Saltar para o conteúdo

Völuspá

Origem: Wikip�dia, a enciclop�dia livre.
(Redirecionado de Volusp�)
V�lusp�
V�lusp�
A vidente (v�lva) de V�lusp�, imagem de Carl Larsson, 1893
A Profecia da Vidente
Parte de:
Edda po�tica
Portal da Mitologia n�rdica

V�lusp� (A Profecia da Vidente) � o primeiro e mais conhecido poema da Edda po�tica. Conta a hist�ria da cria��o do mundo e de seu iminente final, narrada por uma v�lva e dirigida a Odin. � uma das principais fontes prim�rias para o estudo da mitologia n�rdica.[1] [2]

A profecia come�a com uma invoca��o a Odin, ap�s a qual a vidente come�a a relatar a hist�ria da cria��o do mundo de forma resumida. A vidente explica como conseguiu tal conhecimento, conhecendo assim a fonte da onisci�ncia de Odin, e outros segredos dos deuses de Asgard. Menciona os acontecimentos presentes e futuros, aludindo a muitos dos mitos n�rdicos, como a morte de Balder e a pris�o de Loki. Por �ltimo, a vidente fala do fim do mundo, Ragnar�k, e de sua segunda vinda.

Preserva��o

[editar | editar c�digo-fonte]

O V�lusp� � encontrado no manuscrito de Codex Regius (ca. 1270) e no Codex Hauksb�k, de Haukr Erlendsson (ca. 1334), e muitas de suas estrofes s�o citadas ou parafraseadas na Snorri Sturluson da Edda em prosa (escrita ca. 1220, o mais antigo manuscrito existente data de ca. 1300). A ordem e o n�mero de estrofes variam em suas fontes. Alguns editores e tradutores reorganizaram o material ainda mais. A vers�o do Codex Regius � geralmente usada como base das tradu��es.

O poema consiste em cerca de 60 estrofes fornyr�islag. Na edi��o de Sophus Bugge, a vers�o de Hauksb�k tem 59 estrofes enquanto a vers�o do Codex Regius tem 62 estrofes. Alguns manuscritos contem estrofes que n�o est�o nos outros. A vers�o normalizada de Bugge tem 66 estrofes. O poema faz um uso espor�dico de refr�es.

"Odin and the V�lva" (1895) por Lorenz Fr�lich.

O poema come�a com a v�lva pedindo sil�ncio para "os filhos de Heimdallr" (seres humanos) e perguntando a Odin se ele quer que ela recite o conhecimento antigo. Ela diz que ela se lembra dos gigantes nascidos na antiguidade que criaram ela.

Ent�o ela come�a a relatar o mito da cria��o; o mundo estava vazio at� que os filhos de Borr levantaram a terra para fora do mar. Os �sir, ent�o, estabeleceram ordem nos cosmos, encontrando lugares para o Sol, a Lua e as Estrelas, e, assim, come�ando o ciclo do dia e da noite. A era dourada, que seguiu os �sir, tinha ouro suficiente e eles, contentes, constru�ram templos e fizeram ferramentas. Mas, ent�o, as tr�s poderosas donzelas dos gigantes vieram de Jotunheim e a era de ouro acabou. Assim, os �sir criaram os an�es, dos quais Durinn e Motsongir s�o os mais poderosos.

Neste ponto, dez estrofes do poema acabaram e sucedem-se seis estrofes que cont�m nomes de an�es. Esta se��o, �s vezes chamada de Dvergatal (cat�logo de an�es), � geralmente considerada uma interpola��o e �s vezes omitida por editores e tradutores.

Depois do Dvergatal, a cria��o do primeiro homem e da primeira mulher s�o recontados e a Yggdrasil, a �rvore do mundo, � descrita. A vidente recorda os eventos que levaram � primeira guerra, e o que ocorreu na luta entre os �sir e os Vanir.

A vidente, ent�o, revela a Odin que ela sabe alguns de seus segredos, sobre o que ele sacrificou na busca do conhecimento. Ela conta-lhe que sabe onde seu olho est� escondido e como ele abriu m�o dele em troca da sabedoria. Ela pergunta-lhe, em v�rios refr�es, se ele entende, ou se quer ouvir mais.

A vidente come�a a descrever o assassinato de Balder, o mais justo dos deuses e o inimigo de Loki, e dos outros. Ent�o ela profecia a destrui��o dos deuses onde o fogo e o dil�vio oprimem o c�u e a terra quando os deuses lutarem sua �ltima batalha com seus inimigos. Este � o "destino final dos deuses" - Ragnar�k. Ela descreve o chamado para a batalha, a morte de muitos dos deuses e como Odin � assassinado.

Finalmente, um mundo belo e renascido vai levantar-se das cinzas da morte e destruição, onde Balder vai viver novamente neste novo mundo, onde a terra é abundante sem clamar por sementes. Uma última estrofe descreve a repentina aparição do dragão Níðhöggr, trazendo corpos em suas asas, antes que a vidente acorde do transe.

Referências

  1. «VOLUSPO». Sacred texts. Consultado em 12 de Abril de 2016 
  2. Bæksted, Anders; Palle Bregnhøi (ilustrador), Peter Hallberg (1916-1995) e Helen Petersen (1986). «Gudamyter». Nordiska gudar och hjältar (em sueco). Estocolmo: Forum. p. 224-228. 344 páginas. ISBN 91-37-09184-0 
  • Bugge, S. (1867): Norræn fornkvæði Malling, Christiania (Oslo).
  • Dronke, U. (1997): The Poetic Edda: Volume II: Mythological Poems. Clarendon Press, Oxford.
  • Björnsson, E. (ed.): Völuspá
  • Nordal, S. (1952): Völuspá. Helgafell, Reykjavik.
  • Thorpe, B. (tr.) (1866): Edda Sæmundar Hinns Froða: The Edda Of Sæmund The Learned (2 vol.) Trübner & Co., Londres.
  • García Pérez, R. (traducción, introducción y notas) (2014): Völuspá. La profecía de la vidente. Miraguano ediciones, Madrid.
  • Völuspá and the Feast of Easter", Alvíssmál 12 (2008): 3-28

Ligações Externas

[editar | editar código-fonte]