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Experiência (filosofia)

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Experi�ncia refere-se a eventos conscientes em geral, mais especificamente a percep��es, ou ao conhecimento pr�tico e � familiaridade produzidos por estes processos conscientes. Entendida como um evento consciente no sentido mais amplo, a experi�ncia envolve um sujeito ao qual v�rios elementos s�o apresentados. Neste sentido, ver um p�ssaro amarelo em um galho apresenta ao sujeito os objetos "p�ssaro" e "galho", a rela��o entre eles e a propriedade "amarelo". Elementos irreais tamb�m podem ser inclu�dos, o que acontece quando se experimentam alucina��es ou sonhos. Quando entendida em um sentido mais restrito, apenas a consci�ncia sensorial conta como experi�ncia. Neste sentido, a experi�ncia � normalmente identificada com a percep��o e contrastada com outros tipos de eventos conscientes, como pensar ou imaginar. Em um sentido ligeiramente diferente, a experi�ncia n�o se refere aos eventos conscientes em si, mas ao conhecimento pr�tico e � familiaridade que produzem. Neste sentido, � importante que o contato perceptivo direto com o mundo externo seja a fonte do conhecimento. Assim, um alpinista experiente � algu�m que realmente viveu muitas caminhadas, n�o algu�m que meramente leu muitos livros sobre o alpinismo. Isto est� associado tanto � familiariza��o recorrente no passado quanto �s habilidades aprendidas atrav�s dela.

Muitos debates acad�micos sobre a natureza da experi�ncia concentram-se na experi�ncia como evento consciente, seja no sentido amplo ou mais restrito. Um tema importante neste campo � a quest�o de se todas as experi�ncias s�o intencionais, ou seja, dirigidas a objetos diferentes de si mesmas. Outro debate se concentra na quest�o de saber se h� experi�ncias n�o conceituais e, em caso afirmativo, que papel poderiam desempenhar na justifica��o de cren�as. Alguns te�ricos afirmam que as experi�ncias s�o transparentes, o que significa que como se sente uma experi�ncia depende apenas dos conte�dos apresentados nesta experi�ncia. Outros te�ricos rejeitam essa afirma��o, apontando que o que importa n�o � apenas o que � apresentado, mas tamb�m como � apresentado.

Uma grande variedade de tipos de experi�ncias � discutida na literatura acad�mica. As experi�ncias perceptuais, por exemplo, representam o mundo externo atrav�s de est�mulos registrados e transmitidos pelos sentidos. A experi�ncia da mem�ria epis�dica, por outro lado, envolve reviver um evento passado que se experimentou antes. Na experi�ncia imaginativa, os objetos s�o apresentados sem o objetivo de mostrar como as coisas realmente s�o. A experi�ncia de pensar envolve representa��es mentais e o processamento de informa��es, nas quais ideias ou proposi��es s�o entretidas, julgadas ou conectadas. Prazer refere-se a experi�ncia que se sente bem. Est� intimamente relacionada � experi�ncia emocional, que tem adicionalmente componentes avaliativos, fisiol�gicos e comportamentais. Os �nimos s�o semelhantes �s emo��es. Uma diferen�a chave � que lhes falta o objeto espec�fico encontrado nas emo��es. Desejos conscientes envolvem a experi�ncia de querer algo. Desempenham um papel central na experi�ncia da ag�ncia, na qual inten��es s�o formadas, cursos de a��o planejados e decis�es tomadas e realizadas. A experi�ncia n�o ordin�ria refere-se a experi�ncias raras que diferem significativamente da experi�ncia no estado comum de vig�lia, como experi�ncias religiosas, experi�ncias fora do corpo ou experi�ncias de quase-morte.

Experi�ncia � discutida em v�rias disciplinas. A fenomenologia � a ci�ncia da estrutura e dos conte�dos da experi�ncia. Usa diferentes m�todos, como a epoch� ou a varia��o eid�tica. A experi�ncia sensorial � de interesse especial para a epistemologia. Uma importante discuss�o tradicional neste campo diz respeito a se todo conhecimento � baseado na experi�ncia sensorial, como afirmam os empiristas, ou n�o, como sustentam os racionalistas. Isto est� intimamente relacionado com o papel da experi�ncia na ci�ncia, na qual se diz que a experi�ncia atua como um �rbitro neutro entre teorias concorrentes. Na metaf�sica, a experi�ncia est� envolvida no problema mente-corpo e no problema dif�cil da consci�ncia, os quais tentam explicar a rela��o entre mat�ria e experi�ncia. Na psicologia, alguns te�ricos sustentam que todos os conceitos s�o aprendidos a partir da experi�ncia, enquanto outros argumentam que alguns conceitos s�o inatos.

Defini��o

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O termo "experi�ncia" est� associado a uma variedade de significados intimamente relacionados, raz�o pela qual v�rias defini��es diferentes s�o encontradas na literatura acad�mica.[1] A experi�ncia � frequentemente entendida como um evento consciente. Isto �s vezes � restrito a certos tipos de consci�ncia, como percep��o ou sensa��o, atrav�s dos quais o sujeito adquire conhecimento do mundo.[2] Mas em um sentido mais amplo, a experi�ncia inclui outros tipos de eventos conscientes al�m de percep��o e sensa��o.[3][4] Este � o caso, por exemplo, para a experi�ncia de pensar ou a experi�ncia de sonhar.[5] Em um sentido diferente, "experi�ncia" refere-se n�o aos eventos conscientes em si, mas ao conhecimento e � familiaridade pr�tica que trazem consigo.[2][6][7] De acordo com este significado, uma pessoa com experi�ncia profissional ou um alpinista experiente � algu�m que tem uma boa familiaridade pr�tica no respectivo campo. Neste sentido, experi�ncia n�o se refere a um processo consciente, mas ao resultado deste processo.[1]

Como evento consciente

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A experi�ncia � muitas vezes entendida como um evento consciente no sentido mais amplo. Isto inclui v�rios tipos de experi�ncias, como percep��o, consci�ncia corporal, mem�ria, imagina��o, emo��o, desejo, a��o e pensamento.[3] Geralmente se refere � experi�ncia que um determinado indiv�duo tem, mas tamb�m pode tomar o significado da experi�ncia vivida por um grupo de indiv�duos, por exemplo, de uma na��o, de uma classe social ou durante uma �poca hist�rica particular.[1] A fenomenologia � a disciplina que estuda as estruturas subjetivas da experi�ncia, ou seja, como �, desde a perspectiva de primeira pessoa, experimentar diferentes eventos conscientes.[3]

Quando algu�m tem uma experi�ncia, � apresentado com v�rios elementos. Estes elementos podem pertencer a diversas categorias ontol�gicas correspondentes, por exemplo, a objetos, propriedades, rela��es ou eventos.[1][4] Ver um p�ssaro amarelo em um galho, por exemplo, apresenta ao sujeito os objetos "p�ssaro" e "galho", a rela��o entre eles e a propriedade "amarelo". Estes elementos podem incluir tanto elementos familiares quanto desconhecidos, o que significa que � poss�vel experimentar algo sem compreend�-lo completamente.[4] Quando entendida em seu sentido mais amplo, os elementos presentes na experi�ncia podem incluir elementos irreais. Este � o caso, por exemplo, ao experimentar ilus�es, alucina��es ou sonhos. Neste sentido, pode-se ter a experi�ncia de um p�ssaro amarelo em um galho, embora n�o haja nenhum p�ssaro amarelo no galho.[4] As experi�ncias podem incluir apenas elementos reais, apenas elementos irreais, ou uma mistura entre os dois. Os fenomenologistas fizeram v�rias sugest�es sobre quais s�o as caracter�sticas b�sicas da experi�ncia. As caracter�sticas sugeridas incluem a consci�ncia espa�o-temporal, a diferen�a de aten��o entre primeiro e segundo plano, a consci�ncia do sujeito de si mesmo, o senso de ag�ncia e prop�sito, a consci�ncia corporal e a consci�ncia de outras pessoas.[3]

Quando entendida em um sentido mais restrito, apenas a consci�ncia sensorial conta como experi�ncia.[8] Neste sentido, � poss�vel experimentar algo sem compreender o que �. Este seria o caso, por exemplo, se algu�m experimentasse um roubo sem estar ciente que exatamente estava acontecendo. Neste caso, as sensa��es causadas pelo roubo constituem a experi�ncia do roubo.[8] Essa caracteriza��o exclui da experi�ncia tipos mais abstratos de consci�ncia. Neste sentido, �s vezes se afirma que a experi�ncia e o pensamento s�o dois aspectos separados da vida mental.[4] Uma distin��o semelhante � �s vezes feita entre experi�ncia e teoria.[1] Mas estes pontos de vista n�o s�o geralmente aceitos. Os cr�ticos frequentemente apontam que a experi�ncia envolve v�rios componentes cognitivos que n�o podem ser reduzidos � consci�ncia sensorial.[3][9] Outra abordagem � distinguir entre experi�ncia interna e externa. Assim, embora a percep��o sensorial pertence � experi�ncia externa, tamb�m pode haver outros tipos de experi�ncia, como lembrar ou imaginar, que pertencem � experi�ncia interna.[1]

Como conhecimento e familiaridade pr�tica

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Em outro sentido, a experi�ncia se refere n�o aos eventos conscientes em si, mas ao conhecimento que produzem.[1] Neste sentido, � importante que o conhecimento seja produzido atrav�s do contato perceptivo direto com o mundo externo.[8] Que o conhecimento � direto significa que foi obtido por meio de observa��o imediata, ou seja, sem envolver qualquer infer�ncia. Pode-se obter todo tipo de conhecimento indiretamente, por exemplo, lendo livros ou assistindo filmes sobre o tema. Este tipo de conhecimento n�o constitui experi�ncia do tema, pois o contato direto em quest�o diz respeito apenas aos livros e filmes, mas n�o ao tema em si.[8] Os objetos deste conhecimento s�o frequentemente entendidos como objetos p�blicos, que est�o abertos � observa��o pela maioria das pessoas comuns.[2]

O significado do termo "experi�ncia" na linguagem cotidiana geralmente v� o conhecimento em quest�o n�o apenas como know-that te�rico ou conhecimento descritivo. Em vez disso, inclui alguma forma de know-how pr�tico, ou seja, familiaridade com um determinado assunto pr�tico. Esta familiaridade � baseada em contatos ou execu��es recorrentes no passado.[1][2] Muitas vezes envolve ter aprendido algo de cor e ser capaz de pratic�-lo habilmente, em vez de ter uma mera compreens�o te�rica. Mas o conhecimento e as habilidades obtidos diretamente desta forma s�o normalmente limitados a simples regras gerais. Como tal, carecem da certeza cient�fica que surge atrav�s de uma an�lise metodol�gica por cientistas que condensa o entendimento correspondente em leis da natureza.[2]

Na corrente filos�fica do Pragmatismo, John Dewey, fil�sofo norte-americano, a experi�ncia tamb�m ocupa papel de destaque no que diz respeito ao �mbito da educa��o, pois para o pensador o ambiente escolar � local em que a viv�ncia favorece a compreeens�o, por exemplo, da vida em sociedade no modo democr�tico, a fim de que sejam percebidos e respeitados as diferen�as e a intera��o entre as pessoas possa colaborar para uma rela��o mais harmoniosa independente das ideias e posicionamentos particulares.[10]

Debates sobre a natureza da experi�ncia

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Intencionalidade

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A maioria das experi�ncias, especialmente as do tipo perceptual, visam representar a realidade. Isso geralmente � expresso afirmando que t�m intencionalidade ou s�o sobre seu objeto intencional.[11][12] Se s�o bem sucedidas ou ver�dicas, representam o mundo como realmente �. Mas tamb�m podem falhar, caso em que d�o uma representa��o falsa. � tradicionalmente considerado que toda experi�ncia � intencional.[3] Esta tese � conhecida como "intencionalismo".[13][14] Neste contexto, muitas vezes se afirma que todos os estados mentais, n�o apenas as experi�ncias, s�o intencionais. Mas o destaque especial � geralmente dado �s experi�ncias nestes debates, j� que elas parecem constituir a forma mais fundamental de intencionalidade.[15][16] � comumente aceito que todas as experi�ncias t�m caracter�sticas fenomenais, ou seja, que se sente uma certa maneira de viv�-las. Os opositores do intencionalismo afirmam que nem todas as experi�ncias t�m caracter�sticas intencionais, ou seja, que caracter�sticas fenomenais e caracter�sticas intencionais podem se separar.[14][17] Alguns supostos contra-exemplos ao intencionalismo envolvem experi�ncias sensoriais puras, como a dor, das quais se afirma que carecem de componentes representacionais.[14] Os defensores do intencionalismo frequentemente responderam afirmando que estes estados afinal t�m aspectos intencionais, por exemplo, que a dor representa dano corporal.[18] Os estados m�sticos da experi�ncia constituem outro contra-exemplo putativo. Neste contexto, afirma-se que � poss�vel ter experi�ncias de consci�ncia pura nas quais a consci�ncia ainda existe, mas carece de qualquer objeto. Mas avaliar esta afirma��o � dif�cil, pois tais experi�ncias s�o vistas como extremamente raras e, portanto, dif�ceis de investigar.[19]

Conceitualidade e mito do dado

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Outro debate diz respeito � quest�o de se todas as experi�ncias t�m conte�dos conceituais.[20] Conceitos s�o no��es gerais que constituem os elementos fundamentais do pensamento.[21] Os conte�dos conceituais s�o geralmente contrastados com os conte�dos sensoriais, como ver cores ou ouvir ru�dos. Essa discuss�o � especialmente relevante para a experi�ncia perceptual, da qual alguns empiristas afirmam que � composta apenas de dados sensoriais sem nenhum conte�do conceitual.[20][22]

A vis�o de que tal tipo de experi�ncia existe e desempenha um papel importante em quest�es epistemol�gicas foi chamada de "mito do dado" por seus oponentes.[22][23] O "dado" refere-se aos conte�dos sensoriais imediatos e n�o interpretados de tais experi�ncias. Subjacente a esta discuss�o est� a distin��o entre a experi�ncia "nua" ou "imediata" em contraste com a experi�ncia mais desenvolvida.[2] A ideia por tr�s dessa distin��o � que alguns aspectos da experi�ncia s�o dados diretamente ao sujeito, sem qualquer interpreta��o. Estes aspectos b�sicos s�o ent�o interpretados de v�rias maneiras, levando a uma experi�ncia mais reflexiva e conceitualmente rica, mostrando v�rias novas rela��es entre os elementos b�sicos.[2] Esta distin��o poderia explicar, por exemplo, como surgem v�rias percep��es defeituosas, como ilus�es perceptuais: elas s�o devidas a falsas interpreta��es, infer�ncias ou constru��es pelo sujeito, mas n�o s�o encontradas no n�vel mais b�sico.[2] Neste sentido, muitas vezes se observa que a experi�ncia � um produto tanto do mundo quanto do sujeito.[4] A distin��o entre aspectos imediatos e interpretados da experi�ncia resultou controversa na filosofia, com alguns cr�ticos afirmando que n�o h� nenhum dado imediato na experi�ncia, ou seja, que tudo � interpretado de alguma forma.[24][25] Um problema com esta cr�tica � que � dif�cil ver como qualquer interpreta��o poderia come�ar se n�o houvesse nada que pudesse ser interpretado para come�ar.[2]

Entre aqueles que aceitam que h� alguma forma de experi�ncia imediata, existem diferentes teorias sobre sua natureza. Os te�ricos dos dados sensoriais, por exemplo, sustentam que a experi�ncia imediata consiste apenas em sensa��es b�sicas, como cores, formas ou ru�dos.[26][27][28] Este dado imediato � por si s� uma massa ca�tica indiferenciada que � ent�o ordenada atrav�s de v�rios processos mentais, como associa��o, mem�ria e linguagem, para formar os objetos cotidianos normais que percebemos, como �rvores, carros ou colheres. Os realistas diretos, por outro lado, sustentam que estes objetos materiais cotidianos s�o, eles mesmos, os dados imediatos.[2][29] Alguns fil�sofos tentaram abordar estas discord�ncias, formulando caracter�sticas gerais possu�das pelos conte�dos da experi�ncia imediata ou "o dado". Muitas vezes se sustenta que s�o privados, sensoriais, simples e incorrig�veis.[2] A privacidade refere-se � ideia de que a experi�ncia pertence ao sujeito que a experimenta e n�o � diretamente acess�vel a outros sujeitos. Este acesso �, na melhor das hip�teses, indireto, por exemplo, quando o experimentador conta a outros sobre sua experi�ncia.[1] Simplicidade significa, neste contexto, que o que � dado constitui elementos b�sicos livres de quaisquer interpreta��es ou infer�ncias adicionais. A ideia de que o dado � incorrig�vel tem sido importante em muitas disputas tradicionais na epistemologia.[30][31] � a ideia de que n�o podemos estar errados sobre certos aspectos de nossa experi�ncia. Nessa vis�o, o sujeito pode estar errado sobre as infer�ncias tiradas da experi�ncia sobre a realidade externa, por exemplo, que h� uma �rvore verde fora da janela. Mas n�o pode estar errado sobre certos aspectos mais fundamentais de como as coisas nos parecem, por exemplo, que o sujeito � apresentado com uma forma verde.[2] Os cr�ticos desta vis�o argumentaram que podemos estar errados at� mesmo sobre como as coisas nos parecem, por exemplo, que uma conceitua��o possivelmente errada j� pode acontecer no n�vel mais b�sico.[2]

Transpar�ncia

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H� desacordo entre os te�ricos da experi�ncia sobre se o car�ter subjetivo de uma experi�ncia � inteiramente determinado por seus conte�dos. Esta afirma��o � chamada de "transpar�ncia da experi�ncia".[32] Expressa que a forma como uma experi�ncia � vivida depende apenas dos elementos apresentados nela. Isto significaria que duas experi�ncias s�o exatamente iguais se tiverem o mesmo conte�do.[4][13][33] V�rios fil�sofos rejeitaram esta tese, muitas vezes com o argumento de que o que importa n�o � apenas o que � apresentado, mas tamb�m como � apresentado. Por exemplo, a propriedade de redondeza pode ser apresentada visualmente, ao olhar para uma esfera, ou hapticamente, ao tocar a esfera.[13][34] Os defensores da tese da transpar�ncia apontaram que a diferen�a entre as experi�ncias em tais exemplos pode ser explicada no n�vel do conte�do: uma experi�ncia apresenta a propriedade da redondeza visual enquanto a outra apresenta a redondeza t�til.[34] Outros contra-exemplos incluem a vis�o emba�ada, em que o emba�amento � visto como uma representa��o defeituosa sem apresentar o objeto visto em si como emba�ado.[35] Argumentou-se que apenas os universais presentes na experi�ncia determinam o car�ter subjetivo da experi�ncia. Nesta vis�o, duas experi�ncias envolvendo indiv�duos diferentes que instanciam exatamente os mesmos universais seriam subjetivamente id�nticas.[4]

Tipos de experi�ncia

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Percep��o

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A experi�ncia perceptual refere-se a "uma consci�ncia imediata da exist�ncia de coisas fora de n�s".[36][37] Essa representa��o do mundo externo acontece atrav�s de est�mulos registrados e transmitidos pelos sentidos.[38] A experi�ncia perceptual ocorre em diferentes modalidades correspondentes aos diferentes sentidos, por exemplo, como percep��o visual, percep��o auditiva ou percep��o h�ptica.[39] Geralmente se sustenta que os objetos percebidos desta forma s�o objetos materiais comuns, como pedras, flores, gatos ou avi�es, que s�o apresentados como objetos p�blicos existentes independentemente da mente que os percebe.[36][38] Isto contrasta, por exemplo, com a forma como os objetos s�o apresentados na experi�ncia imaginativa. Outra caracter�stica comumente atribu�da � experi�ncia perceptual � que ela parece nos colocar em contato direto com o objeto que apresenta. Assim, o percebedor normalmente n�o est� ciente dos processos cognitivos que come�am com a estimula��o dos �rg�os dos sentidos, continuam com a transmiss�o desta informa��o para o c�rebro e terminam com o processamento da informa��o que ocorre ali.[36][38] Embora a percep��o geralmente � uma fonte confi�vel de informa��o para as quest�es pr�ticas de nossos assuntos cotidianos, tamb�m pode incluir informa��es falsas na forma de ilus�o e alucina��o.[36][38] Em alguns casos, a falta de confiabilidade de uma percep��o j� � indicada na pr�pria experi�ncia, por exemplo, quando o percebedor n�o consegue identificar um objeto devido a uma vis�o emba�ada.[38] Mas tais indica��es n�o s�o encontradas em todas as experi�ncias enganosas, que podem parecer t�o confi�veis quanto suas contrapartes corretas.[36]

Esta � a fonte do chamado "problema de percep��o". Consiste no fato de que as caracter�sticas atribu�das � percep��o at� agora parecem ser incompat�veis entre si, tornando imposs�vel a percep��o assim caracterizada: no caso de percep��es enganosas, o percebedor pode ser apresentado com objetos que n�o existem, o que seria imposs�vel se estivesse em contato direto com os objetos apresentados.[36] Diferentes solu��es para este problema foram sugeridas. As teorias dos dados sensoriais, por exemplo, sustentam que percebemos dados sensoriais, como formas de cor na percep��o visual, que existem mesmo em ilus�es.[40] Assim, negam que as coisas materiais comuns sejam os objetos da percep��o.[41] Os disjuntivistas, por outro lado, tentam resolver o problema negando que as percep��es ver�dicas e as ilus�es pertencem ao mesmo tipo de experi�ncia.[42] Outras abordagens incluem o adverbialismo e o intencionalismo.[40][41] O problema com estas diferentes abordagens � que nenhuma delas � completamente satisfat�ria, pois cada uma delas parece contradizer algum tipo de evid�ncia introspectiva sobre as caracter�sticas fundamentais da experi�ncia perceptual.[38][41]

Mem�ria epis�dica e imagina��o

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A experi�ncia da mem�ria epis�dica consiste em uma forma de reviver um evento passado que se experimentou antes.[43][44][45] Isto � diferente da mem�ria sem�ntica, na qual se tem acesso ao conhecimento de v�rios fatos relacionados ao evento em quest�o, sem nenhum componente experiencial associado a este conhecimento.[45] Na mem�ria epis�dica, por outro lado, o evento passado � conscientemente revivido.[43][44] Neste sentido, � uma forma de viagem mental no tempo que n�o est� presente na mem�ria n�o epis�dica.[45][46] Mas esta forma de re-experimentar n�o � uma c�pia exata da experi�ncia original, j� que o evento experimentado � apresentado como algo no passado visto a partir de sua perspectiva atual, que est� associado a algum tipo de sentimento de passado ou familiaridade n�o presente na experi�ncia original.[43][45] Neste contexto, muitas vezes � sustentado que a mem�ria epis�dica fornece dois tipos de informa��es: informa��es de primeira ordem sobre o evento passado e informa��es de segunda ordem sobre o papel deste evento na mem�ria atual do sujeito.[45] A mem�ria epis�dica � diferente de simplesmente imaginar a experi�ncia de um evento passado. Um aspecto importante desta diferen�a � que faz parte da natureza da mem�ria epis�dica tentar representar como foi a experi�ncia original, mesmo que �s vezes n�o o consegue. Outras diferen�as sugeridas incluem o grau de vivacidade e a conex�o causal entre a experi�ncia original e a mem�ria epis�dica.[47]

A experi�ncia imaginativa envolve uma forma especial de representa��o na qual os objetos s�o apresentados sem o objetivo de mostrar como as coisas realmente s�o.[48] Como a mem�ria e ao contr�rio da percep��o, as imagens mentais associadas normalmente n�o s�o causadas pela estimula��o dos �rg�os sensoriais.[49][50] Muitas vezes se sustenta que tanto a imagina��o quanto a mem�ria dependem do contato perceptual pr�vio com os conte�dos experimentados.[51] Mas ao contr�rio da mem�ria, mais liberdade est� envolvida na maioria das formas de imagina��o, j� que o sujeito pode variar, mudar e recombinar livremente v�rios dos conte�dos experimentados, enquanto a mem�ria visa preservar sua ordem original.[50] Diferentes te�ricos focam em diferentes elementos ao tentar conceituar a natureza da imagina��o. A vis�o do empobrecimento sustenta que a imagina��o � distinguida da percep��o e da mem�ria por ser menos v�vida e clara. A vis�o de depend�ncia da vontade, por outro lado, centra-se no poder da vontade de moldar ativamente os conte�dos da imagina��o, enquanto a vis�o da n�o exist�ncia concentra-se na impress�o de irrealidade ou dist�ncia da realidade pertencente � experi�ncia imaginativa.[52] Apesar de sua liberdade e sua falta de rela��o com a realidade, a experi�ncia imaginativa pode servir a certas fun��es epistemol�gicas ao representar o que � poss�vel ou conceb�vel.[48] Este � o caso, por exemplo, quando se especula imaginativamente sobre um evento que aconteceu ou pode acontecer.[52] A imagina��o pode surgir de v�rias formas diferentes. Uma diferen�a diz respeito a se o cen�rio imaginado � deliberadamente controlado ou surge espontaneamente por si s�. Outra diz respeito a se o sujeito se imagina experimentando o evento imaginado por dentro, como sendo um dos protagonistas neste evento, ou por fora.[48] Diferentes experi�ncias imaginativas tendem a ter diferentes graus nos quais o cen�rio imaginado � apenas uma reconstru��o de algo experimentado anteriormente ou um rearranjo criativo.[48] Os relatos de experi�ncias imaginativas geralmente se concentram no dom�nio visual, mas tamb�m existem outras formas menos proeminentes, como a imagina��o auditiva ou a imagina��o olfativa.[52]

O termo "pensamento" � usado para se referir a uma ampla variedade de experi�ncias cognitivas. Envolvem representa��es mentais e o processamento de informa��es.[53] Desta forma, ideias ou proposi��es s�o entretidas, julgadas ou conectadas. � semelhante � mem�ria e � imagina��o, pois a experi�ncia de pensar pode surgir internamente sem qualquer estimula��o dos �rg�os sensoriais, em contraste com a percep��o.[54] Mas o pensamento est� ainda mais distante dos conte�dos sensoriais do que a mem�ria e a imagina��o, j� que seus conte�dos pertencem a um n�vel mais abstrato. Est� intimamente relacionado ao fen�meno da fala e alguns te�ricos afirmam que todo pensamento � uma forma de fala interna expressa em uma linguagem.[55] Mas esta afirma��o � controversa, pois parece haver pensamentos que n�o s�o linguisticamente articulados de forma completa.[56] Mas a afirma��o mais moderada � frequentemente aceita de que o pensamento est� associado a disposi��es para realizar atos de fala. Nesta vis�o, fazer um julgamento no pensamento pode acontecer de forma n�o lingu�stica, mas est� associado a uma disposi��o de afirmar linguisticamente a proposi��o julgada.[56] V�rias teorias sobre a natureza da experi�ncia de pensamento foram propostas. De acordo com o platonismo, � uma atividade espiritual na qual as formas plat�nicas e suas inter-rela��es s�o discernidas e inspecionadas.[55] Os conceitualistas, por outro lado, sustentam que pensar envolve entreter conceitos.[55] Nesta vis�o, os julgamentos surgem se dois ou mais conceitos est�o conectados entre si e podem levar a infer�ncias se estes julgamentos est�o conectados a outros julgamentos.[57][58]

V�rios tipos de pensamento s�o discutidos na literatura acad�mica.[59] �s vezes s�o divididos em quatro categorias: forma��o de conceitos, solu��o de problemas, julgamento e tomada de decis�es, e racioc�nio.[53] Na forma��o de conceitos, as caracter�sticas comuns aos exemplos de um determinado tipo s�o aprendidas. Isto geralmente corresponde � compreens�o do significado da palavra associada a este tipo.[53][59] No caso da solu��o de problemas, o pensamento tem como objetivo superar certos obst�culos, descobrindo uma solu��o para um problema. Isto acontece ou seguindo um algoritmo, que garante o sucesso se seguido corretamente, ou usando heur�sticas, que s�o m�todos mais informais que tendem a aproximar o pensador de uma solu��o.[53][59] O julgamento e a tomada de decis�es envolvem a escolha do melhor curso de a��o entre v�rias alternativas.[53] No racioc�nio, o pensador parte de um determinado conjunto de premissas e tenta tirar conclus�es delas.[53][59] Uma categoriza��o mais simples divide o pensamento em apenas duas categorias: contempla��o te�rica e delibera��o pr�tica.[55]

Prazer, emo��o e �nimo

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Prazer se refere � experi�ncia que se sente bem.[60][61] Envolve o gozo de algo, como comer um bolo ou fazer sexo. Quando entendido no sentido mais amplo, isto inclui n�o apenas prazeres sensoriais, mas qualquer forma de experi�ncia agrad�vel, como participar em uma atividade intelectualmente satisfat�ria ou a alegria de brincar. O prazer vem em graus e existe em uma dimens�o que tamb�m inclui graus negativos. Esses graus negativos s�o geralmente chamados de dor e sofrimento e contrastam com o prazer como formas de sentir-se mal.[62] As discuss�es sobre esta dimens�o geralmente se concentram em seu lado positivo, mas muitas das teorias e observa��es se aplicam igualmente a seu lado negativo. H� discord�ncia entre fil�sofos e psic�logos sobre qual � a natureza do prazer. Alguns entendem o prazer como uma simples sensa��o. Nesta vis�o, uma experi�ncia de prazer � uma experi�ncia que tem uma sensa��o de prazer entre seus conte�dos.[63][64] Este relato � rejeitado pelas teorias de atitude, que sustentam que o prazer n�o consiste em um conte�do, mas em uma certa atitude em rela��o a um conte�do. De acordo com esta perspectiva, o prazer de comer um bolo n�o consiste em uma sensa��o de sabor junto com uma sensa��o de prazer, como afirmam os te�ricos da sensa��o. Em vez disso, consiste em ter uma certa atitude, como o desejo, em rela��o � sensa��o do sabor.[62][63][64] Um terceiro tipo de teoria define o prazer em termos de suas propriedades representacionais. Nesta vis�o, uma experi�ncia � prazerosa se apresenta seus objetos como sendo bons para o experimentador.[64]

As experi�ncias emocionais v�m em muitas formas, como medo, raiva, excita��o, surpresa, tristeza ou desgosto.[65] Elas geralmente incluem aspectos prazerosos ou desagrad�veis.[66][67] Mas normalmente tamb�m envolvem v�rios outros componentes, que n�o est�o presentes em todas as experi�ncias de prazer ou dor. Frequentemente, � sustentado que tamb�m compreendem componentes avaliativos, que atribuem um valor positivo ou negativo a seu objeto, componentes fisiol�gicos, que envolvem mudan�as corporais, e componentes comportamentais na forma de uma rea��o ao objeto apresentado.[66][67] Por exemplo, encontrar repentinamente um urso pardo durante uma caminhada pode evocar uma experi�ncia emocional de medo no caminhante, que � experimentada como desagrad�vel, que representa o urso como perigoso, que leva a um aumento na frequ�ncia card�aca e que pode provocar uma rea��o de fuga.[66] Estes e outros tipos de componentes s�o frequentemente usados para categorizar as emo��es em diferentes tipos. Mas h� desacordo sobre qual deles � o componente essencial que determina a categoria relevante. As abordagens dominantes categorizam de acordo com como a emo��o se sente, como avalia seu objeto ou que comportamento motiva.[66][68]

Os �nimos est�o intimamente relacionados com as emo��es, mas n�o s�o id�nticos a elas. Como as emo��es, geralmente podem ser categorizadas como positivas ou negativas, dependendo de como se sente t�-las.[69] Uma diferen�a central � que as experi�ncias emocionais geralmente t�m um objeto muito espec�fico, como o medo de um urso. As experi�ncias de �nimo, por outro lado, muitas vezes n�o t�m objeto ou seu objeto � bastante difuso, como quando uma pessoa est� ansiosa que algo ruim possa acontecer sem ser capaz de articular claramente a fonte de sua ansiedade.[70][71][72] Outras diferen�as incluem que as emo��es tendem a ser causadas por eventos espec�ficos, enquanto os �nimos muitas vezes carecem de uma causa claramente identific�vel, e que as emo��es s�o geralmente intensivas, enquanto os �nimos tendem a durar mais tempo.[73] Exemplos de �nimos incluem ansiedade, depress�o, euforia, irritabilidade e melancolia.[74][75]

Desejo e ag�ncia

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Os desejos compreendem uma ampla classe de estados mentais. Eles incluem desejos inconscientes, mas apenas suas formas conscientes s�o diretamente relevantes para a experi�ncia.[76][77][78] Os desejos conscientes envolvem a experi�ncia de querer ou almejar algo. Isto � muitas vezes entendido em um sentido muito amplo, no qual fen�menos como amor, inten��o e sede s�o vistos como formas de desejo.[79] Geralmente s�o entendidos como atitudes para com estados de coisas conceb�veis.[80] Eles representam seus objetos como sendo valiosos em algum sentido e visam realiz�-los mudando o mundo correspondentemente. Isto pode acontecer em um sentido positivo ou negativo. No sentido positivo, o objeto � experimentado como bom e o objetivo � cri�-lo ou mant�-lo. No sentido negativo, o objeto � experimentado como mau e o objetivo � destru�-lo ou impedir que venha a existir.[81] Nos desejos intr�nsecos, o objeto � desejado por si mesmo, enquanto nos desejos extr�nsecos, o objeto � desejado por causa das consequ�ncias positivas associadas a ele.[82] Os desejos v�m em diferentes graus de intensidade e sua satisfa��o � geralmente experimentada como prazerosa.[82][83][84]

Ag�ncia refere-se � capacidade de agir e � manifesta��o dessa capacidade.[85][86] Sua experi�ncia envolve v�rios aspectos diferentes, incluindo a forma��o de inten��es, ao planejar poss�veis cursos de a��o, a decis�o entre diferentes alternativas e o esfor�o ao tentar realizar o curso de a��o pretendido.[85][86] Muitas vezes se sustenta que os desejos fornecem a for�a motivacional por tr�s da ag�ncia.[87][88] Mas nem todas as experi�ncias de desejo s�o acompanhadas pela experi�ncia da ag�ncia. Este � o caso, por exemplo, quando um desejo � realizado sem que o agente tente faz�-lo ou quando nenhum curso de a��o poss�vel est� dispon�vel ao agente para satisfazer o desejo.[89]

Em um sentido mais restrito, o termo "senso de ag�ncia" refere-se � impress�o de estar no controle e de ser o dono da pr�pria a��o.[85][90][91] Frequentemente, afirma-se que dois componentes s�o as fontes centrais do sentido de ag�ncia. Por um lado, o agente constantemente faz previs�es sobre como suas inten��es influenciar�o seu movimento corporal e compara essas previs�es com o feedback sensorial. Nesta vis�o, uma correspond�ncia positiva gera um senso de ag�ncia, enquanto uma correspond�ncia negativa interrompe o sentido de ag�ncia.[85][92] Por outro lado, ao olhar para tr�s, o agente interpreta sua inten��o como a causa da a��o. No caso de sucesso, a inten��o precede a a��o e a a��o � consistente com a inten��o.[85][92]

Experi�ncia n�o ordin�ria

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Os termos "experi�ncia n�o ordin�ria", "experi�ncia an�mala" ou "estado alterado de consci�ncia" s�o usados para descrever uma ampla variedade de experi�ncias raras que diferem significativamente da experi�ncia no estado de vig�lia comum.[93][94] Exemplos de experi�ncias n�o ordin�rias s�o experi�ncias religiosas, que est�o intimamente relacionadas com experi�ncias espirituais ou m�sticas, experi�ncias fora do corpo, experi�ncias de quase-morte, epis�dios psic�ticos e experi�ncias psicod�licas.[93][94]

As experi�ncias religiosas s�o experi�ncias n�o ordin�rias que carregam um significado religioso para o experimentador.[93][95] Muitas vezes envolvem algum tipo de encontro com uma pessoa divina, por exemplo, na forma de ver Deus ou ouvir a ordem de Deus. Mas tamb�m podem envolver ter um sentimento intensivo que se acredita ser causado por Deus ou reconhecer o divino na natureza ou em si mesmo. Algumas experi�ncias religiosas s�o consideradas inef�veis, o que significa que est�o t�o distantes do comum que n�o podem ser descritas em palavras.[95][96][97] As experi�ncias fora do corpo envolvem a impress�o de estar separado do corpo material e perceber o mundo externo a partir desta perspectiva diferente.[98] Nelas, muitas vezes parece � pessoa que est� flutuando acima de seu pr�prio corpo enquanto lo v� de fora. Podem ter v�rias causas diferentes, incluindo les�es cerebrais traum�ticas, drogas psicod�licas ou paralisia do sono. Tamb�m podem tomar a forma de experi�ncias de quase-morte, que s�o geralmente provocadas por situa��es de risco de vida e incluem conte�dos como voar atrav�s de um t�nel em dire��o a uma luz, falar com parentes falecidos ou uma revis�o de vida, na qual uma pessoa v� toda a sua vida passar diante de seus olhos.[99][100]

� incontroverso que essas experi�ncias ocorrem �s vezes para algumas pessoas. Em um estudo, por exemplo, cerca de 10% relatam ter tido pelo menos uma experiência fora do corpo em sua vida.[101] Mas é altamente controverso o grau de confiabilidade destas experiências para representar com precisão aspectos da realidade não acessíveis à experiência comum.[102] Isto se deve ao fato de que várias afirmações de amplo alcance são feitas com base em experiências não ordinárias. Muitas dessas afirmações não podem ser verificadas pela percepção regular e frequentemente parecem contradizê-la ou contradizer-se umas às outras. Com base na experiência religiosa, por exemplo, foi afirmado que existe um criador divino distinto da natureza ou que o divino existe na natureza.[96][97][103][104] As experiências fora do corpo e as experiências de quase-morte, por outro lado, são frequentemente usadas para argumentar a favor de um dualismo mente-corpo, sustentando que a alma pode existir sem o corpo e continua a existir após a morte do corpo.[105][106][107][108] Os defensores de tais afirmações frequentemente afirmam que não temos nenhuma razão decisiva para negar a confiabilidade de tais experiências, por exemplo, porque são semelhantes em aspectos importantes à experiência sensorial regular, ou porque há uma faculdade cognitiva adicional que nos fornece acesso ao conhecimento além dos sentidos regulares.[95][97]

Uma grande variedade de experiências é discutida na literatura acadêmica, além dos tipos mencionados até agora. O termo "fluxo", por exemplo, refere-se a experiências nas quais o agente está completamente imerso em uma determinada atividade.[109][110] Este tipo de experiência tem várias características, incluindo um sentido claro do objetivo da atividade, feedback imediato sobre como se está fazendo e um bom equilíbrio entre as habilidades e a dificuldade da tarefa. Um grupo diversificado de atividades pode levar a experiências de fluxo, como arte, esportes e jogos de computador.[109] O fluxo é de particular interesse para a psicologia positiva porque sua experiência é prazerosa.[110]

A experiência estética é um conceito central na psicologia da arte e na estética experimental.[111] Refere-se à experiência de objetos estéticos, em particular, no que diz respeito à beleza e à arte.[112] Não há um acordo geral sobre as características fundamentais comuns a todas as experiências estéticas. Alguns relatos enfocam características como o fascínio por um objeto estético, um sentimento de unidade e intensidade, enquanto outros enfatizam uma certa distância psicológica do objeto estético no sentido de que a experiência estética está desconectada das preocupações práticas.[111][113][114]

As experiências transformadoras são experiências que envolvem uma transformação radical que deixa o experimentador uma pessoa diferente de quem era antes.[115] Exemplos de experiências transformadoras incluem ter um filho, lutar em uma guerra ou passar por uma conversão religiosa. Envolvem mudanças profundas tanto nas crenças quanto nas preferências fundamentais.[115][116] Foi argumentado que as experiências transformadoras constituem contra-exemplos à teoria da escolha racional porque a pessoa que decide a favor ou contra passar por uma experi�ncia transformadora n�o pode saber como ser� at� depois e porque n�o est� claro se a decis�o deve ser baseada nas prefer�ncias antes ou depois da transforma��o.[115][116][117]

Em v�rias disciplinas

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Fenomenologia

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A fenomenologia � a ci�ncia da estrutura e dos conte�dos da experi�ncia. Estuda os fen�menos, ou seja, as apar�ncias das coisas a partir da perspectiva em primeira pessoa.[3][118] Uma grande variedade de experi�ncias � investigada desta forma, incluindo percep��o, mem�ria, imagina��o, pensamento, desejo, emo��o e ag�ncia.[119] De acordo com a fenomenologia tradicional, uma estrutura importante encontrada em todos os diferentes tipos de experi�ncia � a intencionalidade, o que significa que toda experi�ncia � experi�ncia de algo.[3][118] Neste sentido, a experi�ncia � sempre dirigida a determinados objetos por meio de seus conte�dos representacionais. As experi�ncias s�o, em um sentido importante, diferentes dos objetos da experi�ncia, pois as experi�ncias n�o s�o apenas apresentadas, mas se vive atrav�s delas.[119] A fenomenologia tamb�m se preocupa com o estudo das condi��es de possibilidade de fen�menos que podem moldar a experi�ncia de maneiras diferentes para pessoas diferentes. Essas condi��es incluem corporeidade, cultura, l�ngua e fundo social.[3][118]

Existem v�rias formas diferentes de fenomenologia, que empregam diferentes m�todos.[118][119] Um elemento central da fenomenologia tradicional, associado a Edmund Husserl, � a chamada epoch�, tamb�m conhecida como coloca��o entre par�nteses. Nela, o pesquisador suspende seu julgamento sobre a exist�ncia externa dos objetos experimentados a fim de focar exclusivamente na estrutura da pr�pria experi�ncia, ou seja, em como esses objetos s�o apresentados.[118][120] Um m�todo importante para estudar o conte�do da experi�ncia � chamado de varia��o eid�tica. Seu objetivo � discernir a ess�ncia de um objeto imaginando-o, variando suas caracter�sticas e avaliando se o objeto pode sobreviver a esta mudan�a imagin�ria. Somente as caracter�sticas que n�o podem ser alteradas desta forma pertencem � ess�ncia do objeto.[121] A fenomenologia hermen�utica, em contraste, d� mais import�ncia � nossa familiaridade preexistente com a experi�ncia.[119] Tenta entender como esta pr�-compreens�o traz consigo v�rias formas de interpreta��o que moldam a experi�ncia e podem introduzir distor��es nela.[122][123][124] A neurofenomenologia, por outro lado, visa preencher a lacuna entre a perspectiva em primeira pessoa da fenomenologia tradicional e a abordagem em terceira pessoa favorecida pelas ci�ncias naturais. Isto acontece procurando conex�es entre a experi�ncia subjetiva e os processos cerebrais objetivos, por exemplo, com a ajuda de escaneamentos cerebrais.[119][125][126]

Epistemologia

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A experi�ncia, quando entendida em termos de sensa��o, � de especial interesse para a epistemologia. O conhecimento baseado nesta forma de experi�ncia � denominado "conhecimento emp�rico" ou "conhecimento a posteriori".[8] O empirismo � a tese de que todo conhecimento � conhecimento emp�rico, ou seja, que n�o h� conhecimento que n�o se baseia em �ltima inst�ncia na experi�ncia sensorial. Tradicionalmente, esta vis�o � oposta pelos racionalistas, que aceitam que a experi�ncia sensorial pode fundamentar o conhecimento, mas tamb�m permitem outras fontes de conhecimento. Por exemplo, alguns racionalistas afirmam que os seres humanos t�m um conhecimento inato ou intuitivo da matem�tica que n�o se baseia em generaliza��es fundamentadas em experi�ncias sensoriais.[127]

Outro problema � compreender como � poss�vel que as experi�ncias sensoriais justifiquem cren�as. De acordo com um ponto de vista, as experi�ncias sensoriais s�o, elas mesmas, semelhantes a cren�as, no sentido de que envolvem a afirma��o de conte�dos proposicionais.[8] Nesta vis�o, ver neve branca envolve, entre outras coisas, a afirma��o da proposi��o "neve � branca".[128] Dada esta suposi��o, as experi�ncias podem justificar cren�as da mesma maneira que as cren�as podem justificar outras cren�as: porque seus conte�dos proposicionais est�o nas rela��es l�gicas e explicativas apropriadas entre si.[8] Mas esta suposi��o tem muitos oponentes que argumentam que as sensa��es s�o n�o conceituais e, portanto, n�o proposicionais. Nesta vis�o, a afirma��o de que a neve � branca j� � algo adicionado � experi�ncia sensorial, que em si pode n�o equivaler a muito mais que a apresenta��o de uma forma branca.[129] Um problema para esta abordagem n�o conceitualista da experi�ncia perceptual � que ela enfrenta dificuldades para explicar como as experi�ncias sensoriais podem justificar cren�as, como aparentemente o fazem.[8] Uma maneira de evitar este problema � negar esta apar�ncia, sustentando que n�o justificam cren�as, mas apenas causam cren�as.[130] De acordo com a teoria de coer�ncia da justifica��o, estas cren�as ainda podem ser justificadas, n�o pelas experi�ncias respons�veis delas, mas pela forma como s�o coerentes com o resto das cren�as da pessoa.[8]

Devido a sua rela��o com a justifica��o e o conhecimento, a experi�ncia desempenha um papel central para a racionalidade emp�rica.[4] Se � racional para algu�m acreditar em uma determinada afirma��o depende, entre outras coisas, das experi�ncias que essa pessoa fez.[131][132] Por exemplo, um professor pode estar justificado em acreditar que certo aluno passar� em um exame baseado na experi�ncia do professor com o aluno na sala de aula. Mas a mesma cren�a n�o seria justificada para um estranho sem essas experi�ncias. A racionalidade � relativa � experi�ncia neste sentido. Isto implica que pode ser racional para uma pessoa aceitar uma determinada afirma��o, enquanto outra pessoa pode rejeitar racionalmente a mesma afirma��o.[4][131][132]

Intimamente relacionado com o papel da experi�ncia na epistemologia � seu papel na ci�ncia.[1][6] Frequentemente, argumenta-se que a experi�ncia observacional � fundamental para os experimentos cient�ficos. A evid�ncia obtida desta maneira � ent�o usada para confirmar ou desconfirmar teorias cient�ficas. Desta forma, a experi�ncia atua como um �rbitro neutro entre teorias concorrentes.[130][133][134] Por exemplo, observa��es astron�micas feitas por Galileu Galilei sobre as �rbitas dos planetas foram utilizadas como evid�ncia na revolu��o Copernicana na qual o modelo geoc�ntrico tradicional foi rejeitado em favor do modelo helioc�ntrico.[135] Um problema para esta vis�o � que � essencial que as evid�ncias cient�ficas sejam p�blicas e incontroversas. A raz�o para isto � que diferentes cientistas deveriam ser capazes de compartilhar a mesma evid�ncia para chegar a um acordo sobre qual hip�tese � correta. Mas a experi�ncia � geralmente entendida como um estado mental privado, n�o como um fen�meno publicamente observ�vel, colocando assim seu papel como evid�ncia cient�fica em quest�o.[2][130][134][136]

Um problema central na metaf�sica � o problema mente-corpo. Envolve a quest�o de como conceber a rela��o entre corpo e mente.[137][138] Entendido em seu sentido mais amplo, diz respeito n�o apenas � experi�ncia, mas a qualquer forma de mente, incluindo os estados mentais inconscientes.[138] Mas tem sido argumentado que a experi�ncia tem especial relev�ncia aqui, j� que a experi�ncia � frequentemente vista como a forma paradigm�tica da mente.[139][140] A ideia de que h� um "problema" para come�ar muitas vezes remonta ao qu�o diferentes a mat�ria e a experi�ncia parecem ser.[139][141] As propriedades f�sicas, como tamanho, forma e peso, s�o p�blicas e atribu�das a objetos. As experi�ncias, por outro lado, s�o privadas e atribu�das a sujeitos.[138] Outra caracter�stica distintiva importante � que as experi�ncias s�o intencionais, ou seja, que s�o dirigidas a objetos diferentes de si mesmas.[3][11] Mas apesar dessas diferen�as, corpo e mente parecem interagir causalmente entre si, o que � conhecido como causalidade psicof�sica.[142][143] Isto diz respeito tanto � maneira pela qual eventos f�sicos, como uma pedra caindo sobre o p� de algu�m, causam experi�ncias, como uma dor aguda, quanto � maneira pela qual experi�ncias, como a inten��o de parar a dor, causam eventos f�sicos, como puxar o p� de debaixo da pedra.[143]

V�rias solu��es para o problema mente-corpo foram apresentadas.[144] O dualismo � uma abordagem tradicionalmente importante. Afirma que corpos e mentes pertencem a distintas categorias ontol�gicas e existem independentemente uns dos outros.[138][145] Um problema central para os dualistas � dar uma explica��o plaus�vel de como sua intera��o � poss�vel ou de porque eles parecem interagir. Os monistas, por outro lado, negam este tipo de bifurca��o ontol�gica.[146] Em vez disso, argumentam que, no n�vel mais fundamental, existe apenas um tipo de entidade. De acordo com o materialismo, tudo �, em �ltima an�lise, material. Segundo esta vis�o, as mentes ou n�o existem, ou existem como aspectos materiais dos corpos.[147] De acordo com o idealismo, tudo �, em �ltima an�lise, mental. Segundo esta vis�o, os objetos materiais s� existem na forma de ideias e, portanto, dependem da experi�ncia e de outros estados mentais.[148] Os monistas enfrentam o problema de explicar como dois tipos de entidades que parecem ser t�o diferentes podem pertencer � mesma categoria ontol�gica.[139][141]

O problema dif�cil da consci�ncia � uma quest�o intimamente relacionada. Trata-se de explicar porque alguns eventos f�sicos, como processos cerebrais, s�o acompanhados por experi�ncias conscientes, ou seja, que ao viv�-los o sujeito se sente de uma certa maneira.[149][150][151] Isto � especialmente relevante do ponto de vista das ci�ncias naturais, pois parece ser poss�vel, pelo menos em princ�pio, explicar o comportamento e a cogni��o humanos sem refer�ncia � experi�ncia. Tal explica��o pode acontecer em rela��o ao processamento de informa��es na forma de sinais el�tricos. Neste sentido, o problema dif�cil da consci�ncia aponta para uma lacuna explicativa entre o mundo f�sico e a experi�ncia consciente.[149][150][151] H� uma sobreposi��o significativa entre as solu��es propostas para o problema mente-corpo e as solu��es propostas para o problema dif�cil da consci�ncia.[138][149]

Outro desacordo entre empiristas e racionalistas, al�m de sua disputa epistemol�gica, diz respeito ao papel da experi�ncia na forma��o de conceitos.[127] Os conceitos s�o no��es gerais que constituem os elementos fundamentais do pensamento.[21] Alguns empiristas sustentam que todos os conceitos s�o aprendidos da experi�ncia. Isto �s vezes � explicado alegando que conceitos apenas constituem generaliza��es, abstra��es ou c�pias dos conte�dos originais da experi�ncia.[4] Os empiristas l�gicos, por exemplo, usaram esta ideia em um esforço para reduzir o conteúdo de todas as proposições empíricas a sentenças protocolares que não registram nada além das experiências imediatas dos cientistas.[2][152][153] Esta ideia é convincente para alguns conceitos, como o conceito de "vermelho" ou de "cão", que parecem ser adquiridos através da experiência com suas instâncias. Mas é controverso se isto é verdade para todos os conceitos.[2] Immanuel Kant, por exemplo, defende uma posição racionalista ao sustentar que a experiência requer certos conceitos tão básicos que não seria possível sem eles. Estes conceitos, as chamadas categorias, não podem ser adquiridos através da experiência, pois são as condições de possibilidade da experiência, segundo Kant.[154][155][156]

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