Valérios
Val�rios (em latim: Valerii) foi uma fam�lia da Roma Antiga de status patr�cio e que depois incorporou ramos plebeus. A gente Val�ria foi uma das mais antigas e celebradas de Roma, e nenhuma outra gente se destacou por tanto tempo, embora de algumas, como a gente Corn�lia, surgiram diversas pessoas ilustres. P�blio Val�rio, depois chamado de "Publ�cola", teve um papel de destaque na hist�ria da expuls�o dos antigos reis de Roma e foi eleito c�nsul no primeiro ano da Rep�blica Romana, 509 a.C. Desta data em diante at� os �ltimos anos do Imp�rio Romano, por quase mil anos, o nome "Val�rio" (em latim: Valerius) apareceu com certa frequ�ncia nos fastos consulares e foi ostentado pelos imperadores Maximino, Maximiano, Max�ncio, Diocleciano, Const�ncio Cloro, Constantino e outros.[1]
A gente Val�ria gozou de muitas honrarias e privil�gios extraordin�rios em Roma. A casa da fam�lia ficava no sop� do monte V�lia e era a �nica da cidade com permiss�o para que as portas se abrissem para a rua (e n�o para o interior da casa)[2][3]. No Circo M�ximo, um lugar muito destacado era exclusivo da fam�lia e contava com um pequeno trono, uma honra sem paralelos entre os nobres romanos[4]. Eles podiam tamb�m enterrar seus mortos dentro do per�metro das muralhas, um privil�gio que tamb�m foi concedido a algumas outras gentes; e, quando eles trocaram o antigo costume do enterro pela queima do corpo, apesar de a pira funer�ria n�o ser acesa na cidade, a carruagem funer�ria passava pelo local como forma simb�lica de preserva��o do antigo direito da fam�lia[1][5][6].
Niebuhr, que menciona estas distin��es, conjecturou que, entre as mudan�as gradativas de constitui��o, de uma monarquia para uma aristocracia, a gente Val�ria por um tempo teve o direito de que nomear um de seus membros para exercer o poder real pelos t�cios, a tribo da qual os val�rios devem ter se originado, como sua origem sabina indica[7]. Contudo, como quase todos os fatos referentes ao per�odo mais remoto da hist�ria romana, � imposs�vel ter certeza. Os primeiros val�rios sempre estiveram entre os principais defensores dos direitos das plebe e as leis que eles propuseram em �pocas variadas foram grandes marcos para as liberdades da segunda classe romana[1][8].
Origem
[editar | editar c�digo-fonte]Acredita-se universalmente que os Val�rios (Valerii) sejam de origem sabina e acredita-se que seu ancestral, Voleso ou Voluso (Volesus ou Volusus) tenha se mudado para Roma com Tito T�cio. P�blio Val�rio Publ�cola e seus irm�os, Marco Val�rio Voluso e M�nio Val�rio M�ximo, eram descendentes diretos dele[1][9][10]. O nomen Valerius � um sobrenome patron�mico derivado do praenomen Volesus, que �, por sua vez, derivado de "valere" ("ser forte")[11][12].
Prenomes
[editar | editar c�digo-fonte]Os mais antigos val�rios conhecidos tinha o praenomen Voleso (Volesus). Outros prenomes populares entre os primeiros val�rios est�o P�blio, Marco, M�nio e L�cio[1].
Ramos e cognomes
[editar | editar c�digo-fonte]A gente Val�ria estava dividida em v�rias fam�lias durante o per�odo romano, cujos nomes s�o Corvo (Corvus ou Corvinus), Falto, Falco (Flaccus), Levino (Laevinus), M�ximo (Maximus), Messala (Messalla), Potito (Potitus), P�blicola (Poplicola ou Publicola), Tapo (Tappo), Tri�rio (Triarius) e Voluso (Volusus). Al�m destas, encontram-se outros cognomens dos val�rios no per�odo republicano, muitos deles de libertos ou clientes da gente Val�ria. Nas moedas dos val�rios, encontramos os cognomes Ac�sculo (Acisculus), C�tulo (Catullus), Flaco (Flaccus) e Barbato (Barbatus). Outros mais foram usados pelos val�rios no per�odo imperial[1].
Os "Val�rios Publ�colas" s�o descendentes de P�blio Val�rio, o c�nsul em 509 a.C. Seus irm�os, Marco e M�nio, tinha o prenome de seu pai na forma "Voluso", como sobrenome. M�nio tinha ainda o cognome adicional "M�ximo", que passou para seus descendentes[1]. Publ�cola (Poplicola) significa "o que corteja o povo", de "populus" e "colo", que significa "amigo do povo". A forma "Poplicola" � a mais antiga e ocorre geralmente em inscri��es, nas quais se encontra tamb�m "Poplicula"[13]. Publ�cola (Publicola) era a forma mais moderna e parece ter sido a geralmente empregada pelos romanos tardios. Encontramo-la nos melhores manuscritos de L�vio e no manuscrito palimpsesto de C�cero, De Republica[1].
Os "Val�rio Pot�tios" (Valerii Potiti) s�o aparentemente descendentes de L�cio Val�rio, um filho de Marco Val�rio Voluso e sobrinho de Publ�cola. Esta fam�lia, como muitas outras fam�lias da Roma Antiga, desapareceu na �poca das Guerras Samnitas; mas o nome foi revivido depois pela gente Val�ria como prenome; um Potito Val�rio Messala foi c�nsul sufecto em 29 a.C. A pr�tica de utilizar nomes de fam�lias extintas como prenomes era comum em outras gentes; na gente Corn�lia, os L�ntulos adotaram o cognome extinto "Cossus" como prenome[1].
Corvo (Corvus ou Corvinus) era um sobrenome da fam�lia dos "Val�rios M�ximos" (Valerii Maximi). O primeiro desta fam�lia ganhou este cognome durante a guerra contra os gauleses em 349 a.C. depois de derrotar um gigantesco gaul�s em combate singular com a ajuda de um corvo. Marco Val�rio Corvino era considerado um dos grandes her�is da Rep�blica e foi duas vezes ditador, seis vezes c�nsul e utilizou a cadeira curul vinte e uma vezes, vivendo at� os cem anos de idade. Aparentemente ele utilizava a forma Corvo (Corvus), embora alguns escritores o chamem de Corvino; seus descendentes invariavelmente adotaram a forma "Corvino", que era simplesmente a forma mais longa de "Corvo"[1].
O sobrenome Messala (Messalla) foi originalmente assumido por M�nio Val�rio M�ximo Corvino depois de ter libertado Messana (moderna Messina, na Sic�lia) de um bloqueio cartagin�s no segundo ano da Primeira Guerra P�nica em 263 a.C. Membros desta fam�lia apareceram pela primeira vez nos fastos consulares neste mesmo ano e, pela �ltima, em 506. Neste per�odo de quase 800 anos, detiveram vinte e dois consulados e tr�s censorados. O cognome Messala era originalmente um agnomen romano que significava "de Messana". Ele aparece juntamente com os agnomes Barbato (Barbatus), N�ger (Niger) e Rufo (Rufus).
Membros
[editar | editar c�digo-fonte]- Voleso ou Voluso, o ep�nimo ancestral da gente Val�ria; acredita-se que tenha vindo para Roma com Tito T�cio na �poca de R�mulo, o primeiro rei de Roma.
- Voleso Val�rio, um descendente do primeiro Voleso, era o pai de P�blio Val�rio Publ�cola, Marco Val�rio Voluso e M�nio Val�rio Voluso M�ximo.
Val�rios Publ�colas
[editar | editar c�digo-fonte]- P�blio Val�rio Vol. f. Publ�cola, c�nsul em 509 a.C., o primeiro c�nsul da Rep�blica Romana; triunfou sobre as for�as do rei L�cio Tarqu�nio Soberbo. C�nsul novamente em 508, 507 e 504, quando triunfou sobre os sabinos.
- P�blio Val�rio P. f. Vol. n. Publ�cola, que Dion�sio afirma ter perecido juntamente com seu irm�o, Marco, depois de recuperar o corpo do tio, Marco Val�rio Voluso, durante a Batalha do Lago Regilo, em 498 a.C.. Por�m, acredita-se que o P�blio Val�rio Publ�cola que foi c�nsul em 475 e 460 a.C. seja esta mesma pessoa[14].
- Marco Val�rio P. f. Vol. n. Publ�cola, acredita-se ter perecido com seu irm�o, P�blio, na Batalha do Lago Regilo[14].
- P�blio Val�rio P. f. Vol. n. Publ�cola, c�nsul em 475 e 460 a.C., e inter-rei em 462; triunfou sobre os veios e sabinos durante seu primeiro consulado, mas, em seu segundo, foi morto lutando contra �pio Erd�nio. Acredita-se ter sido filho do c�nsul de 509, mas, de acordo com outra tradi��o, este mesmo filho foi morto em combate na Batalha do Lago Regilo; talvez tenha sido seu neto[15][16].
- L�cio Val�rio Publ�cola, av� do tribuno consular de 394 a.C..
- L�cio Val�rio L. f. Publ�cola, pai do tribuno consular de 394 a.C..
- L�cio Val�rio L. f. L. n. Publ�cola, tribuno consular em 394, 389, 387, 383 e 380 a.C..[17].
- P�blio Val�rio L. f. Publ�cola, pai do c�nsul de 352 a.C..
- Marco Val�rio L. f. Publ�cola, mestre dos cavalos em 358 a.C. e c�nsul em 355 e 353[18].
- P�blio Val�rio P. f. L. n. Publ�cola, c�nsul em 352 a.C.; como pretor em 350, comandou as for�as de reserva na guerra contra os gauleses. Em 344 a.C., foi nomeado ditador para poder celebrar jogos excepcionais depois que prod�gios foram avistados[19]. Provavelmente � o mesmo que foi mestre dos cavalos em 332 a.C..[20].
Val�rios Potitos
[editar | editar c�digo-fonte]- Marco Val�rio Vol. f. Voluso, c�nsul em 505 a.C.; morreu na Batalha do Lago Regilo (498).
- L�cio Val�rio M. f. Vol. n. Potito, c�nsul em 483 e 470 a.C..
- Voleso Val�rio Potito, av� do c�nsul de 410 a.C..
- P�blio Val�rio Potito, av� do c�nsul de 393 a.C..
- L�cio Val�rio L. f. M. n. Potito, por vezes chamado de L�cio Val�rio Publ�cola Potito, advers�rio dos dec�nviros, foi eleito c�nsul em 449 a.C.. Derrotou os �quos e os volscos; quando o Senado Romano recusou-lhe um triunfo, a popula��o lhe conferiu a honra.
- L�cio Val�rio Vol. f. Potito, pai do c�nsul de 410 a.C..
- L�cio Val�rio P. f. Potito, pai do c�nsul de 393 a.C..
- Caio Val�rio L. f. Vol. n. Potito Voluso, tribuno consular em 415, 407 e 404 a.C.; c�nsul em 410. Como c�nsul, lutou contra a lei agr�ria de Marco M�nio e recuperou a Arx Carventana dos volscos e recebeu, por isso, uma ova��o[21].
- L�cio Val�rio L. f. P. n. Potito, tribuno consular em 414, 406, 403, 401 e 398 a.C.; c�nsul em 393 e 392; triunfou sobre os �quos. Inter-rei para poder realizar a comitia em 392 e mestre dos cavalos na �poca do ditador Marco F�rio Camilo, em 390, quando Roma foi tomada pelos gauleses[22][23].
- P�blio Val�rio L. f. L. n. Potito Publ�cola, tribuno consular em 386, 384, 380, 377, 370 e 367 a.C..[24].
- Caio Val�rio (C. f. L. n.) Potito, tribuno consular em 370 a.C..[25].
- Caio Val�rio L. f. L. n. Potito Flaco, c�nsul em 331 a.C.. � provavelmente o ancestral dos Val�rios Flacos[26].
- L�cio Val�rio (L. f. L. n.) Potito, mestre dos cavalos em 331 a.C..[26].
Val�rios M�ximos
[editar | editar c�digo-fonte]- M�nio Val�rio Vol. f. Voluso M�ximo, ditador em 494 a.C., prometeu aliviar as duras condi��es dos que estavam com d�vidas se a popula��o servisse em sua batalha contra os sabinos e �quos. Depois de vencer os inimigos, Val�rio n�o p�de cumprir sua promessa e renunciou � sua ditadura, mas foi homenageado pelo povo[27][28][29].
- Marco Val�rio M'. f. Vol. n. Lactuca M�ximo, c�nsul em 456 a.C.; contr�rio ao plano de Ic�lio, tribuno da plebe, de entregar o monte Aventino � plebe[30][31].
- Marco Val�rio M. f. Latucino M�ximo, pai do tribuno consular de 398 a.C..
- Marco Val�rio M. f. M. n. Latucino M�ximo, tribuno consular em 398 e 395 a.C..[32].
- Marco Val�rio M. f. M. n. M�ximo Corvo Caleno, c�nsul em 348, 346, 343, 335, 300 e 299 a.C., ditador em 342 e 301 a.C. e inter-rei em 332 e 320 a.C.; venceu os volscos em 346, os samnitas em 343, os cales em 335 e os etruscos em 301. Foi eleito c�nsul aos vinte e tr�s e viveu at� os cem anos de idade, ocupando a cadeira curul vinte e uma vezes.
- Marco Val�rio M. f. M�ximo, pai do c�nsul de 312 a.C..
- Marco Val�rio M. f. M. n. M�ximo, c�nsul em 312 a.C., venceu os samnitas. Foi censor em 307 e estendeu ou aprimorou as estradas romanas[33];
- Marco Val�rio M. f. M. n. M�ximo Corvino, c�nsul em 289 a.C..[34].
- Marco Val�rio M�ximo Potito, c�nsul em 286 a.C.. Ocupou-se principalmente das agita��es decorrentes da Lex Hortensia[35].
- Marco ou P�blio Val�rio M�ximo, um importante acad�mico e colecionador de anedotas hist�rias que viveu provavelmente no s�culo I
- Marco Val�rio M�ximo, c�nsul em 253 e 256 d.C.
Val�rios Messalinos
[editar | editar c�digo-fonte]- M�nio Val�rio M. f. M. n. Corvino Messala, c�nsul em 263 a.C., o segundo ano da Primeira Guerra P�nica. Realizou uma campanha pela Sic�lia; ele e seu colega, M�nio Otac�lio Crasso, firmaram um tratado com Hier�o II de Siracusa. Recebeu um triunfo e o cognome de "Messala" por ter libertado Messana (moderna Messina) de um bloqueio naval. Foi censor em 252.
- Marco Val�rio M'. f. M. n. M�ximo Messala, c�nsul em 226 a.C..[34][36][37].
- Marco Val�rio M. f. M'. Messala, prefeito da frota da Sic�lia em 210 a.C., o nono ano da Segunda Guerra P�nica. Foi nomeado ditador, mas o Senado cancelou a nomea��o. Pretor peregrino em 194 a.C. e c�nsul em 188 a.C.[38].
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala, c�nsul em 161 a.C., o ano no qual o Senado proibiu que ret�ricos gregos vivessem em Roma. Embora tenha sido demovido antes pelos censores, o pr�prio Messala foi censor em 154[39][40][41].
- Val�rio Messala, um legado do c�nsul P�blio Rut�lio Lupo quando irrompeu a Guerra Social (91-88 a.C.)[42].
- Marco Val�rio Messala, av� do c�nsul de 61 a.C..
- Marco Val�rio M. f. Messala, pai do c�nsul de 61 a.C..
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala N�ger, c�nsul em 61 a.C. e censor em 55 a.C..
- Val�ria Messala, quarta esposa e vi�va do ditador Sula.
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala Rufo, c�nsul em 53 a.C.. Recebeu o apoio de C�cero e lutou contra Pompeu e os aliados de P�blio Cl�dio Pulcro. Em 47 a.C., serviu sob J�lio C�sar durante a guerra civil.
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala, c�nsul sufecto em 32 a.C..
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala Corvino, um patr�cio, aliado de Caio C�ssio Longino, foi proscrito pelo Segundo Triunvirato, mas aceitou os termos de Marco Ant�nio depois da morte de C�ssio e Bruto. Passou depois para o lado de Otaviano e foi nomeado c�nsul sufecto no lugar de Ant�nio em 31 a.C.. Se destacou na Batalha de �cio e venceu os aquitanos em 27 a.C..
- Potito Val�rio Messala, c�nsul sufecto em 29 a.C..[1];
- Marco Val�rio Messala M. f. M. n. Barbato, dito "Apiano", c�nsul em 12 a.C..
- L�cio Val�rio Potito f. Messala Voleso, c�nsul em 5 d.C.; foi depois proc�nsul da �sia, onde suas crueldades lhe valeram a raiva de Augusto e uma condena��o pelo Senado[43][44].
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messalino, c�nsul em 3 a.C..
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala Barbato, c�nsul em 20, foi o primeiro marido de Dom�cia L�pida. Pai de Messalina.
- Marco Val�rio M. f. M. n. Messala Corvino, c�nsul em 58.
- Val�ria Messalina, terceira esposa do imperador Cl�udio.
- L�cio Val�rio Messala Tr�sea Prisco, c�nsul em 196. De nascimento nobre e com grandes realiza��es, foi assassinado por Caracala em 212[45]
- L�cio Val�rio Messala, c�nsul em 214.
Val�rios Levinos
[editar | editar c�digo-fonte]- P�blio Val�rio Levino, c�nsul em 280 a.C., durante a guerra contra Pirro de Epiro. Embora derrotado por ele, escapou com a maior parte de seu ex�rcito intacto, defendeu C�pua e passou a atacar o ex�rcito epirota.
- P�blio Val�rio Levino, pai do c�nsul de 210 a.C..
- Marco Val�rio P. f. P. n. Levino, c�nsul em 220 e 210 a.C., durante a Segunda Guerra P�nica.
- Caio Val�rio M. f. P. n. Levino, c�nsul sufecto em 176 a.C., filho do anterior; venceu os l�gures.
- P�blio Val�rio C. f. M. n. Levino, pretor em 177 a.C., conseguiu partes da G�lia Cisalpina como sua prov�ncia[46].
Val�rios Flacos
[editar | editar c�digo-fonte]- L�cio Val�rio Flaco, mestre dos cavalos do ditador Marco Em�lio Papo em 321 a.C.[47].
- Marco Val�rio L. f. Flaco, pai do c�nsul de 261a.C..
- L�cio Val�rio M. f. L. n. Flaco, c�nsul em 261 a.C., durante a Primeira Guerra P�nica. Conduziu a guerra na Sic�lia contra os cartagineses sem muito sucesso[48].
- P�blio Val�rio L. f. M. n. Flaco, c�nsul em 227 a.C., o ano no qual o n�mero de pretores foi elevado a quatro. Em 218, foi enviado como embaixador � Hisp�nia e, depois, a Cartago. Deteve diversos comandos durante os primeiros anos da Segunda Guerra P�nica[49][50][51].
- L�cio Val�rio P. f. L. n. Flaco, c�nsul em 195 a.C. e censor em 183 com Cat�o, o Velho; pr�ncipe do senado. Um dos tri�nviros nomeados para conduzir 6 000 fam�lias como colonos a Plac�ncia e Cremona, em 190 a.C., depois que estes locais foram praticamente abandonados durante uma guerra[52].
- Caio Val�rio P. f. L. n. Flaco, assumiu como fl�mine dial em 209 a.C.[53].
- L�cio Val�rio L. f. P. n. Flaco, c�nsul em 152 a.C., morreu na fun��o[54].
- L�cio Val�rio L. f. L. n. Flaco, fl�mine marcial e c�nsul em 131 a.C..
- L�cio Val�rio L. f. L. n. Flaco, c�nsul sufecto no lugar de Caio M�rio em 86; foi censor em 97 a.C..
- L�cio Val�rio Flaco, c�nsul em 100 a.C., princeps senatus em 86 a.C.; em 82 a.C. foi nomeado inter-rei e mestre dos cavalos durante a ditadura de Sula.
- Caio Val�rio L. f. L. n. Flaco, c�nsul em 93 a.C. e, depois, proc�nsul na Hisp�nia.
- L�cio Val�rio L. f. L. n. Flaco, pretor em 63 a.C., foi depois acusado de extors�o. Foi defendido com sucesso por C�cero em seu famoso discurso "Pro Flacco".
- Caio Val�rio Flaco, um amigo de �pio Cl�udio Pulcro, que C�cero conheceu na Cil�cia em 51 a.C.[55].
- L�cio Val�rio L. f. L. n. Flaco, filho do Flaco defendido por C�cero, foi introduzido � corte romana ainda crian�a para ganhar a confian�a dos ju�zes. Durante a guerra civil, lutou por Pompeu e acabou morto na Batalha de Dirr�quio (48 a.C.)[56][57].
- L�cio Val�rio Flaco, fl�mine marcial na �poca de C�cero, cujo irm�o, Quinto, ouviu dele um relato de uma ocorr�ncia maravilhosa. Eckhel acreditava tratar-se do mesmo Flaco defendido por C�cero, o que parece prov�vel, pois ele teria herdado o sacerd�cio do pai, o c�nsul em 100 a.C.[58][59][60].
- P�blio Val�rio Flaco, o acusador de Pap�rio Carb�o e do qual nada mais se sabe[61].
- Caio Val�rio Flaco, um poeta latino ativo na primeira metade do s�culo I.
Val�rios Faltos
[editar | editar c�digo-fonte]- P�blio Val�rio Falto, av� dos c�nsules de 239 e 238 a.C..
- Quinto Val�rio P. f. Falto, pai dos c�nsules de 239 e 238 a.C..
- Quinto Val�rio Q. f. P. n. Falto, c�nsul em 239 a.C.; como primeiro pretor peregrino em 242 a.C., comandou a frota romana na Batalha das ilhas �gadas e venceu os cartagineses[34][62][63].
- P�blio Val�rio Q. f. P. n. Falto, c�nsul em 238 a.C., sofreu uma derrota nas m�os dos boios e l�gures, mas contra-atacou e os aniquilou. Teve o triunfo negado por causa da derrota inicial e por que seu contra-ataque, realizado antes da chegada de refor�os, foi considerado temer�rio[64][65].
- Marco Val�rio Falto, um dos emiss�rios do Senado a �talo I de P�rgamo em 205 a.C.. Foi pretor em 201 a.C., tendo Bruttium como prov�ncia[66].
Val�rios Tri�rios
[editar | editar c�digo-fonte]- L�cio Val�rio Tri�rio, propretor na Sardenha em 77 a.C.; serviu em seguida como legado de L�culo na guerra contra Mitr�dates. Em 68-7, colocou Mitr�dates na defensiva, mas acabou estendendo demais suas linhas e foi atacado em posi��o desvantajosa. Suas for�as foram derrotadas com pesadas baixas e Tri�rio s� foi salvo pela chegada de L�culo[67][68][69][70][71][72].
- P�blio Val�rio L. f. Tri�rio, acusou, em 54 a.C., Marco Em�lio Escauro, primeiro de extors�o ("repetundae") e depois de suborno ("ambitus"). C�cero defendeu Escauro nas duas ocasi�es[73][74].
- Caio Val�rio (L. f.) Tri�rio, um amigo de C�cero e aliado de Pompeu durante a guerra civil. Participou da Batalha de Farsalos, em 48 a.C., e aconselhou Pompeu que permitisse que suas tropas defendessem sua posi��o e recebessem a carga dos soldados de J�lio C�sar. Morreu durante a guerra, provavelmente na �frica e, em 45, C�cero menciona ter sido deixado como guardi�o de seus filhos[75][76].
Outros
[editar | editar c�digo-fonte]- Val�rio de Ostia, arquiteto do teatro coberto erigido em Roma para os "jogos de Lib�o" (provavelmente L�cio Escrib�nio Lib�o, que, como edil curul em 193 a.C., celebrou a Megal�sia como jogos c�nicos (ludi scenici))[77].
- L�cio Val�rio Tapo, pretor em 192 a.C., obteve a Sic�lia como sua prov�ncia. Em 190, foi um dos tri�nviros que lideraram as 6 000 fam�lias de novos colonos at� Plac�ncia e Cremona[78].
- Caio Val�rio Tapo, tribuno da plebe em 188 a.C., prop�s que o franqueamento fosse estendido os formianos, fondianos e arpinos[79].
- Marco Val�rio M. f. Artema, um arquiteto mencionado numa inscri��o[80][81].
- D�cimo Val�rio L. f., um "vascularis" ("fabricante de vasilhas de bronze") de T�sculo, sua cidade natal[81][82].
- Caio Val�rio Anemestione C. Ius, um "an "anaglyptarius" ("metal�rgico") de C�rdoba que foi descrito numa inscri��o[81][83].
- Val�rio �dito, um poeta romano citado como autor dos dois epigramas nas "Noctes Atticae" de Aulo G�lio, que provavelmente viveu por volta de 100 a.C.[84][85].
- Quinto Val�rio Sorano, um orador, acad�mico e poeta muito admirado por C�cero; j� tinha sido tribuno da plebe, mas n�o se sabe em que ano. Foi condenado à morte em 82 a.C., supostamente por ter revelado o nome sagrado de Roma, mas, muito mais provavelmente, por ter sido proscrito por Sula como aliado de Caio Mário.
- Valério Antias, analista do século I a.C.
- Quinto Valério Orca, pretor em 57 a.C. e oficial de Júlio César na guerra civil.
- Caio Valério Cátulo, o famoso poeta (fl. década de 50 a.C.)
- Públio Valério Cato, acadêmico e poeta do século I a.C.
- Décimo Valério Asiático, cônsul em 35 e 46
- Décimo Valério Asiático, Senador romano e filho do cônsul em 35 e 46.
- Potito Valério Corvo Rufo Sula, cônsul em 100
- Volsus Valério Valo Sula Valeriano, pretor em 132
- Públicola Valério Sula Félix.
- Filipe Valério Sula Félix.
- Filipe Valério Sula Félix Cassinoa, cônsul em 193.
- Marco Valério Marcial (Marcial), poeta do século I.
- Caio Calpetano Râncio Quirinal Valério Festo, cônsul sufecto em 71.
- Lúcio Valério Liciniano, advogado do século I.
- Valério Probo, gramático do século I.
- Marco Valério Bradua Máurico, cônsul em 191.
- Públio Valério Comazão, cônsul em 220.
- Lúcio Valério Máximo, cônsul em 233.
- Valério Máximo, cônsul em 253.
- Lúcio Valério Máximo, cônsul em 256.
Roma imperial tardia
[editar | editar código-fonte]- Cláudio II (Marcus Aurelius Valério Claudius Augustus), imperador.
- Diocleciano (Gaius Aurelius Valério Diocletianus Augustus), imperador.
- Maximiano (Marcus Aurelius Valério Maximianus Augustus), imperador.
- Galério (Gaius Galerius Valério Maximianus Caesar), imperador.
- Constâncio Cloro (Flavius Valério Constantinus Caesar), imperador.
- Valério Severo, um imperador por um curto período.
- Marco Aurélio Valério Maxêncio, imperador 306-312.
- Marco Valério Rômulo, cônsul em 309.
- Flávio Júlio Valério Crispo (Crispus).
- Flávio Galério Valério Liciniano Licínio, imperador.
- Constantino I, o Grande (Flavius Valério Constantinus Augustus)), o famoso imperador Constantino, o Grande.
- Maximino II (Galerius Valério Maximinus Augustus), imperador.
- Júlio Valério Alexandre Polêmio, estudioso do século IV.
- Júlio Valério Majoriano, imperador 457-461.
- Valério (cônsul em 432), cônsul em 432.
Outros usos do nome Valério
[editar | editar código-fonte]- Adriaen Valério, que compôs ou colecionou uma antologia das músicas patrióticas holandesas durante a ocupação da Guerra dos Oitenta Anos.
- Valéria de Milão, uma santa e mártir do século II.
- Valério de Tréveris, um bispo de Tréveris do século IV.
- Valério de Saragoça, bispo de Saragoça entre 290 e 315.
- Valério II de Saragoça, bispo de Saragoça c. 380.
- Valério de Bierzo, um eremita e escritor da Espanha Visigótica do século VII.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, William Smith, Editor.
- ↑ Dionísio de Halicarnasso, Romaike Archaiologia v. 39.
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Publicola 20.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita ii. 31.
- ↑ Cícero, De Legibus ii. 23.
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Publicola 23.
- ↑ Barthold Georg Niebuhr, History of Rome, vol. i. p. 538.
- ↑ Dictionary of Antiquities, s. v. Leges Valeriae.
- ↑ Dionísio de Halicarnasso, Romaike Archaiologia ii. 46.
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Numa 5, Publicola 1.
- ↑ George Davis Chase, "The Origin of Roman Praenomina", in Harvard Studies in Classical Philology, vol. VIII (1897). (em inglês)
- ↑ D.P. Simpson, Cassell's Latin & English Dictionary (1963). (em inglês)
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- ↑ Júlio César, Commentarii de Bello Civili iii. 5, 92.
- ↑ Cícero , Brutus 76, Epistulae ad Atticum xii. 28, § 3.
- ↑ Plínio, o Velho, História Natural xxxvi. 15. s. 24.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita xxxv. 10, 20, xxxvii. 46.
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- ↑ Karl Julius Sillig, Catalogus Artificium (1827), Append. s.v. Artema.
- ↑ a b c Desiré-Raoul Rochette, Lettre à M. Schorn, p. 422, 2nd ed.
- ↑ Ludovico Antonio Muratori, Novus Thesaurus Veterum Inscriptionum, Milan (1739-42), vol. i. p. xii. 12, p. xiv. 6.
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- ↑ Aulo Gélio, Noctes Atticae xix. 9.
- ↑ Antologia Latina, iii. 242, 243, ed. Burmann, or Nos. 27, 28, ed. Meyer.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Friedrich Münzer, Roman Aristocratic Parties and Families (1920)
- Oxford Classical Dictionary
- Este artigo contém texto da autoria de William Ramsay do artigo «Valeria Gens» do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870), vol. 3, p. 1215.