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Morte

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 Nota: Para outros significados, veja Morte (desambigua��o).
Uma flor, uma caveira e uma ampulheta representam a vida, a morte e o tempo nesta pintura do s�culo XVII de Philippe de Champaigne. O cr�nio humano � usado universalmente como um s�mbolo da morte.

Morte (do termo latino mors),[1] �bito (do termo latino obitu),[2] falecimento (falecer+mento),[3] ou passamento (passar+mento),[4] s�o termos usados para denominar o processo irrevers�vel de cessamento das atividades biol�gicas necess�rias � caracteriza��o e manuten��o da vida em um sistema org�nico. Os processos que seguem-se � morte (post mortem) geralmente s�o os que levam � decomposi��o dos sistemas. Sob condi��es ambientais espec�ficas, processos distintos podem segui-la, a exemplo aqueles que levam � mumifica��o natural ou a fossiliza��o de organismos. A morte encef�lica �s vezes � usada como uma defini��o legal de morte.[5]

� um processo universal e inevit�vel que eventualmente ocorre com todos os organismos vivos. O termo "morte" � geralmente aplicado a organismos inteiros; o processo semelhante observado em componentes individuais de um organismo vivo, como c�lulas ou tecidos, � a necrose. Algo que n�o � considerado um organismo vivo, como um v�rus, pode ser fisicamente destru�do, mas n�o se diz que ele "morreu". A morte faz-se not�ria e ganha destaque especial ao ocorrer em seres humanos. N�o h� nenhuma evid�ncia cient�fica de que a consci�ncia continue ap�s a morte,[6][7] no entanto existem v�rias cren�as em diversas culturas e tempos hist�ricos que acreditam em vida ap�s a morte. No in�cio do s�culo XXI, mais de 150 mil humanos morrem a cada dia.[8][9]

Muitas culturas e religi�es t�m a ideia de uma vida ap�s a morte e tamb�m t�m a ideia de julgamento de suas boas e m�s a��es (c�u, inferno, carma). Existem diversas concep��es sobre o destino da consci�ncia ap�s a morte, como as cren�as na ressurrei��o (religi�es abra�micas), na reencarna��o (religi�es orientais, espiritismo, candombl�, etc.) ou mesmo o obl�vio eterno ("esquecimento eterno"), conceito esse comum na neuropsicologia e atrelado � ideia de fim permanente da consci�ncia ap�s a morte.[10]

As cerim�nias de luto e pr�ticas funer�rias s�o variadas. Os restos mortais de uma pessoa, comumente chamados de cad�ver ou corpo, s�o geralmente enterrados ou cremados. A forma de disposi��o mortu�ria pode, contudo, variar significativamente de cultura para cultura. Entre os fen�menos que induzem � morte, os mais comuns s�o: envelhecimento biol�gico (senesc�ncia), preda��o, desnutrição, doenças, suicídio, assassinato, acidentes e acontecimentos que causam traumatismo físico irrecuperável.[11]

Problemas de definição

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Pingente francês de marfim do século XVI/XVII, "Monge e Morte", relembrando a mortalidade e a certeza da morte (Museu de Arte Walters).
Estátua da Morte, personificada como um esqueleto humano vestido com uma mortalha e segurando uma foice, da Catedral de Trier em Trier, Alemanha.
Estudo de esqueletos, c. 1510, de Leonardo da Vinci.

O conceito de morte é a chave para a compreensão humana do fenômeno.[12] Existem muitas abordagens científicas e várias interpretações do conceito. Além disso, o advento da terapia de suporte à vida e os vários critérios para definir a morte, tanto do ponto de vista médico quanto jurídico, dificultaram a criação de uma única definição unificadora.

Um dos desafios para definir a morte é distingui-la da vida. Como um ponto no tempo, a morte parece referir-se ao momento em que a vida termina. Determinar quando a morte ocorre é difícil, já que a interrupção das funções vitais muitas vezes não é simultânea entre os diferentes sistemas orgânicos.[13] Essa determinação, portanto, requer o traçado de limites conceituais precisos entre a vida e a morte. Isso é difícil, devido ao pouco consenso sobre como definir a vida.

É possível definir a vida em termos de consciência. Quando a consciência cessa, pode-se dizer que um organismo vivo morreu. Uma das falhas dessa abordagem é que muitos organismos estão vivos, mas provavelmente não estão conscientes (por exemplo, organismos unicelulares). Outro problema é o conceito de "consciência", que tem muitas definições diferentes dadas por cientistas, psicólogos e filósofos modernos. Além disso, muitas tradições religiosas, incluindo as tradições abraâmicas e dármicas, afirmam que a morte não significa (ou pode não) acarretar o fim da consciência. Em certas culturas, a morte é mais um processo do que um único evento. Implica uma lenta mudança de um estado espiritual para outro.

Outras definições para morte enfocam o caráter de cessação de algo. Mais especificamente, a morte ocorre quando uma entidade viva experimenta o fim irreversível de todo o funcionamento. No que se refere à vida humana, a morte é um processo irreversível em que alguém perde sua existência enquanto pessoa.[14]

Historicamente, as tentativas de definir o momento exato da morte de um ser humano têm sido subjetivas ou imprecisas. A morte já foi definida como a cessação dos batimentos cardíacos (parada cardíaca) e da respiração, mas o desenvolvimento de RCP e desfibrilação imediata tornaram essa definição inadequada porque a respiração e os batimentos cardíacos às vezes podem ser reiniciados. Esse tipo de morte em que ocorre parada circulatória e respiratória é conhecido como definição circulatória de morte (DCM), cujos proponentes que uma pessoa com perda permanente da função circulatória e respiratória deve ser considerada morta.[15] Os críticos desta definição afirmam que, embora o fim dessas funções possa ser permanente, isso não significa que a situação seja irreversível, porque se a RCP fosse aplicada, a pessoa poderia ser reanimada. Assim, os argumentos a favor e contra a DCM se resumem a uma questão de definir as palavras "permanente" e "irreversível", o que complica ainda mais o desafio de definir a morte. Além disso, eventos que estavam causalmente ligados à morte no passado não matam mais em todas as circunstâncias; sem um coração ou pulmões funcionando, às vezes a vida pode ser sustentada com uma combinação de dispositivos de suporte à vida, transplantes de órgãos e marca-passos artificiais .

Hoje, onde uma definição do momento da morte é necessária, os médicos e legistas geralmente recorrem à "morte cerebral" ou "morte biológica" para definir uma pessoa como morta; as pessoas são consideradas mortas quando a atividade elétrica em seus cérebros cessa. Presume-se que o fim da atividade elétrica indica o fim da consciência. A suspensão da consciência deve ser permanente e não transitória, como ocorre em certas fases do sono e, principalmente, no coma. No caso do sono, os EEGs podem facilmente dizer a diferença.

A categoria de "morte cerebral" é vista como problemática por alguns estudiosos. Por exemplo, o Dr. Franklin Miller, membro sênior do corpo docente do Departamento de Bioética do National Institutes of Health, observa: "No final da década de 1990 ... a equação da morte encefálica com a morte do ser humano foi cada vez mais questionada por estudiosos com base em evidências sobre a gama de funcionamento biológico exibida por pacientes corretamente diagnosticados como tendo essa condição que foram mantidos em ventilação mecânica por períodos substanciais de tempo. Esses pacientes mantiveram a capacidade de manter a circulação e a respiração, controlar a temperatura, excretar resíduos, curar feridas, combater infecções e, mais dramaticamente, gestar fetos (no caso de mulheres grávidas com "morte cerebral")".[16]

Embora a "morte cerebral" seja vista como problemática por alguns estudiosos, seus defensores acreditam que essa definição de morte é a mais razoável. O raciocínio por trás do apoio a essa definição é que a morte encefálica possui um conjunto de critérios confiáveis e reproduzíveis.[17] Além disso, o cérebro é crucial para determinar nossa identidade ou quem somos como seres humanos. Deve-se fazer a distinção de que "morte encefálica" não pode ser equiparada a alguém que está em estado vegetativo ou coma, visto que a primeira situação descreve um estado que está além da recuperação.

Aquelas pessoas que sustentam que apenas o neocórtex do cérebro é necessário para a consciência, às vezes argumentam que apenas a atividade elétrica deve ser considerada ao definir a morte. Eventualmente, é possível que o critério para a morte seja a perda permanente e irreversível da função cognitiva, conforme evidenciado pela morte do córtex cerebral. Toda esperança de recuperação do pensamento e da personalidade humana se vai, dada a tecnologia médica atual. Geralmente, na maioria dos lugares, a definição mais conservadora de morte –cessação irreversível da atividade elétrica em todo o cérebro, em oposição a apenas no neocórtex – foi adotada (por exemplo, a Lei de Determinação Uniforme da Morte nos Estados Unidos). Em 2005, o caso Terri Schiavo trouxe a questão da morte encefálica e sustento artificial para a frente da política estadunidense.

Kyösti Kallio (no meio), o quarto presidente da República da Finlândia, teve um ataque cardíaco fatal alguns segundos depois que esta fotografia foi tirada por Hugo Sundström em 19 de dezembro de 1940 na estação ferroviária de Helsinque.[18][19]
O Dia da Morte; pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905).

Mesmo pelos crit�rios do c�rebro inteiro, a determina��o da morte encef�lica pode ser complicada. EEGs podem detectar impulsos el�tricos esp�rios, enquanto certos medicamentos, hipoglicemia, hip�xia ou hipotermia podem suprimir ou mesmo interromper a atividade cerebral temporariamente. Por causa disso, os hospitais t�m protocolos para determinar a morte encef�lica envolvendo EEGs em intervalos amplamente separados sob condi��es definidas.

Em 1980, a ado��o dessa defini��o (morte encef�lica) foi feita pela Comiss�o do Presidente para o Estudo de Problemas �ticos em Medicina e Pesquisa Biom�dica e Comportamental.[20] Eles conclu�ram que essa abordagem para definir a morte foi suficiente para chegar a uma defini��o uniforme. Uma infinidade de raz�es foi apresentada para apoiar esta defini��o, incluindo: uniformidade de padr�es na lei para estabelecer a morte; consumo de recursos fiscais de uma fam�lia para suporte artificial de vida; e estabelecimento legal para equiparar morte encef�lica com o conceito de morte, a fim de prosseguir com a doa��o de �rg�os.[21]

Al�m da quest�o do apoio ou da disputa sobre a morte encef�lica, h� outro problema inerente a essa defini��o categ�rica: a variabilidade de sua aplica��o na pr�tica m�dica. Em 1995, a American Academy of Neurology (AAN), estabeleceu um conjunto de crit�rios que se tornou o padr�o m�dico para o diagn�stico de morte neurol�gica. Naquela �poca, tr�s caracter�sticas cl�nicas precisavam ser satisfeitas para determinar a "interrup��o irrevers�vel" de todo o c�rebro, como: coma com etiologia clara, interrup��o da respira��o e falta de reflexos do tronco cerebral.[22] Este conjunto de crit�rios foi atualizado novamente em 2010, mas ainda permanecem discrep�ncias substanciais entre hospitais e especialidades m�dicas.

O problema de definir a morte � especialmente imperativo no que se refere � regra do doador morto, que pode ser entendida como: deve haver uma declara��o oficial de �bito de uma pessoa antes de iniciar a obten��o de �rg�os ou a obten��o de �rg�os n�o pode resultar na morte do doador.[15] Muita controv�rsia rodeou a defini��o de morte e a regra do doador morto. Os defensores da regra acreditam que a regra � leg�tima na prote��o de doadores de �rg�os, ao mesmo tempo em que se op�e a qualquer obje��o moral ou legal � obten��o de �rg�os. Os cr�ticos, por outro lado, acreditam que a regra n�o atende aos melhores interesses dos doadores e que ela n�o promove efetivamente a doa��o de �rg�os.

Ver artigo principal: Decomposi��o
Est�gios da morte

Pallor mortis
Algor mortis
Rigor mortis
Livor mortis
Putrefa��o
Decomposi��o
Esqueletiza��o
Fossiliza��o

Sinais de morte ou fortes ind�cios de que um animal de sangue quente n�o est� mais vivo s�o:

As etapas que se seguem ap�s a morte s�o:

  • Pallor mortis, palidez que acontece entre 15 e 120 minutos ap�s a morte;
  • Algor mortis, a redu��o da temperatura corporal ap�s a morte, que geralmente � um decl�nio constante at� atingir a temperatura ambiente;
  • Rigor mortis, os membros do cad�ver tornam-se r�gidos e dif�ceis de mover ou manipular;
  • Livor mortis, um assentamento do sangue na parte inferior (dependente) do corpo;
  • Putrefa��o, os primeiros sinais de decomposi��o;
  • Decomposi��o, a redu��o em formas mais simples de mat�ria, acompanhada por um odor forte e desagrad�vel;
  • Esqueletiza��o, o fim da decomposi��o, onde todos os tecidos moles se decomp�em, deixando apenas o esqueleto;
  • Fossiliza��o, a preserva��o natural dos restos do esqueleto formados ao longo de um per�odo muito longo.
Ver artigo principal: Atestado de �bito

A morte de uma pessoa tem consequ�ncias jur�dicas que podem variar entre as diferentes jurisdi��es. A certidão de óbito é emitida na maioria das jurisdições, por um médico ou por um escritório administrativo, mediante a apresentação da declaração de óbito de um médico.

Diagnóstico errado

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Ver artigo principal: Enterro prematuro
A pintura de Antoine Wiertz de um homem enterrado vivo.

Há muitas referências anedóticas a pessoas sendo declaradas mortas por médicos e "voltando à vida", às vezes dias depois em seu próprio caixão, ou quando os procedimentos de embalsamamento estão prestes a começar. A partir de meados do século XVIII, houve um aumento do medo do público de ser enterrado vivo por engano[23] e muito debate sobre a incerteza dos sinais da morte. Várias sugestões foram feitas para testar os sinais de vida antes do enterro, variando de derramar vinagre e pimenta na boca do cadáver a aplicar picaretas em brasa nos pés ou no reto.[24] Escrevendo em 1895, o médico J. C. Ouseley afirmou que até 2.700 pessoas eram enterradas prematuramente a cada ano na Inglaterra e no País de Gales, embora outros estimassem o número perto de 800.[25]

Em casos de choque elétrico, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) por uma hora ou mais pode permitir que os nervos atordoados se recuperem, permitindo que uma pessoa aparentemente morta sobreviva. Pessoas encontradas inconscientes sob água gelada podem sobreviver se seus rostos forem mantidos continuamente frios até chegarem a um pronto-socorro.[26] Essa "resposta ao mergulho", em que a atividade metabólica e as necessidades de oxigênio são mínimas, é algo que os humanos compartilham com os cetáceos, chamado de reflexo do mergulho dos mamíferos.

À medida que as tecnologias médicas avançam, as ideias sobre quando a morte ocorre podem ter que ser reavaliadas à luz da capacidade de restaurar a vitalidade de uma pessoa após longos períodos de morte aparente (como aconteceu quando a RCP e a desfibrilação mostraram que a cessação dos batimentos cardíacos é inadequada como um indicador decisivo de morte). A falta de atividade elétrica do cérebro pode não ser suficiente para considerar alguém cientificamente morto. Portanto, o conceito de morte teórica da informação[27] tem sido sugerido como um meio melhor de definir quando ocorre a morte verdadeira, embora o conceito tenha poucas aplicações práticas fora do campo da criônica.

Houve algumas tentativas científicas de trazer organismos mortos de volta à vida, mas com sucesso limitado.[28] Em cenários de ficção científica onde essa tecnologia está prontamente disponível, a morte real é diferenciada da morte reversível.

Morte cuidando de suas flores, em Kuoleman Puutarha, Hugo Simberg (1906).

A principal causa de morte humana nos países em desenvolvimento são as doenças infecciosas. As principais causas em países desenvolvidos são aterosclerose (doenças cardíacas e derrames), câncer e outras doenças relacionadas à obesidade e ao envelhecimento. Por uma margem extremamente ampla, a maior causa unificadora de morte no mundo desenvolvido é o envelhecimento biológico,[8] levando a várias complicações conhecidas como doenças associadas ao envelhecimento. Essas condições causam perda da homeostase, levando à parada cardíaca, causando perda de oxigênio e fornecimento de nutrientes, causando deterioração irreversível do cérebro e de outros tecidos. Das cerca de 150 mil pessoas que morrem a cada dia em todo o mundo, cerca de dois terços morrem de causas relacionadas à idade. Nas nações industrializadas, a proporção é bem maior, chegando a 90%. Com a melhoria da capacidade médica, morrer tornou-se uma condição a ser controlada. Mortes em casa, antes comuns, agora são raras no mundo desenvolvido.

Crianças estadunidenses fumando em 1910. O tabagismo causou cerca de 100 milhões de mortes no século XX.[29]

Nas nações em desenvolvimento, as condições sanitárias inferiores e a falta de acesso à tecnologia médica moderna tornam a morte por doenças infecciosas mais comum do que nos países desenvolvidos. Uma dessas doenças é a tuberculose, uma doença bacteriana que matou 1,8 milhão de pessoas apenas em 2015.[30] A malária causa cerca de 400–900 milhões de casos de febre e 1–3 milhões de mortes anualmente.[31] O número de mortes pela AIDS na África pode chegar a 90–100 milhões em 2025.[32][33]

De acordo com Jean Ziegler (Repórter Especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação, de 2000 até março de 2008), a mortalidade por desnutrição representou 58% da taxa de mortalidade total em 2006. Ziegler diz que em todo o mundo cerca de 62 milhões de pessoas morreram, sendo que dessas mortes mais de 36 milhões foram por fome ou por conta de doenças relacionadas a deficiências de micronutrientes.

Fumar tabaco matou 100 milhões de pessoas em todo o mundo no século XX e poderiam matar 1 bilhão de pessoas em todo o mundo no século XXI, alertou um relatório da Organização Mundial da Saúde.[29]

Muitas das principais causas de morte no mundo desenvolvido podem ser adiadas por dieta adequada e atividade física, mas a incidência crescente de doenças com a idade ainda impõe limites à longevidade humana. A causa evolutiva do envelhecimento está, na melhor das hipóteses, apenas começando a ser entendida. Foi sugerido que a intervenção direta no processo de envelhecimento pode agora ser a intervenção mais eficaz contra as principais causas de morte.[34]

Le Suicidé de Édouard Manet retrata um homem que recentemente se suicidou com uma arma de fogo.

Selye propôs uma abordagem não específica unificada para muitas causas de morte. Ele demonstrou que o estresse diminui a adaptabilidade de um organismo e propôs descrever a adaptabilidade como um recurso especial, a energia de adaptação. O animal morre quando esse recurso se esgota.[35] Selye presumiu que a adaptabilidade � um suprimento finito, apresentado no nascimento. Posteriormente, Goldstone prop�s o conceito de uma produ��o ou receita de energia de adapta��o que pode ser armazenada (at� um limite), como reserva de capital de adapta��o.[36] Em trabalhos recentes, a energia de adapta��o � considerada uma coordenada interna no "caminho dominante" no modelo de adapta��o. � demonstrado que oscila��es de bem-estar aparecem quando a reserva de adaptabilidade est� quase esgotada.[37]

Em 2012, o suic�dio ultrapassou os acidentes de carro como as principais causas de mortes por ferimentos humanos nos Estados Unidos, seguidos por envenenamento, quedas e assassinatos.[38] Em pa�ses de renda alta e m�dia, quase metade a mais de dois ter�os de todas as pessoas vivem al�m dos 70 anos e morrem predominantemente de doen�as cr�nicas. Em pa�ses de baixa renda, onde menos de uma em cada cinco pessoas chega aos 70 anos e mais de um ter�o de todas as mortes ocorrem entre crian�as menores de 15 anos, as pessoas morrem predominantemente de doen�as infecciosas.[39]

Ver artigo principal: Aut�psia
A painting of an autopsy, by Rembrandt, entitled "The Anatomy Lesson of Dr. Nicolaes Tulp"
Uma aut�psia � retratada em A Li��o de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, de Rembrandt.

Uma aut�psia, tamb�m conhecida como exame post-mortem ou obdu��o, � um procedimento m�dico que consiste em um exame completo de um cad�ver humano para determinar a causa e a forma da morte de uma pessoa e para avaliar qualquer doen�a ou les�o que possa estar presente. Geralmente � realizado por um m�dico especializado chamado patologista.

As aut�psias s�o realizadas para fins legais ou m�dicos. Uma aut�psia forense � realizada quando a causa da morte pode ser uma quest�o criminal, enquanto uma aut�psia cl�nica ou acad�mica � realizada para encontrar a causa m�dica da morte e � usada em casos de morte desconhecida ou incerta, ou para fins de pesquisa. As aut�psias podem ser classificadas em casos em que o exame externo � suficiente e aqueles em que o corpo � dissecado e um exame interno � realizado. Em alguns casos, a permiss�o de parentes mais pr�ximos pode ser necess�ria para uma aut�psia interna. Uma vez que uma aut�psia interna � conclu�da, o corpo � geralmente reconstitu�do por costura. A aut�psia � importante em um ambiente m�dico e pode esclarecer erros e ajudar a melhorar as pr�ticas. A necropsia, que nem sempre � um procedimento m�dico, era um termo usado anteriormente para descrever um exame post-mortem n�o regulamentado. Nos tempos modernos, esse termo � mais comumente associado a cad�veres de animais.

Sociedade e cultura

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O regente duque Carlos (mais tarde rei Carlos IX da Su�cia) insultou o cad�ver de Klaus Fleming. Albert Edelfelt, 1878.

Falar sobre a morte e testemunh�-la � uma quest�o dif�cil para a maioria das culturas. As sociedades ocidentais podem gostar de tratar os mortos com o m�ximo respeito material, com um embalsamador oficial e ritos associados. Sociedades orientais (como a �ndia) podem ser mais abertas a aceitar a morte como um fato consumado, com uma prociss�o f�nebre do cad�ver terminando em uma queima ao ar livre at� as cinzas do mesmo.

Aspectos jur�dicos

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Os aspectos jur�dicos da morte tamb�m fazem parte de muitas culturas, particularmente o acordo do destino do patrim�nio do falecido e as quest�es de heran�a e, em alguns pa�ses, a tributa��o de heran�a. A pena capital tamb�m � um aspecto culturalmente divisivo da morte. Na maioria das jurisdi��es onde a pena de morte � aplicada hoje, a pena de morte � reservada para assassinato premeditado, espionagem, trai��o ou como parte da Justi�a militar. Em alguns pa�ses, crimes sexuais, como adult�rio e sodomia, acarretam pena de morte, assim como crimes religiosos, como apostasia, que � a ren�ncia formal de uma religi�o. Em muitos pa�ses, o tr�fico de drogas tamb�m � crime capital. Na China, o tr�fico de pessoas e casos graves de corrup��o tamb�m s�o punidos com a morte. Nas for�as armadas em todo o mundo, as cortes marciais impuseram senten�as de morte para crimes como covardia, deser��o, insubordina��o e motim.[40]

Tudo � vaidade, obra de Charles Allan Gilbert, um exemplo de memento mori, destinado a representar como a vida e a morte est�o interligadas.
L�pides em Quioto, Jap�o.

No Brasil, uma morte humana � contabilizada oficialmente quando � registrada por familiares do morto em um cart�rio. Antes de poder requerer o �bito oficial, o falecido deve ter feito o registro de nascimento oficial. Apesar da Lei de Registro P�blico garantir a todos os cidad�os brasileiros o direito de registrar os �bitos independentemente de seus meios financeiros, o governo brasileiro n�o retirou o �nus e os familiares (muitas vezes os filhos), como custos ocultos e as taxas para registrar uma morte de um parente. Para muitas fam�lias empobrecidas, os custos indiretos e o fardo do pedido de morte levam a um enterro cultural local mais f�cil n�o oficial, o que, por sua vez, levanta o debate sobre a taxas de mortalidade imprecisas no pa�s.[41]

Ver artigos principais: Suic�dio e Eutan�sia

A morte na guerra e no ataque suicida tamb�m t�m la�os culturais, e as ideias de dulce et decorum est pro patria mori, motim pun�vel com a morte, parentes de soldados mortos em luto est�o incorporadas em muitas culturas. Recentemente no mundo ocidental, com o aumento do terrorismo ap�s os ataques de 11 de setembro, mas tamb�m no passado com os atentados suicidas em miss�es kamikaze na Segunda Guerra Mundial e miss�es suicidas em uma s�rie de outros conflitos na hist�ria, morte por uma causa por forma de ataque suicida e mart�rio tiveram impactos culturais significativos. O suicídio em geral, e particularmente a eutanásia, também são pontos de debate cultural. Ambos os atos são entendidos de maneiras muito diferentes em diferentes culturas. No Japão, por exemplo, acabar com a vida com honra por seppuku era considerado uma morte desejável, enquanto nas culturas tradicionais cristã e islâmica, o suicídio é visto como um "pecado". A morte é personificada em muitas culturas, com representações simbólicas como o Grim Reaper, Azrael, o deus hindu Iama e o Pai Tempo.

Impacto psicológico

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Ver artigos principais: Luto e Tanatofobia

Muitas pessoas têm medo de morrer. Discutir, pensar ou planejar suas próprias mortes lhes causa desconforto. Esse medo pode levá-los a adiar o planejamento financeiro, preparar um testamento ou solicitar ajuda de uma organização de cuidados paliativos.

Pessoas diferentes têm reações diferentes à ideia de suas próprias mortes. O filósofo Galen Strawson escreve que a morte que muitas pessoas desejam é uma aniquilação inexperiente e indolor instantânea.[42] Nesse cenário improvável, a pessoa morre sem perceber e sem medo. Em um momento, a pessoa está andando, comendo ou dormindo e, no momento seguinte, a pessoa está morta. Strawson argumenta que esse tipo de morte não tiraria nada da pessoa, pois ele acredita que uma pessoa não pode ter uma reivindicação legítima de propriedade no futuro.[43]

Localização

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Ver artigo principal: Taxa de mortalidade
Número estimado da Organização Mundial de Saúde de mortes por milhão de pessoas em 2012.

Antes de cerca de 1930, a maioria das pessoas nos países ocidentais morria em suas próprias casas, cercada pela família e confortada pelo clero, vizinhos e médicos fazendo visitas domiciliares.[44] Em meados do século XX, metade de todos os estadunidenses morreram em um hospital.[45]

No início do século XXI, apenas cerca de 20–25% das pessoas nos países desenvolvidos morriam fora de uma instituição médica.[46][47]

A mudança da morte em casa para a morte em um ambiente médico profissional foi denominada "morte invisível". Essa mudança ocorreu gradualmente ao longo dos anos, até que a maioria das mortes agora ocorrem fora da casa da pessoa.[48]

"A Donzela" é uma múmia que faz parte de um achado arqueológico chamado Crianças de Llullaillaco. Na foto, a Donzela na província de Salta (Argentina).

Na sociedade, a natureza da morte e a consciência da humanidade de sua própria mortalidade tem sido por milênios uma preocupação das tradições religiosas do mundo e da investigação filosófica. Isso inclui a crença na ressurreição ou na vida após a morte (associada às religiões abraâmicas), reencarnação ou renascimento (associada às religiões dármicas) ou que a consciência deixa de existir permanentemente, conhecido como esquecimento eterno (associado ao humanismo secular).[49]

As cerimônias após a morte podem incluir várias práticas de luto, práticas fúnebres e rituais de homenagem ao falecido. Os restos mortais de uma pessoa, comumente conhecidos como cadáveres ou corpos, são geralmente enterrados inteiros ou cremados, embora entre as culturas do mundo haja uma variedade de outros métodos de eliminação mortuária.

Múmia do Antigo Egito no Museu Britânico.

A morte é o centro de muitas tradições e organizações; os costumes relativos à morte são uma característica de todas as culturas ao redor do mundo. Muito disso gira em torno do cuidado com os mortos, bem como da vida após a morte e da eliminação dos corpos no início da morte.

A eliminação de cadáveres humanos, em geral, acaba em enterro ou cremação. No entanto, esta não é uma prática unificada; no Tibete, por exemplo, o corpo recebe um túmulo no céu e é deixado no topo de uma montanha. A preparação adequada para a morte e as técnicas e cerimônias para produzir a habilidade de transferir as realizações espirituais de alguém para outro corpo (reencarnação) são assuntos de estudo detalhado no Tibete. A mumificação ou embalsamamento também é comum em algumas culturas, para retardar a taxa de decomposição.

Ver artigo principal: Budismo
Um thangka mostrando o bhavacakra com os antigos cinco reinos cíclicos de saṃsāra na cosmologia budista. Textos medievais e contemporâneos geralmente descrevem seis reinos de reencarnação.

Na doutrina e na prática budista, a morte desempenha um papel importante. A consciência da morte foi o que motivou o príncipe Sidarta Gautama a se esforçar para encontrar o "imortal" e, finalmente, alcançar a iluminação. Na doutrina budista, a morte funciona como um lembrete do valor de ter nascido como ser humano . Renascer como ser humano é considerado o único estado em que se pode atingir a iluminação. Portanto, a morte ajuda a lembrar a si mesmo de que não se deve considerar a vida algo natural. A crença no renascimento entre os budistas não remove necessariamente a ansiedade da morte, uma vez que toda existência no ciclo de renascimento é considerada repleta de sofrimento, e renascer muitas vezes não significa necessariamente que se progrida.[50]

A morte faz parte de vários princípios budistas essenciais, como as Quatro Nobres Verdades e a origem dependente.[50]

Ver artigos principais: Hinduísmo e Iama (deus)
Ilustração que descreve as crenças hindus sobre a reencarnação.

Nos textos hindus, a morte é descrita como o jiva-atma espiritual eterno individual (alma ou eu consciente) saindo do corpo material temporário atual. A alma sai deste corpo quando o corpo não pode mais sustentar o eu consciente (vida), o que pode ser devido a razões mentais ou físicas, ou mais precisamente, a incapacidade de agir sobre o kama (desejos materiais). Durante a concepção, a alma entra em um novo corpo compatível com base nos méritos e deméritos restantes do karma (atividades materiais boas/más baseadas no dharma) e no estado da mente (impressões ou últimos pensamentos) no momento da morte.[51][52][53][54]

Normalmente, o processo de reencarnação (transmigração da alma) faz com que a pessoa esqueça todas as memórias de sua vida anterior.[55] Visto que nada realmente morre e o corpo material temporário está sempre mudando, tanto nesta vida quanto na próxima, a morte significa simplesmente o esquecimento de nossas experiências anteriores (identidade material anterior).[56]

A existência material é descrita como cheia de misérias decorrentes do nascimento, doença, velhice, morte, mente, clima, etc.[57][58] Para conquistar o samsara (o ciclo de morte e renascimento) e se tornar elegível para um dos diferentes tipos de moksha (liberação), é preciso primeiro conquistar kama (desejos materiais) e tornar-se autorrealizado.[59][60][61] A forma de vida humana é mais adequada para esta jornada espiritual,[62][63] especialmente com a ajuda de sadhu (pessoas santas autorrealizadas), sastra (escrituras espirituais reveladas) e guru (mestres espirituais autorrealizados), dado que todos os três estão de acordo.[64][65][66][67]

Religiões abraâmicas

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Há uma variedade de crenças sobre a vida após a morte dentro do judaísmo, mas nenhuma delas contradiz a preferência da vida sobre a morte. Em parte, isso ocorre porque a morte põe fim à possibilidade de cumprimento de quaisquer mandamentos.[68]

Impacto cultural

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Ver artigo principal: Morte (personificação)
Santa Muerte: uma personificação da morte segundo a cultura popular mexicana.

A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. A morte também é representada por uma figura mitológica em várias culturas. Na iconografia ocidental, ela é, usualmente, representada como uma figura esquelética vestida de manta negra com capuz e portando uma foice/gadanha. É representada nas cartas do tarô e frequentemente ilustrada na literatura e nas artes. A associação da imagem com o ceifador está relacionada ao trigo, que na Bíblia simboliza a vida. Em inglês, é geralmente dado, à morte, o nome de Grim Reaper (literalmente, "ceifeiro sombrio"). Também é dado o nome de Anjo da Morte (em hebraico: מַלְאַךְ הַמָּוֶת, Malach HaMavet), decorrente da Bíblia. A morte também é uma figura mitológica que tem existido na mitologia e na cultura popular desde o surgimento dos contadores de histórias. Na mitologia grega, Tânato seria a divindade que personificava a morte, e Hades, o deus do mundo da morte. O ceifador também aparece nas cartas de tarô e em vários trabalhos televisivos e cinematográficos. Uma das formas dessa personificação é um grande personagem da série Discworld de Terry Pratchett. Grande parte dos romances da série centra-se nela como personagem principal.

Em alguns casos, essa personificação da morte é realmente capaz de causar a morte da vítima,[69] gerando histórias de que ela pode ser subornada, enganada, ou iludida, a fim de manter uma vida. Outras crenças consideram que o espectro da morte � apenas um psicopompo e serve para cortar os la�os antigos entre a alma e o corpo e para orientar o falecido ao outro mundo, sem ter qualquer controle sobre o fato da morte da v�tima. Os mexicanos personificam a morte na figura da Santa Muerte, uma deusa resultante do sincretismo entre as mitologias cat�lica e mesoamericanas.

Segundo Leite de Vasconcelos, na noite de Todos os Santos, em Barqueiros, era tradi��o preparar, � meia-noite, uma mesa com castanhas para os mortos da fam�lia irem comer; e depois ningu�m mais tocava nas castanhas porque se dizia que estavam "babadas dos defuntos". � tamb�m costume deixar um lugar vago � mesa para o morto ou deixar a mesa cheia de iguarias toda a noite da consoada para as "alminhas".[70]

Nas Viagens do Bar�o de Rozmital, de 1465 a 1467, encontram-se algumas refer�ncias aos clamores e brados e outras tradi��es f�nebres: "Ha tamb�m alli esta costumeira : morrendo algu�m, levam para a egreja vinho, carne, p�o e outras comidas; os parentes do morto acompanham o funeral vestidos de roupas brancas pr�prias dos enterros com capuzes maneira dos monges, com o qual vestu�rio se vestem de um modo admir�vel. Aquelles por�m, que s�o assalariados para carpirem o defuncto v�o vestidos com roupa preta, e fazem um pranto como o d'aquelles que entre n�s pulam de contentes ou est�o alegres por terem bebido".[71]

Nativo em ritual de dan�a da morte.

Algumas tribos de nativos do Novo Mundo acreditavam que havia algum tipo de vida ap�s a morte. Outras consumiam a carne ou ossos de familiares mortos, pois pensavam que assim adquiririam as boas qualidades da pessoa morta.[72] Quando algum �ndio importante de tribos da Bahia falecia, era enterrado com suas armas e objetos usados no dia a dia e, para que pudesse se alimentar, alimentos e �gua eram disponibilizados.[73] O pio do gavi�o caracar� era temido pelos �ndios amaz�nicos uma vez que acreditam que era o an�ncio de morte na aldeia.[74]

Os camacan da Bahia colocavam, sobre a sepultura do �ndio morto, peda�os de carnes e, quando eles desapareciam (comidos por outros animais ou por outros motivos), evitava-se comer aquele tipo de ca�a.[75] Entre os Mau�s da Amaz�nia, a fam�lia da pessoa morta abstinha-se de comer banana, peixe pego em anzol ou com o emprego do timb� e alguns tipos de ca�a.[76] Os Aruak de Roraima cremavam os mortos e as cinzas eram guardadas em pequenas urnas. Por ocasi�o da data de anivers�rio do falecido, um punhado da cinza era misturado ao mingau de banana e consumido pelos parentes. Outras tribos misturavam as cinzas ao caxiri, uma bebida fermentada, e assim as ingeriam.[77]

Os tarianas e os tucanos desenterravam seus mortos ap�s um m�s do funeral e os colocavam em uma grande panela at� que as partes moles desaparecessem. Os ossos, ap�s carbonizados, eram triturados e reduzidos a p�. Este era colocado em v�rios cochos cheios de caxiri. A mistura era bebida pelos presentes, que acreditavam que estavam ingerindo as boas qualidades do falecido. Entre os Kubew�na, era costume desenterrar grandes l�deres mortos h� mais de quinze anos, triturar seus ossos e mistur�-los a uma bebida grossa � base de milho e ingeri-los em grandes festas regadas a caxiri. Os Arapiuns, �ndios que viveram nos s�culos XVII e XVIII a oeste do Rio Tapaj�s, tamb�m bebiam as cinzas dos seus mortos misturadas a bebidas.[78] Os jumanas da regi�o dos rio Japur� e rio Solim�es cremavam seus mortos e tomavam as cinzas misturadas com bebidas, uma vez que acreditavam que a alma da pessoa estava nas cinzas e voltava a viver no corpo de quem ingeria a bebida.[77] Os Waik� da Amaz�nia adicionavam as cinzas � sopa de banana e os Surara, tamb�m da Amaz�nia, ao mingau de banana. Entre os ind�genas que habitavam no in�cio do s�culo XVII na regi�o da serra da Ibiapaba, entre Cear� e Piau�, se o morto era do sexo masculino, as mulheres comiam sua carne e mo�am seus ossos, bebendo-o para n�o sentirem saudades do ente querido. As mulheres dos Tarairiu do Rio Grande do Norte repartiam o cad�ver, moqueavam e lamentavam sua morte enquanto comiam sua carne e ro�am seus ossos.[78]

As minhocas s�o detrit�voros que vivem no solo.

Ap�s a morte, os restos de um organismo passam a fazer parte do ciclo biogeoqu�mico, durante o qual os animais podem ser consumidos por um predador ou um necr�fago. A mat�ria org�nica pode ent�o ser posteriormente decomposta por detrit�voros, organismos que reciclam detritos, devolvendo-os ao meio ambiente para reutiliza��o na cadeia alimentar, onde esses produtos qu�micos podem acabar sendo consumidos e assimilados nas c�lulas de um organismo vivo. Exemplos de detrit�voros incluem minhocas, piolhos e escaravelhos.

Os microrganismos tamb�m desempenham um papel vital, elevando a temperatura da mat�ria em decomposi��o � medida que a decomp�em em mol�culas ainda mais simples. Nem todos os materiais precisam ser totalmente decompostos. O carv�o, um combust�vel f�ssil formado ao longo de vastas extens�es de tempo em ecossistemas de p�ntanos, � um exemplo.

Sele��o natural

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Ver artigos principais: Sele��o natural e Competi��o

A teoria evolucion�ria contempor�nea v� a morte como uma parte importante do processo de sele��o natural. Considera-se que os organismos menos adaptados ao seu ambiente t�m maior probabilidade de morrer tendo produzido menos descendentes, reduzindo assim sua contribui��o para o pool gen�tico. Seus genes s�o, portanto, eventualmente reproduzidos em uma popula��o, levando, na pior das hip�teses, � extin��o e, mais positivamente, tornando o processo poss�vel, conhecido como especia��o. A frequ�ncia da reprodu��o desempenha um papel igualmente importante na determina��o da sobreviv�ncia das esp�cies: um organismo que morre jovem, mas deixa v�rios descendentes, exibe, de acordo com os crit�rios darwinianos, uma aptid�o muito maior do que um organismo de vida longa deixando apenas um.

Ver artigo principal: Extin��o
Um dod�, o p�ssaro que se tornou sin�nimo para a extin��o de uma esp�cie.[79]

Extin��o � a cessa��o da exist�ncia de uma esp�cie ou grupo taxon�mico, reduzindo a biodiversidade. O momento de extin��o � geralmente considerado como a morte do �ltimo indiv�duo daquela esp�cie (embora a capacidade de procriar e se recuperar possa ter sido perdida antes deste ponto). Como o alcance potencial de uma esp�cie pode ser muito grande, determinar esse momento � dif�cil e geralmente � feito retrospectivamente. Essa dificuldade leva a fen�menos como os t�xon de L�zaro, onde esp�cies presumivelmente extintas "reaparecem" abruptamente (normalmente no registro f�ssil) ap�s um per�odo de aus�ncia aparente. Novas esp�cies surgem por meio do processo de especia��o, um aspecto da evolu��o. Novas variedades de organismos surgem e prosperam quando s�o capazes de encontrar e explorar um nicho ecol�gico - e as esp�cies se extinguem quando n�o s�o mais capazes de sobreviver em condi��es mut�veis ou contra uma competi��o superior.

Senesc�ncia

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Ver artigo principal: Senesc�ncia
�rvore Camelthorn morta em Sossusvlei, na Nam�bia.

A senesc�ncia se refere a um cen�rio em que um ser vivo � capaz de sobreviver a todas as calamidades, mas acaba morrendo por causas relacionadas � velhice. As c�lulas animais e vegetais normalmente se reproduzem e funcionam durante todo o per�odo de exist�ncia natural, mas o processo de envelhecimento deriva da deteriora��o da atividade celular e da ru�na do funcionamento regular. A aptid�o das c�lulas para deteriora��o gradual e mortalidade significa que as c�lulas s�o naturalmente condenadas � perda est�vel e de longo prazo da capacidade de vida, mesmo apesar das cont�nuas rea��es metab�licas e viabilidade. No Reino Unido, por exemplo, nove em cada dez de todas as mortes que ocorrem diariamente est�o relacionadas com a senesc�ncia, enquanto em todo o mundo � respons�vel por dois ter�os das 150 mil mortes que ocorrem diariamente.[80]

Quase todos os animais que sobrevivem a riscos externos ao seu funcionamento biol�gico acabam morrendo devido ao envelhecimento biol�gico, conhecido nas ci�ncias da vida como "senesc�ncia". Alguns organismos experimentam senesc�ncia insignificante, at� mesmo exibindo imortalidade biol�gica. Isso inclui a �gua-viva Turritopsis dohrnii,[81] a hidra e a plan�ria. As causas n�o naturais de morte incluem suic�dio e preda��o.

A morte fisiol�gica agora � vista como um processo, mais do que um evento: as condi��es antes consideradas indicativas de morte agora s�o revers�veis.[82] No processo, onde uma linha divis�ria � tra�ada entre a vida e a morte depende de fatores al�m da presen�a ou aus�ncia de sinais vitais. Em geral, a morte cl�nica n�o � necess�ria nem suficiente para a determina��o da morte legal. Um paciente com cora��o e pulm�es em funcionamento determinado com morte cerebral pode ser declarado legalmente morto sem que ocorra a morte cl�nica. � medida que o conhecimento cient�fico e a medicina avan�am, a formula��o de uma defini��o m�dica precisa para a morte se torna mais dif�cil.

Evolu��o do envelhecimento e da mortalidade

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Ver artigo principal: Envelhecimento
Mulher idosa da tribo klamaths fotografada por Edward S. Curtis em 1924.

A investiga��o sobre a evolu��o do envelhecimento visa explicar por que tantos seres vivos e a grande maioria dos animais enfraquecem e morrem com a idade (as exce��es incluem Hydra e a j� citada �gua-viva Turritopsis dohrnii, cuja pesquisa mostra ser biologicamente imortal). A origem evolutiva da senesc�ncia continua sendo um dos enigmas fundamentais da biologia. A gerontologia � especializada na ci�ncia dos processos de envelhecimento humano.

Organismos que apresentam apenas reprodu��o assexuada (por exemplo, bact�rias, alguns protistas, como os euglenoides e muitos amebozo�rios) e organismos unicelulares com reprodu��o sexual (colonial ou n�o, como as algas volvocina Pandorina e Chlamydomonas ) s�o "imortais" em alguma extens�o, morrendo apenas devido a perigos externos, como ser comido ou sofrer um acidente fatal. Em organismos multicelulares (e tamb�m em ciliados multinucleados),[83] com um desenvolvimento weismannista, isto �, com uma divis�o de trabalho entre c�lulas som�ticas mortais (corpo) e c�lulas germinativas (reprodutivas) "imortais", a morte torna-se uma parte essencial de vida, pelo menos para a linha som�tica.[84]

As algas Volvox est�o entre os organismos mais simples de exibir essa divis�o de trabalho entre dois tipos de c�lulas completamente diferentes e, como consequ�ncia, incluem a morte da linha som�tica como uma parte regular e geneticamente regulada de sua história de vida.[84][85]

Ver artigo principal: Consciência

Devido à dicotomia mente-corpomonismo ou dualismo[86] —, muitos debates cercam a questão sobre o que acontece com a consciência quando o corpo morre. A crença na vida após a morte baseia-se em relatos, experiências, revelações divinas e exercícios lógicos, sendo um conceito primordial de praticamente todas as religiões. Para os que não acreditam que exista continuidade após a morte e rejeitam a veracidade dos indícios contrários (por não serem científicos), a consciência e a personalidade são, apenas, o produto de um cérebro em funcionamento.[87] Sendo assim, o cessamento da atividade cerebral significaria o final da existência do indivíduo, não havendo nada após isso.[88][89] A visão monista é a cientificamente apoiada em virtude primeiro da ausência factual científica necessária ao apoio da visão dualista; e em segundo devido a considerações levantadas quanto se busca definir de forma rigorosa o que é "consciência"; sobretudo diante da perspectiva dos avanços em biotecnologia, onde a possibilidade de se construir uma máquina com consciência não pode ser mais tratada como mera ficção científica.[86]

Experiência de quase-morte

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Ver artigo principal: Experiência de quase-morte
A obra Ascensão dos abençoados (1490) de Hieronymus Bosch é associada por pesquisadores de experiências de quase morte a alguns aspectos recorrentes em EQM.[90][91]

Um ramo da ciência estuda as declarações de pacientes que recuperaram suas funções vitais depois de uma intervenção médica. São comuns relatos de pessoas que dizem ter visto uma luz, um túnel iluminado e, às vezes, vendo-se a si mesmos fora do próprio corpo, a exemplo durante uma cirurgia. Esses relatos dividem as opiniões de especialistas. Segundo os defensores da visão dualista, a luz vivenciada pelos pacientes de quase-morte é a luz que indica o caminho para o mundo pós-morte.

Até o momento, a visão apoiada cientificamente sobre esse fenômeno é a monista: a de que são alterações químicas e funcionais no cérebro - agravadas se há falta de oxigenação adequada aos tecidos, algo comum em cirurgias graves - que fazem o paciente ter alucinações durante a ocorrência das anormalidades. Os avanços das técnicas de mapeamento cerebral e de mecanismos excitatórios cerebrais contribuíram significativamente para a compreensão da experiência de quase-morte. A exemplo, o estímulo direto dos lobos temporais pode induzir a sensação de uma presença invisível ou "divina": um capacete construído pelo médico Michael Persinger e por ele denominado "capacete de Deus" induz experiências "espirituais" em 80% daqueles que o experimentam. Modificações induzidas no funcionamento dos lobos parietais simulam experiências extrassensoriais, entre elas corporificações e a sensação de se "sair do corpo".[86]

Em experimentos realizados em aceleradores centrípetos que visam a compreender as reações psicofisiológicas humanas em presença de enormes acelerações, após momentaneamente desmaiarem dada a incapacidade circulatória, as pessoas submetidas ao teste relatam, quase sempre, alucinações análogas às apresentadas pelas pessoas que passaram por experiências de quase-morte, incluso a experiência de se ver fora do corpo; muito embora, nesses experimentos controlados, as pessoas em testes sejam seguramente mantidas longe do limite entre a vida e a morte.[92]

O psiquiatra e parapsicólogo Raymond Moody popularizou a expressão "experiência de quase-morte" com seu livro escrito em 1975, "Vida Depois da Vida". O livro ganhou a atenção do público em geral para o conceito de experiência de quase-morte. Entretanto, relatos dessas experiências sempre ocorreram na história. A obra A República, de Platão, escrita no século IV a.C., contém a lenda de um soldado chamado Er que teve uma experiência semelhante depois de ter sido ferido em combate. Er descreveu sua alma deixando seu corpo e, do céu, viu-a sendo julgada junto com outras almas.[93][94]

Prolongamento de vida

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Ver artigo principal: Prolongamento de vida

A extensão da vida se refere a um aumento na expectativa de vida máxima ou média, especialmente em humanos, ao desacelerar ou reverter os processos de envelhecimento. A expectativa de vida média é determinada pela vulnerabilidade a acidentes e doenças relacionadas à idade ou estilo de vida, como câncer ou doenças cardiovasculares. A extensão da expectativa de vida média pode ser alcançada por meio de uma boa dieta, exercícios e evitar perigos como o tabagismo. A expectativa de vida máxima também é determinada pela taxa de envelhecimento de uma espécie que é inerente a seus genes. Atualmente, o único método amplamente reconhecido de estender a vida útil máxima é a restrição de calorias . Teoricamente, a extensão da expectativa de vida máxima pode ser alcançada reduzindo a taxa de danos causados pelo envelhecimento, pela substituição periódica de tecidos danificados ou por reparo molecular ou rejuvenescimento de células e tecidos deteriorados.

Uma pesquisa dos Estados Unidos descobriu que pessoas religiosas e irreligiosas, bem como homens e mulheres e pessoas de diferentes classes econômicas, têm taxas semelhantes de apoio para prolongamento da vida, enquanto africanos e hispânicos têm taxas de apoio mais altas do que pessoas brancas.[95] Cerca de 38% dos entrevistados disseram que gostariam de ter seu processo de envelhecimento curado.

Os pesquisadores da extensão da vida são uma subclasse de biogerontologistas conhecidos como "gerontologistas biomédicos". Procuram compreender a natureza do envelhecimento e desenvolvem tratamentos para reverter os processos de envelhecimento ou pelo menos retardá-los, para a melhoria da saúde e a manutenção do vigor juvenil em todas as fases da vida. Aqueles que tiram vantagem das descobertas de extensão de vida e procuram aplicá-las em si mesmos são chamados de "extensionistas" ou "longevistas". A estratégia primária de extensão de vida atualmente é aplicar os métodos antienvelhecimento disponíveis na esperança de viver o suficiente para se beneficiar de uma cura completa para o envelhecimento, uma vez que ela seja desenvolvida.

Criopreservação

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Ver artigo principal: Criopreservação
Técnicos preparam corpo para criopreservação em 1985.

Criônica (do grego κρύος 'kryos-' que significa 'frio ou gelado') é a preservação em baixa temperatura de animais e humanos que não podem ser sustentados pela medicina contemporânea, com a esperança de que a cura e a ressuscitação possam ser possíveis no futuro.[96][97]

A criopreservação de pessoas ou animais de grande porte não é reversível com a tecnologia atual. A justificativa declarada para a criônica é que as pessoas que são consideradas mortas pelas atuais definições médicas ou legais podem não estar necessariamente mortas de acordo com a definição de morte mais rigorosa da teoria da informação.[27][98]

Alega-se que alguma literatura científica apoia a viabilidade da criônica.[99] A ciência médica e os criobiologistas geralmente consideram a criônica com ceticismo.[100]

“Uma das novas fronteiras da medicina: tratar os mortos”, reconhece que as células que ficaram sem oxigênio por mais de cinco minutos morrem,[101] não por falta de oxigênio, mas quando seu suprimento de oxigênio for retomado. Portanto, os praticantes dessa abordagem, por exemplo, no Instituto de Ciências da Ressuscitação da Universidade da Pensilvânia, "visam reduzir a captação de oxigênio, diminuir o metabolismo e ajustar a química do sangue para uma reperfusão gradual e segura".[102]

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