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Panamá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Panamenha)
 Nota: Para outros significados, veja Panamá (desambiguação).

República do Panamá
República de Panamá
Bandeira do Panamá
Bandeira do Panamá
Brasão de armas do Panamá
Brasão de armas do Panamá
Bandeira Brasão de armas
Lema: Pro mundi beneficium
"Para o benefício do mundo"
Hino nacional: Himno Istmeño
Gentílico: panamenho (a),[1] panamense[2]

Localização República do Panamá
Localização República do Panamá

Capital Cidade do Panamá
8° 58' N 79° 32' O
Cidade mais populosa Cidade do Panamá
Língua oficial Espanhol
Governo República presidencialista
• Presidente José Raúl Mulino
• Vice-presidente Vago
Independência[nota 1] da Espanha e da Colômbia
• da Espanha 28 de novembro de 1821
• da Colômbia 3 de novembro de 1903
Área
  • Total 75.517 km² (115.º)
 • Água (%) 2,9
 Fronteira Colômbia (E) e Costa Rica (W)
População
 • Estimativa para 2021[3] 4 379 039 hab. (130.º)
 • Densidade 38 hab./km² (139.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 • Total US$ 67,459 bilhões*[4]
 • Per capita US$ 17 809[4]
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 • Total US$ 44,789 bilhões*[4]
 • Per capita US$ 11 824[4]
IDH (2021) 0,805 (61.º) – muito alto[5]
Gini (2009) 52[6]
Moeda Balboa panamenha (PAB), e Dólar estadunidense (USD)
Fuso horário (UTC-5)
 • Verão (DST) não observado (UTC-5)
Cód. ISO PAN
Cód. Internet .pa
Cód. telef. +507
Website governamental http://www.presidencia
.gob.pa/

O Panamá (pronunciado em português europeu[pɐnɐˈma]; pronunciado em português brasileiro e castelhano[panaˈma]), oficialmente República do Panamá[7][8] (em castelhano: República de Panamá),[9] é o país mais meridional da América Central. Situado no istmo que liga as Américas do Norte e do Sul, o país faz fronteira com Costa Rica, a oeste; Colômbia, a sudeste; Caribe, ao norte, e com o Oceano Pacífico ao sul. A capital é a Cidade do Panamá.

A população do país é formada por uma maioria de mestiços de indigenas, africanos, europeus. O setor econômico mais importante é o de serviços, que abrange as atividades financeiras e as rendas obtidas com a zona de livre-comércio de Colón, a exploração do canal e o registro de navios mercantes.[10]

Explorado e estabelecido pelos espanhóis no século XVI, o Vice-Reino de Nova Granada rompeu com o Império Espanhol, sob o nome da República da Grã-Colômbia. Quando a Grã-Colômbia foi dissolvida em 1831, o país e Nova Granada, que mais tarde se tornaria a Colômbia, permaneceram unidos. Com a retomada da construção do canal e os entraves colocados pelo governo colombiano, os Estados Unidos resolvem financiar movimentos separatistas locais de modo a controlar a região. Em 1903 Panamá se separou da Colômbia, permitindo que o Canal do Panamá fosse construído pelo Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos entre 1904 e 1914. Em 1977, foi assinado um acordo para a transferência completa do canal dos Estados Unidos para o Panamá até o final do século XX.[11]

A receita proveniente do canal representa hoje uma parcela significativa do PIB do país. O Panamá tem a segunda maior economia da América Central,[12] além de ser a economia que mais cresce e o maior consumidor per capita da região. Em 2013, o país ficou em quinto lugar entre as nações da América Latina no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e na 59ª posição no mundo.[13] Desde 2010, o Panamá continua como a segunda economia mais competitiva da América Latina de acordo com o Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial. A selva do país é o lar de uma abundância de plantas, animais e pássaros tropicais, sendo muitos deles endêmicos da região.[14]

A origem definitiva do nome "Panamá" é desconhecida, existindo várias teorias que tratam acerca disto. Em uma delas, há a afirmação de que o país recebeu este nome em razão de uma espécie de árvore comumente encontrada na região (Sterculia apetala, a árvore do Panamá), com outra teoria afirmando que a origem do nome está ligada aos primeiros colonos que, ao chegarem ao território em agosto, depararam-se com uma abundância de borboletas e que, assim, o nome significa "muitas borboletas" em uma ou várias das línguas indígenas ameríndias que eram faladas no território antes da colonização espanhola. Conforme uma outra teoria, a palavra é uma castilianização da palavra da l�ngua Kuna "bannaba" que, por sua vez, significa "distante" ou "longe".[15]

A grafia correta � Panam� nas l�nguas portuguesa e castelhana e Panama nas l�nguas italiana, francesa, inglesa e alem�. O voc�bulo panam� � a designa��o de um tipo de chap�u o qual fabrica-se a partir da mat�ria-prima das folhas de uma palmeira end�mica de cinco pa�ses da Mesoam�rica que s�o o Panam�, a Col�mbia, o Peru, e o Equador, utilizando-se, tamb�m, como sin�nimo de corrup��o pol�tica, esc�ndalo financeiro, dinheiro mal administrado dos outros ou do governo, a partir das finan�as ilegais praticadas por um companhia francesa denominada Compagnie Universelle du Canal Oc�anique que encarregava-se de construir o canal do Panam�.[16]

Ver artigo principal: Hist�ria do Panam�

Primeiros povos e coloniza��o europeia

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Vasco N��ez de Balboa.

No Panam� viviam �ndios chibchas, caribes, cholos e choc�es. O istmo foi uma das primeiras terras americanas descobertas e exploradas pelos espanh�is. Em 1501, Rodrigo de Bastidas percorreu as costas caribenhas. Crist�v�o Colombo ancorou na ba�a de Portobelo em 1502 e, no ano seguinte, fundou Santa Mar�a de Bel�n, primeiro assentamento europeu em terras continentais americanas.[17]

Em 1508, a coroa ordenou a coloniza��o do istmo do Panam� (Tierra Firme) e nomeou Diego de Nicuesa como primeiro governador do territ�rio, denominado Castilla de Oro. Em 1510, Nicuesa fundou o porto de Nombre de Dios, na costa do Caribe.[17]

Fundada em 1519 por Pedrarias D�vila, governador da Castilla del Oro, a cidade do Panam� logo se desenvolveu, gra�as ao caminho constru�do at� Nombre de Dios. Era for�oso que o ouro do Peru, assim como o tr�fego de pessoas e mercadorias entre as col�nias e a metr�pole, passasse pelo istmo. Uma frota ligava o porto de Callao, perto de Lima, com o do Panam�.[17]

No s�culo XVIII, decaiu o tr�fico mar�timo na �rea. Em 1739, a tomada de Portobello pelos brit�nicos desorganizou o movimento comercial. O Panam� passou � jurisdi��o do vice-reinado de Nova Granada, quando este se separou do peruano.[17]

Independ�ncia da Espanha e Gr�-Col�mbia

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Prov�ncias da Rep�blica de Nova Granada em 1851.

Os movimentos nas col�nias espanholas na Am�rica finalmente afetaram o Panam�, que em 28 de novembro de 1821 proclamou a independ�ncia. Poucos meses mais tarde, integrou-se � Grande Col�mbia de Sim�n Bol�var, ao lado da Venezuela, Col�mbia e Equador, com o nome de departamento do Istmo. Sediou pouco depois o primeiro Congresso Interamericano, convocado por Bol�var em 1826. Em 1840 houve uma ef�mera independ�ncia de 13 meses, seguida da reincorpora��o do territ�rio � Col�mbia, como departamento do Panam�.[17]

Em 1846, um tratado entre o governo colombiano e os Estados Unidos permitiu a constru��o da ferrovia interoce�nica, para a qual se garantiu neutralidade e livre tr�nsito. O descobrimento de ouro na Calif�rnia, em 1849, revalorizou o papel do istmo como via de comunica��o entre as costas oriental e ocidental dos Estados Unidos. Seis anos mais tarde, inaugurou-se a ferrovia, uma das mais promissoras fontes de divisas do governo colombiano, que o levou a empreender m�ltiplas e intermin�veis negocia��es para a constru��o do canal, s� iniciada em 1880. A companhia encarregada do vultoso empreendimento, de capital majoritariamente franc�s, interrompeu os trabalhos em 1889 e, em 1898, a obra foi definitivamente paralisada. Os Estados Unidos entraram ent�o em negocia��es com a Col�mbia e estabeleceram, para concluir a constru��o, um tratado provis�rio que nunca chegou a ser ratificado pelo Senado colombiano.

Separa��o da Col�mbia

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Cartum editorial de 1903 sobre Tratado Hay-Bunau-Varilla que cedeu a constru��o do Canal do Panam� aos Estados Unidos.

Com a decis�o de se retomar o projeto abandonado pelos franceses, os Estados Unidos, maiores interessados na conclus�o da rota, iniciam as negocia��es com o governo colombiano. No in�cio de 1903, o Tratado Hay-Herran foi assinado pelos dois pa�ses, mas o senado colombiano n�o o ratificou. Ap�s a negativa, os Estados Unidos mudam de estrat�gia e passam a financiar movimentos separatistas locais de modo a retirar o poder do governo colombiano sobre a �rea.[17]

Em 3 de novembro de 1903, um movimento separatista proclamou a independ�ncia do Panam� em rela��o � Col�mbia. Os Estados Unidos reconheceram de imediato o novo estado e enviaram for�as navais que impediram a chegada de tropas colombianas para sufocar a rebeli�o. Quinze dias depois, foi firmado o Tratado Hay-Bunau-Varilla, ratificado pelo governo provis�rio do Panam�, e que concedia aos Estados Unidos o uso, controle e ocupa��o perp�tua da Zona do Canal, uma faixa de 16 km de largura atrav�s do istmo do Panam�. Em 1904 reiniciaram-se as obras. O canal s� foi aberto oficialmente ao tr�fego em 15 de agosto de 1914.[17]

A constitui��o de fevereiro de 1904 autorizava a interven��o das for�as armadas norte-americanas em caso de desordens p�blicas, o que, na pr�tica, equivalia � instaura��o de um protetorado. A instabilidade pol�tica motivou diversas interven��es nos primeiros dec�nios do s�culo e isso, somado � aliena��o da Zona do Canal, que partia em dois o territ�rio nacional, alimentou na popula��o sentimentos de hostilidade aos Estados Unidos e um crescente nacionalismo.[17]

Trabalhos de constru��o do Canal do Panam� em 1907.

Em 1924 normalizaram-se as rela��es entre o Panam� e a Col�mbia. Em 1936, a "pol�tica da boa vizinhan�a" preconizada pelo presidente estadunidense Franklin Roosevelt permitiu um princ�pio de revis�o do Tratado Hay-Bunau-Varilla. Arnulfo Arias, eleito presidente em junho de 1940, aproveitou a delicada situa��o internacional para exigir do governo dos Estados Unidos maiores compensa��es pelo uso b�lico da Zona do Canal e da frota de bandeira nominalmente panamenha. Ap�s sua queda, em 1941, o pa�s entrou na segunda guerra mundial, seguindo as diretrizes dos Estados Unidos, que foram autorizados a operar em bases localizadas fora da Zona do Canal.[17]

Em 1949 Arias foi novamente eleito, mas um golpe de estado entregou o poder dois anos mais tarde a Jos� Antonio Rem�n, comandante da Guarda Nacional, que firmou com o presidente estadunidense Dwight Eisenhower novo tratado sobre o canal, mais favor�vel aos interesses panamenhos. O assassinato de Rem�n, em janeiro de 1955, levou aos breves mandatos presidenciais de Jos� Ram�n Guizado e Ricardo Arias Espinosa. Ernesto de la Guardia Jr. governou de 1956 a 1960, quando as obras financiadas pelo Banco Mundial e a entrada de capital estrangeiro para a constru��o de refinarias de petr�leo favoreceram o desenvolvimento do pa�s.[17]

Durante o mandato de Roberto Chiari (1960-1964) concretizou-se um programa para a erradica��o de bols�es de pobreza e a extens�o da previd�ncia social a amplos setores da popula��o. Nessa �poca, a Ponte das Am�ricas, a estrutura sobre o Canal do Panam� que une por via terrestre o istmo, foi inaugurada em 12 de outubro de 1962. Os dist�rbios de janeiro de 1964 e o rompimento tempor�rio das rela��es com os Estados Unidos levaram a nova interven��o. Marco Aurelio Robles (1964-1968) assinou novos tratados em junho de 1967.[17]

Governo Torrijos

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Ver artigo principal: Omar Torrijos
Jimmy Carter e Omar Torrijos apertam as m�os momentos depois da assinatura dos Tratados Torrijos-Carter em 1977.

Arnulfo Arias, reeleito em 1968, foi destitu�do pela terceira vez por um golpe de estado. Instaurou-se uma junta militar, manipulada extraoficialmente por Omar Torrijos, comandante da Guarda Nacional, que em 1972 se fez outorgar poderes executivos especiais por um per�odo de seis anos. A presid�ncia do pa�s, desprovida pela constitui��o de 1972 de parte de seus poderes pol�ticos em favor da Guarda Nacional, entre 1972 e 1978 foi ocupada por Demetrio Lakas.[17]

O governo de Torrijos caracterizou-se pela realiza��o de obras p�blicas e pelo intervencionismo econ�mico e social do estado. A n�vel externo, aumentou a tens�o com os Estados Unidos em rela��o ao canal, mas a boa disposi��o do presidente estadunidense Jimmy Carter conduziu a novo acordo, firmado em setembro de 1977, pelo qual foi determinada a cess�o gradual ao Panam� dos direitos estadunidenses sobre o canal e sua Zona, processo a ser completado no ano 2000.[17]

Invas�o do Panam� pelos Estados Unidos em 1989.

Em 31 de julho de 1981, durante a presid�ncia de Ar�stides Royo, enquanto o pa�s atravessava s�ria crise econ�mica, Torrijos morreu num acidente a�reo. Foi sucedido, no comando da Guarda Nacional, por Florencio Flores e, no ano seguinte, por Rub�n Dar�o Paredes. Ricardo de la Espriella assumiu a presid�ncia em 1982 e renunciou em fevereiro de 1984. As elei��es de 30 de maio do mesmo ano deram o poder a Nicol�s Ardito Barletta, que renunciou um ano mais tarde. Eric Delvalle, presidente desde 1985, foi destitu�do pela Assembleia Nacional quando tentou cassar, em 1988, o comandante da Guarda Nacional Manuel Antonio Noriega, acusado por um tribunal estadunidense de participar do tr�fico internacional de drogas.[17]

Em maio de 1989 realizaram-se elei��es, anuladas depois de um aparente triunfo da oposi��o, e Francisco Rodr�guez, ligado a Noriega, foi nomeado presidente provis�rio. Ante a crescente oposi��o internacional ao regime, em dezembro Noriega foi designado dirigente m�ximo do pa�s e destitu�do no mesmo m�s por nova interven��o americana. Guillermo Endara, aparente vencedor das elei��es de maio, foi declarado presidente.[17]

Ver artigo principal: Geografia do Panam�

A Rep�blica do Panam� est� situada no istmo que une a Am�rica do SulAm�rica Central. O pa�s, dividido pelo Canal do Panam�, faz fronteira ao norte com o Mar do Caribe, a leste com a Col�mbia, ao sul com o Oceano Pac�fico e a oeste com a Costa Rica. Tem uma superf�cie de 77 082 km�. A capital � a cidade do Panam�. Sua moeda � chamada Balboa.

Mapa topogr�fico do territ�rio panamenho.

Todo o pa�s � atravessado por cadeias montanhosas. A serra de Tabasar�, a oeste, tem uma altitude m�dia de 1 525 m. Outros sistemas montanhosos s�o a cordilheira de San Blas e a serra do Dari�n, situadas no interior. Os rios mais importantes s�o o Tuira e o Chagres. No Golfo do Panam� encontra-se o arquip�lago das P�rolas.

A topografia apresenta tr�s �reas distintas: as plan�cies, com altitude abaixo de 700 m, que formam mais de 85% do territ�rio; as �reas temperadas, com eleva��es entre 700 e 1 500 m; e os planaltos, com altitude acima de 1,5 mil metros, onde se encontra o vulc�o inativo Bar� (Chiriqu�), ponto culminante do pa�s (3 475 m).

As duas principais cadeias montanhosas s�o a Tabasar� (cordilheira Central), a oeste, e a de San Blas, a leste. As plan�cies incluem as pr�ximas aos golfos do Panam� e de Chiriqu�, na costa do Pac�fico, as bacias fluviais de Bayano e Chucunaque, interior, e as da regi�o do Caribe.

O rio Chagres.

No estreito istmo panamenho h� cerca de 27 rios, a maioria dos quais nascem nas montanhas. Os principais s�o: o Tuira, o Chepo, o Sixaola, o Changuinola, o Chiriqu� Viejo e o Santa Mar�a. A costa caribenha, com cerca de 1 160 km de extens�o, � baixa e pantanosa. A oeste ficam a laguna de Chiriqu�, separada do mar pelo arquip�lago de Bocas del Toro, e o golfo de Mosquitos; a leste da ponta Manzanillo ficam o golfo de San Blas e o arquip�lago das Mulatas. A costa do Pac�fico � bem mais recortada, com cerca de 1 700 km de extens�o. De oeste a leste, est�o o golfo de Chiriqu�, a pen�nsula de Azuero e o golfo do Panam�. S�o numerosas as ilhas da plataforma continental: Coiba, a maior de todas; J�car�n, C�baco e, no golfo do Panam�, as do arquip�lago das P�rolas.

Clima e biodiversidade

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Panam� de acordo com a classifica��o clim�tica de K�ppen-Geiger.

O Panam� tem um clima tropical. As precipita��es s�o abundantes, com um �ndice mais elevado na costa do Caribe que na do Pac�fico. Somente a �rea mais baixa, na costa do Pac�fico, tem uma esta��o seca durante boa parte do ano. A temperatura m�dia t�rmica anual em ambas as costas � de 27 �C e de 10 �C a 19 �C nas montanhas. As chuvas mais intensas caem entre mar�o e setembro. O �ndice pluviom�trico anual situa-se entre 1 500 a 3 500 mm na costa do Caribe e entre 1 140 e 2 290 na do Pac�fico.

No Panam� a flora � um aut�ntico para�so de maravilhosas �rvores e plantas que povoam o pa�s, e explodem numa grande festa de cores entre os meses de abril e junho, destacando, acima de tudo, as ac�cias amarelas e rosadas, a ponciana roxa, a lagerstroemia e o jacarand� p�rpura. Entre dezembro e julho florescem boganviles dos mais diversos tons. Tamb�m h� orqu�deas de variedades diversas e plantas com milh�es de folhas de distintas cores, muito abundante em todo o pa�s. No total formam um maravilhoso conjunto com mais de 10 mil variedades distintas. Quanto � fauna, as selvas panamenhas s�o reconhecidas mundialmente, por acolher numerosas e magn�ficas esp�cies. Entre elas abundam os macacos, pumas, ocelotes, tatus, porcos do mato, tamandu�s, coelhos, veados e outros animais nativos do tr�pico americano. Existem mais de mil esp�cies distintas de aves, incluindo as migrat�rias que ficam no Panam�. O quetzal, a arara e a Harp�a, que � a Ave Nacional, fazem seus ninhos neste pa�s. O Panam� � tamb�m rico em vida marinha, por estar banhado pelos dois Oceanos, o Pac�fico e o Atl�ntico. Abundam em suas �guas as lagostas, camar�es, am�ijoas e distintos peixes como o marlin, peixe vela, peixe espada, atum, bonito, corvina, barracuda, tintorera, sardinha, pargo e o peixe serra, entre outras esp�cies.

Pir�mide et�ria do Panam� (2016).

O Panam� tinha uma popula��o estimada de 4 176 869 em 2018. A propor��o da popula��o com menos de 15 anos em 2010 era de 29 por cento, sendo 64,5% da popula��o tinha entre 15 e 65 anos e 6,6% da popula��o com 65 anos ou mais.[18]

Mais da metade da popula��o vive no corredor metropolitano Cidade do Panam�-Col�n, que abrange v�rias cidades. A popula��o urbana do Panam� ultrapassa 75%, tornando a popula��o do Panam� a mais urbanizada da Am�rica Central.[19]

Grupos �tnicos

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Grupos étnicos do Panamá (2020)[11]

  Mestizos (mestiço entre indígenas e brancos europeus) (41.4%)
  Indígena (12.3%)
  Negros (32.8%)
  Mulatos (6.8%)
  Brancos (6.7%)

A distribuição por sexo no território nacional é de 50,4% de mulheres e 49,6% de homens, enquanto 32,8% da população se reconhece como afrodescendente e 14,4% como indígena.

Os grupos étnicos no panamá incluem o povo mestiço, que é uma mistura de ancestrais europeus, africanos e indígenas. Os afro-panamenhos representam de 32.8% da população e são descendentes de povos africanos. A segunda leva de negros trazidos para o Panamá veio do Caribe durante a construção do Canal do Panamá.

O Panamá também tem uma população considerável de chineses e indianos trazidos para trabalhar no canal durante sua construção. A maioria dos chineses-panamenhos residem na província de Chiriquí. Europeus e brancos panamenhos são uma minoria, que também é o lar de uma pequena comunidade árabe, que mantém mesquitas e pratica o Islã, e de uma comunidade judaica, com muitas sinagogas.

A população ameríndia inclui sete grupos étnicos: ngöbes, cunas, emberás, buglés, wounaanos, teribes e bribris.[20]

Religião no Panamá (2015)[21]

  Católicos (63.2%)
  Evangélicos (25%)
  Adventistas (1.3%)
  Mórmons (0.6%)
  Budistas (0.4%)
  Judeus (0.1%)
  Irreligiosos (7.6%)
  Outro (0.4%)

O cristianismo é a principal religião do Panamá. Uma pesquisa oficial realizada pelo governo estimou em 2015 que 63,2% da população, ou 2 549 150 pessoas, se identifica como católica romana e 25,0% como protestante evangélica, ou 1 009 740.[21] As Testemunhas de Jeová foram a terceira maior congregação, compreendendo 1,4% da população, seguida pela Igreja Adventista e a A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, com 0,6%. Há uma grande comunidade budista (0,4% ou 18 560) e judaica (0,1% ou 5 240) no país.

A comunidade da Fé Baháʼí no Panam� � estimada em 2% da popula��o nacional, ou cerca de 60 mil[22] incluindo cerca de 10 por cento da popula��o ng�be.[23]

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos �ltimos Dias possui mais de 40 mil membros.[24] Grupos religiosos menores incluem adventistas do s�timo dia, Testemunhas de Jeov�, episcopais com entre 7 mil e 10 mil membros, comunidades judaicas e mu�ulmanas com aproximadamente 10 mil membros cada, hindus, budistas e outros crist�os.[25] As religi�es ind�genas incluem Ibeorgun (entre os cunas) e Mamatata (entre os ng�bes).[25] Tamb�m h� um pequeno n�mero de rastaf�ris.[25]

O espanhol � o idioma oficial e dominante, com sua variante local conhecida como espanhol panamenho. Cerca de 93% da popula��o fala espanhol como primeira l�ngua. Muitos cidad�os que trabalham em n�vel internacional, ou em empresas, falam ingl�s como segunda l�ngua. Cerca de 14% dos panamenhos falam ingl�s;[26] este n�mero deve aumentar porque o Panam� agora exige aulas de ingl�s em suas escolas p�blicas.[27] L�nguas nativas, como ng�bere, s�o faladas em todo o pa�s, principalmente em seus territ�rios nativos. Mais de 400 mil panamenhos mant�m suas l�nguas e costumes nativos.[28] Cerca de 4% falam franc�s e 1% fala �rabe.[29]

Cidades mais populosas

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Governo e pol�tica

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Ver artigo principal: Pol�tica do Panam�
Assembleia Nacional do Panam�.

O Panam� � uma rep�blica com tr�s ramos de governo: os ramos executivo e legislativo s�o eleitos por voto directo para mandatos de 5 anos, e o judici�rio � nomeado de forma independente. A constitui��o de 1972 foi modificada em 1978. O sistema de governo adotado no pa�s � a rep�blica presidencialista democr�tica representativa.

O poder executivo � encabe�ado pelo presidente, dois vice-presidentes e um Conselho de Ministros. O presidente da rep�blica � eleito por sufr�gio universal direto a cada cinco anos. Um conselho de estado desempenha papel consultivo.

O poder legislativo � unicameral: exercido pela Assembleia Legislativa, cujos 78 membros s�o eleitos a cada cinco anos. O Conselho Consultivo Nacional � composto por membros eleitos pela Assembleia Nacional e por outros, eleitos diretamente pelo povo. Suas principais fun��es s�o fixar diretrizes legais, elaborar c�digos, etc.

O poder judici�rio � exercido, em seu escal�o superior, pela Suprema Corte de Justi�a, composta por nove membros propostos pelo presidente e aceitos pela Assembleia Nacional. Outras inst�ncias incluem os cinco tribunais superiores e as tr�s cortes de apela��o. Um Tribunal Eleitoral aut�nomo supervisiona o registo dos eleitores, o processo eleitoral e as actividades dos partidos pol�ticos. O voto � obrigat�rio para todos os cidad�os com mais de 18 anos, se bem que os que n�o cumpram a obriga��o n�o sejam tramados.

For�as p�blicas

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Ver artigo principal: For�as P�blicas do Panam�
Ramos das For�as P�blicas do Panam�.

O Panam� � o segundo pa�s (o outro sendo a Costa Rica) no continente americano que n�o det�m uma for�a armada regular; as suas antigas for�as armadas foram abolidas gra�as a uma emenda na constitui��o do pa�s, aprovada pelo parlamento em 1994,[31] depois da invas�o norte-americana para derrubar uma ditadura militar que durou entre 1968 e 1989.

As For�as P�blicas do Panam� � a institui��o respons�vel pela manuten��o da paz e da seguran�a dentro do territ�rio nacional e � composta por uma pol�cia armada,[32] um servi�o de patrulhamento das fronteiras,[32] um servi�o aeronaval[32] e um servi�o de protec��o institucional.[32]

Subdivis�es

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O Panam� divide-se em 9 prov�ncias (igual em espanhol) e 3 comarcas com status de prov�ncia:

Ver artigo principal: Economia do Panam�
A Cidade do Panam� possui v�rios dos mais altos arranha-c�us da Am�rica Latina.
O Canal do Panam� � uma importante rota comercial entre o Atl�ntico e o Pac�fico. Na imagem, um Panamax na eclusa de Miraflores.

A principal fonte de recursos do Panam� est� associada �s opera��es realizadas no Canal do Panam�, cujo controle total passou ao Panam� em 1999. O Produto Interno Bruto � de 24,711 bilh�es de d�lares (2009), equivalentes a 7 155 d�lares per capita. � tamb�m um dos pa�ses mais pr�speros e que mais cresce na Am�rica Latina. Tem apenas 2,8 milh�es de habitantes. Desde a deposi��o do ditador Manuel Noriega, em 1989, n�o tem mais For�as Armadas.[10]

A fortemente dolarizada economia do Panam� apoia-se num bem desenvolvido setor de servi�os, que responde por 3/4 do Produto Interno Bruto. Os servi�os est�o associados � opera��o do Canal do Panam�, e tamb�m ao setor banc�rio e � zona de livre com�rcio de Col�n, al�m do aluguel da bandeira panamenha para registro de navios. O Panam� � hoje o pa�s mais internacionalizado da Am�rica Latina, segundo o �ndice de Globaliza��o das Na��es Unidas. Adota o d�lar como moeda corrente, o ingl�s � falado nas ruas e tem gente de todo o mundo chegando e partindo de seus portos, rodovias e aeroportos.[10]

Apesar do consider�vel desenvolvimento registrado nas �ltimas d�cadas, o setor industrial panamenho � relativamente fraco. Destacam-se a produ��o de pl�sticos, as ind�strias t�xteis, as de confec��o de artigos de couro e, sobretudo, as aliment�cias: carne, cereais, a��car e latic�nios.[33] Os principais centros industriais s�o a capital do pa�s e zona franca de Col�n, criada em 1953, onde re�nem montadoras de produtos procedentes dos Estados Unidos, Jap�o e Europa ocidental, que s�o posteriormente exportados para os pa�ses das Am�ricas Central e do Sul.

Existe petr�leo nas plataformas marinhas. No entanto, o subsolo n�o � rico em jazidas minerais e somente calc�rio e sal s�o obtidos em quantidades significativas. A maior parte da energia el�trica prov�m ainda de usinas termel�tricas, mas na segunda metade do s�culo XX foram constru�das v�rias usinas hidrel�tricas.

Agropecu�ria

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Transporte de cana-de-a��car na prov�ncia de Herrera

As grandes empresas agr�colas convivem com as pequenas propriedades e lavouras de subsist�ncia. A maior parte da produ��o agr�cola destina-se � exporta��o e � obtida em fazendas mecanizadas, mas persistem os n�cleos de subsist�ncia, que utilizam t�cnicas tradicionais. Nas plan�cies plantam-se arroz, cana-de-a��car e frutas tropicais; nas terras temperadas s�o produzidos tomates, batatas e cebolas. O milho � cultivado em quase todas as zonas agr�colas do pa�s. Exportam-se caf�, a��car e bananas.[33]

A pecu�ria tem import�ncia nas prov�ncias de Chiriqu�, Veraguas e Los Santos, que contam al�m dos pastos naturais para o gado bovino, com grandes fazendas de su�nos. Nos �ltimos dec�nios do s�culo XX, a pesca se desenvolveu em todo o litoral, tanto na costa como no alto-mar. S�o exportados sobretudo crust�ceos.

Os principais cultivos s�o a banana, a cana-de-a��car, o arroz, o milho e o caf�. A pesca � uma das atividades mais importantes do pa�s. O principal produto mineral � o sal. Os produtos industriais abastecem somente o mercado local. A moeda � o Balboa. O Panam� produz pequenas quantidades de ouro e dinheiro e explora o sal ao longo da costa do Pac�fico. A maior parte dos produtos manufaturados, como o cimento, os cigarros, os sapatos, os vestu�rios, o sab�o, os produtos alimentares e as bebidas alco�licas, � destinada ao mercado local. Os produtos petroleiros s�o refinados sobretudo para a exporta��o.[33]

Ilha Zapatilla, Arquip�lago de Bocas del Toro.

Turismo na Rep�blica do Panam� cresceu nos �ltimos 5 anos, gra�as, em parte, ao governo oferecer desconto de impostos e pre�os � visitantes e aposentados estrangeiros. Esses incentivos financeiros levaram o Panam� a ser conhecido como um bom lugar para se aposentar, sendo um dos destinos que mais recebe aposentados americanos e europeus. Investidores imobili�rios no Panam� aumentaram a quantidade de destinos de turismo nos �ltimos 5 anos. A quantidade de turistas no Panam� entre janeiro e setembro de 2008 foi de 1,1 milh�o, um aumento significativo de 13,1%(128 452) em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior, quando as chegadas totalizaram 982 640.

As chegadas de turistas da Europa ao Panam� cresceram 23.1% durante os 9 primeiros meses de 2008. De acordo com a Autoridade de Turismo do Panam� (ATP), entre janeiro e setembro, 71 154 turistas do velho continente entraram no pa�s, 13 373 mais do que o mesmo per�odo do ano anterior. A maioria dos europeus que visitaram o Panam� � de espanh�is (14 820), italianos (13 216), franceses (10 174), brit�nicos (8 833) e alem�es (6 997). A Europa se tornou um dos mercados chave para promover o Panam� como destino de turismo.[10] Em 2007 1 445 500 turistas visitaram o Panam�. Isso gerou 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s, sendo o maior setor da economia.

Infraestrutura

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Aeroporto Internacional Tocumen.

A rodovia Panamericana atravessa o pa�s desde a Costa Rica at� a Col�mbia. Entretanto, a parte oriental, no Dari�n, ainda n�o estava terminada em fins do s�culo XX, como tampouco o trecho colombiano perto da fronteira panamenha. Outra via terrestre � a rodovia Boyd-Roosevelt, entre a capital e Col�n.

Em 1855 foi constru�da a ferrovia interoce�nica, que cruza o istmo, da Cidade do Panam� at� Col�n. Outras ferrovias, destinadas ao transporte de produtos agr�colas, realizam curtos percursos nas prov�ncias ocidentais de Chiriqu� e Bocas del Toro.

Os portos de Crist�bal, no mar do Caribe, e Balboa, no oceano Pac�fico, s�o os mais importantes do pa�s. Puerto Armuelles e Almirante d�o sa�da � produ��o de bananas na parte ocidental, pelo Pac�fico e Caribe, respectivamente. A navega��o de cabotagem permite o transporte de mercadorias em muitas regi�es costeiras sem comunica��o por terra. O rio Tuira, no Dari�n, � naveg�vel ao longo de cem quil�metros, e o Bayano em um curto trecho. O canal interoce�nico desempenha papel fundamental para toda a regi�o. O Aeroporto Internacional Tocumen, pr�ximo � Cidade do Panam�, � servido por diversas companhias a�reas, voo dom�sticos regulares ligam a capital a v�rios pontos do territ�rio.

Hospital Amador Guerrero em Col�n.

A sa�de panamenha � governada pelo Minist�rio da Sa�de do Panam�. Por seu turno, o sistema de sa�de p�blica � gerido por duas entidades diferentes: Minist�rio da Sa�de do Panam� (MINSA) e o Fundo de Seguran�a Social do Panam� (CSS). Os hospitais e centros de aten��o prim�ria, que s�o administrados pelo Minist�rio da Sa�de, recebem recursos do or�amento do Estado.[34]

Em 2018, a esperan�a de vida no Panam� era de 78,4 anos, de acordo com o relat�rio anual de sa�de da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), sendo a quarta melhor da Am�rica Latina, atr�s somente da Costa Rica, Cuba e Chile. A expectativa subiu, se comparado com o ano de 2007, quando as Na��es Unidas estimaram em 75,8 anos a esperan�a de vida no pa�s. Segundo dados da OMS, as mulheres panamenhas t�m uma expectativa de vida de 81,4 anos, sendo a quarta melhor da Am�rica Latina. Enquanto isso, homens panamenhos t�m uma expectativa de vida de 75,5 anos, novamente a quarta mais alta na Am�rica Latina. Espera-se que, durante o s�culo XXI, a popula��o panamenha sofra um processo de envelhecimento, com o aumento da popula��o de idosos.[35] A tabela a seguir mostra esse processo, em milh�es de pessoas.[36]

O Fundo de Seguran�a Social foi criado em 1941.[37] Esta etapa � caracterizada pela crescente participa��o do Estado na resolu��o de problemas da sa�de p�blica, mas sem planejamento adequado e com a consequente duplica��o de atividades e servi�os. Em 1969, durante o governo de Jos� Mar�a Pinilla (regime militar), foi criado o Minist�rio da Sa�de. Durante as d�cadas de 1960, 1970 e 1980, o sistema de sa�de panamenho teve um desenvolvimento consider�vel, baseado no Minist�rio da Sa�de e no Fundo de Seguridade Social, ao qual foi adicionado um setor privado.[38][39]

Este crescimento foi feito a partir de altos gastos do governo, especialmente durante a d�cada de 1970, quando os gastos com sa�de permaneciam acima de 10% do or�amento nacional, o que produziu o aumento de gastos em pessoal entre 1970 (34,7 d�lares) e 1980 (57 d�lares). No final da d�cada de 1980, esta tend�ncia foi interrompida tanto pela crise econ�mica de 1982-1984, quanto pela crise do Estado de 1988-1989, que derrubou os gastos sociais de forma significativa. Como resultado, em 1988, o gasto por pessoal foi reduzido para apenas 18,4 d�lares. Durante as �ltimas duas d�cadas, o sistema de sa�de tem sido criticado devido � duplica��o de fun��es e inefici�ncia. Apesar disso, a sa�de � acess�vel a quase todas as pessoas, tanto em �reas urbanas quanto em �reas rurais n�o ind�genas.[34][39]

Universidade Tecnol�gica do Panam�.

Originalmente, durante o s�culo XVI, a educa��o no Panam� era assegurada por padres jesu�tas. A educa��o p�blica, como institui��o nacional e governamental, come�ou em 1903. Os princ�pios subjacentes a este sistema de educa��o inicial eram de que as crian�as deveriam receber diferentes tipos de educa��o de acordo com sua classe social e, portanto, a posi��o que deveriam ocupar na sociedade. Este modelo de educa��o, tido como elitista, foi alterado abruptamente sob influ�ncia pol�tica norte-americana.[40]

A educa��o p�blica come�ou no Panam� logo ap�s a separa��o da Col�mbia em 1903. Os primeiros esfor�os foram guiados por uma vis�o extremamente paternalista dos objetivos da educa��o, como evidenciado nos coment�rios feitos em uma reuni�o de 1913 da Primeira Assembleia Educacional Panamenha: "O patrim�nio cultural dado � crian�a deve ser determinado pela posi��o social que ele ou deve ocupar. Por esta raz�o, a educa��o deve ser diferente de acordo com a classe social a que o aluno deve estar relacionado". Este foco elitista mudou rapidamente sob a influ�ncia dos Estados Unidos.[41]

Em 2010, estimava-se que 94,1% da popula��o era alfabetizada (94,7% dos homens e 93,5% das mulheres).[42] A educa��o no Panam� � obrigat�ria para as crian�as de faixa et�ria entre 6 e 18 anos. Nas �ltimas d�cadas, a matr�cula escolar em todos os n�veis, especialmente nos n�veis superiores, aumentou significativamente. O Panam� costumava participar nos exames do Programa Internacional de Avalia��o de Alunos, mas devido a d�vidas e os resultados insatisfat�rios dos exames est�o adiando a participa��o at� 2018.[43]

O decreto executivo n� 141, de 1997, criou as regi�es escolares de ensino. Essas regi�es estabelecem um modelo de organiza��o administrativa descentralizada para as diretorias regionais. S�o as seguintes: Bocas del Toro, Cocl�, Col�n, Chiriqu�, Dari�n, Herrera, Kuna Yala, Los Santos, Panam� Central, Panam� Leste, Panam� Oeste, San Miguelito e Veraguas.[44][45]

Ver artigo principal: Cultura do Panam�
Mulher panamenha com a roupa tradicional conhecida como pollera.

A cultura do Panam� � uma mescla das tradi��es espanholas, africanas, amer�ndias e estadunidenses.

Est�dio Rommel Fern�ndez, na Cidade do Panam�.

O beisebol � o esporte nacional do Panam� e o pa�s possui equipes regionais e uma equipe nacional que o representa em eventos internacionais. Pelo menos 140 jogadores panamenhos jogaram beisebol profissional nos Estados Unidos, mais do que qualquer outro pa�s da Am�rica Central.

Desde o final do s�culo XX, o futebol se tornou mais popular no Panam�. A liga principal do futebol panamenho, a Liga Paname�a de F�tbol, foi fundada em 1988. A Sele��o Panamenha de Futebol se classificou para a Copa do Mundo da FIFA pela primeira vez em 2018.

O basquetebol tamb�m � popular no Panam�. Existem equipes regionais e um esquadr�o que compete internacionalmente. Dois dos jogadores de basquete proeminentes do Panam� s�o Rolando Blackman, quatro vezes NBA All-Star, e Kevin Daley, capit�o de dez anos e showman dos Harlem Globetrotters. Outros jogadores not�veis que representaram o Panam� internacionalmente s�o Mario Butler e Rolando Frazer.

O saltador Irving Saladino se tornou o primeiro medalhista de ouro ol�mpico do Panam� em 2008. No boxe, quatro panamenhos est�o no Hall da Fama do Boxe Internacional: Roberto Dur�n, Eusebio Pedroza, Ismael Laguna e Panama Al Brown. Em agosto de 2016, o Panam� tinha dois campe�es mundiais de boxe: Guillermo Jones e Anselmo Moreno.

O desfile de Natal, conhecido como El desfile de Navidad, � celebrado na capital, a Cidade do Panam�. Este feriado � comemorado em 25 de dezembro. Os carros aleg�ricos do desfile s�o decorados com as cores do Panam�, e as mulheres usam vestidos chamados pollera, com os homens vestindo o tradicional montuno. Al�m disso, a banda marcial no desfile, formada por bateristas, mant�m a multid�o entretida. Na cidade, uma grande �rvore de Natal � iluminada com luzes de Natal, e todos cercam a �rvore e cantam can��es natalinas.[46]

Nome: Data:
Dia de ano novo 1� de janeiro[47]
Dia dos M�rtires 9 de janeiro[48]
Carnaval 4 dias em fevereiro ou março[47]
Dia do Trabalho 1º de maio[47]
Dia da Raça (Descobrimento de América) 12 de outubro[47]
Dia do Hino Nacional 1º de novembro[47]
Dia da Independência 3 de novembro[49]
Dia da Bandeira 4 de novembro[50]
Grito de Independência em Los Santos 10 de novembro[47]
Independência da Espanha 28 de novembro[47]
Dia das Mães 8 de dezembro[51]
Natal 25 de dezembro[47]

Notas

  1. Quando o Panamá se tornou independente da Espanha, pertencia à Colômbia até o início do século XX. Em 1903, devido a um movimento separatista incentivado pelos Estados Unidos na Colômbia, o país se separou e proclamou sua independência. Isto permanece até os dias de hoje.

Referências

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  2. Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de Gentílicos e Topónimos do Panamá
  3. «Panama Population» (em inglês). World Ometers. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
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  • Mellander, Gustavo A.; Nelly Maldonado Mellander (1999). Charles Edward Magoon: The Panama Years. Río Piedras, Puerto Rico: Editorial Plaza Mayor. ISBN 1-56328-155-4. OCLC 42970390

Ligações externas

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