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Região Sul do Brasil

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(Redirecionado de Regi�o sul do Brasil)
Regi�o Sul do Brasil
Divis�o regional do Brasil
Regi�o Sul do Brasil
Localiza��o
Caracter�sticas geogr�ficas
Regi�o geoecon�mica Centro-Sul
Estados  Paran�
 Santa Catarina
 Rio Grande do Sul
Gent�lico sulista,[1] sulino[2] ou suleiro[3]
�rea 576 774,310 km� 2010
Popula��o 29 933 315 hab. IBGE/2022[5]
Densidade 51,9 hab./km�
Maior concentra��o urbana Porto Alegre
Cidade mais
populosa
Curitiba
Indicadores
PIB R$ 1 195 550 000 IBGE/2018[5]
PIB per capita R$ 40 181 IBGE/2018[5]
IDH 0,777 alto 2021 [6]

A Regi�o Sul do Brasil � a menor das cinco regi�es do pa�s,[7] com �rea territorial de 576 774,31 km�,[4] sendo maior que a �rea da Fran�a metropolitana e menor que o estado brasileiro de Minas Gerais. Faz parte da Regi�o Centro-Sul do Brasil.[8] Divide-se em tr�s unidades federativas: Paran�, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,[7] sendo limitada ao norte pelos estados de S�o Paulo e Mato Grosso do Sul, ao sul pelo Uruguai, a oeste pelo Paraguai e pela Argentina, al�m de ser banhada a leste pelas �guas do Oceano Atl�ntico.[7] � a �nica regi�o brasileira localizada na por��o sul abaixo da zona tropical, com as esta��es do ano variando nitidamente; contudo, a parte norte situa-se acima do Tr�pico de Capric�rnio.[7] No inverno, ocorrem geadas e, com maior raridade, h� queda de neve.[7] O relevo da Regi�o Sul tem uma pequena quantidade de acidentes geogr�ficos, predominando um grande planalto, geralmente, de pequena eleva��o.[9]

Sua maior caracter�stica � o modo de coloniza��o e o tipo de colonizadores recebidos.[10] A Regi�o Sul come�ou a ser colonizada durante os s�culos XVII e XVIII.[10] Em 1648, os portugueses foram os fundadores da vila de Paranagu�, a mais antiga cidade da Regi�o Sul e do Paran�.[10] As popula��es al�ctones recebidas pela regi�o foram uma pequena quantidade de escravos africanos, por�m, uma grande quantidade de imigrantes vieram do Uruguai, da Argentina, dos A�ores, da Espanha, da Alemanha, da It�lia, da Pol�nia, da Ucr�nia, dos Pa�ses Baixos, entre outros.[10] A caracter�stica populacional dada pelos europeus que contribu�ram para o processo de forma��o da sociedade brasileira do s�culo XIX foi a predominante etnia caucasiana,[10] sendo deixadas na paisagem caracter�sticas dos pa�ses de onde originaram (casas, transportes, uso do solo). Os europeus foram os introdutores do sistema de pequenas e m�dias fazendas.[10] A ci�ncia agr�cola trazida da Europa para o Sul do Brasil foi a viticultura, adaptada � Serra Ga�cha.[10]

A popula��o das cidades da Regi�o Sul cresceu muito nos anos mais recentes.[11] As cidades mais populosas s�o, em ordem de quantidade de moradores, Curitiba e Porto Alegre.[12] O desenvolvimento industrial foi iniciado nas d�cadas mais recentes principalmente no Rio Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina e Regi�o Metropolitana de Curitiba.[13] Na regi�o de Crici�ma, em Santa Catarina, est�o localizadas quase a totalidade das reservas de explora��o de carv�o no Brasil.[14] O potencial energ�tico, que as in�meras cachoeiras dos rios das bacias hidrogr�ficas do Paran� e do Uruguai representam, hoje se aproveita muito nas usinas hidrel�tricas como a de Machadinho, pr�ximo a Piratuba.[15]

A Regi�o Sul propriamente dita � um grande polo tur�stico, econ�mico e cultural, abrangendo grande influ�ncia europeia, principalmente de origem italiana[16] e germ�nica.[17] Apresenta �ndices sociais acima da m�dia brasileira e das demais regi�es em v�rios aspectos: possui o maior �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, 0,831,[18] e o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do pa�s.[19] A regi�o � tamb�m a mais alfabetizada, 95,2% da popula��o, e a com menor incid�ncia de pobreza.[20] Sua hist�ria � marcada pela grande imigra��o europeia,[21] pela Guerra dos Farrapos,[22] e pela Revolu��o Federalista,[23] com seu principal evento o Cerco da Lapa.[24] Outra revolta ocorrida na hist�ria da regi�o foi a Guerra do Contestado,[25] entre os anos de 1912 e 1916.

Vis�o geral

Aspectos f�sicos

A Regi�o Sul � a mais fria do Brasil, sendo de clima subtropical. Suas principais forma��es vegetais s�o a Mata Atl�ntica, as Matas de Arauc�rias e Matas Ciliares. Suas forma��es de relevo s�o plan�cies, depress�es, com planaltos meridionais e atl�ntico. Quanto � hidrografia, h� quatro rios e tr�s bacias, sendo capaz o bastante para a produ��o de energia.[26]

Popula��o

A regi�o ocupa 6,8% do territ�rio nacional,[27] no entanto, tem uma grande popula��o.[28] A densidade demogr�fica conferida pelos seus 28,7 milh�es de habitantes � de 49,9 hab./km�.[29][30] Numa regi�o relativamente desenvolvida em uniformidade nos setores prim�rios, secund�rio e terci�rio, essa popula��o demonstra os �ndices de alfabetiza��o de maior eleva��o em conformidade com os registros feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).[31]

Localiza��o

�nica regi�o do Brasil que situa-se quase por inteiro em clima subtropical, o Sul � a regi�o de menor temperatura do Brasil, com sujei��o a geadas e at� mesmo, em certos lugares, neves cadentes. As esta��es do ano tem boa defini��o e as chuvas, geralmente, s�o distribu�das em uniformidade no decorrer do ano.[28]

Paisagens geoecon�micas

Na vegeta��o original, eram diferenciadas ambas as �reas: a de florestas e a de campos. A inicial, que os imigrantes da Alemanha, da It�lia e do Leste Europeu colonizaram, adquiriu uma apar�ncia europeia, com pequenas e m�dias fazendas que voltam-se para a policultura. A regi�o de campos, contrariamente, que os latifundi�rios ocuparam desde o Brasil Col�nia, utilizou-se, no in�cio, para a pecu�ria extensiva (criar gado fora do est�bulo), posteriormente, da mesma forma, para cultivar trigo e soja.[28]

  • Atualmente, al�m dessas ambas as pastagens, existem tamb�m as regi�es de ind�stria e urbaniza��o, destacando-se as regi�es de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e de Curitiba, no Paran�.[32][33] E tamb�m o p�lo metal-mec�nico de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, segundo maior do Brasil e um dos maiores da Am�rica Latina,[34] sede de grandes empresas do setor, como a Marcopolo,[35] a Randon[36] e a Agrale.[37] E no norte e nordeste de Santa Catarina com cidades como Joinville[38] e Blumenau com uma ind�stria t�xtil, log�stica e metal-mec�nica.[39]
  • Tamb�m diferenciada das regi�es florestais e campestres � o norte do Paran�, regi�o estadual a qual tem maior rela��o com a economia da Regi�o Sudeste do Brasil. Sendo uma regi�o de passagem que estende-se do limite sul do estado de S�o Paulo at� o limite norte da parte de clima subtropical da Regi�o Sul do Brasil, sua coloniza��o tem liga��o � economia paulista que expandiu-se em territ�rio paranaense.[33]
  • Apesar dessa distin��o, estas paisagens geoecon�micas integram-se, o que torna poss�vel a caracteriza��o da regi�o como a de maior uniformidade do Brasil em rela��o ao �ndice de Desenvolvimento Humano.[33]

Hist�ria

Povos ind�genas e coloniza��o

Hist�ria da Regi�o Sul do Brasil
Monumento ao Tropeiro no munic�pio da Lapa (PR).
Casal de imigrantes italianos que vieram para o Imp�rio do Brasil na d�cada de 1870 e estabeleceram-se no Rio Grande do Sul.

O territ�rio da atual Regi�o Sul do Brasil foi habitado originalmente pelos povos ind�genas, principalmente os guaranis, caingangues, carij�s,charruas e minuanos. Nos s�culos XVII e XVIII, jesu�tas espanh�is chegaram � regi�o para a catequese dos ind�genas, criando aldeias chamadas miss�es nas regi�es do Gua�ra e Sete Povo das Miss�es. Nas miss�es, os ind�genas exerciam profiss�es como criadores de gado, agricultores e aprendizes de of�cios.[40][41][42][43] Os bandeirantes atacaram as miss�es jesu�ticas no s�culo XVII, para capturar ind�genas e escraviz�-los.[43]

Ao longo da primeira metade do s�culo XVII e primeiras d�cadas da segunda metade do s�culo XVII, os paulistas e seus descendentes colonizaram o litoral do Paran� e o Primeiro Planalto Paranaense, gra�as � descoberta de ouro, em pequenas quantidades, no Paran�. Esses colonizadores fundaram cidades como Paranagu� e Curitiba.[44][45] Na segunda metade do s�culo XVII, paulistas avan�aram mais para o sul e colonizaram o litoral de Santa Catarina, fundando povoa��es como S�o Francisco do Sul, Laguna e Desterro (atual Florian�polis).[46][47]

Com a destrui��o das miss�es jesu�ticas, o gado se dispersou e, com isso, houve a coloniza��o dos Pampas por meio da pecu�ria e a forma��o do ga�cho, o tipo humano tradicional dessa regi�o.[45]

O s�culo XVIII foi marcado no Sul do Brasil pela integra��o da regi�o ao restante do Brasil, gra�as � pecu�ria no Rio Grande do Sul e os tropeiros, que transportavam gado muar e carnes de l� para as jazidas de ouro de Minas Gerais. Com isso, houve um avan�o da frente colonizadora, quando paulistas e paranaenses colonizaram os Campos Gerais Paranaenses, a Serra Catarinense e parte do territ�rio do Rio Grande do Sul.[45][48][49]

Para a defesa das est�ncias que os tropeiros criaram, o rei de Portugal determinou a constru��o de fortes militares na região. Nos arredores dos fortes, ocorreu o surgimento de povoados.[50] Durante uma grande quantidade de anos, Portugal e Espanha guerrearam para se empossarem das terras do Sul.[51] As brigas foram continuadas e somente foram solucionadas com os tratados assinados, como o de Madrid e Santo Ildefonso.[52] Esses tratados foram os acordos determinantes dos limites das terras que localizam-se no sul do Brasil.[52]

Em meados do século XVIII, uma grande quantidade de açorianos migrou para os litorais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para colonizar a região e evitar uma possível invasão espanhola da região.[45][53]

Chegada dos imigrantes, povoamento recente e desenvolvimento agropecuário e industrial

No século XIX e primeiras décadas do século XX, houve uma grande imigração de europeus para o Sul do Brasil, sobretudo alemães e italianos, mas também participaram poloneses e ucranianos, gerando um grande crescimento demográfico na região.[54][55] Os imigrantes foram os fundadores de colônias transformadas em cidades de importância como, por exemplo, Caxias do Sul.[56]

Os solos de terra roxa do norte do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as regiões de povoamento mais recente.[57][58] O povoamento do norte do Paraná apareceu depois que foram criadas colônias agrícolas.[59] Migrantes internos de demais unidades federativas e de mais de 40 nações estrangeiras chegaram na região para serem colonos trabalhadores no cultivo de café e de cereais.[60] No oeste de Santa Catarina, colonizado sobretudo por gaúchos descendentes de italianos, foi desenvolvida a pecuária, além de serem exploradas a erva-mate e a madeira.[61][62]

A industrialização do Sul do Brasil começou na década de 1970 e teve grande incremento nas décadas de 1980 e 1990.

Geografia

O planalto Meridional constitui-se de rochas de velhos sedimentos (arenitos) e extensas rochas de erupções de magmas (basaltos). Encontra-se subdividido em:[9]

O planalto Cristalino forma-se de velhas rochas de cristais junto à costa e das montanhas da serra do Mar. Nas regiões de menor altitude e de maior ondulação no sul, são caracterizadas as serras, com suas numerosas coxilhas.[9]

Na Planície Costeira ou Litorânea, são visíveis vales menores, que encaixam-se nos planaltos, e uma extensão de planície litorânea, que ora vai se estreitando, ora vai se alargando. Nesta planícies encontram-se presentes restingas, lagoas costeiras, balneários naturais e dunas.[9]

A Região Sul do Brasil tem um clima subtropical. As temperaturas são variáveis de 16 °C até 20 °C, com muita amplitude térmica. As precipitações pluviométricas entre 1 200 mm e 2 000 mm, têm boa distribuição o ano inteiro.[63]

Duas bacias hidrográficas representam basicamente a Região Sul do Brasil:[64]

Na Mata das Araucárias são encontradas espécies de grande utilidade, como o pinheiro-do-paraná e a imbuia. A Mata Atlântica localiza-se juntamente à costa.[65]

Os campos do sul ou do planalto, que também chamam-se Pampa, no Rio Grande do Sul, são o bioma constituinte de paisagens naturais de excelência.[65]

Geomorfologia

A região está em sua maior parte em zona temperada, enquanto sua parte norte, no norte do Paraná, está localizada em zona tropical.[7] O clima encontra-se apresentado com uniformidade, variando pouco. Suas paisagens de contraste são apresentadas quase sempre pelos demais elementos que pertencem à natureza sul-brasileira: relevo com extensão de planaltos e planícies de menor comprimento, hidrografia com bacias fluviais de maior tamanho (a do Paraná e a do Uruguai) e as demais de tamanho pequeno, e vegetação na qual há florestas alternadas com campos. Sendo continuamente considerados estes contrastes, será compreendido com maior facilidade o quadro natural da região.[9]

O relevo sul-brasileiro encontra-se sob o domínio, na maioria do seu território, de ambas as divisões do planalto Brasileiro: o planalto Atlântico (ou Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste) e o planalto Meridional. Nesta região, o planalto Atlântico denomina-se planalto Cristalino, e o Meridional subdivide-se em ambas as porções: Planalto arenito-basáltico e depressão Periférica. Na região aparecem ainda certas planícies.[9] O ponto mais elevado da região sul é o Pico Paraná, com 1922 metros de altitude. Porém o Morro da Igreja, em Santa Catarina, possui 1.822 metros de altitude, sendo o ponto habitado mais alto da região Sul e onde foi registrada, não oficialmente, a temperatura mais baixa do Brasil: -17,8 °C, em 29 de junho de 1996.[66]

Mapa geomorfológico do Sul do Brasil

As mais importantes unidades geomorfológicas da Região Sul do Brasil são:[9]

  • Planalto Cristalino: Encontra-se apresentado com grande largura no Paraná, no qual sua escarpa que volta-se para o mar é o acidente formador da serra do Mar, e torna-se afunilado em Santa Catarina. Suas elevações são os aspectos formadores dos "mares de morros", forma de relevo característica do planalto Atlântico;[9]
  • Planalto Meridional: Reveste a maioria do território sul-brasileiro, sendo alternadas extensas camadas intercaladas de arenito com basalto. O basalto é uma rocha extrusiva originária dos vulcões, que forma solos de terra roxa, de grande fertilidade. No Sul, com exceção do norte do Paraná, há uma pequena quantidade de regiões possuidoras de tais solos, porque na maioria das vezes os arenitos recobrem as rochas basálticas;[9]
A elevação mais destacada no planalto Meridional é a serra Geral que, no Paraná e em Santa Catarina, é visível na parte de trás da serra do Mar, porém no Rio Grande do Sul acaba juntamente à costa, sendo a unidade geomorfológica formadora de falésias como as que são visíveis nos balneários da cidade de Torres, município gaúcho;[9]
Para caracterizar mais facilmente essa unidade geomorfológica, divide-se habitualmente em ambas as partes: Planalto arenito-basáltico e depressão Periférica;[9]
  • Planalto Arenito-Basáltico: Nele, o basalto (de maior dureza) e o arenito, diferentemente resistentes à erosão, são os formadores das cuestas, que chamam-se localmente de "serras", exemplificando, a serra Geral, em Santa Catarina;[9]
  • Depressão Periférica: Unidade geomorfológica de pouco comprimento e altitude que chama-se planalto dos Campos Gerais ou segundo planalto paranaense, no Paraná, e depressão Central, no Rio Grande do Sul;[9]
  • Escudo Sul-Rio-Grandense: Planalto o qual chama-se Serras de Sudeste, localizado no sudeste do Rio Grande do Sul, caracteriza-se pelas coxilhas, os quais são formas de relevo com ondulações de colinas.[9]

A região possui ainda vales menores, os quais encaixam-se em ambos os imensos planaltos (Cristalino e Meridional) e uma extensão de planície litorânea, juntamente à costa. No Paraná, a planície mais destacada é a Baixada Paranaense e, no Rio Grande do Sul, são salientadas as presentes restingas que servem de "fechamento" de enseadas e que são formações de lagoas litorâneas, como a lagoa dos Patos e a lagoa Mirim. Em Santa Catarina, a planície litorânea tem pouco comprimento, acima de tudo no norte, e dessa forma é continuada pelo litoral do Paraná, pelo no qual são formados balneários, dunas ou ainda restingas.[9]

Clima

Ver artigo principal: Clima da região Sul do Brasil
Climas da Região Sul segundo a classificação climática de Köppen-Geiger.

No Brasil, país em que predomina o clima tropical, apenas a Região Sul encontra-se sob o domínio do clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as temperaturas variam de 16 °C a 20 °C ao ano, porém, o inverno é costumeiramente muito frio para os padrões brasileiros, com frequência de geadas na quase totalidade das áreas, e em lugares onde há altitudes de maior elevação, neve cadente. As estações do ano apresentadas possuem grande diferenciação e a amplitude térmica anual é relativamente muito grande. As chuvas, na quase totalidade do território regional, são distribuídas regularmente durante todo o ano, entretanto, no Norte do Paraná — transição para a zona intertropical — as chuvas são concentradas nos meses de verão.[63]

Neve na zona rural de São Joaquim, Santa Catarina, em 2010.

Também podem ser encontradas características tropicais nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as temperaturas estão acima de 20 °C e, principalmente, há queda de chuvas no verão.[63]

As temperaturas também são afetadas pelos ventos. No verão, as temperaturas aumentam por causa do calor e da umidade dos ventos alísios que vêm do sudeste, depois as chuvas caem com força. O inverno no Sul do Brasil é muito frio com geada e neve por causa das frentes frias que são massas de ar vindas do Pólo Sul. Esse vento frio é chamado de minuano ou pampeiro pelos paranaenses, catarinenses e gaúchos.[63]

É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste. Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecera.[63]

Hidrografia

Vista aérea das Cataratas do Iguaçu (PR), na fronteira do Brasil com a Argentina.

Devido à localização da serra do Mar e da Serra Geral, nas proximidades do litoral, o relevo do Sul é inclinado para o interior, fazendo com que a maioria dos rios do Sul seja de planalto, seguindo no sentido leste-oeste. Esses rios são concentrados em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas as subdivisões que fazem parte da Bacia Platina. Os rios de maior importância têm grande volume de água e são possuidores de grande potencial hidrelétrico, o que já está se explorando no rio Paraná, com o fato de ter sido construída a Usina Hidrelétrica de Itaipu (atualmente a segunda maior do mundo). Essa exploração favorece ao Sul e ao Sudeste o crescimento do número de consumidores de energia elétrica, tanto para consumo doméstico como industrial, havendo a necessidade de continuar investindo nesse lugar.[64]

Os rios sulistas que fazem seu percurso até desaguarem no mar integram um conjunto de bacias secundárias, como as do Atlântico Sul e do Atlântico Sudeste. Entre essas, a mais aproveitável para a hidreletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Outra, que os brasileiros conhecem muito pelas suas cheias que não podem ser previstas, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que alcança uma região que se desenvolveu muito, onde a colonização alemã influenciou basicamente.[64]

Vegetação

Quando as pessoas dizem respeito ao sul do Brasil, é frequente ter na memória a Mata de Araucárias ou floresta dos pinhais e o grande pampa gaúcho, formações vegetais típicas da região, apesar de não existirem somente nesta parte do Brasil.[65]

A Mata de Araucárias é a paisagem típica da vegetação de planalto da região Sul.

A Mata de Araucárias, que praticamente se extinguiu, é o bioma visível nas partes de maior elevação dos planaltos do Paraná e Santa Catarina, no formato de manchas que existem entre as demais formações vegetais. A Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná) é mais facilmente adaptada às menores temperaturas, frequentemente nas partes da maior altitude do relevo, e ao solo rochoso que mistura arenito com basalto, com uma grande concentração no planalto arenito-basáltico, no interior da região.[65]

A erva-mate é um dos principais produtos agrícolas da região Sul.

Nessa mata se extraem principalmente o pinheiro-do-paraná e a imbuia, que se utilizam em marcenaria, e a erva-mate, cujas folhas se utilizam para preparar o chimarrão.[65]

A devastação desta floresta, que foi o bioma típico da região na qual hoje há poucos remanescentes dessa paisagem, teve início no final do Império, porque o governo fazia concessões com o objetivo de abrir estradas de ferro, e a situação tornou-se grave devido à indústria madeireira.[65]

Além da Mata de Araucárias, propriamente dita, a serra do Mar, com grande umidade por estar mais próxima do oceano Atlântico, faz com que se desenvolva a mata tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, com grande densidade e várias espécies. A Mata Atlântica é iniciada no Nordeste sendo continuada pelo Sudeste até a sua chegada ao Sul.[65] No Norte do Paraná, a floresta tropical praticamente extinguiu-se, porque a agricultura foi expandida. Ultimamente, o governo está procurando novas tentativas de implantação de uma política de reflorestamento.[65]

As vastas extensões de campos limpos também ocupam a Região Sul do Brasil. Estas vastas extensões de campos limpos chamam-se pelo nome de campos meridionais. Os campos meridionais dividem-se em duas áreas distintas. A primeira é correspondente aos campos dos planaltos, que são manchas ocorrentes a partir do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha — é de maior extensão e está localizada inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região que chama-se Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e uma camada visível de ervas rasteiras pela qual é constituída a melhor pastagem natural do Brasil.[65]

Finalmente, juntamente ao litoral, destaca-se a vegetação costeira de mangues, praias e restingas, que se assemelham às de outras regiões do Brasil.[65]

Demografia

Segundo o censo demográfico de 2010, a Regi�o Sul do Brasil contava 27 384 815 habitantes, sendo a terceira regi�o mais populosa do pa�s (depois do Sudeste e do Nordeste),[67] concentrando 14,3% da popula��o brasileira.[68]densidade demogr�fica na regi�o, que � uma divis�o entre sua popula��o e sua �rea, � de 47,59 hab./km�, mais de duas vezes maior que a do Brasil como um todo.[69] A Regi�o Sul do Brasil se desenvolveu com grande for�a tanto no campo como nas cidades.[70][70]

Composi��o da popula��o

Os jesu�tas deram in�cio � coloniza��o das �reas que se localizam nos campos do sul. Objetivando a catequiza��o dos ind�genas, os jesu�tas espanh�is foram os fundadores de diversas miss�es no territ�rio que � hoje o Rio Grande do Sul.[71] Essas miss�es, cujas atividades econ�micas eram a pecu�ria e a agricultura,[nota 1] foram mais tarde invadidas por bandeirantes paulistas, que foram respons�veis pelo aprisionamento de ind�genas para serem vendidos como escravos.[nota 2] As miss�es jesu�ticas no Pampa foram destru�das, fazendo com que fossem espalhados os animais que os mission�rios criavam.[72] Desde o s�culo XVIII, os portugueses e espanh�is que eram habitantes da bacia do rio Paran�.[73] Essa luta fez com que Portugal e Espanha disputassem a posse territorial, o que ajudou a formar grandes latif�ndios, ainda hoje com muita frequ�ncia na extremidade meridional.[74]

As terras que se localizam nos planaltos foram ocupadas pelos imigrantes vindos da Europa. A Regi�o Sul do Brasil seria completamente ocupada com a coloniza��o, que se divide em ambas as fases. A primeira fase foi a dos colonizadores vindos do A�ores (portugueses) no decorrer do litoral, inclusive se destacando para a ilha de Santa Catarina, onde est� localizada Florian�polis, e para a Regi�o Metropolitana de Porto Alegre.[75] A segunda teve in�cio nas primeiras d�cadas do s�culo XIX, com os imigrantes vindos da Alemanha[nota 3] e It�lia[nota 4] que chegaram ao Brasil e, em n�mero pequeno, da R�ssia,[76] da Pol�nia,[77] da Ucr�nia,[78] do Oriente M�dio e de outros lugares do mundo. Eles foram os colonizadores dos planaltos, marcando seus costumes no estilo arquitet�nico das resid�ncias, no idioma e na culin�ria.[nota 5] Introduziram tamb�m a policultura e o sistema de pequenas propriedades.[73] � por isso que o Sul � a regi�o brasileira que mais tem pequenas propriedades no campo.[73]
Os alem�es foram estabelecidos principalmente em Santa Catarina, no vale do Itaja�, e no Rio Grande do Sul, no Vale dos Sinos.[79] A Serra Ga�cha foi ocupada principalmente pelos italianos, onde come�aram a cultivar a uva, fabricar o vinho e o suco proveniente da fruta.[nota 6] Enquanto isso, russos, poloneses, ucranianos e outros grupos imigrantes foram fixados no oeste de Santa Catarina, no Paran� e em demais pontos localizados na regi�o.[80][81][82][83]

Composi��o �tnica

Grupos �tnicos (2018)[84]
Branca 73,9%
Parda 20,6%
Preta 4,8%
Ind�gena e amarela 0,7%

A maior parte dos habitantes que habitam a regi�o Sul se autodeclara "branca", 73,9% da popula��o.[84] Alguns fatores deram sua contribui��o para que a imigra��o europeia se concentrasse no Sul do Brasil[carece de fontes?], tendo come�o pela natureza, em especial porque o clima � subtropical.[nota 7][nota 8][nota 9] Al�m disso, raz�es hist�ricas tamb�m deram est�mulo a essa concentra��o: no per�odo imperial, era necess�ria a garantia de posse das terras do Sul, porque era uma regi�o de povoamento escasso;[nota 10] Depois de abolida a escravid�o, a entrada de m�o de obra imigrante foi incentivada pelo governo brasileiro;[nota 11] j� no s�culo XX, as duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945), trouxeram milhares de europeus que fugiam dos conflitos e da persegui��o nazista.[85][86]

Como no restante do Brasil, contudo, e de fato, a popula��o no geral apresenta ancestralidades europeia, ind�gena e africana. "Brancos", "pardos" e "negros", conforme revela a gen�tica.[87] Esse estudo gen�tico de 2011 tamb�m constatou que do ponto de vista da ancestralidade as diferen�as entre as regi�es do Brasil s�o menores do que muitos pensavam.[87]

Outro gen�tico de 2013, que analisou todas as regi�es do Brasil, tamb�m revelou que em todas elas existem contribui��es europeia, ind�gena e africana, somente variando o grau de cada, em cada uma delas. Em todas as regi�es do Brasil, a ancestralidade europeia foi a principal, com importantes contribui��es africana e ind�gena. No sul, tamb�m foram encontradas contribui��es africana e ind�gena, com ancestralidade predominante europeia.[88]

O litoral � a parte da Regi�o Sul que apresenta as mais elevadas densidades demogr�ficas, e a Campanha Ga�cha, devido � predominante atividade pecu�ria, apresenta baixas densidades, mas n�o h� �reas despovoadas na regi�o.

Distribui��o da popula��o

A popula��o � distribu�da de maneira desigual. Apesar de o contraste entre as �reas aglomeradas e vazias, no Sul, n�o se acentuar como nas demais regi�es, os centros urbanos, acima de tudo Curitiba, Porto Alegre e cidades localizadas no vale do Itaja�, s�o apresentadoras de altas densidades demogr�ficas.[89] Os trechos de maior despovoamento do Sul do Brasil est�o localizadas na Campanha Ga�cha, onde sua economia � baseada na pecu�ria extensiva, em que h� pouca m�o de obra empregada.[86][90]

Indicadores sociais

Como em qualquer lugar do mundo, na regi�o Sul h� pobreza, problemas sociais e urbanos, mas, em grau menor em compara��o ao restante do Brasil. O Sul merece destaque por ter apresentado a maior taxa de alfabetiza��o, o mais alto n�vel de consumo alimentar, a mais elevada expectativa de vida,[91] a menor desigualdade de renda, a melhor educa��o e sa�de p�blica, o mais alto n�vel de bem estar social[92] e a menor taxa de corrup��o do Brasil. Em n�meros absolutos, a Regi�o Sudeste possui o maior PIB, o maior PIB per capita, a maior quantidade de estabelecimentos escolares, as melhores universidades, os melhores estabelecimentos hospitalares, e outros, concentradas sobretudo nos estados de S�o Paulo e do Rio de Janeiro. De acordo com uma pesquisa recente, a Regi�o Sul, apesar de apresentar um n�mero menor de escolas, hospitais, estabelecimentos governamentais e etc, teriam eles melhor distribu�dos pelo seu respectivo territ�rio e atendendo de forma bem mais eficiente sua popula��o.[93]

Urbaniza��o

Áreas metropolitanas

A Grande Porto Alegre é a maior área metropolitana da Região Sul, e a quarta mais populosa do Brasil.

A Grande Porto Alegre é a maior área metropolitana da Região Sul e a quarta mais populosa do Brasil – superada no país apenas pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, respectivamente – tendo o quarto maior PIB do Brasil e a 82ª maior aglomeração urbana do mundo.[95] A Grande Curitiba é a segunda área metropolitana mais populosa do sul do país e a oitava do Brasil. É também a 118ª maior aglomeração urbana do mundo.[96]

Santa Catarina era, até então, o estado com o maior número de Regiões Metropolitanas do Brasil. Sendo oito no total.[97] Segundo o governo estadual, as regiões metropolitanas ajudam numa melhor e mais eficiente administração do estado. Com a criação de novas regiões metropolitanas no Paraná, o estado igualou o número de regiões metropolitanas de Santa Catarina. Em 1998, através de lei complementar estadual, foram instituídas as RMs de Londrina[98] e Maringá.[99] A de Umuarama, a quarta do estado, foi criada em 2012[100] e, em 2015, foram criadas mais outras quatro: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel e Toledo, passando para oito atuais.[101]

Nome Estado População
Porto Alegre  Rio Grande do Sul 3 960 068
Curitiba  Paraná 3 168 980
Norte/Nordeste Catarinense  Santa Catarina 1 094 570
Florianópolis  Santa Catarina 1 012 831
Londrina  Paraná 801 756
Serra Gaúcha  Rio Grande do Sul 735 276
Vale do Itajaí  Santa Catarina 689 909
Maringá  Paraná 612 617
Zona Sul  Rio Grande do Sul 577 578
Carbon�fera  Santa Catarina 550 243
Foz do Rio Itaja�  Santa Catarina 532 830
Chapec�  Santa Catarina 403 458

Existem ainda as aglomera��es urbanas, que s�o consideradas "um passo a menos" para se chegar a uma regi�o metropolitana. No Rio Grande do Sul existem tr�s: A Aglomera��o urbana do Sul, com sede em Pelotas mas com vida econ�mica voltada para o superporto de Rio Grande, abrangendo outras tr�s cidades, esta tem pouco mais de 580 000 habitantes, mas a mais populosa � a Aglomera��o Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul, localizada na regi�o serrana do Rio Grande do Sul, com sede em Caxias do Sul e outras 9 cidades a compondo, a aglomera��o tem aproximadamente 720 000 habitantes. Ainda h� a Aglomera��o urbana do Litoral Norte, com sede em Os�rio abrangendo metade do litoral ga�cho, tamb�m em n�meros aproximados, a aglomera��o, em 20 cidades, tem 285 000 habitantes.

A mecaniza��o da agricultura e a agroind�stria favorecem a mudan�a de fam�lias do campo para a cidade. Na Regi�o Sul, que apresenta os menores percentuais nas migra��es internas do Brasil, 82% da popula��o vive em centros urbanos. A consequ�ncia imediata desse alto �ndice de urbaniza��o � a forma��o de bols�es de mis�ria nas principais cidades da regi�o. A grande pobreza atinge at� mesmo parte da regi�o de Curitiba e Porto Alegre, capitais do Paran� e do Rio Grande do Sul, respectivamente.[102]

Problemas atuais

Os maiores problemas da Regi�o Sul do Brasil s�o comuns a todo o pa�s: a acentuada desigualdade na distribui��o de renda reflete em todas as regi�es, no contraste entre a riqueza de poucos e a pobreza de muitos. Na Regi�o Sul do Brasil, esse contraste n�o t�o marcante quanto no Sudeste ou Nordeste, mas evidencia-se na exist�ncia de favelas nos grandes centros urbanos e na assist�ncia m�dico-hospitalar insatisfat�ria em algumas localidades.

Al�m desses problemas, a Regi�o Sul do Brasil enfrenta:

  • Excessos do clima: O clima subtropical, ainda que agrad�vel na maior parte do ano, � respons�vel por frequentes geadas, de consequ�ncias desastrosas para a agricultura, principalmente para as planta��es de caf�. Al�m disso, chuvas intensas podem causar inunda��es incontrol�veis, de efeitos muito negativos sobre a sociedade e a economia;
  • Dificuldades de ordem humana: Grande parte da popula��o ainda emprega t�cnicas agr�colas e pecu�rias primitivas, obtendo um rendimento bastante abaixo do ideal. Al�m disso, a mecaniza��o das lavouras leva ao desemprego, causando a migra��o para outros estados brasileiros e o surgimento de boias-frias. Esses trabalhadores rurais sem terra s�o contratados temporariamente para tarefas que exigem muita m�o de obra e dispensados em seguida. Suas condi��es de trabalho, sa�de e moradia s�o absolutamente prec�rias. Embora os boias-frias n�o constituam problema espec�fico da Regi�o Sul do Brasil, o estado do Paran� � a unidade federativa com o maior n�mero de pessoas nessas condi��es.

Para os problemas decorrentes de condi��es naturais h� perspectivas de solu��o: t�cnicas para combater o efeito das geadas e obras para conter as enchentes come�am a serem desenvolvidas em todas as �reas cr�ticas. No caso dos problemas de car�ter social, com ra�zes hist�ricas, as solu��es exigem mais tempo, por�m n�o s�o imposs�veis; atualmente, o progresso dos meios de transportes e a amplia��o de comunica��es viabilizam projetos de alfabetiza��o e amparo m�dico-sanit�rio �s popula��es isoladas. A Sudesul (Superintend�ncia para o Desenvolvimento da Regi�o Sul), extinta em 1990, coordenava e supervisionava boa parte desses projetos e executava programas bastante significativos, aumentando a cada ano a participa��o da Regi�o Sul no conjunto da economia brasileira.

Governo e pol�tica

Os estados da regi�o Sul, assim como os demais estados da rep�blica, s�o governados por tr�s poderes, todos com sedes em suas capitais: Curitiba; Florian�polis; Porto Alegre. Os executivos s�o representados pelos governadores, os legislativos, pelas assembleias legislativas, e os judici�rios pelo tribunais de justi�a. Cada estado possui s�mbolos estaduais, como a bandeira, o bras�o e o hino.

Os poderes legislativos estaduais s�o unicamerais. Na Assembleia Legislativa do Paran� s�o 54 deputados estaduais,[103] na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul s�o 55 deputados,[104] na Assembleia Legislativa de Santa Catarina s�o 40 deputados.[105]

Os governadores dos tr�s estados da Regi�o Sul do Brasil, com mandato at� 2026, s�o os seguintes:

Unidade da Federa��o Governador Partido Vice-governador(a) Partido
1 Paran� Ratinho J�nior PSD Darci Piana PSD
2 Santa Catarina Jorginho Mello PL Marilisa Boehm PL
3 Rio Grande do Sul Eduardo Leite PSDB Gabriel Souza MDB

Subdivis�es

1 - Paran�
2 - Santa Catarina
3 - Rio Grande do Sul.

A regi�o Sul do Brasil � composta por tr�s estados:[106]

Paran�
Abriga o que restou da mata de arauc�rias,[107] uma das mais importantes florestas subtropicais do mundo.[108] Na fronteira com a Argentina fica o Parque Nacional do Igua�u, declarado Patrim�nio da Humanidade pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).[109] A 40 quil�metros dali, na fronteira com o Paraguai, est� a Usina Hidrel�trica de Itaipu,[110] a segunda maior do planeta, atr�s apenas da hidrel�trica chinesa de Tr�s Gargantas.[111] O estado possui forte coloniza��o polonesa, ucraniana e alem�, como tamb�m italiana, neerlandesa e japonesa.[112]
Santa Catarina
Menor e menos populoso estado da regi�o,[113][114] Santa Catarina aprecia enseadas e muitas ilhas no litoral e planaltos a leste e a oeste, com mata de arauc�rias e campos.[115] De clima subtropical, o estado tem as quatro esta��es bem marcadas ao longo do ano, com ver�es quentes e invernos rigorosos no planalto.[115]
Santa Catarina tem grande influ�ncia de imigrantes portugueses, alem�es e italianos.[116] Florian�polis e a faixa litor�nea do estado foram colonizados por a�orianos.[116] O estado, ali�s, mant�m uma posi��o de lideran�a na maricultura, com grande produ��o e exporta��o de camar�o e ostras em cativeiro.[117]
Rio Grande do Sul
No maior e mais populoso estado da regi�o fica um dos pontos extremos do Pa�s, o Arroio Chu�.[nota 12] O clima do Rio Grande do Sultemperado, e o relevo apresenta plan�cies litor�neas, planaltos a oeste e nordeste e depress�es no centro.[118] A vegeta��o � variada: campos (os pampas ga�chos), mata de arauc�rias e restingas.[118]
Os principais colonizadores foram os italianos, que se fixaram principalmente na regi�o serrana,[119] no nordeste do estado, e os alem�es, que ocuparam a regi�o do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre.[120] Os portugueses, entre eles os a�orianos, permaneceram no litoral.[121]
Al�m da influ�ncia europeia, o ga�cho cultiva as tradi��es dos pampas, na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre essas tradi��es destacam-se o chimarr�o,[122] o churrasco[122] e o uso de trajes t�picos, compostos de bombacha[123] (cal�as folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho[123] e len�o no pesco�o.[123]

Economia

Alguns dos principais cultivos agr�colas da Regi�o Sul do Brasil.[124][125][126]

No que se refere aos aspectos econ�micos da regi�o Sul, a melhor maneira de explicar a distribui��o das atividades prim�rias, secund�rias e terci�rias � elaborando an�lises desses tr�s setores econ�micos por partes e separadamente, observando cada uma delas.

A exist�ncia de extensas �reas de pastagens naturais favoreceu o desenvolvimento da pecu�ria extensiva de corte na regi�o Sul. H� o predom�nio da grande propriedade e o regime de explora��o direta, j� que a cria��o � extensiva, exigindo poucos trabalhadores, o que explica o fato de haver uma popula��o rural muito pouco numerosa na regi�o.

Devido � amplia��o do mercado consumidor local e extra-regional e ao surgimento de frigor�ficos na regi�o, em certas �reas j� ocorre uma cria��o mais aprimorada, pecu�ria leiteira e lavouras comerciais com t�cnicas modernas, destacando-se o cultivo do arroz, do trigo e da batata.

A agricultura, que � desenvolvida em �reas florestais, com predom�nio da pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciada pelo europeus, sobretudo alem�es, que predominaram na coloniza��o do Sul. A policultura � a pr�tica comum na regi�o, �s vezes com car�ter comercial, sendo o feij�o, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a ab�bora, a soja, o trigo, as hortali�as e as frutas os produtos mais cultivados. Em algumas �reas, a produ��o rural est� voltada para a ind�stria, como a cultura da uva para a fabrica��o de vinhos, a de tabaco para a ind�stria de cigarros, a de soja para a fabrica��o de �leos vegetais, � cria��o de porcos (associada � produ��o de milho) para abastecer os frigor�ficos e o leite para abastecer as usinas de leite e f�bricas de latic�nios.

Diferente das regi�es agr�colas "coloniais" � o norte do Paran�, que est� relacionado com a economia do Sudeste, sendo uma �rea de transi��o entre S�o Paulo e o Sul. Seu povoamento est� ligada � expans�o da economia paulista.

O extrativismo vegetal � uma atividade de grande import�ncia no Sul do Brasil e o fato de a mata das arauc�rias ser bastante aberta e relativamente homog�nea facilita a sua explora��o. As esp�cies preferidas s�o o pinheiro-do-paran�, a imbuia e o cedro, aproveitados em serrarias ou f�bricas de papel e celulose. A erva-mate � outro produto importante do extrativismo vegetal no Sul, e j� � cultivada em certas �reas.

A regi�o Sul � pobre em recursos minerais, devido � sua estrutura geol�gica. H� ocorr�ncia de cobre no Rio Grande do Sul e chumbo no Paran�, mas o principal produto � o carv�o de pedra, cuja explora��o concentra-se em Santa Catarina. � utilizado em usinas termel�tricas locais e na siderurgia.

A regi�o Sul � a segunda mais industrializada do pa�s, vindo logo ap�s o Sudeste. A principal caracter�stica da industrializa��o no Sul � o fato de as atividades comandarem a atividade industrial, onde se localizam ind�strias sider�rgicas, qu�micas, de couros, de bebidas, de produtos aliment�cios e t�xteis. J� a industrializa��o de Curitiba, o maior parque industrial, � mais recente, destacando-se suas metal�rgicas, madeireiras, ind�strias automobil�sticas, pe�as, qu�micas, e f�bricas de alimentos.

As demais cidades industriais da regi�o s�o geralmente mono-industriais ou ent�o abrigam dois g�neros de ind�strias, como Caxias do Sul (bebidas e metalurgia), Pelotas (frigor�ficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos) e Blumenau (t�xtil). A exce��o � Joinville (setores metal mec�nico, qu�mico, pl�stico, e de desenvolvimento de software), situada no Norte catarinense, e Chapec� no Oeste Catarinense (Seu parque industrial � diversificado, sendo que os setores que mais se destacam s�o: 8 Frigor�ficos � a capital brasileira da agroind�stria, o metalmec�nico, produ��o de equipamentos para frigor�ficos, pl�sticos e embalagens, transportes, m�veis, bebidas, softwares e biotecnologia).

Produto Interno Bruto

Em 2003, o PIB do Sul chegou em 386 758 428 000,00 de reais ou quase 20% do nacional, ou seja, a 2� regi�o em riquezas finais produzidas do pa�s. A tabela a seguir exibe como � distribu�do o PIB regionalmente e nacionalmente entre os estados da regi�o:

Produto Interno Bruto da regi�o Sul (IBGE/2006)
Estados PIB (em R$ 1000,00) % do PIB nacional % do PIB regional PIB per capita
Paran� 136 681 933 mil 6,4% 34,2% 13 158,00
Santa Catarina 93 193 324 mil 4,0% 21,5% 15 638,00
Rio Grande do Sul 156 883 171 mil 8,2% 44,3% 14 310,00

Extrativismo

O extrativismo na regi�o Sul, apesar de ser uma atividade econ�mica complementar, � bastante desenvolvido em suas tr�s modalidades:

Agricultura

Principais cultivos, 2005[127]
Produto Participa��o
Arroz 6,68%
Batata 0,31%
Fumo 2,45%
Milho 21,84%
Soja 45,51%
Trigo 11,42%
A planta��o de ma��s e a fabrica��o de sidras no Brasil s�o caracter�sticas economicamente marcantes da coloniza��o alem� nos estados de SC e RS.

A maior parte do espa�o territorial sulista � ocupado pela pecu�ria, por�m a atividade econ�mica de maior rendimento e que emprega o maior n�mero de trabalhadores � a agricultura. A atividade agr�cola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:

  • Policultura: desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi introduzida por imigrantes europeus, principalmente alem�es, na �rea originalmente ocupada pelas florestas. Cultivam-se principalmente milho, feij�o, mandioca, batata, ma��, laranja, e fumo;
  • Monocultura comercial: desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade � comum nas �reas de campos do Rio Grande do Sul, onde se cultivam soja, trigo, e algumas vezes, arroz. No Norte do Paran� predominam as monoculturas comerciais de algod�o, cana-de-a��car, e principalmente soja, laranja, trigo e caf�. A erva-mate, produto do extrativismo, � tamb�m cultivada.

Para compreender mais claramente a distribui��o das atividades agr�colas pela regi�o, analise a tabela acima com os respectivos dados sobre os produtos agr�colas.

Tamb�m � no sul do Brasil que est� localizada a maior cooperativa agroindustrial da Am�rica Latina, a Cooperativa Agroindustrial Mor�oense, com sede em Campo Mour�o, no estado do Paran�.

Os principais produtos agr�colas cultivados em 2018 foram:

  • soja (35% da produ��o do pa�s, que � o maior produtor mundial);
  • milho (35% da produ��o do pa�s, que � o 3� produtor mundial);
  • tabaco (quase toda a produ��o do pa�s, que � o segundo maior produtor do mundo e o maior exportador);
  • arroz (80% da produ��o do pa�s, que � o nono maior produtor do mundo);
  • uva (quase toda a produ��o do pa�s, que � o d�cimo primeiro maior produtor do mundo);
  • ma�� (quase toda a produ��o do pa�s, que � o d�cimo terceiro produtor mundial);
  • trigo (quase toda a produ��o do pa�s);
  • aveia (quase toda a produ��o do pa�s);
  • cana-de-a��car (8% da produ��o do pa�s, que � o maior produtor mundial);
  • mandioca (25% da produ��o do pa�s, que � o quinto maior produtor do mundo);
  • erva-mate (quase toda a produ��o do pa�s, que � um dos maiores produtores do mundo);
  • feij�o (26% da produ��o do pa�s, que � o terceiro maior produtor do mundo);

al�m de produzir quantidades relevantes de:

  • tangerina (30% da produ��o do pa�s, que � o sexto maior produtor do mundo);
  • banana (15% da produ��o do pa�s, que � o 3� maior produtor mundial);
  • laranja (6% da produ��o do pa�s, que � o maior produtor mundial);
  • caqui (20% da produ��o do pa�s, que � o sexto maior produtor do mundo);
  • cevada, p�ssego, figo e cebola (a maior parte da produ��o do pa�s);
  • morango.[128]

Pecu�ria

Ovinos no extremo sul do RS
Cria��o su�na em SC.

Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a cria��o de gado bovino, principalmente na Campanha Ga�cha ou pampa, no Estado do Rio Grande do Sul. Desenvolve-se ali uma pecu�ria extensiva, criando-se, al�m de bovinos, tamb�m ovinos. Em 2017, a regi�o Sul reunia cerca de 12% dos bovinos do Brasil (27 milh�es de cabe�as de gado).[129][130]

J� na cria��o de ovinos, em 2017 a Regi�o Sul era a 2� maior do pa�s, com 4,2 milh�es de cabe�as. A atividade de tosquia de ovinos permaneceu predominante na regi�o Sul, que � respons�vel por 99% da produ��o de l� no pa�s. O Rio Grande do Sul continuou sendo o estado com maior participa��o nacional, representando 94,1% do total. Os munic�pios de Santana do Livramento, Alegrete e Quara� lideraram a atividade.[130] Atualmente, a produ��o de carne tornou-se o principal objetivo da ovinocultura no Estado, em fun��o da eleva��o dos pre�os pagos ao produtor que tornaram a atividade mais atraente e rent�vel. L�, usam-se ra�as de ovinos mais adaptadas ao clima subtropical.[131]

A pecu�ria intensiva tamb�m � bastante desenvolvida na regi�o Sul, que det�m o primeiro lugar no ranking na produ��o brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul � beneficiado por ind�strias de latic�nio. O Sul tem 35,7% da produ��o brasileira de leite, disputando com o Sudeste (que foi o maior produtor at� 2014), que tem 34,2%. O Sudeste tem o maior rebanho de vacas ordenhadas: 30,4% do total de 17,1 milh�es existentes no Brasil. A maior produtividade, por�m, � a da Regi�o Sul, com uma m�dia de 3.284 litros por vaca ao ano, por isso lidera o ranking de produ��o de leite desde 2015. O munic�pio de Castro, no Paran�, foi o maior produtor em 2017, com 264 milh�es de litros de leite. O Paran� j� � o segundo maior produtor nacional com 4,7 bilh�es de litros, perdendo apenas para Minas Gerais.[129][132]

Na carne su�na, os 3 estados do Sul s�o os maiores produtores do pa�s. Santa Catarina � o maior produtor no Brasil. O Estado � respons�vel por 28,38% dos abates do pa�s e por 40,28% das exporta��es de carne su�na brasileira. J� o Paran� det�m um plantel de 667 mil matrizes alojadas, com um rebanho representativo de 17,85% do total brasileiro. O Paran� ocupa a segunda posi��o no ranking produtivo do pa�s, com 21,01%, e a terceira coloca��o entre os Estados exportadores, com 14,22%.[129] Em 3� lugar no Brasil vem o Rio Grande do Sul, com quase 15% de participa��o.[133]

Avicultura em Santa Catarina.

A cria��o de aves (avicultura) � forte no Sul. Em 2018, a regi�o Sul, com destaque na cria��o de frangos/as para o abate, foi respons�vel por quase metade do total brasileiro (46,9%). S� o Paran� respondeu por 26,2%. O Paran� ocupa a lideran�a brasileira no ranking de Estados produtores e exportadores de carne de frango.[134] O Rio Grande do Sul � o 3� lugar na produ��o nacional, com 11%.[133]

Na produ��o de ovos, a Regi�o Sul � a 2� maior do Brasil, com 24,1% da produ��o do pa�s.[130] O Paran� est� em 2� lugar no ranking brasileiro, com 9,6% da participa��o nacional.[133]

Na piscicultura, o oeste paranaense, em munic�pios pr�ximos a Toledo e Cascavel, se transformou na maior regi�o produtora de peixes do pa�s, tendo a til�pia como principal esp�cie cultivada. O oeste representa 69% de toda a produ��o do Paran�, maior produtor nacional, com 112 mil toneladas. Desse montante, 91% se referem a cria��es de til�pias.[129]

A regi�o Sul foi a principal produtora de mel do pa�s em 2017, respondendo por 39,7% do total nacional. Rio Grande do Sul foi o 1� com 15,2%, Paran� em 2� com 14,3%, Santa Catarina em 5� com 10,2%.[130]

Minera��o

Mina de ametista em Ametista do Sul, no Rio Grande do Sul.

Santa Catarina � o maior produtor de carv�o do Brasil, principalmente na cidade de Crici�ma e arredores. A produ��o de carv�o mineral bruto no Brasil foi de 13,6 milh�es de toneladas em 2007. Santa Catarina produziu 8,7 Mt (milh�es de toneladas); Rio Grande do Sul, 4,5 Mt; e Paran�, 0,4 Mt. Apesar da extra��o de carv�o mineral no Brasil, o pa�s ainda precisa importar cerca de 50% do carv�o consumido, uma vez que o carv�o produzido no pa�s � de baixa qualidade, por apresentar menor concentra��o de carbono. Os pa�ses que fornecem carv�o mineral ao Brasil incluem �frica do Sul, Estados Unidos e Austr�lia. O carv�o mineral no Brasil abastece, em especial, termel�tricas que consomem cerca de 85% da produ��o. A ind�stria cimenteira do pa�s, por sua vez, � abastecida com cerca de 6% desse carv�o, restando 4% para a produ��o de papel celulose e apenas 5% para as ind�strias de alimentos, cer�mica e gr�os. O Brasil possui reservas de turfa, linhita e carv�o mineral. O carv�o totaliza 32 bilh�es de toneladas de reservas e est� localizado principalmente no Rio Grande do Sul (89,25% do total), seguido por Santa Catarina (10,41%). A jazida de Candiota (RS) possui apenas 38% de todo o carv�o nacional. Por ser um carv�o de qualidade inferior, � utilizado apenas na gera��o termel�trica e no local do dep�sito. A crise do petr�leo nos anos 1970 levou o governo brasileiro a criar o Plano de Mobiliza��o de Energia, com intensas pesquisas para descobrir novas reservas de carv�o. O Geological Survey of Brazil, por meio de trabalhos realizados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, aumentou muito as reservas de carv�o anteriormente conhecidas entre 1970 e 1986 (principalmente entre 1978 e 1983). Em seguida, carv�o de boa qualidade, pr�prio para uso em metalurgia e em grandes volumes (sete bilh�es de toneladas), foi descoberto em v�rias jazidas do Rio Grande do Sul (Morungava, Chico Lom�, Santa Teresinha), mas em profundidades relativamente grandes (at� 1.200 m ), o que impediu seu uso at� agora. Em 2011, o carv�o representava apenas 5,6% da energia consumida no Brasil, mas � uma importante fonte estrat�gica, que pode ser acionada quando, por exemplo, os n�veis de �gua nas barragens s�o muito baixos, reduzindo o excesso de oferta de �gua. energia hidroel�trica. Isso aconteceu em 2013, quando v�rias termel�tricas foram fechadas, mantendo o abastecimento necess�rio, embora a um custo mais elevado.[135][136]

O Paran� � o maior produtor de xisto betuminoso do Brasil. Na cidade de S�o Mateus do Sul, existe uma usina da Petrobras especializada na produ��o do material. Aproximadamente 7.800 toneladas s�o processadas diariamente.[137]

O Rio Grande do Sul � um importante produtor de pedras preciosas. O Brasil � o maior produtor mundial de ametista e �gata, e o Rio Grande do Sul � o maior produtor do pa�s. A �gata tem extra��o local desde 1830. O maior produtor de ametista do Brasil � a cidade de Ametista do Sul. Essa pedra era muito rara e cara em todo o mundo, at� a descoberta de grandes dep�sitos no Brasil, o que causou uma queda consider�vel em seu valor.[138][139][140][141][142]

Ind�stria

F�brica da BRF em Santa Catarina.
Ind�stria t�xtil Hering em Santa Catarina.
Vin�cola Salton no Rio Grande do Sul.
F�brica de papel e celulose Klabin no Paran�.
Cal�ados Beira Rio no Rio Grande do Sul.
F�brica de chocolate Neugebauer no Rio Grande do Sul.
Marcopolo SA � uma multinacional fabricante de �nibus do Rio Grande do Sul.

A Regi�o Sul concentra 20% do PIB industrial do pa�s.[143][144][145]

O sul � a segunda regi�o do Brasil em n�mero de trabalhadores e em valor e volume da produ��o industrial.[143][144][145] Esse avan�o deve-se a uma boa rede de transportes rodovi�rios e ferrovi�rios, grande potencial hidrel�trico, f�cil aproveitamento de energia t�rmica, grande volume e variedade de mat�rias-primas e mercado consumidor com elevado poder aquisitivo.[carece de fontes?]

A distribui��o das ind�strias do sul � bastante diferente da que ocorre na regi�o Sudeste. Nesta regi�o predominam grandes complexos industriais com atividades diversificadas, enquanto o sul apresenta as seguintes caracter�sticas:

As maiores concentra��es industriais situam-se nas regi�es metropolitanas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Curitiba, no Paran�, merecendo destaque tamb�m:

Al�m dessas concentra��es industriais, merecem destaque Ponta Grossa, Guarapuava e Paranagu�, no Paran�; Florian�polis, Joinville, Lages, Blumenau e Chapec� em Santa Catarina; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Turismo

Ver artigo principal: Turismo na regi�o Sul do Brasil
Lago Negro em Gramado, uma das cidades tur�sticas da Serra Ga�cha (RS).

O Parque Nacional do Igua�u, onde se localizam as Cataratas do Igua�u, � uma Unidade de Conserva��o brasileira. Est� localizado no extremo-oeste do estado do Paran�, tendo sido criado em 10 de janeiro de 1939, atrav�s do decreto lei n� 1.035. Sua �rea total � de 185 262,2 hectares. Em 1986 recebeu o t�tulo, concedido pela UNESCO, de Patrim�nio Mundial.

Durante os dias quentes de ver�o, as praias catarinenses s�o procuradas e frequentadas por turistas do Brasil inteiro e de outros pa�ses estrangeiros. Florian�polis, atr�s apenas das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), � uma das capitais brasileiras mais visitadas. Com o fim da crise econ�mica nos pa�ses do Mercosul, parte do movimento de argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de ver�o, em cidades balne�rias tais como Balne�rio Cambori� e Barra Velha. S�o pontos tur�sticos os patrim�nios da humanidade: Cataratas do Igua�u no Parque Nacional do Igua�u, no Paran� e as Ru�nas Jesu�tico-Guaranis de S�o Miguel das Miss�es, no Rio Grande do Sul.

As serras ga�cha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que aproveitam as temperaturas mais baixas e a neve, em cidades como Gramado (RS), a cidade tur�stica mais representativa do g�nero no pa�s, Canela (RS) e Urubici (SC).

Em Cambar� do Sul (RS), localiza-se o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde fica o c�nion do Itaimbezinho.

Infraestrutura

Educação

A Universidade Federal do Paraná, a primeira do Brasil.

A Região Sul do Brasil possui a maior taxa de alfabetização do país, com 92,2% e também a menor em número de analfabetos (7,8%). Conta com 587 853 alunos matriculados no ensino infantil, 4 380 912 no ensino fundamental, 1 202 301 no ensino médio e 473 583 no ensino superior.

Suas melhores universidades são[146] a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Paraná (a mais antiga do Brasil), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a Universidade de Caxias do Sul, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Estadual de Ponta Grossa, a Universidade Estadual de Maringá, a Universidade Estadual de Londrina, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná,a Universidade Estadual do Centro-Oeste, a Universidade do Estado de Santa Catarina, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, a Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal da Fronteira, Universidade Estadual do Paraná (com 7 campus).

Saúde

O índice de mortalidade infantil é de 20,3 por mil nascidos vivos. Evoluiu o número de estabelecimentos de saúde entre 8 mil e 10 mil, já no ano de 1999. O Paraná é o estado que possui o maior número de estabelecimentos da rede SUS com internação, com 469 lugares, ao mesmo tempo que Santa Catarina é detentora do menor índice (207); o Rio Grande do Sul tem um índice equilibrado de estabelecimentos de SUS com internação (379).

Energia

Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo em produção de energia (PR).

A região Sul é muito rica em xisto betuminoso e carvão mineral. O carvão mineral é utilizado para produzir energia elétrica nas usinas termelétricas, como a Usina Termelétrica Jorge Lacerda, em Santa Catarina. Além desses minérios, a região possui também energia hidrelétrica em abundância, graças às características de sua hidrografia — os rios caudalosos e os rios de planalto.

A maior usina hidrelétrica do Brasil situa-se na região. Inaugurada em 1983, Itaipu, que aproveita os recursos hídricos do rio Paraná, mais precisamente nas imediações das cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), na margem esquerda e Ciudad del Este, antiga Puerto Presidente Stroessner (Paraguai), na margem direita. Como é considerada a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, sendo a primeira a de Três Gargantas na China,[147][148][149] sua energia é utilizada em partes iguais por ambos países a que pertencem, Brasil e Paraguai.

Além de abastecer a região Sul, a energia da Usina hidrelétrica de Itaipu é imensamente utilizada em outras regiões brasileiras, inclusive na região Sudeste.

A distribuição de energia elétrica na região Sul é controlada pela Eletrosul, com sede em Florianópolis (SC), que estende a atuação ao estado de Mato Grosso do Sul e também a outras áreas do Brasil, devido a interligações com a rede de energia da região Sudeste.

Em relação às usinas hidrelétricas que ainda existem em atividade desde o século XX, entraram em funcionamento entre as décadas de 1990 e 2000, tais como Usina Hidrelétrica de Ilha Grande, no rio Paraná, Usina Hidrelétrica de Machadinho, no rio Pelotas, e Usina Hidrelétrica de Itá, no rio Uruguai.

Transportes

Aeroporto Internacional Afonso Pena, no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O Sul é bem servido no setor de transportes, dispondo de condições naturais que facilitam a implantação de uma boa malha rodoviária e ferroviária. Além disso, o fato de sua população distribuir-se uniformemente, sem grandes vazios populacionais, permite que sua rede de transportes seja mais eficiente e lucrativa.

Sistema rodoviário brasileiro, com as rodovias duplicadas destacadas em vermelho - fevereiro de 2024.

Embora quase todas as principais cidades da região sejam servidas por linhas da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o transporte rodoviário é mais desenvolvido. A região conta com várias estradas, tais como a Rodovia Régis Bittencourt, ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul, e a Rodovia do Café, alcançando o norte do Paraná até o porto de Paranaguá. Como as demais regiões do Brasil, os transportes ferroviários e rodoviários necessitam de investimentos que permitam a manutenção das vias já existentes e a abertura de outras novas.

Também os mais movimentados aeroportos do Brasil, depois dos aeroportos da região Sudeste e de Brasília, estão localizados no Sul. Os principais aeroportos do Sul em movimentos de passageiros em 2013 são; (Aeroporto Internacional Salgado Filho de Porto Alegre 7 993 164), (Aeroporto Internacional Afonso Pena de Curitiba 6 740 024), (Aeroporto Internacional Hercílio Luz de Florianópolis 3 872 637), (Aeroporto Internacional Cataratas 1 677 460, Aeroporto Internacional de Navegantes 1 202 625) e (Aeroporto Governador Jos� Richa 1 051 211). Esta regi�o possui ainda portos mar�timos em atividade: o porto de Paranagu�, que exporta principalmente caf� e soja; os portos de Imbituba e Laguna, em Santa Catarina, exportadores de carv�o mineral; os portos de S�o Francisco do Sul, Itaja�, Navegantes e Itapo� (o primeiro porto privado do Brasil) tamb�m em Santa Catarina, exportadores de produtos da ind�stria metal-mec�nica e frigor�fica, al�m de m�veis e madeira beneficiada; e finalmente os portos de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pelos quais passam mercadorias diversificadas.

Seguran�a

Seguran�a nacional

As principais unidades militares da Regi�o Sul do Brasil s�o:

Seguran�a p�blica

As principais corpora��es que proveem a Regi�o Sul do Brasil s�o:

Paran�
Pol�cia Militar do Paran�
Corpo de Bombeiros do Paran�
Pol�cia Civil do Paran�
Pol�cia Cient�fica
Santa Catarina
Pol�cia Militar de Santa Catarina
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
Pol�cia Civil de Santa Catarina
Instituto Geral de Per�cias
Rio Grande do Sul
Brigada Militar do Rio Grande do Sul
Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul
Pol�cia Civil do Rio Grande do Sul
Instituto Geral de Per�cias

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Regi�o Sul do Brasil
O Jardim Bot�nico de Curitiba.

A cultura art�stica da regi�o Sul do Brasil � muito rica, justamente por ter recebido influ�ncia de diversas col�nias de imigrantes, como os alem�es, os italianos, os poloneses e os ucranianos. Os colonizadores foram os primeiros a chegar na regi�o anteriormente habitada pelos povos amer�ndios.

As miss�es jesu�ticas foram fundadas no oeste do Paran� no s�culo XVI antes dos bandeirantes expulsarem para a regi�o do Rio Grande do Sul e Argentina, levando a cultura do chimarr�o para estas regi�es. Se chamava Rep�blica Real del Guair� e sua capital era Ontiveros (atual Gua�ra - PR), a terceira maior cidade da Am�rica do Sul na �poca depois de Assun��o e Buenos Aires.

A cultura ga�cha � muito forte e influencia toda a regi�o. As principais manifesta��es est�o na culin�ria, na literatura e na dan�a.

Curitiba foi eleita em 2003 a "Capital da Cultura das Am�ricas" pela entidade CAC-ACC e sediou o evento COP 8 MOP 3 da ONU de 20 a 31 de mar�o de 2006.

Culin�ria

O barreado � o prato tradicional do litoral paranaense,[150] preparado com carne bovina, toucinho e temperos.[151][152][153][154] A iguaria de origem a�oriana � colocada em uma panela de barro, que � enterrada e sobre a qual se acende uma fogueira. O prato � assim lentamente cozido por 12 horas, at� que a carne se desfa�a.[155] Muitos restaurantes de Morretes oferecem este delicioso prato gastron�mico.

O Boi no Rolete, o Porco no Rolete e o Carneiro no Buraco tamb�m s�o pratos t�picos do Oeste Paranaense, e contam com grandes festivais durante o ano todo.

Na culin�ria catarinense s�o tradicionais o pir�o de peixe no sul e a marrecada no norte. Na capital, o destaque � a sequ�ncia de camar�o, uma s�rie de v�rios pratos preparados com o crust�ceo.[156] Na ga�cha o churrasco com sal grosso e o chimarr�o s�o os mais comuns.

O churrasco pode ser feito no forno de ch�o, na churrasqueira e em diversos lugares, � consumido com muita frequ�ncia pelos ga�chos mesmo em dias de semana, e geralmente nos fins de semana pelas pessoas da regi�o sudeste. J� o chimarr�o n�o tem hora para ser consumido, e o seu sabor � semelhante a um ch�, por�m mais forte e de sabor menos adocicado.

Festividades

Cerim�nia de Abertura da Festa da Uva 2022

A regi�o Sul disp�e de variados eventos que ocorrem ao longo do ano, entre os principais est�o:

No Natal destaca-se o Natal Luz em Gramado, nada menos do que o maior evento natalino de todo o mundo, o evento re�ne mais de 2 milh�es de turistas por ano no munic�pio.[157]

Festa Nacional da Uva: Realizada desde 1931 a festa celebra o progresso da viticultura introduzida pelos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul. A Festa da Uva � a principal atra��o de Caxias do Sul e da Serra Ga�cha. Durante 18 dias, entre fevereiro e mar�o, a cidade exp�e a cultura �talo-ga�cha e o trabalho de um ano de colheita, regados a muita festa, shows, comida, vinho e atra��es art�sticas. Em 2024 a Festa recebeu 400 mil visitantes.[158]

Oktoberfest de Blumenau: � a segunda maior festa alem� mundo e a maior das Am�ricas, atr�s apenas da Oktoberfest de Munique.[159] A tradicional festa de celebra��o � cerveja lota o Parque Vila Germ�nica, um dos maiores espa�os p�blicos para eventos do Brasil. A cidade de Blumenau e os municípios vizinhos do Vale do Itajaí, segundo o site oficial do evento, em 2009 atraíram 731 934 visitantes que consumiram pouco mais de 450 mil litros de chope e 19 821 garrafas de cervejas importadas durante os 17 dias de festa.[160]

Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio: é a maior festa religiosa do Sul do Brasil e a terceira maior do país, a festa da padroeira do estado do Paraná, acontece anualmente em novembro, no Santuário de Nossa Senhora do Rocio no município de Paranaguá. O evento começa no dia 6 de novembro e dura até o dia 15. A festa é composta por duas partes: a popular com eventos gastronômicos, grandes shows artísticos, pirotécnico e a parte religiosa com novenas e missas campais. Em 2014 a procissão reuniu 200 mil pessoas, a tornando a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Círio de Nazaré.[161]

Outros festivais conhecidos são Festa Nacional do Pinhão em Lages (SC); Münchenfest em Ponta Grossa (PR); Marejada em Itajaí (SC); Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre (RS); Semana Farroupilha (RS); Fespop em Santa Terezinha de Itaipu (PR); Festa do Carneiro no Buraco em Campo Mourão (PR); Festival de Primavera - Haru Matsuri em Curitiba (PR). [162]

Ver também

Notas

  1. No plano econômico, marcaram presença pela criação de gado e animais domésticos, como ovelhas, porcos, galinhas, patos e cães, tendo esses últimos causado grande fascínio entre os indígenas. Com o gado iniciaram a indústria de laticínios. Introduziram também no país numerosas espécies vegetais europeias e asiáticas, e plantaram, em suas residências, uvas, cidras, limões, figos, cacau, legumes, algodão e trigo, ao mesmo tempo em que procuravam iniciar os indígenas em novas técnicas agrícolas. Das frutas faziam conservas. Iniciaram também o cultivo da cana-de-açúcar.
  2. A 18 de setembro de 1628 deixou São Paulo a maior de todas as bandeiras que já haviam atacado o Guairá: 2 000 índios e novecentos mamelucos, dirigidos por 69 paulistas. No comando estava o mestre-de-campo Manuel Preto; seu imediato era Antônio Raposo Taváres. Atingindo a região pelo sudeste, os sertanistas atacaram sucessivamente as reduções de San Miguel, Santo Antônio, Jesus María, Encarnación, San Xavier e San José. Diante do massacre, os padres reuniram em Santo Inácio e Loreto os índios sobreviventes e refugiaram-se nas missões estabelecidas entre os rios Paraná e Uruguai; os paulistas aproveitaram-se da retirada para destruir as povoações de Vila Rica e Ciudad Real, situadas respectivamente na margem esquerda do rio Ivaí e junto à foz do rio Piquiri; permitindo entretanto que seus habitantes fossem para o Paraguai, onde fundaram nova povoação às margens do rio Jejuí. Em 1632, não existia mais a província jesuítica do Guairá.
  3. Em 1824 chegam os primeiros colonos alemães ao Rio Grande do Sul, sendo assentados na atual cidade de São Leopoldo. Os alemães chegavam em pequeno número todos os anos, porém eram em número suficiente para se organizar e expandir pela região.
  4. Os italianos chegaram de início à região sul, onde estavam instalando colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. Estas colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875). Estes imigrantes eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Depois de cinco anos, face ao grande número de imigrantes, o governo teve de criar uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras do Estado do Paraná.
  5. A Região Sul foi povoada por imigrantes europeus, sobretudo, italianos, alemães e poloneses, com isso as características arquitetônicas e culturais se tornaram tradicionais. Os imigrantes, assim como suas descendências diretas, têm conseguido preservar as manifestações culturais trazidas dos países europeus. Geralmente, os imigrantes se agrupam em forma de colônias divididas de acordo com a origem de cada país. Em algumas cidades de Santa Catarina, como Pomerode, uma lei municipal obriga a construção de casas em estilo enxaimel (modelo Europeu). Em outra cidade catarinense, chamada de Tílias, a maioria da população da cidade é composta basicamente por imigrantes e descendentes austríacos que preservam todas as características do país de origem, como a língua, os costumes, as festas e as comidas típicas. Tradicionalmente, as crianças assimilam o idioma tirolês em seu próprio ambiente familiar, dessa forma há possibilidade de estabelecer, por parte do governo municipal, uma lei de inclusão da língua no currículo escolar daquela cidade. As colônias do sul preservam todos os aspectos culturais, e essas são materializadas no espaço geográfico sulista através de todo arranjo paisagístico (arquitetura, atividade econômica, manifestações culturais entre outras). Elas servem para aclamar os países e matar a saudade.
  6. O estado do Rio Grande do Sul recebeu a primeira leva de imigrantes italianos a chegar ao Brasil. Os primeiros imigrantes desembarcaram em 1875, para substituírem os colonos alemães que, a cada ano, chegavam em menor quantidade. Os colonos italianos foram atraídos para a região para trabalharem como pequenos agricultores e lhes foram reservadas terras selvagens na encosta da Serra Gaúcha. Na região foram criadas as primeiras três colônias italianas: Conde D’Eu, Dona Isabel e Campo dos Bugres, atualmente as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, respectivamente. Com o tempo, os italianos passaram a subir as serras e a colonizá-las. Com o esgotamento de terras na região, esses colonos passaram a migrar para várias regiões do Rio Grande. A base da economia na região italiana do Rio Grande foi, e continua a ser, a vinicultura. No centro do estado foi criada a Quarta Colônia de Imigração Italiana, o primeiro reduto de italianos fora da Serra Gaúcha e que originou municípios como Silveira Martins, Ivorá, Nova Palma,Faxinal do Soturno, Dona Francisca e São João do Polêsine. Nesse último, está a localidade de Vale Vêneto, nome dado para fazer homenagem a tal região italiana. Outras colônias italianas foram criadas e deram origens a cidades como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha, Antônio Prado, Veranópolis, Nova Prata, Encantado, Nova Bréscia, Coqueiro Baixo, Guaporé, Lagoa Vermelha, Soledade, Cruz Alta, Jaguari, Santiago, São Sepé, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. Essas são as principais colônias italianas do estado. Estima-se que imigraram para o Rio Grande 100 mil italianos, entre 1875 e 1910. Em 1900, já viviam no estado 300 mil italianos e descendentes.
  7. No Brasil, país em que predomina o clima tropical, apenas a Região Sul encontra-se sob o domínio do clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as temperaturas variam de 16°C a 20°C ao ano, porém, o inverno é costumeiramente muito frio para os padrões brasileiros, com frequência de geadas na quase totalidade das áreas, e em lugares onde há altitudes de maior elevação, queda de neve. As estações do ano apresentadas possuem grande diferenciação e a amplitude térmica anual é relativamente muito grande. As chuvas, na quase totalidade do território regional, são distribuídas regularmente durante todo o ano, entretanto, no Norte do Paraná — transição para a zona intertropical — as chuvas são concentradas nos meses de verão. Também podem ser encontradas características tropicais nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as temperaturas estão acima de 20 °C e, principalmente, há queda de chuvas no verão. As temperaturas também são afetadas pelos ventos. No verão, as temperaturas aumentam por causa do calor e da umidade dos ventos alísios que vêm do sudeste, depois as chuvas caem com força. O inverno no Sul do Brasil é muito frio com geada e neve por causa das frentes frias que são massas de ar vindas do Pólo Sul. Esse vento frio é chamado de minuano ou pampeiro pelos paranaenses, catarinenses e gaúchos. É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste. Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecera.
  8. Na Itália são apresentadas ambas as grandes zonas climáticas: a continental, onde são compreendidas as montanhas e vales alpinos e a grande planície do Pó; e a mediterrânea, que a península e as ilhas formam. Como o país muito extenso de norte a sul, o clima varia frequentemente: o sul tem um clima subtropical mediterrâneo; a planície padano-veneziana, um clima temperado marítimo, como o da Europa ocidental. O clima dos Alpes é o que ocorre nas altas regiões montanhosas. Há grande variação do clima segundo a altitude, desde moderação das temperaturas dos vales dotados de profundidade e de boa proteção até os picos mais frios, que a eternidade das neves os cobre. Na região alpina, há abundância e boa distribuição das chuvas no decorrer do ano. É observado o efeito que regula das massas de água que se localizam nas margens dos lagos alpinos, onde ocorre o crescimento de oliveiras, ciprestes e até limoeiros. Ma Itália faz calor no verão. As temperaturas no norte e no sul quase são igualadas, a não ser pelas chuvas que caem pelo ar úmido. No sul, faz calor e entra a luz do sol, mas seca ao extremo. A estiagem pode ter continuidade num período de cinco meses e superior a isso; quando há ocorrência disso, há queda de chuvas em violentos aguaceiros. Na planície do Pó, faz frio no inverno, quando ocorre densidade de neblina. Faz calor no verão e permite o cultivo de cereais, como o arroz. Como há abundância de chuvas no período da primavera e do outono, elas não são diminuídas no verão. Por ser ilha, o clima da Sicília é de suavidade no inverno; já a Sardenha é influenciada periodicamente pelo forte vento mistral, vindo do noroeste. O siroco, que é vento sufocante de sudoeste que vem do Saara, causa dano a península e as ilhas durante o verão.
  9. O clima sul-brasileiro é um pouco semelhante ao de inverno do norte da Itália, onde faz frio em janeiro e calor em julho. Em 1875, quando os primeiros imigrantes italianos chegaram no Sul do Brasil, na época, o hemisfério sul já sofria influências climáticas do então período conhecido como equinócio de outono, fenômeno natural que ocorre a cada ano.
  10. A região Sul recebeu grande número de imigrantes graças a uma iniciativa do imperador Dom Pedro II. Preocupado com a possibilidade de nosso país ser invadido pelo Uruguai e pela Argentina, resolveu terras do governo a imigrantes europeus. Essa iniciativa coincidiu com os graves problemas políticos e econômicos que Itália e Alemanha enfrentavam na segunda metade do século XIX.
  11. Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.
  12. Os pontos extremos do Brasil são: ao norte, a nascente do rio Ailã, no monte Caburaí, Estado de Roraima; ao sul, o Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai; a leste, a ponta do Seixas, na Paraíba; a oeste, a Serra da Contamana ou do Divisor, no Acre, fronteira com o Peru.

Referências

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