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Voleibol

Origem: Wikip�dia, a enciclop�dia livre.
(Redirecionado de Voleibolista)
Voleibol

Um jogo de voleibol It�lia vs. R�ssia.
Ol�mpico desde 1964 H/S
Desporto Voleibol
Praticado por Ambos os sexos
Campe�es Ol�mpicos
Paris 2024
Masculino França
Feminino Itália
Campeões Mundiais
Eslovênia/Polônia 2022 (masculino)
Países Baixos/Polônia 2022 (feminino)
Masculino Itália
Feminino Sérvia

Voleibol (chamado frequentemente no Brasil de Vôlei e em Portugal de Vólei) é um esporte praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado. O voleibol foi originalmente chamado de Mintonette, devido à sua semelhança com o Badminton. Ele também tem alguns elementos de tênis e handebol e até beisebol porque no conjunto de regras original havia 9 entradas com três saídas (saques).[1] O objetivo da modalidade é fazer a bola passar sobre a rede de modo a que a bola toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. O voleibol é um desporto olímpico, regulado pela Fédération Internationale de Volleyball (FIVB).

Ver artigo principal: História do voleibol
William George Morgan, o criador do voleibol.

O vôlei foi criado em 9 de fevereiro de 1895 por William George Morgan nos Estados Unidos.[2] O objetivo de Morgan, que trabalhava na "Associação Cristã de Moços" (ACM), era criar um esporte de equipes sem contato físico entre os adversários, de modo a minimizar os riscos de lesões. Inicialmente jogava-se com uma câmara de ar da bola de basquetebol e foi chamado Mintonette, mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball. O criador do voleibol morreu em 27 de dezembro de 1942 aos 72 anos de idade.

O voleibol de praia, uma modalidade derivada do voleibol surgida na década de 1920, tem obtido grande sucesso em diversos países, nomeadamente no Brasil e nos Estados Unidos.

Em 1947, foi fundada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Dois anos mais tarde foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol. Na ocasião, só houve o evento masculino. Em 1952, o evento foi estendido também ao voleibol feminino. No ano de 1964, o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos, tendo-se mantido até a atualidade.

A partir dos Jogos Olímpicos de 1988, uma nova regra impediu a interrupção do jogo para que se pudesse secar a quadra. Os times passaram a entrar com toalhinhas presas na parte de trás do calção, usadas sempre que o suor molha o piso (esta regra não está mais em vigor).

Karch Kiraly é considerado o maior jogador de vôlei de sempre, tendo conseguido medalhas de ouro no vôlei nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1988 e depois repetido o feito no vôlei de praia, nos jogos de 1996, tendo sido o único jogador a conseguir a proeza.[3]

Antes do estouro do voleibol no Brasil, durante os anos 1980, a Seleção Brasileira se resumia a um único grande jogador. A dinastia de Antônio Carlos Moreno durou 21 anos e 366 jogos. Uma trajetória exemplar, iniciada aos dezessete anos, em que ele disputou sete campeonatos sul-americanos e quatro jogos Pan-Americanos. Participou também de quatro mundiais e cinco Olimpíadas.

Nos esportes coletivos, a primeira medalha de ouro olímpica conquistada por um país lusófono foi obtida pela equipe masculina de vôlei do Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992. A proeza se repetiu nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 e nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 foi a vez da seleção brasileira feminina ganhar a sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas.

A Seleção Masculina de Voleibol do Brasil possui os dois recordes mundiais de público na história do voleibol: em 26 de Julho de 1983, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, 95 887 pessoas viram O Grande Desafio de Vôlei – Brasil X URSS, uma partida amistosa na qual o Brasil derrotou a então campeã olímpica e mundial, União Soviética, por 3-1, num recorde absoluto da história do esporte. No dia 6 de Julho de 1995, no Ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, foi batido o recorde de público numa partida indoor: 25 326 torcedores superlotaram o ginásio para ver a Itália bater o Brasil por 3-2, na fase decisiva de classificação para as finais da Liga Mundial daquele ano.

As seleções de Bulgária e Sérvia se enfrentam em 2011.

Cada equipe de voleibol é constituída por 12 jogadores: seis efetivos (sendo um l�bero) e seis suplentes. Em quadra, portanto, ficam dois times de seis jogadores.

As equipes s�o separadas por uma rede no meio da quadra. O jogo come�a com um dos times que devem sacar. Logo depois do saque, a bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do advers�rio onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no seu campo usando qualquer parte do corpo (antes n�o era v�lido usar membros da cintura para baixo, mas as regras foram mudadas). O jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo advers�rio sendo permitidos dar tr�s toques na bola antes que ela passe, sempre alternando os jogadores que d�o os toques. Caso a bola caia, � ponto do time advers�rio.

O jogador n�o pode encostar na rede e, caso isso ocorra, o ponto ser� para o outro time.[4] O mesmo jogador n�o pode dar 2 ou mais toques seguidos na bola, exce��o no caso do toque de Bloqueio.

� retangular, com a dimens�o de 18 x 9 metros, com uma rede no meio colocada a uma altura vari�vel, conforme o sexo e a categoria dos jogadores (exemplo dos seniores e juniores: masculino 2,43 metros e feminino 2,24 metros).

H� uma linha de 3 metros em dire��o do campo para a rede, dos dois lados e uma dist�ncia de 6 metros at� o fim da quadra. Fazendo uma quadra de extens�o de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros de lado a lado.

O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de largura (18 x 9 metros), e � dividido por uma linha central em um dos lados de nove metros que constituem as quadras de cada time. O objetivo principal � conquistar pontos fazendo a bola encostar na quadra advers�ria ou sair da �rea de jogo ap�s ter sido tocada por um oponente.

Campo de Voleibol.

As partidas de voleibol s�o confrontos envolvendo duas equipes disputados em gin�sio coberto ou ao ar livre conforme desejado.

Acima da linha central, � postada uma rede de material sint�tico a uma altura de 2,43 m para homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de competi��es juvenis, infanto-juvenis e mirins, as alturas s�o diferentes). Cada quadra � por sua vez dividida em duas �reas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma linha que se localiza, em cada lado, a tr�s metros da rede ("linha de 3 metros").

No voleibol, todas as linhas delimitadoras s�o consideradas parte integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha � considerada "dentro" (v�lida), e n�o "fora" (inv�lida). Acima da quadra, o espa�o a�reo � delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os �nicos limites s�o as estruturas f�sicas do gin�sio.

Caso a bola toque em uma das antenas ou nas estruturas f�sicas do gin�sio, o ponto vai automaticamente para o oponente do �ltimo jogador que a tocou.

A bola empregada nas partidas de voleibol � composta de couro ou couro sint�tico e mede aproximadamente 65 cent�metros de per�metro. Ela pesa em torno de 270 gramas e deve ser inflada com ar comprimido a uma press�o de 0,30 quilogramas por cent�metro quadrado.

Rede de voleibol

Ao contr�rio de muitos esportes, tais como o futebol ou o basquetebol, o voleibol � jogado por pontos, e n�o por tempo. Cada partida � dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver tamb�m uma diferen�a de no m�nimo dois pontos com rela��o ao placar do advers�rio - caso contr�rio, a disputa prossegue at� que tal diferen�a seja atingida. O vencedor ser� aquele que conquistar primeiramente tr�s sets.

Como o jogo termina quando um time completa tr�s sets vencidos, cada partida de voleibol dura no m�ximo cinco sets. Se isto ocorrer, o �ltimo recebe o nome de tie-break e termina quando um dos times atinge a marca de 15, e n�o 25 pontos. Como no caso dos demais, tamb�m � necess�ria uma diferen�a de dois pontos com rela��o ao placar do advers�rio.

Cada equipe � composta por doze jogadores, dos quais seis est�o atuando na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. As substitui��es s�o limitadas: cada t�cnico pode realizar no m�ximo seis por set, e cada jogador s� pode ser substitu�do uma �nica vez - com exce��o do l�bero - devendo necessariamente retornar � quadra para ocupar a posi��o daquele que tomara originalmente o seu lugar.

Os seis jogadores de cada equipe s�o dispostos na quadra do seguinte modo. No sentido do comprimento, tr�s est�o mais pr�ximos da rede, e tr�s mais pr�ximos do fundo; e, no sentido da largura, dois est�o mais pr�ximos da lateral esquerda; dois, do centro da quadra; e dois, da lateral direita. Estas posi��es s�o identificadas por n�meros: com o observador postado frente � rede, aquela que se localiza no fundo � direita recebe o n�mero 1, e as outras seguem-se em ordem crescente conforme o sentido anti-hor�rio.

Ver artigo principal: Sistemas t�ticos do voleibol
Posicionamento e rota��o.

No in�cio de cada set, o jogador que ocupa a posi��o 1 realiza o saque, e, acerta a bola com a m�o tencionando faz�-la atravessar o espa�o a�reo delimitado pelas duas antenas e aterrissar na quadra advers�ria. Os oponentes devem ent�o fazer a bola retornar tocando-a no m�ximo tr�s vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas vezes consecutivas.

O primeiro contato com a bola ap�s o saque � denominado recep��o ou passe, e seu objetivo primordial � evitar que ela atinja uma �rea v�lida do campo. Segue-se ent�o usualmente o levantamento, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um terceiro jogador realize o ataque, ou seja, acerte-a de forma a faz�-la aterrissar na quadra advers�ria, conquistando deste modo o ponto.

No momento em que o time advers�rio vai atacar, os jogadores que ocupam as posi��es 2, 3 e 4 podem saltar e estender os bra�os, numa tentativa de impedir ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento � denominado bloqueio, e n�o � permitido para os outros tr�s atletas que comp�em o restante da equipe.

Em termos t�cnicos, os jogadores que ocupam as posi��es 1, 6 e 5 s� podem acertar a bola acima da altura da rede em dire��o � quadra advers�ria se estiverem no "fundo" de sua pr�pria quadra. Por esta raz�o, n�o s� o bloqueio torna-se imposs�vel, como restri��es adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o atleta deve saltar sem tocar com os p�s na linha de tr�s metros ou na �rea por ela delimitada; o contato posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espa�o a�reo frontal.

Ap�s o ataque advers�rio, o time procura interceptar a trajet�ria da bola com os bra�os ou com outras partes do corpo para evitar que ela aterrisse na quadra. Se obt�m sucesso, diz-se que foi feita uma defesa, e seguem-se novos levantamento e ataque. O jogo continua at� que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o campo do lado oponente.

Se o time que conquistou o ponto n�o foi o mesmo que havia sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido hor�rio, passando a ocupar a pr�xima posi��o de n�mero inferior � sua na quadra (ou a posi��o 3, no caso do atleta que ocupava a posi��o 4). Este movimento � denominado rod�zio.

Ver artigo principal: L�bero (voleibol)

O l�bero � um atleta especializado nos fundamentos que s�o realizados com mais frequ�ncia no fundo da quadra, isto �, recep��o e defesa. Esta fun��o foi introduzida pela FIVB em 1998, com o prop�sito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o p�blico. Um conjunto espec�fico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.

O l�bero deve utilizar uniforme diferente dos demais, antes n�o podia ser capit�o mas desde de 2022 essa regra mudou[5], n�o pode atacar, bloquear ou sacar. Quando a bola n�o est� em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notifica��o pr�via aos �rbitros, e suas substitui��es n�o contam para o limite que � concedido por set a cada t�cnico.

Por fim, o l�bero s� pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando sobre a linha de tr�s metros ou sobre a �rea por ela delimitada, dever� exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque dever� ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.

Existem basicamente duas formas de marcar pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola aterrissar sobre a quadra advers�ria como resultado de um ataque, de um bloqueio bem sucedido ou, mais raramente, de um saque que n�o foi corretamente recebido. A segunda ocorre quando o time advers�rio comete um erro ou uma falta.

Diversas situa��es s�o consideradas erros:

  • A bola toca em qualquer lugar exceto em um dos doze atletas que est�o em quadra, ou no campo v�lido de jogo ("bola fora").
  • O jogador toca consecutivamente duas vezes na bola ("dois toques").
  • O jogador empurra a bola, ao inv�s de acert�-la. Este movimento � denominado "carregar ou condu��o".
  • A bola � tocada mais de tr�s vezes antes de retornar para o campo advers�rio.
  • A bola toca a antena, ou passa sobre ou por fora da antena em dire��o � quadra advers�ria.
  • O jogador encosta na borda superior da rede.
  • Um jogador que est� no fundo da quadra realiza um bloqueio.
  • Um jogador que est� no fundo da quadra pisa na linha de tr�s metros ou na �rea frontal antes de fazer contato com a bola acima do bordo superior da rede ("invas�o do fundo").
  • Postado dentro da zona de ataque da quadra ou tocando a linha de tr�s metros, o l�bero realiza um levantamento de toque que � posteriormente atacado acima da altura da rede.
  • O jogador bloqueia o saque advers�rio.
  • O jogador est� fora de posi��o no momento do saque.
  • O jogador saca quando n�o est� na posi��o 1.
  • O jogador toca a bola no espa�o a�reo acima da quadra advers�ria em uma situa��o que n�o se configura como um bloqueio ("invas�o por cima").
  • O jogador toca a quadra advers�ria por baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto as m�os ou os p�s ("invas�o por baixo").
  • O jogador leva mais de oito segundos para sacar
  • No momento do saque, os jogadores que est�o na rede pulam e/ou erguem os bra�os, com o intuito de esconder a trajet�ria da bola dos advers�rios. Esta falta � denominada screening
  • Os "dois toques" s�o permitidos no primeiro contato do time com a bola, desde que ocorram em uma "a��o simult�nea" - a interpreta��o do que � ou n�o "simult�neo" fica a cargo do arbitro.
  • A n�o ser no bloqueio. O toque da bola no bloqueio n�o � contabilizado.
  • A invas�o por baixo de m�os e p�s � permitida apenas se uma parte dos membros permanecer em contato com a linha central.
Primeira �rbitra
Segundo �rbitro

A arbitragem � composta pelo primeiro e segundo �rbitros, dois ou quatro ju�zes de linha e o apontador; Al�m disso, pode haver um assistente do escritor. A composi��o da equipe de arbitragem e a sua divis�o de tarefas variam consoante o n�vel da liga e a natureza da competi��o.[6]

Sinais de m�os

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Um time que deseja competir em n�vel internacional precisa dominar um conjunto de seis habilidades b�sicas, denominadas usualmente sob a rubrica "fundamentos". Elas s�o: saque, passe, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um destes fundamentos compreende um certo n�mero de habilidades e t�cnicas que foram introduzidas ao longo da hist�ria do voleibol e s�o hoje consideradas pr�tica comum no esporte.

Saque ou servi�o

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Jogador preparando-se para sacar.

O saque ou servi�o marca o in�cio de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atr�s da linha de fundo de sua quadra, estende o bra�o e acerta a bola, de forma a faz�-la atravessar o espa�o a�reo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrissar na quadra advers�ria. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recep��o de seu oponente controlando a acelera��o e a trajet�ria da bola.

Existe a denominada �rea de saque, que � constitu�da por duas pequenas linhas nas laterais da quadra, o jogador n�o pode sacar de fora desse limite.

Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a quadra do advers�rio sem ser tocada pelo advers�rio - � denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como o t�nis.

No voleibol contempor�neo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:

  • Saque por baixo ou por cima: indica a forma como o saque � realizado, ou seja, se o jogador acerta a bola por baixo, no n�vel da cintura, ou primeiro lan�a-a no ar para depois acert�-la acima do n�vel do ombro. A recep��o do saque por baixo � usualmente considerada muito f�cil, e por esta raz�o esta t�cnica n�o � mais utilizada em competi��es de alto n�vel.
  • Jornada nas estrelas: um tipo espec�fico de saque por baixo, em que a bola � acertada de forma a atingir grandes alturas (em torno de 25 metros). O aumento no raio da par�bola descrito pela trajet�ria faz com que a bola des�a quase em linha reta, e em velocidades da ordem de 70 quil�metros por hora. Ao contr�rio do que todos imaginam, o primeiro atleta brasileiro a execut�-lo n�o foi o Bernard Rajzman, e sim Vicente Pinheiro Chagas, no in�cio da d�cada de 1950. Vicent�o, como era conhecido em Minas Gerais, executou esse tipo de saque quando jogava pelo Clube Atl�tico Mineiro. Naquela ocasi�o, a maiorias das quadras eram descobertas em Belo Horizonte, e esse saque surtia, segundo os mais antigos, um efeito devastador. A bola subia al�m do feixe de luz dos holofotes e, momentaneamente, n�o era vista pelos jogadores. Muitos anos depois, Bernard aplicou esse tipo de saque na praia no in�cio da d�cada de 1980, e o levou para os gin�sios com muito sucesso. Na ocasi�o, passava, na televis�o brasileira, o seriado "Jornada nas Estrelas". Foi o bastante para o saque ser batizado com esse nome. Popularizado na d�cada de 1980 pela equipe brasileira, especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele hoje � considerado ultrapassado, e j� n�o � mais empregado em competi��es internacionais.
  • Saque com efeito: denominado em ingl�s spin serve, trata-se de um saque em que a bola ganha velocidade ao longo da trajet�ria, ao inv�s de perd�-la, gra�as a um efeito produzido dobrando-se o pulso no momento do contato.
  • Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a bola � tocada apenas de leve no momento de contato, o que faz com que ela perca velocidade repentinamente e sua trajet�ria se torne imprevis�vel.
  • Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador lan�a a bola, faz a aproxima��o em passadas como no momento do ataque, e acerta-a com for�a em dire��o � quadra advers�ria. Sup�e-se que este saque j� existisse desde a d�cada de 1960, e tenha chegado ao Brasil pelas m�os do jogador Feitosa. De todo modo, ele s� se tornou popular a partir da segunda metade dos anos 1980.
  • Saque oriental: o jogador posta-se na linha de fundo de perfil para a quadra, lan�a a bola no ar e acerta-a com um movimento circular do bra�o oposto. O nome deste saque prov�m do fato de que seu uso contempor�neo restringe-se a algumas equipes de voleibol feminino da R�ssia.
Saque em suspens�o "Viagem"
Passe realizado com manchete.

Tamb�m chamado recep��o, o passe � o primeiro contato com a bola por parte do time que n�o est� sacando e consiste, em �ltima an�lise, em tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o que permitiria que o advers�rio marcasse um ponto. Al�m disso, o principal objetivo deste fundamento � controlar a bola de forma a faz�-la chegar rapidamente e em boas condi��es nas m�os do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.

O fundamento "passe" envolve basicamente duas t�cnicas espec�ficas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos bra�os esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola � manipulada com as pontas dos dedos acima da cabe�a.

Quando, por uma falha de passe, a bola n�o permanece na quadra do jogador que est� na recep��o, mas atravessa por cima da rede em dire��o � quadra da equipe advers�ria, diz-se que esta pessoa recebeu uma "bola de gra�a".

Manchete � um golpe executado por um jogador de voleibol, realizado com os antebra�os unidos e com os bra�os estendidos para que a bola n�o toque no ch�o. O jogador tentar� receber o saque advers�rio efetuando um passe para o levantador.[7] Erros resultam em pontos para o advers�rio, a manchete tem grande influ�ncia no jogo, sendo ela respons�vel pela defesa do saque e de cortadas.

A posi��o da manchete deve ser executada com efici�ncia. � considerada um princ�pio de defesa. O l�bero � o que fica encarregado de pegar saques e cortes, usando a manchete.[8] E no caso de alguns levantadores a manchete � usada para uma melhor coloca��o da bola para o atacante.

A manchete � o tipo de defesa mais usado no jogo de voleibol.[9] Ela � usada em bolas que vem em baixa altitude, e que n�o tem chance de ser devolvida com o toque. O movimento da manchete tem in�cio nas pernas e � realizado de baixo para cima numa posi��o mais ou menos c�moda, � importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precis�o e comodidade no movimento.

Foi o �ltimo dos fundamentos a ser adicionado ao jogo. Uma vez que o saque foi ficando mais potente, e o toque, n�o era mais t�o eficaz, abriu-se espa�o para a implanta��o da manchete.[10] Quando a manchete � mal efetuada e o passe acaba indo para a equipe advers�ria, diz-se que houve "bola de gra�a".[11]

Levantamento

O levantamento � normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal objetivo consiste em posicion�-la de forma a permitir uma a��o ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque.

A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo s� � utilizado quando o passe est� t�o baixo que n�o permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras s�o mais restritas no que diz respeito � infra��o de "carregar".

Tamb�m costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em refer�ncia � situa��o em que a bola � lan�ada na dire��o oposta �quela para a qual o levantador est� olhando.

Quando o jogador n�o levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipe, mas decide lan��-la diretamente em dire��o � quadra advers�ria numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta � uma "bola de segunda".

Jogador atacando.

O ataque �, em geral, o terceiro contato de um time com a bola. O objetivo deste fundamento � fazer a bola aterrissar na quadra advers�ria, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador d� uma s�rie de passos contados ("passada"), salta e ent�o projeta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contato.

O voleibol contempor�neo envolve diversas t�cnicas individuais de ataque:

  • Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador que n�o se encontra na rede, ou seja, por um jogador que n�o ocupa as posi��es 2-4. O atacante n�o pode pisar na linha de tr�s metros ou na parte frontal da quadra antes de tocar a bola, embora seja permitido que ele aterrisse nesta �rea ap�s o ataque.
  • Diagonal ou Paralela: indica a dire��o da trajet�ria da bola no ataque, em rela��o �s linhas laterais da quadra. Uma diagonal de �ngulo bastante pronunciado, com a bola aterrissando na zona frontal da quadra advers�ria, � denominada "diagonal curta".
  • Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a bola � acertada com for�a, com o objetivo de faz�-la aterrissar o mais r�pido poss�vel na quadra advers�ria. Uma cortada pode atingir velocidades de aproximadamente 200 quil�metros por hora.
  • Largada: refere-se a um ataque em que jogador n�o acerta a bola com for�a, mas antes toca-a levemente, procurando direcion�-la para uma regi�o da quadra advers�ria que n�o esteja bem coberta pela defesa.
  • Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que o jogador n�o pretende fazer a bola tocar a quadra advers�ria, mas antes atingir com ela o bloqueio oponente de modo a que ela, posteriormente, aterrise em uma �rea fora de jogo.
  • Ataque sem for�a: o jogador acerta a bola mas reduz a for�a e consequentemente sua acelera��o, numa tentativa de confundir a defesa advers�ria.
  • Bola de xeque: refere-se � cortada realizada por um dos jogadores que est� na rede quando a equipe recebe uma "bola de gra�a" (ver passe, acima).
Bloqueio triplo.

O bloqueio refere-se às ações executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posições 2-3-4) e que têm por objetivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.

Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objetivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima da quadra adversária e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direção ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola é direcionada diretamente para baixo em uma trajetória praticamente ortogonal em relação ao solo, é denominado "toco".

Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direção à sua própria quadra.

O bloqueio também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".

Defesa.

A defesa consiste em um conjunto de técnicas que têm por objetivo evitar que a bola toque a quadra após o ataque adversário. Além da manchete e do toque, já discutidos nas seções relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas das ações específicas que se aplicam a este fundamento são:

  • Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o movimento sob o próprio abdômen.
  • Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o próprio corpo após ter feito contato com a bola. Esta técnica é utilizada, especialmente, para minimizar a possibilidade de contusões após a queda que é resultado da força com que uma bola fora cortada pelo adversário.
  • Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta técnica é empregada, especialmente, para interceptar a trajetória de bolas que se encontram a uma altura que não permite o emprego da manchete, mas para as quais o uso do toque não é adequado, pois a velocidade é grande demais para a correta manipulação com as pontas dos dedos.
  • Posição de expectativa: Estratégia ou tática adotada antes do saque adversário de posicionamento da defesa, podendo ser no centro ou antecipado em uma das metades da quadra.[12]

Durante uma partida, um jogador dá de sessenta a oitenta saltos entre os saques, ataques e bloqueios. Alguns podem chegar a cem saltos.

Principais competições

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Organizadas pela federação internacional (FIVB), as principais competições de voleibol são torneios internacionais que podem ser divididos em dois grupos: grandes eventos que ocorrem em ciclos de quatro anos e eventos anuais, criados a partir da década de 1990. De menor importância, mas igualmente tradicionais, são os torneios organizados por cada uma das cinco grandes confederações continentais.

Por fim, diversas federações possuem torneios e ligas nacionais, que ganham em prestígio de acordo com o volume de capital investido e a qualidade dos atletas envolvidos.

Entre as principais competições de voleibol, destacam-se:

Internacionais

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Referências

  1. https://www.liveabout.com/volleyball-facts-you-didnt-know-3428635
  2. «FIVB: The Volleyball Story». Fivb.org 
  3. «Como Tudo Funciona». Consultado em 11 de maio de 2014. Arquivado do original em 12 de maio de 2014 
  4. «Vôlei muda regras e proíbe todo tipo de toque na rede». Estadão. Consultado em 6 de agosto de 2016 
  5. «Líbero no vôlei: o que pode e o que não pode fazer». www.esportelandia.com.br. 18 de julho de 2024. Consultado em 25 de julho de 2024 
  6. «Regras de Arbitragem de Voleibol». tabonfils. Consultado em 13 de outubro de 2023 
  7. manchete in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2019. [consult. 2019-02-10 22:05:40]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/manchete
  8. http://www.dicionarioolimpico.com.br/voleibol/cenario/manchete
  9. http://www.volei.org/2011/08/manchete-no-voleibol.html
  10. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/toque-no-voleibol/40923
  11. https://sportsregras.com/voleibol-passe-manchete-saque/
  12. «Vôlei - Estratégias e táticas». Justvolleyball.com.br. Arquivado do original em 8 de agosto de 2014 

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