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Porrete

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 Nota: "Tacape" redireciona para este artigo. Para a antiga cidade do Norte de �frica, veja Gab�s.
H�rcules (segurando um porrete) e a hidra, fim do s�culo XV, Floren�a.

Porrete,[1] clava (do latim clava),[2] bast�o (do latim tardio bastone)[3] ou ma�a (do latim mattea)[4] � um tipo de taco ou bast�o mais grosso numa das extremidades e geralmente feito de algum material s�lido - podendo ser de madeira, pedra, ou metal - normalmente utilizado para fins de necess�ria for�a f�sica ou em batalhas de estilo corpo a corpo, em especial pelas for�as policiais.

Variam de tamanho, peso, material e manuseio, podendo causar danos leves ou pesados. Existem diversos modelos, que ganham nomes espec�ficos, tais como:

Ver artigo principal: Ma�a de armas

� uma forma mais aprimorada do porrete, sendo uma arma de m�o forte e pesada. Consiste em um cabo de madeira, �s vezes refor�ado com metal ou placas de metal, com uma cabe�a de pedra, cobre, bronze, ferro ou a�o. Esta cabe�a � geralmente bem saliente e �s vezes cont�m tach�es e pontas para ajudar a penetra��o da armadura e infligir maior dano. Caso a cabe�a seja presa por tiras de couro ou uma corrente, a arma � denominada mangual e n�o ma�a. O tamanho das ma�as � bem variado.

A ma�a foi inventada por volta de 12 000 a.C. e, rapidamente, tornou-se uma arma importante. Essas primeiras ma�as de madeira, com pedra s�lex ou obsidiana encravadas, tornaram-se menos populares devido ao aprimoramento das armaduras de couro curtido que podiam absorver grande parte do impacto. Algumas ma�as tinham a cabe�a inteira de pedra, mas eram muito mais pesadas e de dif�cil manejo.

A descoberta do cobre e do bronze tornou poss�vel as primeiras ma�as de metal.

Uma das primeiras imagens de ma�a que se conhece est� na paleta de Narmer. Ma�as eram muito utilizadas na idade do Bronze no Oriente Pr�ximo. Muitos povos eram incapazes de produzir as ma�as com l�minas e refor�os de metal, o que as tornou ainda mais populares.

A ma�a tornou-se mais comum a partir da Idade do Ferro, quando espadas, lan�as e machados de ferro eram facilmente fabricados. O Imp�rio Romano n�o usava ma�as, provavelmente porque eles n�o precisavam de armas pesadas e de impacto, ou pelo aspecto do estilo de luta romana envolvendo lan�as e armas r�pidas. Uma ma�a era mais �til a um guerreiro sozinho do que a unidades de infantaria romana.

Seu nome vem do franc�s casse-t�te, que significa literalmente "quebra-cabe�a". � um bast�o de madeira ou de metal utilizado por policiais ou militares, podendo ser usado tamb�m para a seguran�a pessoal.

Borduna ou tacape

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Maoris lutando com tacapes

Do tupi taka'pe,[carece de fontes?] � uma arma ind�gena utilizada para ataque, defesa ou ca�a. Geralmente � uma esp�cie de clava cil�ndrica e alongada. Acaba sendo tamb�m utilizada pelos ind�genas como bengala, remo e objeto perfurante, quando do tipo de ponta.[carece de fontes?]

Ind�gena da etnia tupinamb� brasileiro portando um porrete, � esquerda

Os nativos das Am�ricas utilizavam o tacape, borduna ou clava feito de madeira dura com 1,5 metro de comprimento, cuja extremidade podia ser oval, arredondada ou chata. Neste caso, ela era afiada. Era usada tanto na guerra como para sacrificar inimigos.[5]

O boah�p era uma pequena clava para ataque e defesa feita do �mago da palmeira paxiúba. [6]

Clavas de patauá (Jessenia bataua) eram também usadas pelos nativos não necessariamente para a caça ou guerra, mas para resolver disputas por mulheres.[7]

Nativos da Califórnia usavam clavas entalhadas de um único tronco ou galho de árvore. As dimensões das clavas variavam de 3 cm a 4 cm de diâmetro, 20 cm a 30 cm de comprimento e a cabeça, geralmente arredondada, de 8 cm a 10 cm de diâmetro e 8 cm a 10 cm de comprimento. O comprimento total da arma variava de 30 a 70 cm. Na parte final do cabo havia um furo transversal por onde passava um cordão de couro, que servia para prender a arma no pulso do nativo. O acabamento era dado por pedras cortantes e facas e o tingimento era feito com hematita avermelhada e dióxido de manganês escuro. Eram usadas em batalhas, bem como em caçadas.[8]

Os Astecas do México incrustavam seus tacapes de madeira com lascas de obsidiana, uma pedra vulcânica e vítrea, que causava terríveis ferimentos em suas vítimas.[9]

Tonfas

Foi desenvolvida há já muitos séculos como uma arma de madeira pelos habitantes de Okinawa, no Japão, especificamente para uso no caratê.

Duas tonfas eram frequentemente usadas simultaneamente, sendo uma arma muito eficiente contra ladrões. Os movimentos circulares da tonfa eram usados como forma de ataque, a parte lateral era usada para bloquear golpes de nunchakus e as extremidades para ataques penetrantes.

Por volta de 1580, foram impostas leis que proibiram o uso e a posse de armas, até de espadas velhas e ferrugentas, para tentar restaurar a paz e trazer prosperidade a Okinawa. Isso ajudava a prevenir perdas de vida desnecessárias entre o povo e prevenir o surgimento de guerras civis, mas deixava os camponeses de Okinawa sem defesa contra os ninjas. Apesar das técnicas de mão vazia desenvolvidas nos campos de batalha serem eficazes, não o eram contra ataques em massa. Hoje, substituindo o ultrapassado cassetete, a tonfa se tornou um bastão ainda mais resistente, feito de fibra sintética e sendo usada como arma de defesa policial.

Originalmente, a tonfa, antes de se tornar arma, era usada há mais de oito séculos na China e no Japão para moer e descascar arroz e feijão.

A tonfa foi apenas um dos instrumentos agrícolas usados na China antiga que passaram a ser utilizados como armas em função do desarmamento civil.

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Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 368.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 417.
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 238.
  4. "Maça" no Dicionário Michaelis
  5. LÉRY, Jean de (1534-1611). Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte, Edit. Itatiaia; São Paulo, Edit. da Universidade de São Paulo. 1980, 303 p.
  6. PEREIRA, Manuel Nunes (1892-1985) (1980). Moronguêtá: um Decameron indígena. p. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 1980, 2ª Ed.; vol. 2. p. 435-840.
  7. CAVALCANTE, Messias S. Comidas dos Nativos do Novo Mundo. Barueri, SP. Sá Editora. 2014, 403p.ISBN 9788582020364
  8. CAMPBELL, Paul D. Survival skills of native California. Layton, Utah, Gibbs Smith Publisher. 1999, 448 p.
  9. SOUSTELLE, Jacques (1912-1990). La vida cotidiana de los aztecas em vésperas de la conquista. Octava reimpresión. ISBN 968-16-0636-1. Mexico, Fondo de Cultura Economica. 1991, 283 p.