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Teletexto

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O teletexto � um servi�o informativo televisivo desenvolvido no Reino Unido na d�cada de 1970. O servi�o oferece uma gama de informa��o textual, normalmente inclui informa��es nacionais, internacionais e desportiva, previs�o do tempo, programa��o dos canais e alguns jogos simples. Tamb�m � poss�vel emitir legendas atrav�s do teletexto, legendas essas que normalmente s�o adaptados para deficientes auditivos.[1]

Uma vers�o do teletexto em alem�o, do canal ZDF

O teletexto � transmitido no intervalo vertical em branco entre os frames do sinal do canal. Este sistema est� interligado com o sistema PAL de transmiss�o e a maioria dos televisores PAL t�m inclu�do um descodificador de teletexto. Outros sistemas de teletexto foram desenvolvidos para funcionar com os sistemas SECAM e NTSC, mas teve problemas para ser aceito na Am�rica do Norte e outras �reas que utilizam o sistema NTSC. Por outro lado, o teletexto est� enormemente presente tanto na Europa como em outras regi�es, com a maioria das emissoras fornecendo o servi�o teletexto.

O teletexto utiliza p�ginas numeradas para apresentar a informa��o, todas as emissoras em sequ�ncia. Quando um telespectador selecciona um n�mero, o receptor espera at� a informa��o requerida ser transmitida novamente, normalmente em alguns segundos, e s� ent�o devolve a informa��o, que � mostrada no televisor. Alguns sistemas mais sofisticados usam uma mem�ria para guardar algumas informa��es ou todas as p�ginas para ser apresentada instantaneamente.

Por causa da sua apresenta��o gr�fica, o teletexto pode ser visto como um antecessor da Internet. Diferentemente da internet, o teletexto � transmitido, n�o tendo a sua acessibilidade afectada pelo n�mero de pessoas que o acedem.

Outros sistemas

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Outros sistemas similares foram desenvolvidos em outros pa�ses, alguns que tentaram ultrapassar as limita��es do sistema brit�nico, que tinha gr�ficos simples e um tamanho fixo para as p�ginas.

Fran�a: Antiope

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Na Fran�a, onde a norma de transmiss�o � o SECAM, um sistema de teletexto foi desenvolvido no fim da d�cada de 70 com o nome Antiope. Este sistema tinha um tamanho de p�gina din�mico, permitindo gr�ficos mais sofisticados. Foi retirado de funcionamento em 1991, quando foi adoptada uma norma de teletexto.

Canad�: Telidon

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A emissora CBC[desambigua��o necess�ria] transmitiu um servi�o teletexto, IRIS[desambigua��o necess�ria], acess�vel apenas em Calgary, Toronto e Montreal. Esteve em funcionamento desde 1983 at� 1986 e usou o sistema canadiano Telidon, que foi desenvolvido em 1980. Tal como o sistema franc�s, Telidon permitia uma resolu��o gr�fica superior.

Estados Unidos

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Uma vers�o europeia desenvolvida para funcionar no sistema NTSC, usada na Am�rica do Norte, foi apresentada pela primeira vez nos EUA em 1978 pela rede de televis�o CBS, atrav�s a esta��o KMOX na cidade de St. Louis, que decidiu tentar tanto o sistema brit�nico como o sistema franc�s. A CBS escolheu o sistema franc�s (Antiope) e o servi�o foi lan�ado na esta��o KNXT na cidade de Los Angeles. Tamb�m em 1978 a esta��o KSL, de Salt Lake City, tamb�m lan�ou um servi�o de teletexto, por�m com o sistema brit�nico.

SIC Teletexto

A primeira vez que o servi�o de teletexto foi disponibilizado em Portugal aconteceu no dia 19 de outubro de 1982, na RTP2. Nessa altura, o Di�rio de Not�cias escreveu que os diretores dos jornais do pa�s estavam preocupados com a eventual perda de leitores provocada pelo surgimento do teletexto, possibilidade que hoje em dia � ris�vel. Por�m, essas vers�es iniciais do teletexto apresentavam muitas falhas, sendo que o teletexto como o conhecemos hoje passou a ser disponibilizado pela RTP (na altura, designada Radiotelevis�o Portuguesa) na d�cada de 90. A RTP iniciou as emiss�es experimentais do ent�o chamado RTPTexto em 1996. O servi�o de teletexto rapidamente ganhou fama e mais destaque e foi implementado definitivamente nos dois canais que RTP emitia ent�o na rede terrestre de televis�o (RTP1 e RTP2) a partir de 1 de janeiro de 1997.

Na d�cada de 2000, os dois outros canais de sinal aberto, a SIC e a TVI, passaram a disponibilizar servi�os de teletexto. No caso da SIC, isso aconteceu em 20 de janeiro de 2003[2]; mais tarde, a TVI passou a ter tamb�m os seus servi�os de teletexto. Desde 2022 que o servi�o de teletexto da SIC se encontra em reformula��o, sendo que o servi�o de legendagem fechada do canal, dispon�vel atrav�s do teletexto, continua dispon�vel.

Nos tr�s diferentes servi�os de teletexto (RTP, SIC e TVI) s�o disponibilizadas informa��es de �ltima hora, chats, informa��es nacionais, internacionais e desportivas, previs�es do tempo, programa��o dos canais e alguns jogos simples. Al�m disso, � uma montra de publicidade de v�rios servi�os p�blicos em Portugal.

Embora o sistema de teletexto utilizado pelo canais portugueses seja, � data do in�cio da d�cada de 2020, considerado desatualizado - noutros pa�ses, j� existem vers�es mais contempor�neas do servi�o -, conta com servi�os especiais de legendagem, mais ou menos adaptada para pessoas surdas e ensurdecidas. Em Portugal, e ao contr�rio da legendagem para ouvintes (aberta), cujo estilo pouco varia, não existe uma norma geral para a legendagem acessível, sendo que a RTP utiliza um modelo próprio e os canais privados vão disponibilizando diferentes modelos de legendagem - nenhum deles coincide com o da RTP -, elaborados por empresas exteriores.

A legendagem acessível começou a aparecer em séries e telenovelas portuguesas e expandiu-se também aos jogos de futebol (no caso da RTP). O primeiro programa emitido pela SIC com legendagem no teletexto foi a telenovela brasileira Mulheres Apaixonadas, em 2003. A iniciativa, que utilizou um sistema de legendagem acessível então inédito em Portugal, elaborado por Josélia Neves, surgiu de uma colaboração entre a SIC e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria.[3] No final da década de 2000, os noticiários generalistas da RTP1 e RTP2 passaram a disponibilizar legendagem automática, utilizando um sistema desenvolvido pelo Laboratório de Sistemas de Língua Falada do INESC-ID Lisboa em colaboração com a RTP.[4]

Nenhum dos três canais que passaram a emitir também em sinal aberto, em 2015 - antes estavam apenas disponíveis em plataformas de televisão por subscrição -, na sequência da implementação da televisão digital terrestre em Portugal (ocorrida entre 2009 e 2012), inclui qualquer programa com legendagem no teletexto. São eles a ARTV, a RTP3 e a RTP Memória (os quatro canais canais da RTP que emitem através da TDT possuem o mesmo serviço de teletexto), sendo o canal do parlamento português o único dos sete canais abertos em sinal terrestre que não possui serviço de teletexto. Esta situação desses dois canais do dito "serviço público" (RTP3 e RTP Memória) contrasta com a dos canais fechados Disney Channel e Disney Junior, que emitem programas com legendagem fechada. De igual modo, em Portugal, apenas esses dois canais da Disney fazem uso de mais cores do que as três (branco, amarelo e ciano) utilizadas nos dois primeiros canais da RTP, na SIC e na TVI.

Em 2022, o canal CNN Portugal, sucessor da TVI24 e "inaugurado" no ano anterior, passa a emitir alguns programas (uns em direto e outros em diferido) com legendagem fechada automática, não disponibilizando o restante serviço de teletexto - nomeadamente o da TVI, canal irmão -, passando a ser o primeiro canal por subscrição português com legendagem automática fechada, assim como o primeiro canal português, aberto ou fechado, a legendar programas de debate em português. Ao contrário do sistema utilizado pela RTP, o sistema automático de legendagem daquele canal da Media Capital utiliza setas de continuação, para indicar mudança de falante, e indicações gráficas de música. Em 2023, a CMTV passou a disponibilizar legendagem automática para o programa Rua Segura, tornando-se assim no quarto canal português a apresentar este serviço e o oitavo a disponibilizar o serviço da legendagem fechada.[3] No primeiro trimestre de 2024, a SIC Notícias também passou a disponibilizar legendagem através do teletexto. Em agosto desse ano, o canal V+, da TVI, inaugurado nesse mesmo mês, tornou-se o segundo canal da TVI a disponibilizar legendagem fechada, nomeadamente em formatos de entretenimento já emitidos no canal principal da TVI, como A Sentença e Morangos Com Açúcar.

Durante as décadas de 1980 e 1990, a Telebrás mantinha um sistema de Teletexto (chamado Videotexto ou VTX), com serviços especiais fornecidos pelas empresas de telefonia local. Os serviços incluídos nos sistemas de videotexto eram semelhantes aos serviços da Web, tais como fóruns de discussão, chat, notícias, e também serviços públicos como consulta à Serasa e ao Detran. Atualmente, é fornecido por operadoras de TV a cabo para consulta de informações gerais.

Em São Paulo

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O serviço, inicialmente, era restrito. Contudo, a Telesp, percebendo que acostumar seus clientes - residenciais e empresariais - a utilizar o serviço constantemente traria bons lucros, passou a divulgá-lo e expandi-lo. Inicialmente, quem o adotou foram as empresas e entidades privadas (a Associação Comercial de São Paulo mantinha um serviço para consulta de cheques e cadastro de bons e maus pagadores). Em seguida, terminais foram colocados nas lojas da Telesp (supostamente, seria para que os usuários consultassem a lista telefônica eletrônica, mas isto não aconteceu, como veremos adiante). Finalmente, locais como a Biblioteca Mário de Andrade, o Centro Cultural São Paulo e alguns shopping centers receberam um terminal com monitor colorido e teclado dotado de uma certa versatilidade, que permitia produzir efeitos especiais. A última etapa foi o fornecimento de terminais dedicados (usados somente para acesso ao VTX e também de programas e modems que permitiam a quem dispusesse de um computador doméstico acessar o serviço.

Referências

  1. «Teletext on The Internet». 2016. Consultado em 20 de fevereiro de 2017 
  2. «SIC com Teletexto». Record. 25 de janeiro de 2003. Consultado em 29 de fevereiro de 2024 
  3. a b «NOVELA DA SIC PARA SURDOS». Correio da Manhã. 10 de outubro de 2003. Consultado em 3 de novembro de 2021 
  4. «Jornal 2 com legendas automáticas». Pplware. 27 de novembro de 2008. Consultado em 29 de fevereiro de 2024 

Ligações externas

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