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Saúde na Guiana

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Comparada com outros pa�ses vizinhos, a Guiana ocupa uma posi��o ruim em rela��o aos indicadores b�sicos de sa�de. Os servi�os b�sicos de sa�de no interior s�o primitivos ou inexistentes e alguns procedimentos n�o est�o dispon�veis. Embora o perfil de sa�de da Guiana fique aqu�m em compara��o com muitos de seus vizinhos do Caribe, houve um progresso not�vel desde 1988, e o Minist�rio da Sa�de est� trabalhando para melhorar as condi��es, procedimentos e instala��es. Muitos guianenses procuram atendimento m�dico nos Estados Unidos, Trinidad e Tobago ou Cuba.

Infraestrutura de sa�de

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A presta��o de servi�os de sa�de � fornecida em cinco n�veis diferentes no setor p�blico:

  • N�vel I: postos de sa�de locais (166 no total), que prestam cuidados curativos preventivos e simples para doen�as comuns e tentam promover pr�ticas de sa�de adequadas. Os agentes comunit�rios de sa�de trabalham com eles.
  • N�vel II: Centros de Sa�de (109 no total) que oferecem atividades de promo��o e cuidados preventivos e de reabilita��o. Idealmente, eles contam com um extensionista m�dico ou enfermeiro de sa�de p�blica, al�m de um auxiliar de enfermagem, um dentista e uma parteira.
  • N�vel III: Dezenove Hospitais Distritais (com 473 leitos) que prestam cuidados b�sicos para pacientes internados e ambulatoriais (embora mais os �ltimos que os primeiros) e servi�os de diagn�stico selecionados. Eles tamb�m devem ser equipados para fornecer servi�os radiol�gicos e laboratoriais simples e capazes de ginecologia, fornecendo atendimento odontol�gico preventivo e curativo. Eles s�o projetados para atender �reas geogr�ficas com popula��es de 10.000 ou mais.
  • N�vel IV: Quatro hospitais regionais (com 620 leitos) que prestam servi�os de emerg�ncia, cirurgia de rotina e atendimento obst�trico e ginecol�gico, servi�os odontol�gicos, servi�os de diagn�stico e servi�os especializados em medicina geral e pediatria. Eles foram projetados para incluir o suporte necess�rio para esse n�vel de servi�o m�dico em termos de instala��es de laborat�rio e raios-X, farm�cias e especializa��o em diet�tica. Esses hospitais est�o localizados nas regi�es 2, 3, 6 e 10.
  • N�vel V: o National Referral Hospital (937 leitos) em Georgetown, que fornece uma ampla gama de servi�os de diagn�stico e especialistas, tanto para pacientes internos quanto externos; o Hospital Psiqui�trico de Canje; e o Hospital Geri�trico em Georgetown. H� tamb�m um centro de reabilita��o infantil.

Esse sistema est� estruturado para que seu bom funcionamento dependa intimamente de um processo de encaminhamento. Exceto em emerg�ncias graves, os pacientes devem ser atendidos primeiro nos n�veis mais baixos, e aqueles com problemas que n�o podem ser tratados nesses n�veis s�o encaminhados para n�veis mais altos no sistema. No entanto, na pr�tica, muitos pacientes ignoram os n�veis mais baixos.

Atualmente, o setor da sa�de n�o pode oferecer certos servi�os terci�rios sofisticados e servi�os m�dicos especializados, cuja tecnologia n�o � acess�vel na Guiana ou para a qual os m�dicos especialistas necess�rios n�o est�o dispon�veis. Mesmo com melhorias substanciais no setor da sa�de, a necessidade de tratamento no exterior para alguns servi�os pode permanecer. O Minist�rio da Sa�de presta assist�ncia financeira aos pacientes que necessitam desse tratamento, priorizando as crian�as cuja condi��o pode ser reabilitada com melhorias significativas em sua qualidade de vida.

Existem 10 hospitais pertencentes ao setor privado e a empresas p�blicas, al�m de instala��es de diagn�stico, cl�nicas e dispens�rios nesses setores. Esses dez hospitais fornecem 548 leitos. Dezoito cl�nicas e dispens�rios s�o de propriedade da GUYSUCO.

O Minist�rio da Sa�de e Trabalho � respons�vel pelo financiamento do Hospital Nacional de Refer�ncia em Georgetown, que recentemente se tornou uma empresa p�blica administrada por um Conselho independente. A regi�o 6 � respons�vel pelo gerenciamento do Hospital Nacional de Psiquiatria. O Hospital Geri�trico, anteriormente administrado pelo Minist�rio do Trabalho, passou a ser responsabilidade do Minist�rio de Recursos Humanos e Seguridade Social da Guiana em dezembro de 1997.

A Folha de Informa��es Consulares do Departamento de Estado dos EUA adverte "O atendimento m�dico est� dispon�vel para pequenas condi��es m�dicas. O atendimento de emerg�ncia e a hospitaliza��o por doen�as ou cirurgias m�dicas graves s�o limitadas devido � falta de especialistas treinados adequadamente, abaixo do atendimento hospitalar abaixo do padr�o e com falta de higiene. O servi�o de ambul�ncia � prec�rio e pode n�o estar dispon�vel rotineiramente para emerg�ncias. Muitos guianenses procuram atendimento m�dico nos Estados Unidos, Trinidad e Tobago ou Cuba.

Estado de sa�de

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Expectativa de vida

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Em 2012, a expectativa de vida ao nascer foi estimada em 71,0 anos.

As principais causas de mortalidade para todas as faixas et�rias s�o as doenças cerebrovasculares (11,6%); cardiopatia isquêmica (9,9%); distúrbios da imunidade (7,1%); doenças do sistema respiratório (6,8%); doenças da circulação pulmonar e outras formas de doenças cardíacas (6,6%); doenças endócrinas e metabólicas (5,5%); doenças de outras partes do sistema digestivo (5,2%); violência (5,1%); alguma condição originada no pré-natal (4,3%); e doenças hipertensivas (3,9%). As dez principais causas de morbidade para todas as faixas etárias são, em ordem decrescente: malária; infecções respiratórias agudas; sintomas, sinais e condições mal definidas ou desconhecidas; hipertensão; acidente e lesões; doença diarreia aguda; diabetes mellitus; infestação por vermes; artrite reumática; e distúrbios mentais e nervosos.

Esse perfil de morbidade indica que pode ser melhorado substancialmente por meio de cuidados preventivos de saúde aprimorados, melhor educação sobre questões de saúde, acesso mais amplo a serviços de água potável e saneamento e maior acesso a serviços básicos de saúde de boa qualidade. Várias organizações não-governamentais, incluindo Assistência Educacional e de Saúde para a Guiana (HERG, INC) e Assistência Médica da Guiana (GMR, INC) estão atualmente trabalhando para resolver esses problemas, melhorando o acesso à saúde e a infraestrutura educacional.

O suicídio é uma das principais causas de morte na Guiana.[1] A Guiana sofre com a maior taxa de suicídio de qualquer país da América do Sul. Em 2008, estimou-se que pelo menos 200 pessoas cometem suicídio a cada ano na Guiana, ou 27,2 pessoas para cada 100.000 pessoas a cada ano.[2]

Em 2008, a Guiana teve uma taxa de homicídios de 26 por 100.000.[3]

Cuidados de saúde materno-infantil

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A taxa de mortalidade materna em 2010 por 100.000 nascimentos na Guiana é 260. Isso é comparado com 143,1 em 2008 e 162,3 em 1990. A taxa de mortalidade abaixo de 5 anos por 1.000 nascimentos é 36 e a mortalidade neonatal como uma porcentagem da mortalidade abaixo de 5 anos é 60. Na Guiana, o número de parteiras por 1.000 nascidos vivos não está disponível e o risco de morte para mulheres grávidas é de 1 em 150.[4]

Referências

  1. WHO Report 2014 Preventing suicide: A global imperative.
  2. «BBCCaribbean.com». Bbc.co.uk. 11 de janeiro de 2008. Consultado em 17 de fevereiro de 2009 
  3. «Guyana's murder rate is up this year». Stabroeknews.com. 1 de agosto de 2008. Consultado em 17 de fevereiro de 2009 
  4. «The State of World's Midwifery 2011: Delivering Health, Saving Lives». United Nations Population Fund. Consultado em 17 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 13 de maio de 2009