Palácio Nacional de Belém
Palácio Nacional de Belém | |
---|---|
Tipo | palácio, património cultural |
Estilo dominante | Barroco, Neoclássico |
Arquiteto(a) | João Pedro Ludovice |
Função inicial | Palácio Real |
Proprietário(a) atual | Estado Português |
Função atual | Residência Oficial do Presidente da República |
Página oficial | http://www.presidencia.pt/?idc=15 |
Património de Portugal | |
Classificação | Monumento Nacional |
Ano | 2007 |
DGPC | 74574 |
SIPA | 6547 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Lisboa |
Coordenadas | 38° 41′ 53″ N, 9° 12′ 02″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Palácio Nacional de Belém, simplesmente conhecido por Palácio de Belém, fica situado em Belém (Praça Afonso de Albuquerque), Lisboa, sendo a residência oficial do Presidente da República Portuguesa.[1]
O Palácio Nacional de Belém está classificado como Monumento Nacional desde 2007, tendo anteriormente, em 1967, sido classificado como Imóvel de Interesse Público.[2]
História
[editar | editar código-fonte]As origens: Palácio de D. Manuel de Portugal
[editar | editar código-fonte]O Palácio foi construído em 1559 pelo fidalgo D. Manuel de Portugal, filho de D. Francisco de Portugal, 1.º Conde de Vimioso. Situa-se na zona sudoeste da cidade de Lisboa, em Belém. O palácio tinha jardins à beira do Tejo, quando o rio tinha a margem mais próxima do que na actualidade.
No século XVIII, D. João V comprou-o ao conde de Aveiras, tendo-o alterado radicalmente. Acrescentou-lhe uma escola de equitação (as cavalariças fazem hoje parte do Museu Nacional dos Coches) e adaptou o interior para poder fazer as suas conquistas amorosas com discrição.
Na posse da Casa Real
[editar | editar código-fonte]Aquando do Terramoto de 1755, o monarca D. José I e a família encontravam-se a passar o dia feriado na zona de Belém e sobreviveram à devastação. Receando outro sismo, a família real instalou-se em tendas nos terrenos do palácio, cujo interior foi usado como hospital. O Palácio entrou assim no património da Casa Real, que construiu nos seus anexos o seu Picadeiro Régio, que veio mais tarde a ser o Museu Nacional dos Coches.
Alojamento de convidados estrangeiros
[editar | editar c�digo-fonte]D. Maria II habitou alguns anos o Pal�cio de Bel�m (quando o Pal�cio das Necessidades estava em obras), aqui ocorrendo uma tentativa de golpe a que se chamou a Belenzada. A partir do reinado de D. Lu�s I, o Pal�cio de Bel�m foi destinado a receber os convidados oficiais que visitavam Lisboa. Assim, aqui estiveram, entre outros, a Rainha Isabel II de Espanha e seu sucessor, o ef�mero Rei Amadeu de Sab�ia.
Resid�ncia do Pr�ncipe D. Carlos
[editar | editar c�digo-fonte]Em 22 de Maio de 1886 foi dada nova miss�o ao Pal�cio de Bel�m, a de resid�ncia oficial dos Pr�ncipes Reais D. Carlos, Duque de Bragan�a e sua jovem esposa D. Am�lia de Orle�es. Aqui nasceram os seus filhos, D. Lu�s Filipe e D. Manuel II, que foram baptizados na capela palatina. Ap�s a subida de D. Carlos ao trono, em 1889, n�o tendo Bel�m as dimens�es de resid�ncia oficial da coroa, D. Carlos e D. Am�lia mudaram-se para o Pal�cio das Necessidades, voltando Bel�m � sua condi��o de resid�ncia dos convidados estrangeiros (albergando, ent�o, entre outros, Afonso XIII de Espanha, Guilherme II da Alemanha e o Presidente franc�s �mile Loubet. Em 1905, por iniciativa do esp�rito culto da Rainha D. Am�lia, o elegante Picadeiro Real foi transformado em Museu dos Coches Reais (hoje Museu Nacional dos Coches), preservando-se assim a valiosa colec��o de coches e viaturas da Casa Real. Ainda sob a �gide da Monarquia, o Pal�cio de Bel�m albergou o Presidente eleito da Rep�blica Brasileira, Marechal Hermes da Fonseca, em 2 de Outubro de 1910. Foi neste pal�cio, durante a recep��o ao presidente do Brasil, que o Rei D.Manuel II teve conhecimento da revolu��o que dias depois lhe roubou a coroa.
Resid�ncia oficial do Presidente da Rep�blica
[editar | editar c�digo-fonte]Na I Rep�blica
[editar | editar c�digo-fonte]Em 1912, j� depois da proclama��o da rep�blica, o Pal�cio de Bel�m foi designado resid�ncia oficial do Presidente da Rep�blica. Os presidentes da I Rep�blica tinham por�m que pagar renda ao Estado para residirem no Pal�cio (para n�o serem acusados de gozarem de privil�gios atribu�dos ao anterior regime). Aqui foi velado o corpo do Presidente Sid�nio Pais, em 1918 e daqui saiu Bernardino Machado, ap�s ter renunciado ao cargo de Presidente da Rep�blica, em 1926.
No Estado Novo
[editar | editar c�digo-fonte]Durante o Estado Novo o Pal�cio de Bel�m n�o foi palco de relevantes acontecimentos pol�ticos, devido ao reduzido papel atribu�do ao Presidente da Rep�blica pela Constitui��o de 1933. Neste per�odo, apenas o Presidente Craveiro Lopes, habitou permanentemente o Pal�cio (entre 1951 e 1958). O Presidente Am�rico Tom�s (1958-1974) raramente ia a Bel�m, exceptuando algumas recep��es oficiais (�s quintas-feiras). Devido a este reduzido papel pol�tico na Ditadura, Bel�m n�o foi um alvo dos revolucion�rios, em 25 de Abril de 1974.
O Pal�cio na actualidade
[editar | editar c�digo-fonte]S� ap�s a Revolu��o dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, o Pal�cio de Bel�m recuperou o seu papel de relevo, nele se instalando a Junta de Salva��o Nacional. Aqui viveram os momentos conturbados de 1974 e do Ver�o quente de 1975 os Presidentes Sp�nola e Costa Gomes. Com a vig�ncia da actual constitui��o (aprovada em 1976), o Pal�cio regressou � sua condi��o de resid�ncia oficial do Chefe de Estado. Desde ent�o, apenas o Presidente Ramalho Eanes habitou permanentemente no Pal�cio. Os Presidentes M�rio Soares, Jorge Sampaio e An�bal Cavaco Silva utilizaram Bel�m apenas para trabalhar, bem como o incumbente Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje, o elegante edif�cio de cor rosada � a resid�ncia oficial do Presidente da Rep�blica Portuguesa. Nessa qualidade � visita obrigat�ria para os chefes de estado e delega��es estrangeiras que visitam os presidentes. Semanalmente, � quinta-feira, o Presidente da Rep�blica recebe o Primeiro-Ministro, para uma reuni�o de trabalho onde este o p�e ao corrente do governo do pa�s. No terceiro domingo de cada m�s acontece na Pra�a Afonso de Albuquerque (em frente do Pal�cio), o solene render da Guarda que serve o Presidente da República.
Para o público em geral foi aberto no edifício o Museu da Presidência da República, por iniciativa do Presidente Jorge Sampaio, em 2004, onde estão expostos os espólios dos Presidentes da República que antecederam o actual Presidente. Todos os Sábados o Museu organiza visitas guiadas ao Palácio de Belém.[3]
Em 29 de Março de 2007 foi classificado como Património.
Galeria
[editar | editar código-fonte]-
Salas das Bicas.
-
Sala Dourada.
-
Sala Império.
-
Jardins de Belém.
-
Gabinete de Trabalho do Presidente