The Observer
The Observer | |
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Formato | Berlinense |
Sede | Kings Place, 90 York Way, Londres |
Funda��o | 1791 |
Propriet�rio | Guardian Media Group |
Editor | John Mulholland |
Orienta��o pol�tica | Centro-esquerda |
Circula��o | 216.000 (Agosto de 2013) |
Publica��es irm�s | The Guardian, The Guardian Weekly |
ISSN | 9976-1971 |
OCLC | OCLC 436604553 |
P�gina oficial | observer |
The Observer � um jornal do Reino Unido publicado aos domingos. Est� associado ao jornal The Guardian, publicado durante o resto da semana. Publicado pela primeira vez em 1791, � o jornal de domingo mais antigo do mundo.[1]
� considerado um quality paper, o que se deve, por um lado, ao seu formato standard e, por outro, �s not�cias s�rias que publica e trata com profundidade, em contraste com os popular papers, de formato tabl�ide, conhecidos pelo recurso a not�cias sensacionalistas, constituindo mero entretenimento.
No que diz respeito � linha editorial, The Observer � considerado de centro-esquerda, assumindo posi��es predominantemente social-liberais ou social-democratas, ligeiramente mais � direita do que The Guardian. � o peri�dico dominical mais antigo do mundo.[2]
Hist�ria
[editar | editar c�digo-fonte]Origens
[editar | editar c�digo-fonte]A primeira edi��o, publicada em 4 de dezembro de 1791 por W.S. Bourne, foi o primeiro jornal de domingo do mundo.[3] Acreditando que o jornal seria um meio de enriquecer, Bourne logo se viu enfrentando d�vidas de quase � 1 600. Embora as primeiras edi��es alegassem independ�ncia editorial, Bourne tentou reduzir suas perdas e vender o t�tulo ao governo. Quando isso falhou, o irm�o de Bourne (um rico empres�rio) fez uma nova oferta ao governo, que tamb�m se recusou a comprar o jornal, mas concordou em subsidi�-lo em troca de influ�ncia sobre seu conte�do editorial. Como resultado, o jornal logo adotou uma linha forte contra radicais como Thomas Paine, Francis Burdett e Joseph Priestley.
S�culo XIX
[editar | editar c�digo-fonte]Em 1807, os irm�os decidiram abrir m�o do controle editorial, nomeando Lewis Doxat como o novo editor. Sete anos depois, os irm�os venderam o The Observer para William Innell Clement, propriet�rio de um jornal que possu�a v�rias publica��es. O jornal continuou a receber subs�dios do governo durante esse per�odo; em 1819, dos cerca de 23 000 exemplares do jornal distribu�dos semanalmente, aproximadamente 10 000 eram doados como "exemplares", distribu�dos por carteiros que eram pagos para entreg�-los a "advogados, m�dicos e cavalheiros da cidade".[4] No entanto, o jornal come�ou a demonstrar uma postura editorial mais independente, criticando a forma como as autoridades lidaram com os eventos em torno do Massacre de Peterloo e desafiar uma ordem judicial de 1820 contra a publica��o dos detalhes do julgamento dos conspiradores da rua Cato, que teriam conspirado para assassinar membros do gabinete. As xilogravuras publicadas do est�bulo e do palheiro onde os conspiradores foram presos refletem uma nova etapa do jornalismo ilustrado em que o jornal foi pioneiro nessa �poca.
Clement manteve a propriedade do The Observer at� sua morte em 1852. Durante esse tempo, o jornal apoiou a reforma parlamentar, mas se op�s a uma franquia mais ampla e � lideran�a cartista. Depois que Doxat se aposentou em 1857, os herdeiros de Clement venderam o jornal para Joseph Snowe, que tamb�m assumiu a cadeira de editor.
Em 1870, o rico empres�rio Julius Beer comprou o jornal e nomeou Edward Dicey como editor, cujos esfor�os conseguiram reviver a circula��o. Embora o filho de Beer, Frederick, tenha se tornado o propriet�rio ap�s a morte de Julius em 1880, ele tinha pouco interesse no jornal e contentou-se em deixar Dicey como editor at� 1889. Henry Duff Traill assumiu a reda��o ap�s a partida de Dicey, apenas para ser substitu�do em 1891 pela esposa de Frederick, Rachel Beer, da fam�lia Sassoon. Embora a circula��o tenha diminu�do durante sua gest�o, ela permaneceu como editora por treze anos, combinando-o em 1893 com a editora do The Sunday Times, um jornal que ela tamb�m comprou.[5]
S�culo XX
[editar | editar c�digo-fonte]Ap�s a morte de Frederick em 1903, o jornal foi comprado pelo magnata do jornal Lord Northcliffe. Depois de manter a lideran�a editorial existente por alguns anos, em 1908 Northcliffe nomeou James Louis Garvin como editor. Garvin rapidamente transformou o jornal em um �rg�o de influ�ncia pol�tica, aumentando a circula��o de 5 000 para 40 000 em um ano de sua chegada como resultado. No entanto, a revitaliza��o da sorte do jornal mascarou crescentes desacordos pol�ticos entre Garvin e Northcliffe. Essas diverg�ncias acabaram levando Northcliffe a vender o jornal para William Waldorf Astor em 1911, que transferiu a propriedade para seu filho Waldorf Astor, segundo visconde de Astor, quatro anos depois.
Durante esse per�odo, os Astors se contentaram em deixar o controle do jornal nas m�os de Garvin. Sob a sua edi��o, a circula��o atingiu 200 000 durante os anos entre as guerras, um n�mero que Garvin lutou para manter mesmo durante as profundezas da Grande Depress�o. Politicamente, o jornal buscou uma postura conservadora independente, o que acabou colocando Garvin em conflito com o filho mais liberal de Waldorf, David Astor. O conflito contribuiu para a sa�da de Garvin como editor em 1942, ap�s o que o jornal tomou a atitude incomum de se declarar apartid�rio.
A propriedade passou para os filhos de Waldorf em 1948, com David assumindo o cargo de editor. Ele permaneceu no cargo por 27 anos, durante os quais ele o transformou em um jornal de propriedade fiduci�ria, empregando, entre outros, George Orwell, Paul Jennings e C. A. Lejeune. Sob a dire��o de Astor, o The Observer se tornou o primeiro jornal nacional a se opor � invas�o de Suez pelo governo em 1956 , um movimento que lhe custou muitos leitores. Em 1977, os Astors venderam o jornal em dificuldades ao gigante petrol�fero americano Atlantic Richfield (agora chamado ARCO), que o vendeu � Lonrho plc em 1981.
Tornou-se parte do Guardian Media Group em junho de 1993, depois que uma oferta rival do The Independent para adquiri-lo foi rejeitada.[6]
Farzad Bazoft, jornalista do The Observer , foi executado no Iraque em 1990 sob a acusa��o de espionagem. Em 2003, o The Observer entrevistou o coronel iraquiano que prendeu e interrogou Bazoft e que estava convencido de que Bazoft n�o era um espi�o.[7]
The Newsroom
[editar | editar c�digo-fonte]O Observer e seu jornal irm�o The Guardian operam um centro de visitantes em Londres chamado The Newsroom. Ele cont�m seus arquivos, incluindo c�pias encadernadas de edi��es antigas, uma biblioteca fotogr�fica e outros itens como di�rios, cartas e cadernos. Este material pode ser consultado pelo p�blico. A Reda��o tamb�m realiza exposi��es tempor�rias e mant�m programa educacional para escolas.
Em novembro de 2007, The Observer e The Guardian disponibilizaram seus arquivos na Internet.[8] A extens�o atual dos arquivos dispon�veis � de 1791 a 2000 para o The Observer e de 1821 a 2000 para o The Guardian. Esses arquivos ir�o eventualmente at� 2003.
Referências
- ↑ "The Observer under review" . BBC News
- ↑ Sophie Hutchinson (4 de agosto de 2009). «The Observer under review». BBC News
- ↑ Staff, Guardian (5 de junho de 2002). «History of the Observer». the Guardian (em inglês). Consultado em 4 de dezembro de 2020
- ↑ Dennis Griffiths (ed.), The Encyclopedia of the British Press, 1422–1992, London and Basingstoke: Macmillan, 1992, p. 159.
- ↑ «Ad Info - Observer History». web.archive.org. 17 de setembro de 2009. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ Michael Leapman, "New editor chosen for 'Observer': 'Guardian' deputy to succeed Trelford", The Independent,
- ↑ «Writer hanged by Iraq 'no spy'». the Guardian (em inglês). 18 de maio de 2003. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ Staff, Guardian (15 de novembro de 2017). «How to access past articles from the Guardian and Observer archive». the Guardian (em inglês). Consultado em 14 de outubro de 2021