvimento dentro de um ciclo de vida. ap�s cair ou a floresta pegar fogo.[carece de fontes] Algumas pradarias t�m sido exploradas sustentavelmente por milhares de anos (Mong�lia, turfa europeia)).[carece de fontes]
O termo "ecossistema" pode tamb�m ser usado para ambientes criados pelo homem, como ecossistemas humanos e ecossistemas influenciados pelo homem, e pode descrever qualquer situa��o na qual h� uma rela��o entre os organismos vivos e seu ambiente. Atualmente, existem poucas �reas na superf�cie da terra livres de contato humano, apesar de algumas �reas genuinamente selvagens continuem a existir sem qualquer forma de interven��o humana.
Biomas
[editar | editar c�digo-fonte]Bioma �, terminologicamente, similar ao conceito de ecossistemas, e s�o �reas na Terra clim�tica e geograficamente definidas com condi��es clim�ticas ecologicamente similares, como uma comunidades de plantas, animais e organismos do solo, geralmente referidos como ecossistemas. Biomas s�o definidos na base de fatores como estrutura das plantas (como �rvores, arbustos e grama), tipo de folha (como broadleaf e needleleaf), e clima. Ao contr�rio das ecozonas, biomas n�o s�o definidos pela gen�tica, taxonomia, ou similaridades hist�ricas. biomas s�o normalmente identificados com padr�es particulares de sucess�o ecol�gica e vegeta��o cl�max.
Ciclos biogeoqu�micos
[editar | editar c�digo-fonte]Um ciclo biogeoqu�mico � o percurso realizado no meio ambiente por um elemento qu�mico essencial � vida. Ao longo do ciclo, cada elemento � absorvido e reciclado por componentes bi�ticos (seres vivos) e abi�ticos (ar, �gua, solo) da biosfera e, �s vezes, pode se acumular durante um longo per�odo de tempo em um mesmo lugar. � por meio dos ciclos biogeoqu�micos que os elementos qu�micos e compostos qu�micos s�o transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta.
Os mais importantes s�o os ciclos da �gua, oxig�nio, carbono, nitrog�nio e f�sforo.[26]
- O ciclo do nitrog�nio � a transforma��o dos compostos contendo nitrog�nio na natureza.
- O ciclo da �gua, � o cont�nuo movimento da �gua na, sobre e abaixo da superf�cie da Terra. A �gua pode mudar de estado entre l�quido, vapor e gelo em suas v�rias etapas.
- O ciclo do carbono � o ciclo biogeoqu�mico no qual o carbono � passado entre a biosfera, pedosfera, geosfera, hidrosfera e a atmosfera.
- O ciclo do oxig�nio � o movimento do oxig�nio dentro e entre os tr�s maiores reservat�rios: a atmosfera, a biosfera e a litosfera. O principal fator do ciclo do oxig�nio � a fotoss�ntese, que � respons�vel pela composi��o atmosf�rica e pela vida na Terra.
- O ciclo do f�sforo � o movimento do f�sforo pela litosfera, hidrosfera e biosfera. A atmosfera n�o possui um papel significativo no movimento do f�sforo porque o f�sforo e componentes fosf�ricos s�o normalmente s�lidos nos n�veis mais comuns de temperatura e press�o na Terra.
Desafios
[editar | editar c�digo-fonte]O ambientalismo é um largo movimento político, social, e filosófico que advoga várias ações e políticas com interesse de proteger a natureza que resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da natureza nesse ambiente.
Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem:
- Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero;
- Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis;[27]
- Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energia renovável;
- Conservação e uso sustentável dos escaços recursos naturais como água, terra e ar;
- Proteção de ecossistemas representativos ou únicos;
- Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção;
- O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteção; e, mais geralmente, a proteção da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra dependem.
Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores megaprojetos estão sendo construídos, em nações desenvolvidas e em desenvolvimento.[28]
Notas
- [a] ^ A expressão "meio ambiente" é pleonástica, no sentido de se falar do ambiente natural, do meio natural. Isto é, uma ou outra palavra já seria suficiente para dar sentido ao texto. Ainda, a palavra "meio", a despeito de seu uso como nome, adquire outras funções (adjetivo ou advérbio)ː quando junta a um outro substantivo ou posição na frase, quer significar a metade ou fração desse. Por exemplo, o adágio popular "meio pau, meio tijolo".[29] Portanto, na expressão, a palavra "meio" é desnecessária ou, no mínimo, expletiva. É, contudo, muito difundida a forma e aceita sem maiores questionamentos, mormente no Brasil, onde pouco se lê.[30]
Referências
- ↑ [1] Política Nacional do Meio Ambiente
- ↑ Lima, Herlander Mata. 2010. “Ambiente. Factores. Sustentabilidade.” Universidade da Madeira Arquivado em 16 de novembro de 2012, no Wayback Machine. acessado a 29 de fevereiro de 2012
- ↑ Earth's Spheres Arquivado em 31 de agosto de 2007, no Wayback Machine.. ©1997-2000. Wheeling Jesuit University/NASA Classroom of the Future. Retrieved November 11, 2007.
- ↑ Wordnet Search: Earth science[ligação inativa]
- ↑ Simison par. 7
- ↑ Smith 13-17,218,G-6
- ↑ Oldroyd 101,103,104
- ↑ "Distribution of land and water on the planet Arquivado em 16 de fevereiro de 2012, no Wayback Machine.". UN Atlas of the Oceans
- ↑ Spilhaus, Athelstan F. 1942 (Jul.). "Maps of the whole world ocean." Geographical Review (American Geographical Society). Vol. 32 (3): pp. 431-5.
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 18 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 13 de agosto de 2009
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- ↑ «Climate». Glossary of Meteorology. American Meteorological Society. Consultado em 14 de maio de 2008
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- ↑ *Cabral-Murphy 2009. Análise Macro e Microeconômica das Oportunidades Relacionadas ao uso das Energias Renováveis de Forma Eficiente
- ↑ *Flyvbjerg, Bent, Nils Bruzelius, and Werner Rothengatter, 2003. Megaprojects and Risk: An Anatomy of Ambition (Cambridge: Cambridge University Press).
- ↑ Machado, Paulo Affonso Leme (1991). Direito ambiental brasileiro. São Paulo: RT. p. 17
- ↑ Ribeiro, Wagner Costa (2003). Patrimônio ambiental brasileiro. São Paulo: Edusp. p. 91
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Ambientalismo
- Antiambientalismo
- Ecologismo
- Energias Renováveis
- Fotossíntese artificial
- Gestão Ambiental
- Planejamento ambiental