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Palacetes Prates

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Palacetes Prates na d�cada de 1920 com Edif�cio Sampaio Moreira ao fundo.

Os Palacetes Prates foram tr�s edif�cios que ficavam localizados no Vale do Anhangaba�, pr�ximo ao Viaduto do Ch�, na cidade de S�o Paulo. O nome do conjunto de edifica��es � uma homenagem a Eduardo da Silva Prates, o primeiro Conde de Prates e um dos maiores propriet�rios da regi�o central da cidade.

Palacete Anchieta em 1948.

No in�cio do s�culo XX, o centro da cidade de S�o Paulo passava por obras de moderniza��o, processo este que foi conduzido pelo prefeito Bar�o de Duprat. O palacetes g�meos foram a colabora��o de Eduardo da Silva Prates na interven��o urbana. O Conde de Prates tinha neg�cios nos ramos imobili�rio, banc�rio e f�rreo, al�m de ser um dos maiores propriet�rios do centro da cidade, o que lhe dava poder para influenciar nas negocia��es para que o solar do Bar�o de Itapetininga fosse doado ao munic�pio para possibilitar a cria��o do Parque do Anhangaba�.[1][2]

Prates trouxe da Fran�a todo o material necess�rio � constru��o dos palacetes, que foram inaugurados em 1911. Os tr�s edif�cios foram projetados pelo engenheiro agr�nomo baiano Samuel das Neves e por seu filho, o arquiteto Cristiano Stockler das Neves, formado na Universidade da Pensilv�nia, que tamb�m projetou a Esta��o Sorocabana, atual Esta��o J�lio Prestes e sede da Sala S�o Paulo.[1][2]

Vale do Anhangaba� na d�cada de 1930 com vis�o do Club Comercial � esquerda e dos palacetes g�meos.

O primeiro dos edif�cios, para quem vinha da Avenida S�o Jo�o em dire��o ao Viaduto do Ch� (Rua L�bero Badar�, 377), funcionou at� o ano de 1951 como a sede da Prefeitura Municipal de S�o Paulo e posteriormente da C�mara Municipal. O segundo palacete, na esquina da rua L�bero Badar� com o Viaduto do Ch�, foi sede do Autom�vel Club de S�o Paulo. O terceiro palacete, j� do outro lado do viaduto, deu lugar ao Grand H�tel de la R�tisserie Sportsman, sendo que posteriormente foi utilizado como sede do jornal Di�rio da Noite.[1][3][4]

Alguns anos depois da inaugura��o dos edif�cios, os Palacetes Prates ganharam uma outra companhia ao seu lado: o Club Comercial, inaugurado em 1930, com arquitetura similar aos palacetes g�meos. O local era sede de v�rias lojas e escrit�rios, al�m de sal�es de baile[5]

Desenho do Grand Hotel de La Rotisserie Sportsman de 1909.

Ap�s a sa�da da prefeitura do primeiro palacete, a C�mara Municipal assumiu o pr�dio inteiro, dando-lhe o nome de Palacete Anchieta.[6]

Apesar do valor hist�rico e arquitet�nico, todos os edifícios dos Palacetes Prates foram demolidos um após o outro, ocorrendo o mesmo com o Club Comercial. O primeiro a ser demolido em 1935 foi o que originalmente abrigou o Grand Hôtel da la Rotisserie Sportsman, dando lugar ao Edifício Matarazzo.[5] O segundo a ser demolido no início dos anos 1950, originalmente sede ao Automóvel Club, deu lugar ao Edifício Conde de Prates.[5] O terceiro palacete foi demolido em 1970 em seu lugar foi construído o Edifício Mercantil Finasa.[2][5] Já o edifício do Club Comercial foi demolido em 1969 e deu lugar ao Edifício Grande São Paulo.[5]

Vale do Anhangabaú na segunda metade da década de 1920.

Referências

  1. a b c São Paulo in Foco, ed. (28 de janeiro de 2014). «Os Prédios Gêmeos de São Paulo – Uma Obra Do Conde Prates». Consultado em 6 de novembro de 2017 
  2. a b c Douglas Nascimento. São Paulo Antiga, ed. «Palacete e Edifício Conde de Prates». Consultado em 6 de novembro de 2017 
  3. O Estado de S. Paulo, ed. (3 de março de 2015). «Há 100 anos Automóvel Clube inaugurava sede». Consultado em 6 de novembro de 2017 
  4. Eudes. «Os primeiro hotéis da cidade de São Paulo». Campos. Consultado em 26 de dezembro de 2017 
  5. a b c d e Amaral, Luiz (1 de março de 2013). «Os palacetes do Anhangabaú». Preserva SP. Consultado em 26 de dezembro de 2017 
  6. Câmara Municipal de São Paulo (ed.). «1914: Palacete Prates, na Rua Libero Badaró». Consultado em 6 de novembro de 2017 

Ligações externas

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