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Forças Armadas de Defesa de Moçambique

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Brasão de Moçambique

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique ou FADM são as forças armadas nacionais de Moçambique. Eles incluem o Estado-Maior das Forças Armadas e três ramos de serviço: Exército, Força Aérea e Marinha.

O FADM foi formado em meados de agosto de 1994, pela integração das Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM) com a ala militar da RENAMO, após o fim da guerra civil.

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique foram formadas em meados de agosto de 1994. Elas foram formadas por meio de uma comissão, a Comissão Conjunta para a Formação das Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique (CCFADM), presidida pela Organização das Nações Unidas a Moçambique ONUMOZ.[1] As novas forças armadas foram formadas integrando os soldados das ex-Forças Populares para a Libertação de Mo�ambique (FPLM) e os rebeldes, a Resist�ncia Nacional Mo�ambicana (RENAMO) que desejavam permanecer em uniforme. Foram nomeados dois generais para liderar as novas for�as, uma da FRELIMO, o tenente-general Lagos Lidimo, que foi nomeado Chefe da For�a de Defesa e Major General Mateus Ngonhamo da RENAMO como Vice-Chefe da For�a de Defesa. O ex-Chefe do Ex�rcito (FPLM), o tenente-general Antonio Hama Thai, foi aposentado.

Em 20 de mar�o de 2008, a Reuters informou que o presidente Guebuza havia demitido o chefe e o vice-chefe da for�a de defesa, o general de exercito Lagos Lidimo (FRELIMO) e o Tenente-General Mateus Ngonhamo (RENAMO), substituindo-os pelo brigadeiro Paulino Macaringue como Chefe do Estado Maior das For�as Armadas de Defesa de Mo�ambique e o Major General Ol�mpio Cambora como Vice-Chefe das FADM.[2]

Filipe Nyussi assumiu o cargo de Ministro da Defesa em 27 de mar�o de 2008, sucedendo a Tobias Joaquim Dai.[3] O compromisso de Nyussi ocorreu quase exatamente um ano ap�s um inc�ndio e as explos�es resultantes de muni��es no armador de Malhazine em Maputo mataram mais de 100 pessoas e destru�ram 14 mil lares. Uma comiss�o de investiga��o nomeada pelo governo concluiu que a neglig�ncia desempenhou um papel no desastre, e Dai "foi culpado por muitos por n�o agir a tempo para evitar a perda de vidas".[4] Embora nenhum motivo oficial tenha sido dado para a remo��o de Dai, pode ter sido uma "rea��o tardia" ao desastre de Malhazine.[5]

Em abril de 2010, foi anunciado que a Rep�blica Popular da China doou para o material FADM para agricultura no valor de 4 milh�es de euros, incluindo caminh�es, tratores, implementos agr�colas, cortadores e motos no �mbito da coopera��o bilateral nos militares. Coopera��o no campo militar, o Governo da China tamb�m prestar� apoio ao Minist�rio da Defesa de Mo�ambique com cerca de 1 milh�o de euros para as �reas de treinamento e log�stica. O protocolo para a concess�o de aux�lio �s For�as Armadas para a Defesa de Mo�ambique (FADM) ) foi assinado pelo ministro da Defesa de Mo�ambique, Filipe Nyusi, e o respons�vel de neg�cios da embaixada chinesa em Maputo, Lee Tongli.[6]

Mo�ambique tamb�m esteve envolvido em muitas opera��es de manuten��o da paz no Burundi (232 funcion�rios),[7] Comores, Rep�blica Democr�tica do Congo, Timor-Leste e Sud�o. Eles tamb�m participaram ativamente de opera��es militares conjuntas como Blue Hungwe no Zimbabwe em 1997 e Blue Crane na �frica do Sul em 1999. Tudo o que est� tentando construir seguran�a e confian�a na regi�o da �frica Austral.

For�as terrestres

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O Acordo Geral de Paz de 1992 estipulava que o tamanho do ex�rcito seria de 24 mil (igualmente tirado da FAM e da RENAMO), mas devido � falta de interesse (o pagamento e os futuros termos de servi�o eram pobres), esse n�mero nunca foi alcan�ado.

As informa��es sobre a estrutura do Ex�rcito de Mo�ambique s�o escassas. O IISS estimou em 1997-98 que consistiu em 5 infant�rios, 3 SF, 1 batalh�o log�stico e uma empresa de engenharia, com uma for�a de 4-5,000.[8]

Um oficial das For�as Armadas

O IISS estimou em 2007 que tem uma for�a total de 9-10.000, com 7 batalh�es de infantaria, 3 batalh�es de For�as Especiais, 2-3 baterias de artilharia, 2 batalh�es de engenheiros e um batalh�o de log�stica. Em meados de 2017,Eug�nio Dias Da Silva foi nomeado como o chefe do Ex�rcito de Mo�ambique.[9]

For�a a�rea

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Bras�o da For�a A�rea

A For�a A�rea de Mo�ambique ou FAM fazia parte do ex�rcito nacional inicialmente, e de 1985 a 1990 era conhecida como For�a A�rea Popular da Liberta��o. Devido � hist�ria de Mo�ambique, a for�a a�rea tem uma hist�ria de uso de aeronaves portuguesas anteriores, desde a sua cria��o ap�s a independ�ncia em 1975, apoiada por Cuba e a URSS, Houve uma entrada de aeronaves constru�das na Uni�o Sovi�tica para apoiar o governo na guerra civil at� 1992. Na sequ�ncia do cessar-fogo naquele ano, a mudan�a nas políticas governamentais para a economia do estilo ocidental significou que o apoio cubano para a Força Aérea diminuiu e a maioria das aeronaves caíram em condições precárias nas três principais bases da Beira, Nacala e Nampula. O FAM agora é efetivamente uma força simbólica, e o orçamento de defesa foi reduzido para 1,5% do Produto Nacional Bruto de Moçambique.[10] O número de pessoas na Força Aérea é estimado em 4000.

Em 2011, a Força Aérea Portuguesa ofereceu a FAM dois Cessna FTB-337, atualizados com a mais recente tecnologia para uso em treinamento, evacuação aeromédica e operações de vigilância marítima. Esta é parte do programa permanente de cooperação técnico-militar (CTM) entre Portugal e Moçambique. No que se refere especificamente à FAM, a cooperação português-moçambicana também inclui outras ações como a formação de pilotos,e técnicos de aviação, a criação de medicina aérea e os centros de operações aéreas e o desenvolvimento das capacidades de busca e resgate e segurança de voo. Além disso, vários cadetes oficiais moçambicanos participam da Academia da Força Aérea Portuguesa.

Em 2014, o ministro da Defesa do Brasil divulgou sua intenção de doar 3 Embraer EMB 312 Tucano e auxiliar no financiamento da compra do 3 Embraer EMB 314 Super Tucano.[11]

Referências

  1. Final Report of the Secretary-General on the United Nations Operation in Mozambique,’ S/1994/1449, 23 December 1994
  2. Editorial, Reuters. «Mozambique leader Guebuza sacks defence chiefs». U.S. (em inglês) 
  3. «Mozambique: New Ministers Sworn in». Agencia de Informacao de Mocambique (Maputo). 27 de março de 2008 
  4. http://www.thefreelibrary.com/Mozambique+defence+minister+axed+a+year+after+arms+depot+tragedy+-a01610947762
  5. «Mozambique: Guebuza Sacks Defence Minister». Agencia de Informacao de Mocambique (Maputo). 26 de março de 2008 
  6. «Cópia arquivada». Consultado em 9 de fevereiro de 2018. Arquivado do original em 27 de abril de 2010 
  7. Helmoed-Romer Heitman, 'Burundi mission at full strength,' Jane's Defence Weekly, 29 October 2003, 16.
  8. IISS Military Balance 1997-98, 252
  9. Indiablooms. «Sunil Lanba visits Mozambique, Tanzania | Indiablooms - First Portal on Digital News Management». Indiablooms.com (em inglês) 
  10. World Aircraft Information Files. Brightstar Publishing, London, File 340 Sheet 05
  11. http://www.janes.com/article/35844/brazil-seeks-to-boost-defence-exports-to-africa